O árbitro buscou uma arma para se vingar de agressão. Foto: reprodução
Na última
sexta-feira (7), um jogo de futebol amador terminou em confusão na Serra,
região de Vitória (ES), após o árbitro ser agredido e ameaçar um jogador com
uma arma. Imagens gravadas por torcedores mostram o momento da confusão. A
partida estava paralisada e jogadores discutiam em campo.
“Briga,
minha tropa, briga no jogo do Resenha. Bichão, que brigou com Brunão, deu um
soco na cara do juiz. Olha o juiz lá!”, narrou o homem que gravou a cena. É
possível ver o árbitro correndo em direção a um carro estacionado próximo ao
campo, onde havia crianças, adolescentes e jovens.
Momentos
depois, o vídeo mostra o árbitro retornando ao campo com uma arma na mão. Outro
árbitro e um homem tentam contê-lo no meio do caminho, enquanto jogadores
também tentam dialogar com ele. Testemunhas relataram que a confusão começou no
primeiro tempo, após o juiz dar um cartão amarelo. Um jogador, de 29 anos, não
gostou da advertência, confrontou e agrediu o árbitro.
A
situação causou pânico entre os presentes. O jogador agressor foi retirado de
campo e, segundo o G1, essa foi a segunda vez que ele agrediu alguém durante um
jogo. O jogo, parte do Campeonato de Jacaraípe, foi encerrado após o tumulto.
O deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO). Foto: reprodução
O deputado
federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou que o governo federal
alimenta os estados do Nordeste com “migalhas”, citando como exemplo a
destinação do Bolsa Família para a região.
Ele
contou uma parábola sobre Josef Stalin, ex-primeiro-ministro da União
Soviética, que teria depenado uma galinha e, posteriormente, ganhado sua
confiança ao oferecer migalhas. Segundo o parlamentar, essa é a estratégia que
a esquerda utiliza no Brasil.
“Estão
dando migalhas para uma população cada vez mais depenada”, disse Gayer ao se
referir ao Nordeste. A gravação, feita em 24 de maio, viralizou nas redes
sociais no último domingo (9).
S.L.
Kanthan critica a esquerda por adotar posturas extremas em diversos temas,
incluindo imigração e questões LGBTQ+
– A recente ascensão da extrema-direita no
Parlamento Europeu, observada em países como França, Alemanha, Itália, Espanha
e Áustria, foi atribuída à desconexão dos partidos de esquerda com a realidade.
S.L. Kanthan, em uma publicação na rede social X, critica a esquerda por adotar
posturas extremas em diversos temas, incluindo imigração, mudanças climáticas,
a pandemia de COVID-19, antagonismo à Rússia e questões LGBTQ+. Para Kanthan,
essas abordagens ideológicas estão desvinculadas do senso comum e dos valores
mainstream.
Kanthan argumenta que a
esquerda ocidental abandonou seus valores tradicionais em favor de uma agenda
dominada pelo neoliberalismo e pela política de gênero, tornando-se, assim,
irrelevante para a classe trabalhadora. Segundo ele, isso levou a esquerda a
perder o apoio desta classe, que agora é cooptada por interesses de grandes
corporações multinacionais financiadoras desses partidos.
A análise também toca na
política externa, mencionando que, na Espanha, a direita apresenta-se
pró-Israel e anti-Rússia. Além disso, Kanthan é crítico quanto à priorização de
agendas de figuras e organizações internacionais como Zelensky, o Fórum Econômico
Mundial e a OTAN, indicando que, embora os eleitores possam preferir uma
guinada à direita, as políticas implementadas uma vez no poder não
necessariamente refletem os interesses dos eleitores.
Ex-presidente comemora crescimento eleitoral dos fascistas no continente europeu
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou, neste domingo
(9/6), o avanço da extrema direita no Parlamento Europeu depois das eleições
desta semana. A extrema direita avançou em países como a França, Alemanha,
Itália e Áustria.
“A Europa mostra que a vontade popular prevalece sem
determinadas intromissões e logo mais se repetirão em outras partes do mundo”,
escreveu Bolsonaro na rede social X, antigo Twitter.
Ato realizado neste domingo (9/6) reuniu poucas
pessoas
Um grupo de manifestantes bolsonaristas se reuniu na Avenida
Paulista, neste domingo (9/6), para pedir o impeachment do presidente Lula (PT)
e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ato foi
um fracasso total. Ocorreu em frente ao vão livre do Masp e não reuniu gente o
suficiente para preencher o quarteirão que fica entre as ruas Plínio Figueiredo
e Professor Otávio Mendes, vias que ladeiam o museu, relata o Metrópoles
A manifestação foi convocada nas redes sociais por
lideranças bolsonaristas,como os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP),
Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
Vestindo uma camiseta com os dizeres “impeachment de Alexandre de Moraes já”,
Van Hattem subiu no trio elétrico para agradecer a presença dos manifestantes e
dizer que o ato deste domingo marcou o “reinício das manifestações cívicas de
quem não tem medo”, em referência aos atos de junho de 2013 e aos protestos
pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), entre 2015 e 2016.
Também esteve presente no ato a
pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo partido Novo, a economista Marina
Helena. Assim como seu correligionário Van Hattem, ela também vestia uma camisa
pedindo pelo impeachment de Moraes.
O limite do valor de compra e venda é de até R$
200 mil por imóvel
A Caixa Econômica Federal deu início ao cadastramento de imóveis
prontos que serão doados às famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do
Sul. Este processo, que começou neste sábado (8/6), será totalmente realizado
online através do site caixa.gov.br/reconstrucao,
incluindo desde a análise de documentos até a disponibilização dos imóveis para
os beneficiários. Os imóveis são destinados às famílias das faixas 1 e 2 do
Programa Minha Casa, Minha Vida, com renda de até R$ 4.400.
A medida foi viabilizada por uma portaria do Ministério
das Cidades, publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira (5/6), que
estabeleceu um novo procedimento para aquisição de moradias prontas no âmbito
do programa habitacional do Governo Federal. É a primeira vez que o Minha Casa,
Minha Vida adquire imóveis prontos, com a finalidade de agilizar o atendimento
às famílias desalojadas. As unidades habitacionais serão adquiridas pela linha
de atendimento de provisão subsidiada em áreas urbanas, com recursos do Fundo
de Arrendamento Residencial (FAR), devido ao estado de calamidade pública ou
emergência no Rio Grande do Sul.
Para serem adquiridos pela União, os
imóveis devem atender a critérios específicos como condição de habitabilidade,
localização em área não condenada pela Defesa Civil, registro imobiliário
atualizado, livre de ônus e com regularidade urbanística e edilícia. Além
disso, podem ser cadastrados imóveis novos com obras em andamento, desde que a
entrega ocorra em até 120 dias após o registro no site. O limite do valor de
compra e venda é de até R$ 200 mil por imóvel.
Os meios de comunicação progressistas, apesar de
não terem o devido apoio, tiveram um papel crucial no pleito de 2022, e serão
decisivos novamente em 2024
A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, atendeu
a um antigo clamor de vários influenciadores e youtubers progressistas: apoio
nas plataformas digitais para combater a ideologia extremista de direita.
Gleisi divulgou um conteúdo do comunicador de esquerda João Antônio visando a
mobilização da base em páginas progressistas, estimulando a participação e
consequentemente ampliando o alcance nas mídias sociais.
"É improvável que, ao passo em que os canais de
extrema-direita recebem respaldo dos políticos alinhados a eles, fiquemos
solitários nesse embate. Gleisi entendeu e agora estimula a militância a nos
apoiar", explicou.
O apresentador destacou que o próprio Jair Bolsonaro (PL)
compartilha os conteúdos de seus apoiadores. Um exemplo é Luis Ernesto Lacombe,
que, após uma divulgação feita por Bolsonaro, viu seu canal aumentar para mais
de 1 milhão de inscritos em um curto período de tempo.
"Está fazendo falta o presidente Lula se juntar à
internet, adentrar de forma completa na era digital e compreender que cada
eleitor possui um smartphone à disposição. Não adianta confrontar as grandes
empresas de tecnologia, é preciso nos unirmos para vencer Bolsonaro e os seus
candidatos mais uma vez. A internet desempenhará um papel crucial na próxima
eleição, especialmente em São Paulo", declarou.
Os meios de comunicação progressistas e os formadores de opinião
de esquerda, apesar de não terem o devido apoio, tiveram um papel crucial no
pleito de 2022, ao enfrentarem as informações falsas propagadas pela
extrema-direita, ao defenderem o sistema democrático e, principalmente, na
vitória do presidente Lula.
"São diversos canais com uma grande quantidade de
visualizações diárias. Quase todos possuem cerca de um milhão de inscritos, e
alguns até ultrapassam esse número. É algo significativo. Torcemos para que
mais políticos se espelhem no exemplo de Gleisi", concluiu.
Uma das prioridades do ministro é a medida
provisória que visa compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores
da economia, além da reforma tributária sobre o consumo
Após 10 dias de agendas em
São Paulo e compromissos internacionais na Europa, o Ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, retorna a Brasília. Seu retorno ocorre em um contexto onde
parlamentares expressam insatisfação com a articulação política do governo e o
difícil acesso a ministros. Na Esplanada, Haddad é reconhecido como um dos
ministros mais acessíveis.
De volta à capital federal, Haddad tem em pauta a medida
provisória (MP) nº 1.227/2024, que visa compensar a desoneração da folha de
pagamento de 17 setores econômicos e municípios com até 156 mil habitantes. A
MP, que limita o uso de créditos tributários com o PIS/Cofins, pode gerar uma
arrecadação adicional de até R$ 29,2 bilhões em 2024. No entanto, a medida já
enfrenta oposição de setores que alegam potencial aumento nos preços dos
produtos e prejuízos ao setor produtivo. A Confederação Nacional da Indústria
(CNI) anunciou que tomará ações jurídicas contra a MP, destaca o Metrópoles.
Outro desafio para Haddad é a regulamentação da reforma
tributária sobre o consumo. O governo enviou ao Congresso dois projetos de lei
complementar detalhando a reforma, um deles durante a viagem de Haddad. A
administração busca aprovação dos projetos na Câmara até julho, com análise do
Senado prevista para o segundo semestre. Contudo, há quem acredite que a
tramitação possa ser adiada para após as eleições municipais, possivelmente até
2025.
Além disso, Haddad também tem em sua agenda projetos
relacionados à pauta ambiental, incluindo iniciativas sobre hidrogênio verde.
Apuração inicial das eleições da União Europeia
indica que partidos da extrema direita poderão exercer uma forte influência nas
políticas europeias nos próximos cinco anos
As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta segunda-feira
(10), reflexo das tensões políticas provocadas pelo avanço de partidos de
extrema direita nas eleições parlamentares da União Europeia (UE). A
instabilidade foi exacerbada pela decisão do presidente francês Emmanuel Macron
de convocar eleições legislativas antecipadas, após a derrota para a extrema
direita nas urnas.
Segundo o Estadão Conteúdo, por volta das 6h05 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx
600 caía 0,73%, a 519,73 pontos. O CAC 40, da França, registrava uma queda
acentuada de cerca de 2%, enquanto o euro caía 0,57% frente ao dólar, sendo
cotado a US$ 1,0739.
A apuração inicial das eleições da UE, que durou uma semana e
foi concluída neste domingo (09), indica que partidos da extrema direita
poderão exercer uma influência significativa nas políticas europeias nos
próximos cinco anos.
Ainda conforme a reportagem, as ações dos principais
bancos franceses, Société Générale e BNP Paribas, despencavam 7,5% e 4,8%,
respectivamente, em Paris, em resposta à instabilidade política. Às 6h21 (de
Brasília), a Bolsa de Paris liderava as perdas, com queda de 2,06%, enquanto as
bolsas de Londres e Frankfurt registravam recuos de 0,43% e 0,95%,
respectivamente. As bolsas de Milão, Madri e Lisboa também apresentavam baixas
de 1,02%, 0,88% e 0,03%.
Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão Conteúdo
A
canção italiana virou símbolo de luta contra o fascismo e voltou a ser entoada
após o resultado das eleições europeias
Ativistas
da plataforma Avaaz se reuniram em frente ao Parlamento Europeu para cantar o
hino da resistência antifascista, o ‘Bella Ciao’, e o hino da União Europeia. A
manifestação ocorreu após o avanço da extrema-direita nas eleições europeias em
países como Alemanha, Áustria, França e Itália.
A música, composta no final do século
XIX, virou um símbolo da resistência italiana contra o fascismo durante a
Segunda Guerra Mundial, e passou a ser utilizada em diversas manifestações de
trabalhadores e estudantes ao redor do mundo.
O avanço
da extrema-direita no Parlamento Europeu pode ter consequências no cenário
político interno dos países. Na França, o presidente Emmanuel Macron convocou
uma eleição nacional antecipada, em uma aposta arriscada para tentar
restabelecer sua autoridade. Já o partido social-democrata do chanceler alemão,
Olaf Scholz, teve o pior desempenho de sua história, sendo superado pelos
conservadores tradicionais e da sigla de extrema-direita Alternativa para a
Alemanha (AfD).
O resultado das eleições foi
comemorado por líderes da extrema-direita em todo o mundo. O presidente da
Argentina, Javier Milei, afirmou que “grandes notícias” chegam da Europa. Já
Jair Bolsonaro (PL) disse que o avanço da extrema-direita foi uma “vitória do
povo”.
Ex-presidente da Rússia afirmou que o presidente
francês e o chanceler alemão vão "para o lixo da história"
Ex-presidente da Rússia e atualmente vice-presidente do Conselho
de Segurança do país, Dmitry Medvedev comentou pelo X, antigo Twitter, nesta
segunda-feira (10) o avanço da extrema direita no parlamento europeu e a
consequente derrota do presidente da França, Emmanuel Macron, e do chanceler
alemão, Olaf Scholz.
Na postagem, Medvedev sugere que Macron e Scholz estão
sendo punidos pela população de seus países por terem se aliado à Ucrânia na
guerra contra a Rússia, ignorando os interesses de suas próprias nações.
"Bem, bem, Macron e Scholz, que não são respeitados por ninguém, viram os
resultados das eleições para o Parlamento Europeu? Eles refletem a sua política
inepta de apoiar as autoridades na Ucrânia, às custas de seus próprios
cidadãos, além da sua política econômica e migratória idiota! Esperem para ver
o que vem a seguir!".
"É hora de se aposentar",
escreveu ainda o líder russo, afirmando que Macron e Scholz vão "para o
lixo da história".
Saiba mais: Reuters - Os
partidos da direita tradicional europeia, os de centro, liberais e
social-democratas se credenciaram nas eleições deste domingo (9) a manter uma
maioria no parlamento de 720 assentos. Mas a eleição acarretou uma séria
derrota nos líderes da França e da Alemanha, levantando questões sobre como as
principais potências da União Europeia podem conduzir políticas no bloco.
Os avanços da extrema direita nas votações para o
Parlamento Europeu no domingo (9) levaram um ferido presidente francês Emmanuel
Macron a convocar uma eleição nacional antecipada e aumentaram a incerteza
sobre a futura direção política da Europa. Fazendo uma aposta arriscada para
tentar restabelecer sua autoridade, Macron convocou uma eleição parlamentar,
com o primeiro turno em 30 de junho.
Assim como Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz também teve
uma noite dolorosa, onde seus social-democratas obtiveram o pior resultado de
sua história, sofrendo nas mãos dos conservadores tradicionais e da extrema
direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
Enquanto isso, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni
viu sua posição fortalecida com seu grupo arquiconservador Irmãos da Itália
ganhando a maioria dos votos, mostraram as pesquisas de boca de urna.
O Partido Popular Europeu (PPE) de direita será a maior família
política na nova legislatura, ganhando cinco assentos para ter 189 deputados,
mostrou uma pesquisa de boca de urna centralizada.
Na Polônia, a Coalizão Cívica centrista do
primeiro-ministro Donald Tusk, membro do PPE, estava prestes a vencer a votação
europeia. Na Espanha, o Partido Popular de centro-direita, também parte do PPE,
saiu vitorioso, superando o primeiro-ministro socialista Pedro Sanchez.
Esses resultados foram boas notícias para Ursula von der Leyen,
que busca um segundo mandato de cinco anos no comando do poderoso braço
executivo da UE.
E ela foi rápida em se apresentar como um escudo contra
extremos. "Nenhuma maioria pode ser formada sem o PPE e juntos
construiremos um bastião contra os extremos da esquerda e da direita",
disse ela aos apoiadores no evento noturno do PPE em Bruxelas.
Ela acrescentou, mais tarde na noite: "Mas também é verdade
que os extremos, tanto da esquerda quanto da direita, ganharam apoio e é por
isso que o resultado vem com grande responsabilidade para os partidos do
centro."
Von der Leyen ainda pode precisar do apoio de alguns
nacionalistas de direita, como os Irmãos da Itália de Meloni, para garantir uma
maioria parlamentar, dando a Meloni e seus aliados do Conservadores e
Reformistas Europeus (ECR) mais influência.
Os socialistas e democratas de centro-esquerda estão
prestes a ser a segunda maior família política, mesmo perdendo quatro
parlamentares, terminando com 135.
Observadores políticos atribuem a mudança para a direita
ao aumento do custo de vida, preocupações com a migração e o custo da transição
verde, bem como a guerra na Ucrânia.
Grupos nacionalistas eurocéticos ECR e Identidade e
Democracia (ID) e legisladores de extrema direita ainda não afiliados a uma
família política da UE, da AfD da Alemanha, garantiram juntos 146 assentos, um
ganho de 19, mostrou a pesquisa centralizada de boca de urna.
A pesquisa projetou que os partidos pró-europeus de
centro-direita, centro-esquerda, liberais e verdes manterão a maioria de 460
assentos, mas uma maioria reduzida em comparação com os 488 da câmara anterior
de 705 deputados.
Na Áustria, a contagem de votos nas seções eleitorais no
domingo, mais uma projeção para votos por correspondência, confirmou que o
Partido da Liberdade de extrema direita venceu, mas por uma margem menor do que
havia sido previsto, disse a emissora nacional ORF.
Nos Países Baixos, estimativas baseadas na maioria dos
votos contados confirmaram pesquisas de boca de urna que mostraram que uma
combinação do Partido Trabalhista/Esquerda Verde estava prestes a ganhar oito
assentos, ligeiramente à frente dos seis assentos do partido anti-imigração de
Geert Wilders.
Aumento
da inflação, apoio incondicional à Ucrânia e cegueira diante do genocídio na
Palestina são alguns dos motivos
O
presidente francês, Emmanuel Macron, enfrentou um recente revés eleitoral, e o
comentarista político Alex Barnicoat apresenta uma análise dos possíveis
motivos por trás desse resultado.
Segundo Barnicoat, um dos principais
fatores que contribuíram para o fracasso eleitoral de Macron foi o aumento
significativo da taxa de inflação na França durante seu mandato. Esse aumento
gerou descontentamento público e contribuiu para uma imagem negativa do
presidente.
Além
disso, Barnicoat aponta para a postura de Macron em relação à crise na Ucrânia
como outro motivo para a insatisfação do eleitorado. O presidente francês foi
criticado por sua abordagem agressiva, incluindo o envio de armas e tropas da
OTAN para o país, o que dividiu a opinião pública.
Outro ponto de crítica levantado por
Barnicoat é a política de Macron em relação a Israel e à Palestina. Apesar do
apoio significativo da população francesa ao reconhecimento da Palestina como
estado, Macron recusou-se a tomar essa medida, o que alienou parte do
eleitorado.
Essas questões, de acordo com Barnicoat,
contribuíram para o resultado desfavorável nas eleições e destacam os desafios
que Macron enfrenta para reconquistar a confiança do eleitorado. Confira:
Professores universitários estão em greve há mais
de 50 dias, e os técnicos-administrativos há quase 90 dias
Nesta segunda-feira (10), em meio à greve de docentes e
técnicos-administrativos das universidades federais, o presidente Lula (PT) se
reúne com reitores das universidades e institutos federais para discutir o
futuro do financiamento e da infraestrutura dessas instituições. O encontro,
realizado no Palácio do Planalto, contará com a presença dos ministros Camilo
Santana (Educação) e Esther Dweck (Gestão), e terá como um dos focos
principais, segundo o Metrópoles, o orçamento das universidades públicas, uma questão urgente
diante da crescente insatisfação da comunidade acadêmica.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior (Andifes) aproveitará a oportunidade para
pressionar por um aumento significativo no orçamento destinado às
universidades. Atualmente, o orçamento federal para 2024 está fixado em R$ 6
bilhões, mas a Andifes argumenta que, para garantir a operação adequada e o
desenvolvimento das instituições, seriam necessários pelo menos R$ 8,5 bilhões
— um acréscimo de aproximadamente R$ 2,5 bilhões em relação ao valor previsto.
Esse pedido vem em um momento crítico. No início de 2024, cortes
na Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovados pelo Congresso Nacional reduziram
ainda mais os recursos, inicialmente deixando as universidades com apenas R$
5,8 bilhões. Somente após negociações com o Ministério da Educação (MEC) foi
possível recompor parte desse valor, alcançando os atuais R$ 6 bilhões — ainda
insuficientes segundo a Andifes. Em 2023, o orçamento foi de R$ 6,2 bilhões,
evidenciando uma tendência preocupante de redução de recursos.
A reunião ocorre em um cenário de tensão crescente.
Professores universitários estão em greve há mais de 50 dias, e os
técnicos-administrativos há quase 90 dias. Ambos os grupos reivindicam não
apenas melhores salários e a reestruturação de suas carreiras, mas também um
aumento substancial nos investimentos para as universidades. A escassez de
recursos, alegam, está afetando não só a capacidade de conduzir pesquisas, mas
também a manutenção básica dos campi.
O movimento grevista reflete uma "genuína
insatisfação" dos docentes, segundo líderes sindicais, que se dizem
desiludidos com a falta de avanços significativos sob o governo Lula. Os
professores destacam que, apesar de terem apoiado fortemente a eleição do atual
governo, as promessas de melhoria nas condições de trabalho e financiamento
ainda não se materializaram de forma satisfatória.
Durante o encontro, o presidente Lula também planeja
apresentar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) específico para
universidades e hospitais universitários. Essa iniciativa visa a um grande
investimento em infraestrutura, com o objetivo de modernizar e expandir as
instalações educacionais e de saúde mantidas pelas universidades federais.
O PAC, anunciado como parte de um esforço mais amplo do governo
para estimular o desenvolvimento econômico e social, promete injetar um total
de R$ 1,7 trilhão em todo o país nos próximos anos. Desses, R$ 1,3 trilhão
estão previstos para serem aplicados até 2026, com mais R$ 0,4 trilhão
planejados para depois desse período. Esse montante será dividido entre
investimentos públicos e parcerias com o setor privado, além da cooperação com
estados, municípios e movimentos sociais.
Fontes indicam que o governo federal vê nesta reunião uma
oportunidade de negociar o fim da greve dos professores e técnicos. Nos últimos
dias, uma comitiva de dirigentes da greve reuniu-se com a Comissão Executiva
Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) na tentativa de buscar um
acordo.
A expectativa é que as discussões desta
segunda resultem em avanços concretos que possam satisfazer pelo menos parte
das demandas das universidades e de seus servidores, permitindo que o ano
letivo possa ser concluído sem maiores interrupções.