segunda-feira, 10 de junho de 2024

Gleisi pede apoio aos canais progressistas no combate à extrema-direita. Youtubers querem Lula nas redes

 

Os meios de comunicação progressistas, apesar de não terem o devido apoio, tiveram um papel crucial no pleito de 2022, e serão decisivos novamente em 2024

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, atendeu a um antigo clamor de vários influenciadores e youtubers progressistas: apoio nas plataformas digitais para combater a ideologia extremista de direita. Gleisi divulgou um conteúdo do comunicador de esquerda João Antônio visando a mobilização da base em páginas progressistas, estimulando a participação e consequentemente ampliando o alcance nas mídias sociais.

"É improvável que, ao passo em que os canais de extrema-direita recebem respaldo dos políticos alinhados a eles, fiquemos solitários nesse embate. Gleisi entendeu e agora estimula a militância a nos apoiar", explicou.

O apresentador destacou que o próprio Jair Bolsonaro (PL) compartilha os conteúdos de seus apoiadores. Um exemplo é Luis Ernesto Lacombe, que, após uma divulgação feita por Bolsonaro, viu seu canal aumentar para mais de 1 milhão de inscritos em um curto período de tempo.

"Está fazendo falta o presidente Lula se juntar à internet, adentrar de forma completa na era digital e compreender que cada eleitor possui um smartphone à disposição. Não adianta confrontar as grandes empresas de tecnologia, é preciso nos unirmos para vencer Bolsonaro e os seus candidatos mais uma vez. A internet desempenhará um papel crucial na próxima eleição, especialmente em São Paulo", declarou.

Os meios de comunicação progressistas e os formadores de opinião de esquerda, apesar de não terem o devido apoio, tiveram um papel crucial no pleito de 2022, ao enfrentarem as informações falsas propagadas pela extrema-direita, ao defenderem o sistema democrático e, principalmente, na vitória do presidente Lula.

"São diversos canais com uma grande quantidade de visualizações diárias. Quase todos possuem cerca de um milhão de inscritos, e alguns até ultrapassam esse número. É algo significativo. Torcemos para que mais políticos se espelhem no exemplo de Gleisi", concluiu.

Fonte: Brasil 247

 

Haddad retoma articulação política em Brasília após viagem internacional

 

Uma das prioridades do ministro é a medida provisória que visa compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, além da reforma tributária sobre o consumo

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

 Após 10 dias de agendas em São Paulo e compromissos internacionais na Europa, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, retorna a Brasília. Seu retorno ocorre em um contexto onde parlamentares expressam insatisfação com a articulação política do governo e o difícil acesso a ministros. Na Esplanada, Haddad é reconhecido como um dos ministros mais acessíveis.

De volta à capital federal, Haddad tem em pauta a medida provisória (MP) nº 1.227/2024, que visa compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores econômicos e municípios com até 156 mil habitantes. A MP, que limita o uso de créditos tributários com o PIS/Cofins, pode gerar uma arrecadação adicional de até R$ 29,2 bilhões em 2024. No entanto, a medida já enfrenta oposição de setores que alegam potencial aumento nos preços dos produtos e prejuízos ao setor produtivo. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou que tomará ações jurídicas contra a MP, destaca o Metrópoles.

Outro desafio para Haddad é a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. O governo enviou ao Congresso dois projetos de lei complementar detalhando a reforma, um deles durante a viagem de Haddad. A administração busca aprovação dos projetos na Câmara até julho, com análise do Senado prevista para o segundo semestre. Contudo, há quem acredite que a tramitação possa ser adiada para após as eleições municipais, possivelmente até 2025.

Além disso, Haddad também tem em sua agenda projetos relacionados à pauta ambiental, incluindo iniciativas sobre hidrogênio verde.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

 

Bolsas europeias recuam com avanço da extrema direita e antecipação de eleições legislativas na França

 

Apuração inicial das eleições da União Europeia indica que partidos da extrema direita poderão exercer uma forte influência nas políticas europeias nos próximos cinco anos

Bolsa de Valores
Bolsa de Valores (Foto: Amanda Perobelli / Reuters)

As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta segunda-feira (10), reflexo das tensões políticas provocadas pelo avanço de partidos de extrema direita nas eleições parlamentares da União Europeia (UE). A instabilidade foi exacerbada pela decisão do presidente francês Emmanuel Macron de convocar eleições legislativas antecipadas, após a derrota para a extrema direita nas urnas.

Segundo o Estadão Conteúdo, por volta das 6h05 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,73%, a 519,73 pontos. O CAC 40, da França, registrava uma queda acentuada de cerca de 2%, enquanto o euro caía 0,57% frente ao dólar, sendo cotado a US$ 1,0739.

A apuração inicial das eleições da UE, que durou uma semana e foi concluída neste domingo (09), indica que partidos da extrema direita poderão exercer uma influência significativa nas políticas europeias nos próximos cinco anos. 

Ainda conforme a reportagem, as ações dos principais bancos franceses, Société Générale e BNP Paribas, despencavam 7,5% e 4,8%, respectivamente, em Paris, em resposta à instabilidade política. Às 6h21 (de Brasília), a Bolsa de Paris liderava as perdas, com queda de 2,06%, enquanto as bolsas de Londres e Frankfurt registravam recuos de 0,43% e 0,95%, respectivamente. As bolsas de Milão, Madri e Lisboa também apresentavam baixas de 1,02%, 0,88% e 0,03%.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão Conteúdo

 

Manifestantes cantam ‘Bella Ciao” no Parlamento Europeu em protesto contra o avanço da extrema-direita (vídeo)

 

A canção italiana virou símbolo de luta contra o fascismo e voltou a ser entoada após o resultado das eleições europeias

Manifestantes em frente ao Parlamento Europeu
Manifestantes em frente ao Parlamento Europeu (Foto: Reprodução / X)

Ativistas da plataforma Avaaz se reuniram em frente ao Parlamento Europeu para cantar o hino da resistência antifascista, o ‘Bella Ciao’, e o hino da União Europeia. A manifestação ocorreu após o avanço da extrema-direita nas eleições europeias em países como Alemanha, Áustria, França e Itália.

A música, composta no final do século XIX, virou um símbolo da resistência italiana contra o fascismo durante a Segunda Guerra Mundial, e passou a ser utilizada em diversas manifestações de trabalhadores e estudantes ao redor do mundo. 

O avanço da extrema-direita no Parlamento Europeu pode ter consequências no cenário político interno dos países. Na França, o presidente Emmanuel Macron convocou uma eleição nacional antecipada, em uma aposta arriscada para tentar restabelecer sua autoridade. Já o partido social-democrata do chanceler alemão, Olaf Scholz, teve o pior desempenho de sua história, sendo superado pelos conservadores tradicionais e da sigla de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

O resultado das eleições foi comemorado por líderes da extrema-direita em todo o mundo. O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que “grandes notícias” chegam da Europa. Já Jair Bolsonaro (PL) disse que o avanço da extrema-direita foi uma “vitória do povo”.

Fonte: Brasil 247

 

Medvedev diz que Macron e Scholz estão sendo punidos por se aliarem à Ucrânia em detrimento dos seus próprios cidadãos

 

Ex-presidente da Rússia afirmou que o presidente francês e o chanceler alemão vão "para o lixo da história"

Dmitry Medvedev e Emmanuel Macron
Dmitry Medvedev e Emmanuel Macron (Foto: Sputnik/Yulia Zyryanova/Pool via Reuters | Reuters/Eva Korinkova)

Ex-presidente da Rússia e atualmente vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev comentou pelo X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (10) o avanço da extrema direita no parlamento europeu e a consequente derrota do presidente da França, Emmanuel Macron, e do chanceler alemão, Olaf Scholz.

Na postagem, Medvedev sugere que Macron e Scholz estão sendo punidos pela população de seus países por terem se aliado à Ucrânia na guerra contra a Rússia, ignorando os interesses de suas próprias nações. "Bem, bem, Macron e Scholz, que não são respeitados por ninguém, viram os resultados das eleições para o Parlamento Europeu? Eles refletem a sua política inepta de apoiar as autoridades na Ucrânia, às custas de seus próprios cidadãos, além da sua política econômica e migratória idiota! Esperem para ver o que vem a seguir!".

"É hora de se aposentar", escreveu ainda o líder russo, afirmando que Macron e Scholz vão "para o lixo da história".

Saiba mais: Reuters - Os partidos da direita tradicional europeia, os de centro, liberais e social-democratas se credenciaram nas eleições deste domingo (9) a manter uma maioria no parlamento de 720 assentos. Mas a eleição acarretou uma séria derrota nos líderes da França e da Alemanha, levantando questões sobre como as principais potências da União Europeia podem conduzir políticas no bloco.

Os avanços da extrema direita nas votações para o Parlamento Europeu no domingo (9) levaram um ferido presidente francês Emmanuel Macron a convocar uma eleição nacional antecipada e aumentaram a incerteza sobre a futura direção política da Europa. Fazendo uma aposta arriscada para tentar restabelecer sua autoridade, Macron convocou uma eleição parlamentar, com o primeiro turno em 30 de junho.

Assim como Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz também teve uma noite dolorosa, onde seus social-democratas obtiveram o pior resultado de sua história, sofrendo nas mãos dos conservadores tradicionais e da extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

Enquanto isso, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni viu sua posição fortalecida com seu grupo arquiconservador Irmãos da Itália ganhando a maioria dos votos, mostraram as pesquisas de boca de urna.

O Partido Popular Europeu (PPE) de direita será a maior família política na nova legislatura, ganhando cinco assentos para ter 189 deputados, mostrou uma pesquisa de boca de urna centralizada.

Na Polônia, a Coalizão Cívica centrista do primeiro-ministro Donald Tusk, membro do PPE, estava prestes a vencer a votação europeia. Na Espanha, o Partido Popular de centro-direita, também parte do PPE, saiu vitorioso, superando o primeiro-ministro socialista Pedro Sanchez.

Esses resultados foram boas notícias para Ursula von der Leyen, que busca um segundo mandato de cinco anos no comando do poderoso braço executivo da UE.

E ela foi rápida em se apresentar como um escudo contra extremos. "Nenhuma maioria pode ser formada sem o PPE e juntos construiremos um bastião contra os extremos da esquerda e da direita", disse ela aos apoiadores no evento noturno do PPE em Bruxelas.

Ela acrescentou, mais tarde na noite: "Mas também é verdade que os extremos, tanto da esquerda quanto da direita, ganharam apoio e é por isso que o resultado vem com grande responsabilidade para os partidos do centro."

Von der Leyen ainda pode precisar do apoio de alguns nacionalistas de direita, como os Irmãos da Itália de Meloni, para garantir uma maioria parlamentar, dando a Meloni e seus aliados do Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) mais influência.

Os socialistas e democratas de centro-esquerda estão prestes a ser a segunda maior família política, mesmo perdendo quatro parlamentares, terminando com 135.

Observadores políticos atribuem a mudança para a direita ao aumento do custo de vida, preocupações com a migração e o custo da transição verde, bem como a guerra na Ucrânia.

Grupos nacionalistas eurocéticos ECR e Identidade e Democracia (ID) e legisladores de extrema direita ainda não afiliados a uma família política da UE, da AfD da Alemanha, garantiram juntos 146 assentos, um ganho de 19, mostrou a pesquisa centralizada de boca de urna.

A pesquisa projetou que os partidos pró-europeus de centro-direita, centro-esquerda, liberais e verdes manterão a maioria de 460 assentos, mas uma maioria reduzida em comparação com os 488 da câmara anterior de 705 deputados.

Na Áustria, a contagem de votos nas seções eleitorais no domingo, mais uma projeção para votos por correspondência, confirmou que o Partido da Liberdade de extrema direita venceu, mas por uma margem menor do que havia sido previsto, disse a emissora nacional ORF.

Nos Países Baixos, estimativas baseadas na maioria dos votos contados confirmaram pesquisas de boca de urna que mostraram que uma combinação do Partido Trabalhista/Esquerda Verde estava prestes a ganhar oito assentos, ligeiramente à frente dos seis assentos do partido anti-imigração de Geert Wilders.

Fonte: Brasil 247

 

Entenda por que Macron fracassou eleitoralmente

 

Aumento da inflação, apoio incondicional à Ucrânia e cegueira diante do genocídio na Palestina são alguns dos motivos

Emmanuel Macron
Emmanuel Macron (Foto: Kay Nietfeld/Pool via Reuters)

O presidente francês, Emmanuel Macron, enfrentou um recente revés eleitoral, e o comentarista político Alex Barnicoat apresenta uma análise dos possíveis motivos por trás desse resultado.

Segundo Barnicoat, um dos principais fatores que contribuíram para o fracasso eleitoral de Macron foi o aumento significativo da taxa de inflação na França durante seu mandato. Esse aumento gerou descontentamento público e contribuiu para uma imagem negativa do presidente.

Além disso, Barnicoat aponta para a postura de Macron em relação à crise na Ucrânia como outro motivo para a insatisfação do eleitorado. O presidente francês foi criticado por sua abordagem agressiva, incluindo o envio de armas e tropas da OTAN para o país, o que dividiu a opinião pública.

Outro ponto de crítica levantado por Barnicoat é a política de Macron em relação a Israel e à Palestina. Apesar do apoio significativo da população francesa ao reconhecimento da Palestina como estado, Macron recusou-se a tomar essa medida, o que alienou parte do eleitorado.

Essas questões, de acordo com Barnicoat, contribuíram para o resultado desfavorável nas eleições e destacam os desafios que Macron enfrenta para reconquistar a confiança do eleitorado. Confira:

 

Fonte: Brasil 247

Em meio à greve de professores, Lula se reúne com reitores e anuncia o PAC Universidades

 

Professores universitários estão em greve há mais de 50 dias, e os técnicos-administrativos há quase 90 dias

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Nesta segunda-feira (10), em meio à greve de docentes e técnicos-administrativos das universidades federais, o presidente Lula (PT) se reúne com reitores das universidades e institutos federais para discutir o futuro do financiamento e da infraestrutura dessas instituições. O encontro, realizado no Palácio do Planalto, contará com a presença dos ministros Camilo Santana (Educação) e Esther Dweck (Gestão), e terá como um dos focos principais, segundo o Metrópoles, o orçamento das universidades públicas, uma questão urgente diante da crescente insatisfação da comunidade acadêmica.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) aproveitará a oportunidade para pressionar por um aumento significativo no orçamento destinado às universidades. Atualmente, o orçamento federal para 2024 está fixado em R$ 6 bilhões, mas a Andifes argumenta que, para garantir a operação adequada e o desenvolvimento das instituições, seriam necessários pelo menos R$ 8,5 bilhões — um acréscimo de aproximadamente R$ 2,5 bilhões em relação ao valor previsto.

Esse pedido vem em um momento crítico. No início de 2024, cortes na Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovados pelo Congresso Nacional reduziram ainda mais os recursos, inicialmente deixando as universidades com apenas R$ 5,8 bilhões. Somente após negociações com o Ministério da Educação (MEC) foi possível recompor parte desse valor, alcançando os atuais R$ 6 bilhões — ainda insuficientes segundo a Andifes. Em 2023, o orçamento foi de R$ 6,2 bilhões, evidenciando uma tendência preocupante de redução de recursos.

A reunião ocorre em um cenário de tensão crescente. Professores universitários estão em greve há mais de 50 dias, e os técnicos-administrativos há quase 90 dias. Ambos os grupos reivindicam não apenas melhores salários e a reestruturação de suas carreiras, mas também um aumento substancial nos investimentos para as universidades. A escassez de recursos, alegam, está afetando não só a capacidade de conduzir pesquisas, mas também a manutenção básica dos campi.

O movimento grevista reflete uma "genuína insatisfação" dos docentes, segundo líderes sindicais, que se dizem desiludidos com a falta de avanços significativos sob o governo Lula. Os professores destacam que, apesar de terem apoiado fortemente a eleição do atual governo, as promessas de melhoria nas condições de trabalho e financiamento ainda não se materializaram de forma satisfatória.

Durante o encontro, o presidente Lula também planeja apresentar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) específico para universidades e hospitais universitários. Essa iniciativa visa a um grande investimento em infraestrutura, com o objetivo de modernizar e expandir as instalações educacionais e de saúde mantidas pelas universidades federais.

O PAC, anunciado como parte de um esforço mais amplo do governo para estimular o desenvolvimento econômico e social, promete injetar um total de R$ 1,7 trilhão em todo o país nos próximos anos. Desses, R$ 1,3 trilhão estão previstos para serem aplicados até 2026, com mais R$ 0,4 trilhão planejados para depois desse período. Esse montante será dividido entre investimentos públicos e parcerias com o setor privado, além da cooperação com estados, municípios e movimentos sociais.

Fontes indicam que o governo federal vê nesta reunião uma oportunidade de negociar o fim da greve dos professores e técnicos. Nos últimos dias, uma comitiva de dirigentes da greve reuniu-se com a Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) na tentativa de buscar um acordo. 

A expectativa é que as discussões desta segunda resultem em avanços concretos que possam satisfazer pelo menos parte das demandas das universidades e de seus servidores, permitindo que o ano letivo possa ser concluído sem maiores interrupções. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Presidente da Comissão Europeia busca aliados de centro após conquistas da extrema-direita

 

Mudança para a direita pode dificultar a aprovação de novas leis na área de segurança, mudanças climáticas ou à concorrência industrial da China e dos Estados Unidos

(Foto: Divulgação)

Reuters - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, começou a tentar formar uma coalizão na segunda-feira, depois que a extrema-direita obteve ganhos em uma eleição para o Parlamento Europeu, estimulando o presidente francês Emmanuel Macron a convocar uma votação nacional antecipada.

Uma mudança para a direita dentro do Parlamento Europeu pode dificultar a aprovação de novas leis para responder aos desafios de segurança, ao impacto das mudanças climáticas ou à concorrência industrial da China e dos Estados Unidos.

Von der Leyen, a presidente alemã do poderoso órgão executivo da União Europeia, saiu fortalecida da eleição de quatro dias em 27 países, que terminou no domingo, quando seu Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, ganhou assentos.

Mas para garantir um segundo mandato de cinco anos, von der Leyen precisa do apoio da maioria dos líderes nacionais da UE e de uma maioria de trabalho no Parlamento Europeu.

Os resultados provisórios de segunda-feira deram aos principais partidos que apoiaram von der Leyen da última vez - o PPE, os socialistas e os liberais - um total de 402 assentos na câmara de 720 membros.

Mas esse número é amplamente considerado em Bruxelas como uma maioria muito apertada. Portanto, von der Leyen também pode entrar em contato com os Verdes, que sofreram grandes perdas, e com a primeira-ministra nacionalista da Itália, Giorgia Meloni, com quem ela tem trabalhado em estreita colaboração.

No final da noite de domingo, von der Leyen disse que começaria tentando reconstruir a base parlamentar de seu último mandato.

"Tenho trabalhado para construir uma ampla maioria de forças pró-europeias. E é por isso que, a partir de amanhã, entraremos em contato com as grandes famílias políticas com as quais formamos a plataforma", afirmou ela aos repórteres em Bruxelas.

Von der Leyen indicou que conversaria com outras pessoas após essas consultas iniciais, mantendo suas opções em aberto.

Ela disse que pretende trabalhar com aqueles que são "pró-europeus, pró-Ucrânia e pró-estado de direito" - uma descrição que ela deixou claro que acha que se aplica ao Irmãos de Itália, de Meloni, mas não a alguns outros partidos de extrema-direita.

No entanto, socialistas, liberais e os verdes já declararam que não trabalharão com a extrema-direita, o que torna extremamente delicados os esforços de von der Leyen para a formação de coalizões.

Meloni também manteve suas opções em aberto na segunda-feira, dizendo que era muito cedo para decidir sobre um segundo mandato para von der Leyen.

Os partidos nacionalistas, populistas e céticos em relação à UE estão em vias de conquistar cerca de um quarto dos assentos na assembleia da UE.

Analistas políticos atribuem a mudança geral para a direita ao aumento do custo de vida, às preocupações com a imigração e ao custo da transição verde, bem como à guerra na Ucrânia - preocupações que os partidos nacionalistas e populistas aproveitaram.

No entanto, a influência exata que esses partidos exercerão dependerá de sua capacidade de superar as diferenças. Atualmente, eles estão divididos entre duas famílias políticas e, por enquanto, alguns partidos e parlamentares estão fora desses agrupamentos.

Os resultados provisórios mostraram que o PPE conquistou 185 cadeiras, os socialistas 137 e os liberais 80.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Glauber Braga pede unidade da esquerda para barrar o avanço da extrema direita e alerta: 'olhem aí as eleições europeias'

 

"Ou fortalecemos na esquerda a linha anti-sistema ou é só esperar a tragédia anunciada", disse o parlamentar

Dep. Glauber Braga (PSOL - RJ)
Dep. Glauber Braga (PSOL - RJ) (Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados)

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) usou as redes sociais para pedir unidade à esquerda de maneira a barrar o avanço da extrema direita no Brasil. Segundo o parlamentar, a união entre a “velha direita com a centro-esquerda” é uma tática de curta duração, a exemplo do resultado das eleições na Europa.

“O abraço desesperado da velha direita com a centro-esquerda da ordem no mundo pode ser opção tática contra a extrema-direita, mas é paliativo de curta duração. Olhem aí as eleições europeias. Ou fortalecemos na esquerda a linha anti-sistema ou é só esperar a tragédia anunciada”, escreveu Braga no X, antigo Twitter.

Fonte: Brasil 247

Brasil deve surpreender novamente e crescimento pode chegar a 2,7% em 2024, prevê o Bank of America

 

Chefe de economia para Brasil e estratégia para América Latina, David Beker destaca a alta do PIB potencial, que indica o quanto uma economia pode crescer sem gerar inflação

(Foto: Ricardo Stuckert)

O Bank of America (BofA) mais uma vez se destaca entre as instituições financeiras ao prever um crescimento mais robusto para a economia brasileira em 2024. O banco americano aponta para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2,7%, acima da mediana de 2,05% esperada pelo mercado, segundo o Boletim Focus do Banco Central.

Em 2023, o desempenho do PIB brasileiro já havia superado expectativas, crescendo 2,9% e surpreendendo analistas globais. Naquele ano, o BofA foi um dos primeiros a revisar suas estimativas para cima, ainda no primeiro semestre, captando sinais de um ritmo de crescimento mais acelerado do que o esperado.

Para 2024, a visão otimista do BofA, segundo o chefe de economia para Brasil e estratégia para América Latina, David Beker, em entrevista à Folha de S. Paulo, baseia-se em uma série de fatores que, segundo ele, indicam um aumento na capacidade de crescimento do Brasil — o chamado PIB potencial. Beker explica que o PIB potencial reflete o quanto uma economia pode crescer sem gerar inflação quando todos os recursos estão plenamente alocados.

Beker argumenta que a economia brasileira está em um ponto de inflexão positivo, apoiado por ganhos de produtividade e uma taxa de desemprego estrutural que não pressiona a inflação. Segundo ele, o PIB potencial brasileiro subiu para 2,2%, comparado aos 1,7% da última década. A taxa de desemprego estrutural, que seria o nível de desemprego que não provoca inflação, foi estimada pelo BofA em 7,5%, valor coincidente com os dados mais recentes do IBGE de abril deste ano.

Essa nova avaliação é suportada por evidências concretas: desde o fim da pandemia, os dados trimestrais têm consistentemente superado as expectativas, a inflação tem mostrado tendência de queda e o mercado de trabalho permanece resiliente. "A gente entende a fragilidade dessas projeções. Mas uma coisa é certa: o mercado tem sido surpreendido para cima. Não é de hoje, já há vários trimestres", pondera Beker, referindo-se ao desempenho econômico acima do esperado.

O crescimento de 0,8% no PIB do primeiro trimestre de 2024, divulgado recentemente, está em linha com a previsão anual de 2,7% do BofA. Mesmo diante de desafios recentes, como a tragédia no Rio Grande do Sul, que trouxe riscos de baixa para a economia, a instituição mantém sua perspectiva otimista. David Beker ressalta que a projeção do BofA coloca a instituição na "ponta otimista" do mercado. No entanto, ele acredita que a resiliência da economia brasileira e os ajustes estruturais positivos justificam essa posição.

A previsão do Bank of America também supera a do próprio governo brasileiro, que estima um crescimento de 2,5% para este ano. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Eleição municipal deste ano pode ter 2º turno em mais de 100 cidades e em todas as capitais

 

Segundo a lei, o segundo turno é disputado em cidades com mais de 200 mil eleitores

Eleitores vão ás urnas para as eleições municipais 2020
Eleitores vão ás urnas para as eleições municipais 2020 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) 

Pela primeira vez, uma eleição municipal terá mais de 100 cidades que superarão os 200 mil eleitores, o que as fará escolher seus futuros prefeitos com a opção de dois turnos, aponta reportagem da Folha de S.Paulo.

Segundo os dados de eleitorado disponíveis no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até abril, serão 102 municípios aptos a realizar o segundo turno deste ano. Este número vem crescendo desde 1996, último dado que a Justiça Eleitoral possui, quando eram 47 as cidades que decidiam quem os representaria em duas idas à urna. 

Em 2020, última eleição local do país, foram 95 os locais em que os eleitores tiveram dois turnos. 

Além disso, pela primeira vez todas as capitais brasileiras poderão ter segundo turno. No ano passado, a única que ficou de fora foi Palmas, que em 2020 registrou cerca de 180 mil eleitores, e agora, segundo os dados da corte eleitoral, tem 207 mil.

Como estas cidades possuem sozinhas um alto número de eleitores, o PT de Lula e o PL de Jair Bolsonaro, que encarnam a polarização no país hoje, devem disputá-las, já calculando seus históricos na eleição passada.

Fonte: Brasil 247 com informações da folha de S. Paulo

Deputados federais se posicionam contra privatização de escolas no Paraná

 


A privatização das escolas no Paraná, aprovada na semana passada, repercutiu em Brasília. Praticamente todos os deputados federais do PT no estado se manifestaram contrários à medida. Gleisi Hoffmann, presidente nacional da legenda, Carol DartoraTadeu Veneri Elton Welter tiveram posicionamentos contundentes sobre o tema. Aliel Machado (PV) e Luciano Ducci (PSB), que integram a base de apoio de Lula no Congresso, também se pronunciaram contrários ao projeto.

Confira o que disseram os deputados:

Gleisi Hoffmann: “A tentativa de privatização de escolas no Paraná é um escândalo e não vamos permitir que o desgoverno de Ratinho Júnior desmonte a educação pública do nosso estado dessa forma criminosa. Seguimos ao lado da APP-Sindicato contra essa sabotagem contra um direito de todos e dever do estado”.

Carol DartoraEducação não é mercadoria, é direito! Lutamos contra o projeto de lei do governo Ratinho Júnior que quer privatizar a educação pública no Paraná. Professoras, professores, estudantes, profissionais da educação de todo o estado e movimentos sociais se uniram exigindo a retirada do PL 345/2024″.

Tadeu Veneri“É mais um tratoraço de Ratinho Junior para desmontar o sistema público de educação no Paraná. Não podemos deixar que o governo repita o processo fake da criação do programa das escolas cívico-militares, quando fez de conta que consultou a comunidade escolar que, em sua maioria, nem foi chamada para votar”.

Elton Welter: Projeto privatista ameaça educação pública do Paraná. Educação não é para gerar lucro para empresa dos amigos. Educação não pode ser tratada como mercadoria. POIS É DIREITO.Estamos juntos nesta batalha pela qualidade e pela gestão pública das nossas escolas! Vamos lutar para garantir uma educação justa e acessível para todos!”

Aliel Machado“DIA TRISTE PARA A EDUCAÇÃO DO PR. O projeto aprovado pela Assembleia permite que empresas usem o seu, o nosso dinheiro, para entregar para nas mãos da iniciativa privada. É ruim para a Educação, que não pode ser tratada como mercadoria”.

Lucano Ducci“Reafirmo que sou CONTRA a privatização das escolas públicas estaduais do Paraná. Educação não é mercadoria, é um direito fundamental que deve ser acessível a todos. O projeto de privatização do governador Ratinho Jr. é ilegal e inconstitucional, colocando em risco o futuro da educação para alunos e servidores. Vamos lutar pela educação pública de qualidade no Paraná até o fim!”

O assunto também chegou até o MEC, por meio de ofício enviado pela deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT-PR), denunciando o caso. Na Assembleia Legislativa do Paraná a bancada de Oposição impôs forte resistência ao projeto de Ratinho Jr.

Fonte: Site Reverbero

 

Mesmo com ministérios e emendas, partidos aliados reduzem apoio ao governo Lula no Congresso

 

MDB, PSD, PP, União Brasil e Republicanos - todos com representantes na Esplanada - reduziram seu apoio ao governo federal no Congresso, mostra levantamento

Lula em Brasília
Lula em Brasília (Foto: Ricardo Stuckert)

Em seu terceiro mandato, o presidente Lula (PT) enfrenta uma realidade desafiadora no Congresso Nacional. Mesmo com a experiência acumulada em seus mandatos anteriores, o petista se depara com dificuldades significativas para aprovar projetos que transcendem a agenda econômica. A recente votação no Congresso, que resultou em derrotas importantes, evidenciou a necessidade de reorganização da articulação política do governo.

Análise feita pelo jornal O Globo revela que partidos aliados, mesmo com ministérios sob seu comando, têm seguido menos as orientações do Executivo. Em comparação a 2023, a taxa de adesão desses partidos às diretrizes do governo caiu consideravelmente.

O PSD, responsável por três ministérios importantes (Minas e Energia, Agricultura e Pesca), ilustra bem essa mudança. A fidelidade do partido às orientações governamentais caiu de 86% em 2023 para 74% em 2024. Um exemplo dessa dissonância foi em maio, quando o partido votou majoritariamente contra um destaque do PT no projeto anti-MST.

O MDB, também à frente de três ministérios (Transportes, Cidades e Planejamento), viu sua taxa de apoio cair de 81% para 69% no mesmo período. Segundo o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), o partido tem cumprido seu papel nas pautas econômicas prioritárias, mas enfrenta dificuldades em manter a unidade devido à diversidade de suas bancadas, incluindo membros que ainda possuem vínculos com o bolsonarismo, como o ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS).

O Republicanos, que controla o Ministério de Portos e Aeroportos, também registrou uma queda na adesão às orientações do governo, de 77% em 2023 para 70% este ano. O vice-líder da legenda na Câmara, Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), justifica a queda como uma coincidência dos temas votados, destacando a postura independente do partido.

O União Brasil e o PP, ambos com ministérios no governo, também mostraram uma redução no apoio às pautas governamentais. A taxa de alinhamento do União Brasil caiu de 71% para 63%, enquanto a do PP diminuiu de 75% para 65%. O líder do União Brasil, Elmar Nascimento (União-BA), mencionou que questões sociais controversas, como o aborto e a “saidinha” de presos, são monitoradas de perto pelos eleitores, dificultando o controle do governo sobre os votos.

Mesmo com um aumento na liberação de emendas parlamentares — R$ 19,8 bilhões até o momento — a adesão dos partidos não acompanhou a liberação desses recursos. Em abril, o governo federal empenhou R$ 13 bilhões, mas, em maio, enfrentou um dos piores desempenhos na Câmara. Isso sugere que a estratégia de liberar emendas, tradicionalmente utilizada para garantir apoio, não tem surtido o efeito desejado.

As emendas especiais, popularmente conhecidas como "Emendas Pix", e as emendas de comissão não foram repassadas com a mesma velocidade, o que pode estar contribuindo para a falta de apoio consistente no Congresso. Até agora, não houve empenhos significativos das transferências especiais, e das emendas de comissão, apenas R$ 3,4 bilhões dos R$ 15,3 bilhões previstos foram empenhados.

Diante desse cenário, aliados de Lula defendem a necessidade de encontros regulares entre o presidente e os líderes dos partidos aliados para consolidar a base no Congresso. Jaques Wagner, líder do governo no Senado, sugere uma abordagem mais direta, cobrando um comprometimento mais firme dos partidos.

Com projetos cruciais como a regulamentação da reforma tributária e o Mover, que inclui a “taxa da blusinha”, em tramitação, a urgência para reorganizar a base e garantir apoio é evidente.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo