Mudança no perfil indica que cada vez mais mulheres conseguem superar os obstáculos e se firmar como donas de negócios, com mais de 3,5 anos de atividade
Agência Sebrae - O bom momento vivido pela economia brasileira em
2023, quando o país encerrou o ano próximo à situação de pleno emprego, causou
um impacto direto sobre o perfil das mulheres no universo do empreendedorismo.
Entre 2022 e o ano passado, o Brasil registrou um crescimento na participação
feminina no contingente dos chamados empreendedores estabelecidos (com mais de
3,5 anos de empreendedorismo).
Esse quadro aponta para um aumento do
volume de empreendedoras com maior maturidade e experiência na atividade
empresarial. Por outro lado, houve uma queda de 4 pontos percentuais na
proporção de empreendedoras entre os donos de negócio em estágio inicial (com
até 3,5 anos de atividade). Os dados são da pesquisa Global Entrepreneurship
Monitor (GEM), conduzida pela Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em
Empreendedorismo (Anegepe), em parceria com o Sebrae.
Segundo o levantamento, embora os homens continuem liderando
entre os empreendedores estabelecidos – eles são 65% do total –, houve um
crescimento de aproximadamente 18% na proporção de empreendedoras estabelecidas
quando comparado ao ano de 2022.
Pelo quarto ano consecutivo, caiu a proporção de mulheres
no grupo dos “Empreendedores Iniciais” (entre 2022 e 2023, passou de 44,2% para
40,2% da população de mulheres em idade economicamente ativa). Em 2023, as
donas de negócio estabelecidas representavam aproximadamente 35% dos
empreendedores estabelecidos. Em 2022 essa proporção era de 33,7%
Pesquisa GEM
A Pesquisa GEM é considerada a principal pesquisa sobre
empreendedorismo no mundo. Realizada anualmente há 24 anos, já participaram
mais de 110 países, o que representa mais de 95% do PIB mundial. No Brasil, em
2023, foram entrevistados 2 mil adultos e 52 especialistas. O Brasil é um dos
poucos países que participou de todas as edições.
Fonte: Brasil 247 com Agência Sebrae