segunda-feira, 10 de junho de 2024

Presidente da Comissão Europeia busca aliados de centro após conquistas da extrema-direita

 

Mudança para a direita pode dificultar a aprovação de novas leis na área de segurança, mudanças climáticas ou à concorrência industrial da China e dos Estados Unidos

(Foto: Divulgação)

Reuters - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, começou a tentar formar uma coalizão na segunda-feira, depois que a extrema-direita obteve ganhos em uma eleição para o Parlamento Europeu, estimulando o presidente francês Emmanuel Macron a convocar uma votação nacional antecipada.

Uma mudança para a direita dentro do Parlamento Europeu pode dificultar a aprovação de novas leis para responder aos desafios de segurança, ao impacto das mudanças climáticas ou à concorrência industrial da China e dos Estados Unidos.

Von der Leyen, a presidente alemã do poderoso órgão executivo da União Europeia, saiu fortalecida da eleição de quatro dias em 27 países, que terminou no domingo, quando seu Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, ganhou assentos.

Mas para garantir um segundo mandato de cinco anos, von der Leyen precisa do apoio da maioria dos líderes nacionais da UE e de uma maioria de trabalho no Parlamento Europeu.

Os resultados provisórios de segunda-feira deram aos principais partidos que apoiaram von der Leyen da última vez - o PPE, os socialistas e os liberais - um total de 402 assentos na câmara de 720 membros.

Mas esse número é amplamente considerado em Bruxelas como uma maioria muito apertada. Portanto, von der Leyen também pode entrar em contato com os Verdes, que sofreram grandes perdas, e com a primeira-ministra nacionalista da Itália, Giorgia Meloni, com quem ela tem trabalhado em estreita colaboração.

No final da noite de domingo, von der Leyen disse que começaria tentando reconstruir a base parlamentar de seu último mandato.

"Tenho trabalhado para construir uma ampla maioria de forças pró-europeias. E é por isso que, a partir de amanhã, entraremos em contato com as grandes famílias políticas com as quais formamos a plataforma", afirmou ela aos repórteres em Bruxelas.

Von der Leyen indicou que conversaria com outras pessoas após essas consultas iniciais, mantendo suas opções em aberto.

Ela disse que pretende trabalhar com aqueles que são "pró-europeus, pró-Ucrânia e pró-estado de direito" - uma descrição que ela deixou claro que acha que se aplica ao Irmãos de Itália, de Meloni, mas não a alguns outros partidos de extrema-direita.

No entanto, socialistas, liberais e os verdes já declararam que não trabalharão com a extrema-direita, o que torna extremamente delicados os esforços de von der Leyen para a formação de coalizões.

Meloni também manteve suas opções em aberto na segunda-feira, dizendo que era muito cedo para decidir sobre um segundo mandato para von der Leyen.

Os partidos nacionalistas, populistas e céticos em relação à UE estão em vias de conquistar cerca de um quarto dos assentos na assembleia da UE.

Analistas políticos atribuem a mudança geral para a direita ao aumento do custo de vida, às preocupações com a imigração e ao custo da transição verde, bem como à guerra na Ucrânia - preocupações que os partidos nacionalistas e populistas aproveitaram.

No entanto, a influência exata que esses partidos exercerão dependerá de sua capacidade de superar as diferenças. Atualmente, eles estão divididos entre duas famílias políticas e, por enquanto, alguns partidos e parlamentares estão fora desses agrupamentos.

Os resultados provisórios mostraram que o PPE conquistou 185 cadeiras, os socialistas 137 e os liberais 80.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Glauber Braga pede unidade da esquerda para barrar o avanço da extrema direita e alerta: 'olhem aí as eleições europeias'

 

"Ou fortalecemos na esquerda a linha anti-sistema ou é só esperar a tragédia anunciada", disse o parlamentar

Dep. Glauber Braga (PSOL - RJ)
Dep. Glauber Braga (PSOL - RJ) (Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados)

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) usou as redes sociais para pedir unidade à esquerda de maneira a barrar o avanço da extrema direita no Brasil. Segundo o parlamentar, a união entre a “velha direita com a centro-esquerda” é uma tática de curta duração, a exemplo do resultado das eleições na Europa.

“O abraço desesperado da velha direita com a centro-esquerda da ordem no mundo pode ser opção tática contra a extrema-direita, mas é paliativo de curta duração. Olhem aí as eleições europeias. Ou fortalecemos na esquerda a linha anti-sistema ou é só esperar a tragédia anunciada”, escreveu Braga no X, antigo Twitter.

Fonte: Brasil 247

Brasil deve surpreender novamente e crescimento pode chegar a 2,7% em 2024, prevê o Bank of America

 

Chefe de economia para Brasil e estratégia para América Latina, David Beker destaca a alta do PIB potencial, que indica o quanto uma economia pode crescer sem gerar inflação

(Foto: Ricardo Stuckert)

O Bank of America (BofA) mais uma vez se destaca entre as instituições financeiras ao prever um crescimento mais robusto para a economia brasileira em 2024. O banco americano aponta para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2,7%, acima da mediana de 2,05% esperada pelo mercado, segundo o Boletim Focus do Banco Central.

Em 2023, o desempenho do PIB brasileiro já havia superado expectativas, crescendo 2,9% e surpreendendo analistas globais. Naquele ano, o BofA foi um dos primeiros a revisar suas estimativas para cima, ainda no primeiro semestre, captando sinais de um ritmo de crescimento mais acelerado do que o esperado.

Para 2024, a visão otimista do BofA, segundo o chefe de economia para Brasil e estratégia para América Latina, David Beker, em entrevista à Folha de S. Paulo, baseia-se em uma série de fatores que, segundo ele, indicam um aumento na capacidade de crescimento do Brasil — o chamado PIB potencial. Beker explica que o PIB potencial reflete o quanto uma economia pode crescer sem gerar inflação quando todos os recursos estão plenamente alocados.

Beker argumenta que a economia brasileira está em um ponto de inflexão positivo, apoiado por ganhos de produtividade e uma taxa de desemprego estrutural que não pressiona a inflação. Segundo ele, o PIB potencial brasileiro subiu para 2,2%, comparado aos 1,7% da última década. A taxa de desemprego estrutural, que seria o nível de desemprego que não provoca inflação, foi estimada pelo BofA em 7,5%, valor coincidente com os dados mais recentes do IBGE de abril deste ano.

Essa nova avaliação é suportada por evidências concretas: desde o fim da pandemia, os dados trimestrais têm consistentemente superado as expectativas, a inflação tem mostrado tendência de queda e o mercado de trabalho permanece resiliente. "A gente entende a fragilidade dessas projeções. Mas uma coisa é certa: o mercado tem sido surpreendido para cima. Não é de hoje, já há vários trimestres", pondera Beker, referindo-se ao desempenho econômico acima do esperado.

O crescimento de 0,8% no PIB do primeiro trimestre de 2024, divulgado recentemente, está em linha com a previsão anual de 2,7% do BofA. Mesmo diante de desafios recentes, como a tragédia no Rio Grande do Sul, que trouxe riscos de baixa para a economia, a instituição mantém sua perspectiva otimista. David Beker ressalta que a projeção do BofA coloca a instituição na "ponta otimista" do mercado. No entanto, ele acredita que a resiliência da economia brasileira e os ajustes estruturais positivos justificam essa posição.

A previsão do Bank of America também supera a do próprio governo brasileiro, que estima um crescimento de 2,5% para este ano. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Eleição municipal deste ano pode ter 2º turno em mais de 100 cidades e em todas as capitais

 

Segundo a lei, o segundo turno é disputado em cidades com mais de 200 mil eleitores

Eleitores vão ás urnas para as eleições municipais 2020
Eleitores vão ás urnas para as eleições municipais 2020 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) 

Pela primeira vez, uma eleição municipal terá mais de 100 cidades que superarão os 200 mil eleitores, o que as fará escolher seus futuros prefeitos com a opção de dois turnos, aponta reportagem da Folha de S.Paulo.

Segundo os dados de eleitorado disponíveis no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até abril, serão 102 municípios aptos a realizar o segundo turno deste ano. Este número vem crescendo desde 1996, último dado que a Justiça Eleitoral possui, quando eram 47 as cidades que decidiam quem os representaria em duas idas à urna. 

Em 2020, última eleição local do país, foram 95 os locais em que os eleitores tiveram dois turnos. 

Além disso, pela primeira vez todas as capitais brasileiras poderão ter segundo turno. No ano passado, a única que ficou de fora foi Palmas, que em 2020 registrou cerca de 180 mil eleitores, e agora, segundo os dados da corte eleitoral, tem 207 mil.

Como estas cidades possuem sozinhas um alto número de eleitores, o PT de Lula e o PL de Jair Bolsonaro, que encarnam a polarização no país hoje, devem disputá-las, já calculando seus históricos na eleição passada.

Fonte: Brasil 247 com informações da folha de S. Paulo

Deputados federais se posicionam contra privatização de escolas no Paraná

 


A privatização das escolas no Paraná, aprovada na semana passada, repercutiu em Brasília. Praticamente todos os deputados federais do PT no estado se manifestaram contrários à medida. Gleisi Hoffmann, presidente nacional da legenda, Carol DartoraTadeu Veneri Elton Welter tiveram posicionamentos contundentes sobre o tema. Aliel Machado (PV) e Luciano Ducci (PSB), que integram a base de apoio de Lula no Congresso, também se pronunciaram contrários ao projeto.

Confira o que disseram os deputados:

Gleisi Hoffmann: “A tentativa de privatização de escolas no Paraná é um escândalo e não vamos permitir que o desgoverno de Ratinho Júnior desmonte a educação pública do nosso estado dessa forma criminosa. Seguimos ao lado da APP-Sindicato contra essa sabotagem contra um direito de todos e dever do estado”.

Carol DartoraEducação não é mercadoria, é direito! Lutamos contra o projeto de lei do governo Ratinho Júnior que quer privatizar a educação pública no Paraná. Professoras, professores, estudantes, profissionais da educação de todo o estado e movimentos sociais se uniram exigindo a retirada do PL 345/2024″.

Tadeu Veneri“É mais um tratoraço de Ratinho Junior para desmontar o sistema público de educação no Paraná. Não podemos deixar que o governo repita o processo fake da criação do programa das escolas cívico-militares, quando fez de conta que consultou a comunidade escolar que, em sua maioria, nem foi chamada para votar”.

Elton Welter: Projeto privatista ameaça educação pública do Paraná. Educação não é para gerar lucro para empresa dos amigos. Educação não pode ser tratada como mercadoria. POIS É DIREITO.Estamos juntos nesta batalha pela qualidade e pela gestão pública das nossas escolas! Vamos lutar para garantir uma educação justa e acessível para todos!”

Aliel Machado“DIA TRISTE PARA A EDUCAÇÃO DO PR. O projeto aprovado pela Assembleia permite que empresas usem o seu, o nosso dinheiro, para entregar para nas mãos da iniciativa privada. É ruim para a Educação, que não pode ser tratada como mercadoria”.

Lucano Ducci“Reafirmo que sou CONTRA a privatização das escolas públicas estaduais do Paraná. Educação não é mercadoria, é um direito fundamental que deve ser acessível a todos. O projeto de privatização do governador Ratinho Jr. é ilegal e inconstitucional, colocando em risco o futuro da educação para alunos e servidores. Vamos lutar pela educação pública de qualidade no Paraná até o fim!”

O assunto também chegou até o MEC, por meio de ofício enviado pela deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT-PR), denunciando o caso. Na Assembleia Legislativa do Paraná a bancada de Oposição impôs forte resistência ao projeto de Ratinho Jr.

Fonte: Site Reverbero

 

Mesmo com ministérios e emendas, partidos aliados reduzem apoio ao governo Lula no Congresso

 

MDB, PSD, PP, União Brasil e Republicanos - todos com representantes na Esplanada - reduziram seu apoio ao governo federal no Congresso, mostra levantamento

Lula em Brasília
Lula em Brasília (Foto: Ricardo Stuckert)

Em seu terceiro mandato, o presidente Lula (PT) enfrenta uma realidade desafiadora no Congresso Nacional. Mesmo com a experiência acumulada em seus mandatos anteriores, o petista se depara com dificuldades significativas para aprovar projetos que transcendem a agenda econômica. A recente votação no Congresso, que resultou em derrotas importantes, evidenciou a necessidade de reorganização da articulação política do governo.

Análise feita pelo jornal O Globo revela que partidos aliados, mesmo com ministérios sob seu comando, têm seguido menos as orientações do Executivo. Em comparação a 2023, a taxa de adesão desses partidos às diretrizes do governo caiu consideravelmente.

O PSD, responsável por três ministérios importantes (Minas e Energia, Agricultura e Pesca), ilustra bem essa mudança. A fidelidade do partido às orientações governamentais caiu de 86% em 2023 para 74% em 2024. Um exemplo dessa dissonância foi em maio, quando o partido votou majoritariamente contra um destaque do PT no projeto anti-MST.

O MDB, também à frente de três ministérios (Transportes, Cidades e Planejamento), viu sua taxa de apoio cair de 81% para 69% no mesmo período. Segundo o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), o partido tem cumprido seu papel nas pautas econômicas prioritárias, mas enfrenta dificuldades em manter a unidade devido à diversidade de suas bancadas, incluindo membros que ainda possuem vínculos com o bolsonarismo, como o ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS).

O Republicanos, que controla o Ministério de Portos e Aeroportos, também registrou uma queda na adesão às orientações do governo, de 77% em 2023 para 70% este ano. O vice-líder da legenda na Câmara, Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), justifica a queda como uma coincidência dos temas votados, destacando a postura independente do partido.

O União Brasil e o PP, ambos com ministérios no governo, também mostraram uma redução no apoio às pautas governamentais. A taxa de alinhamento do União Brasil caiu de 71% para 63%, enquanto a do PP diminuiu de 75% para 65%. O líder do União Brasil, Elmar Nascimento (União-BA), mencionou que questões sociais controversas, como o aborto e a “saidinha” de presos, são monitoradas de perto pelos eleitores, dificultando o controle do governo sobre os votos.

Mesmo com um aumento na liberação de emendas parlamentares — R$ 19,8 bilhões até o momento — a adesão dos partidos não acompanhou a liberação desses recursos. Em abril, o governo federal empenhou R$ 13 bilhões, mas, em maio, enfrentou um dos piores desempenhos na Câmara. Isso sugere que a estratégia de liberar emendas, tradicionalmente utilizada para garantir apoio, não tem surtido o efeito desejado.

As emendas especiais, popularmente conhecidas como "Emendas Pix", e as emendas de comissão não foram repassadas com a mesma velocidade, o que pode estar contribuindo para a falta de apoio consistente no Congresso. Até agora, não houve empenhos significativos das transferências especiais, e das emendas de comissão, apenas R$ 3,4 bilhões dos R$ 15,3 bilhões previstos foram empenhados.

Diante desse cenário, aliados de Lula defendem a necessidade de encontros regulares entre o presidente e os líderes dos partidos aliados para consolidar a base no Congresso. Jaques Wagner, líder do governo no Senado, sugere uma abordagem mais direta, cobrando um comprometimento mais firme dos partidos.

Com projetos cruciais como a regulamentação da reforma tributária e o Mover, que inclui a “taxa da blusinha”, em tramitação, a urgência para reorganizar a base e garantir apoio é evidente.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

Cresce a participação de mulheres entre os empreendedores mais experientes

 

Mudança no perfil indica que cada vez mais mulheres conseguem superar os obstáculos e se firmar como donas de negócios, com mais de 3,5 anos de atividade

Jaci Ribeiro Nunes de Mello, empreendedora proprietária da loja Artesanato da Jaci.
Jaci Ribeiro Nunes de Mello, empreendedora proprietária da loja Artesanato da Jaci. (Foto: Michael Dantas/ASN)

Agência Sebrae - O bom momento vivido pela economia brasileira em 2023, quando o país encerrou o ano próximo à situação de pleno emprego, causou um impacto direto sobre o perfil das mulheres no universo do empreendedorismo. Entre 2022 e o ano passado, o Brasil registrou um crescimento na participação feminina no contingente dos chamados empreendedores estabelecidos (com mais de 3,5 anos de empreendedorismo).

Esse quadro aponta para um aumento do volume de empreendedoras com maior maturidade e experiência na atividade empresarial. Por outro lado, houve uma queda de 4 pontos percentuais na proporção de empreendedoras entre os donos de negócio em estágio inicial (com até 3,5 anos de atividade). Os dados são da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), conduzida pela Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em Empreendedorismo (Anegepe), em parceria com o Sebrae.

Segundo o levantamento, embora os homens continuem liderando entre os empreendedores estabelecidos – eles são 65% do total –, houve um crescimento de aproximadamente 18% na proporção de empreendedoras estabelecidas quando comparado ao ano de 2022.

Pelo quarto ano consecutivo, caiu a proporção de mulheres no grupo dos “Empreendedores Iniciais” (entre 2022 e 2023, passou de 44,2% para 40,2% da população de mulheres em idade economicamente ativa). Em 2023, as donas de negócio estabelecidas representavam aproximadamente 35% dos empreendedores estabelecidos. Em 2022 essa proporção era de 33,7%

Pesquisa GEM

A Pesquisa GEM é considerada a principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo. Realizada anualmente há 24 anos, já participaram mais de 110 países, o que representa mais de 95% do PIB mundial. No Brasil, em 2023, foram entrevistados 2 mil adultos e 52 especialistas. O Brasil é um dos poucos países que participou de todas as edições.

Fonte: Brasil 247 com Agência Sebrae

 

Entenda por que o PL desistiu de entrar com recurso após absolvição de Moro pelo TRE

 Posição do clã Bolsonaro sobre o assunto e efeito de possível cassação no eleitorado paranaense influenciaram decisão da legenda

Assim como o PT, o PL de Jair Bolsonaro também fez uma leitura pragmática ao desistir de entrar com um recurso pela cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), informa a colunista Malu Gaspar, do jornal O GLOBO.


As duas legendas, arquirrivais no Congresso Nacional e nas últimas eleições presidenciais, somaram forças há um ano e meio na Justiça Eleitoral para tentar condenar o ex-juiz federal da Lava-Jato por caixa 2, abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na campanha de 2022.


Mas Moro acabou absolvido tanto pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), por 5 a 2, quanto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por 7 a 0. Após o revés no TSE, PT e PL informaram que não recorreriam ao Supremo Tribunal Federal (STF) e não insistiriam mais na perda de mandato do parlamentar paranaense.


Foi crucial para essa decisão a postura do clã Bolsonaro, que já tinha sido contra apresentar o recurso no TSE logo depois da absolvição no Paraná. À equipe da reprotagem, o senador Flávio Bolsonaro disse, em abril, que “nós não temos que nos igualar ao PT nessa pauta”.


“A orientação partidária é que o PL não recorra, essa é a orientação do presidente Bolsonaro”, disse o filho “zero um” de Bolsonaro à época, após Moro ser absolvido pelo tribunal paranaense.


Desta vez, a orientação se repetiu. Mas a oposição da família Bolsonaro não foi o único motivo para o PL desistir de tentar cassar Moro.


Havia também na sigla o receio de que uma eventual cassação de Moro poderia ter efeito negativo no eleitorado paranaense, que seria obrigado a fazer uma nova votação para definir quem ficaria com a vaga – e, ressentido, poderia dar o troco no candidato do partido de Bolsonaro.


No Paraná, Bolsonaro derrotou Lula no segundo turno de 2022 com ampla folga – o petista obteve 37,6% dos votos válidos, ante 62,4% do então candidato à reeleição.


Efeito Paulo Martins


Um terceiro fator que pesou na decisão do PL foi uma compreensão, disseminada na cúpula bolsonarista, de que o candidato do partido à vaga de Moro, o ex-deputado federal Paulo Eduardo Martins, é “homem do Ratinho (Jr. do PSD)”, o governador do Paraná, e não de Bolsonaro.

Por essa tese, Martins seria mais “volúvel” e “cooptável” pela base do presidente Lula, diferentemente de Moro, histórico adversário dos petistas.


“O Moro é nosso, sempre vai ser de direita, mesmo brigando com Bolsonaro. Ele nunca vai se aliar ao Lula. Já o Paulo Martins não é tão firme. Ele é leal ao Ratinho, não ao Bolsonaro”, diz um interlocutor próximo de Bolsonaro à equipe da coluna.


Portanto, na leitura pragmática de bolsonaristas, melhor ficar com Moro do que arriscar uma vitória do “imprevisível” Paulo Martins.


Já no caso dos petistas, o medo era outro: o de a cassação de Moro abrir as portas do Senado para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ou algum bolsonarista radical que pudesse dar mais dor de cabeça para o Palácio do Planalto.


“O risco Michelle Bolsonaro salvou o Moro”, ironiza esse mesmo aliado de Bolsonaro.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Câmara vota nesta semana projeto que equipara aborto ao crime de homicídio

 Expectativa é de aprovação da medida por um placar acima dos 300 votos

Está tudo certo para a Câmara votar nesta terça (11) o pedido de urgência para que para o projeto de lei que equipara o aborto realizado após a 22ª semana ao crime de homicídio, informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO. E, já na mesma noite, o plenário deve votar o texto do deputado Sóstenes Cavalcanti.


A expectativa é de aprovação por um placar acima dos 300 votos (num total de 513).


O governo Lula não vai se meter no assunto. Sóstenes já foi avisado disso. 


O projeto é um ponto de honra e um estandarte de luta da bancada evangélica (aliás, não só dos evangélicos: bispos e padres entraram em campo ligando para deputados).


Terça-feira, portanto, será um dia de derrota para as forças progressistas e também para o STF, uma vez que Alexandre de Moraes que, no mês passado, suspendeu uma resolução do Conselho Federal de Medicina que proibia a prática da assistolia fetal para a interrupção de gestações após a 22ª semana.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Com derrota nas urnas para a extrema direita, Macron dissolve Assembleia Nacional e convoca novas eleições na França

 Nova eleição será ainda este mês, no dia 30, e segundo turno em 7 de julho

O presidente Emmanuel Macron dissolveu, neste domingo (9), o Parlamento francês e convocou novas eleições legislativas no final deste mês. A medida foi tomada assim que foram conhecidas as primeiras projeções de votos das eleições para o Parlamento Europeu, cujos números sinalizam na França ampla vantagem para o partido de extrema-direita National Rally (RN), de Marine Le Pen (Na foto, com Macron).


A sigla de Le Pen obteve, segundo as pesquisas de boca-de-urna, 31,5% dos votos, o equivalente a mais que o dobro da chapa de Macron, que ficou com 14,5%. Se os números se confirmarem, 30 das 81 vagas da França no Parlamento Europeu ficarão com o RN.


“Não foi um bom resultado para os partidos que defendem a Europa”, disse Macron em pronunciamento à nação. “Partidos de ultradireita, que se opuseram nos últimos anos a tantos dos avanços possibilitados pela nossa Europa estão ganhando terreno pelo continente. Não poderia, no fim deste dia, agir como se nada estivesse acontecendo.”


No comunicado ao povo francês, Macron afirmou que as eleições para a Câmara vão acontecer em 30 de junho, com uma votação de segundo turno em 7 de julho.


A aposta política do mandatário é considerada de alto risco pelos analistas, uma vez que o clima político em ebulição pode respingar nas Olimpíadas, evento que terá Paris como sede a partir de 26 de julho.


A decisão inesperada de Macron pode deixá-lo em uma posição quase impotente se o partido National Rally (RN), de Le Pen, confirmar o favoritismo e obter a maioria parlamentar. A sigla é liderada por Jordan Bardella, de 28 anos.


Fonte: Agenda do Poder 

Lula vai ao pior índice de apoio na Câmara em 13 meses, aponta levantamento de consultoria; apenas 46,47%

 Queda no índice de apoio é constante desde fevereiro deste ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve, em maio deste ano, o pior índice de apoio na Câmara nos últimos 13 meses, mostra levantamento da consultoria Arko Advice obtido pela Coluna do Estadão. No mês passado, apenas 46,47% votaram junto com o governo na Casa.

É o número mais baixo desde abril de 2023, quando a adesão à pauta palaciana foi de 46,39%. À época, Câmara e Senado estavam às turras sobre o rito de tramitação das Medidas Provisórias (MP), o que contaminou a relação do Executivo com o Congresso. O governo sofreu naquele período derrotas em votações de menor repercussão, como a urgência do projeto que obriga o GPS a informar os usuários sobre locais perigosos.

Há uma queda constante no índice de apoio desde fevereiro deste ano.

O levantamento leva em conta as votações nominais e abertas que aconteceram na Câmara com orientação de voto da liderança do governo. Em maio, foram 52 votações desse tipo, com derrota governista em 20, com destaque para a derrubada do veto à saidinha.

Ainda de acordo com o levantamento, PCdoB e Rede são os partidos que mais votaram com o governo na Câmara — superando inclusive o PT, partido do presidente Lula.

Os comunistas aderiram a 94,15% da pauta do governo, enquanto o partido da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) deu 86,36% de apoio. O PT ficou em terceiro lugar no índice de apoio ao Planalto, com 85,40%, como mostra o gráfico.

Na outra ponta, as legendas que mais votaram contra os interesses do Planalto na Câmara foram Novo (80,71%), PL (60,15%), União Brasil (43,13%), que tem três ministros no governo: Celso Sabino (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Regional). Góes não é filiado, mas foi uma indicação direta do senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Fonte: Agenda do Poder com informações da Coluna do Estadão, do jornal Estado de São Paulo

Mais de 70 mil crianças são imunizadas no Dia D contra a poliomielite em todo o Paraná

 Secretaria de Estado da Saúde divulgou balanço parcial da vacinação, com dados das 22 regionais de Saúde do Paraná. Foram mais de 1,6 mil salas de vacinação que funcionaram durante o sábado

Mais de 70 mil crianças são imunizadas no Dia D contra a poliomielite em todo o ParanáMais de 70 mil crianças são imunizadas no Dia D contra a poliomielite em todo o Paraná Foto: SESA-PR com Regionais de Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o balanço da do Dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, realizado neste sábado (8), em todo o Paraná. Segundo dados parciais, repassados pelas 22 Regionais de Saúde, foram vacinadas 70.772 crianças com o imunizante que protege contra formas graves de paralisia infantil.

Desse total, 70.042 crianças com menos de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) foram imunizadas com a Vacina Oral Poliomielite (VOP) - duas gotinhas- pois já estavam com o esquema básico com três doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) completo e 730 crianças menores de 1 ano atualizaram a situação vacinal do esquema primário.

A movimentação nas mais de 1,6 mil salas de vacinação começou no início da manhã e seguiu até o fim da tarde, com alguns municípios estendendo até as 21h, a fim de garantir uma maior adesão da população.

A mobilização estadual, com foco nas crianças elencadas para a campanha e contou com a participação de cerca de 9 mil profissionais de saúde distribuídos nos 399 municípios paranaenses.

“Para nós da saúde é um dia glorioso, para atualizar a carteira vacinal. O apelo é principalmente pelas nossas crianças para a erradicação de vez da poliomielite. Nenhuma doença é erradicada por decreto e sim com a vacina no braço. Para que não tenhamos mais esse fantasma nos rondando, temos que vacinar nossas crianças”, enfatizou e secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.

A campanha vacinal nacional começou em 27 de maio e segue até a próxima sexta-feira (14), e objetiva reduzir o risco de reintrodução da doença já erradicada no país. No Paraná, o último caso registrado foi em 1986.

OUTRAS DOENÇAS – Além da imunização contra a poliomielite, também foram aplicadas vacinas das campanhas vigentes, como a da gripe, que teve maior procura, com 58.156 doses aplicadas.

Muitas pessoas aproveitaram para se imunizar contra a Covid-19, com 13.080 registro de doses e 23.327 colocaram em dia as vacinas de rotina, como a tríplice viral, febre amarela, hepatite e pentavalente. Dentro da faixa etária de 10 a 14 anos, 970 pessoas foram vacinas contra a dengue.


Fonte: AEN