domingo, 9 de junho de 2024

PEC das praias: repleto de condomínios, litoral paulista é exemplo de faixa litorânea vedada ao acesso público

 Entrada é gratuita nessas praias acessíveis apenas por grandes áreas privadas pontilhadas por mansões no meio da mata atlântica

Em uma primeira tentativa de acessar a praia de Tijucopava, no Guarujá (SP), litoral de classe média alta, o segurança do loteamento residencial particular não abriu a cancela, justificando que a estrada estava interditada desde fevereiro para reparos. O caminho alternativo ficava adiante, no loteamento vizinho, onde outro funcionário perguntou qual quadra e lote seriam visitados. Ao saber que o destino era a faixa de areia, pediu o RG do motorista e contou quantas pessoas estavam no carro antes de entregar um crachá com o número de uma das 65 vagas do estacionamento.


A entrada é gratuita nessas praias acessíveis apenas por grandes áreas privadas pontilhadas por mansões no meio da mata atlântica. Contudo, as frequentes abordagens de seguranças e as restrições à circulação lembram ao visitante que aquele é um lugar ao qual ele não pertence.


No momento em que a chamada “PEC das Praias” inflama debates sobre o direito de uso de terras próximas ao litoral, repórteres da Folha de S. Paulo visitaram quatro empreendimentos imobiliários no litoral de São Paulo nos quais a vigilância de proprietários é legalizada e se apresenta de forma ostensiva. Modelos semelhantes também existem em vários estados e diversos outros pontos da costa brasileira.


Praias são um bem de uso comum e o acesso a elas é livre, garantido pelo Código Civil, e o texto da Proposta de Emenda à Constituição relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não pode mudar isso, diz o advogado Godofredo de Souza Dantas Neto, especialista em direito constitucional e urbanístico.


O que o projeto pretende é transferir os chamados terrenos de marinha em áreas urbanas da União para estados, municípios ou proprietários privados. Essas áreas ocupam uma faixa de 33 metros a partir da linha de influência das marés (medida em 1831) e a aprovação da proposta está relacionada à garantia patrimonial para quem já tem imóvel nesses locais, além de tirar dos cofres da União o dinheiro arrecadado com a cobrança de impostos.


Quando a questão envolve o acesso por áreas privadas, porém, essa liberdade garantida pela legislação civil brasileira encontra uma combinação de obstáculos criados por normas municipais.


No caso de quatro loteamentos no Guarujá, o controle de acesso é delegado aos proprietários e esse poder tem respaldo em legislações ambientais, informou a prefeitura.

Nos dias de calor, quando já nas primeiras horas da manhã há o esgotamento do número de vagas nos estacionamentos públicos próximos às praias, só carros de proprietários e convidados passam pelas cancelas que dão acesso às sinuosas estradas com ótimo calçamento de blocos de cimento.


Distâncias de até cinco quilômetros até o mar por vias íngremes desencorajam o percurso a pé. Além disso, o carro é a melhor forma de chegar à entrada e, para continuar o percurso sem o automóvel, é preciso deixá-lo perto ou no próprio acostamento da rodovia, onde estará sujeito a multas.


Quem consegue avançar se depara com um trajeto sombreado pela floresta preservada de onde é possível espiar casarões com quadras de tênis, campos de futebol e piscinas, alguns com acesso direto às praias de areias claras e finas. Os mais distantes têm quadriciclos nas garagens. Imóveis que podem passar dos R$ 40 milhões em anúncios na internet.


Na areia estão proibidas tendas, barracas e a circulação de bicicletas. Placas pedem que não se faça barulho, tudo respaldado por leis municipais, diz a prefeitura.


A infraestrutura é ainda mais impressionante no Iporanga, o mais conhecido entre os loteamentos da região. Criado em 1983, possui cerca de 400 casas distribuídas por 248 hectares – cerca de 2,5 quilômetros quadrados. Os estacionamentos públicos têm 95 vagas para acesso a três praias: São Pedro, das Conchas e Iporanga. O crachá colocado no carro determina para qual delas o visitante deve se dirigir e não é permitido ir com o veículo para o estacionamento de outra praia.


O relatório de impacto ambiental da Associação de Proprietários de Iporanga diz que 150 funcionários zelam pela área, entre os quais há 95 seguranças.


Para chegar às praias, a Folha foi questionada por três deles, em diferentes pontos, sobre o destino e a intenção da circulação no local. A administração também poderia conferir a movimentação pelas câmeras.


Todos os serviços, como o tratamento de resíduos, são custeados pelos proprietários, afirma o biólogo Ronaldo Justo, gerente de meio ambiente do loteamento Iporanga. “As restrições são para garantir a sustentabilidade”, diz.


Embora as regras ambientais confiram autoridade para as associações de proprietários controlarem os acessos, em ao menos um ponto, que diz respeito ao horário de permanência nas praias, a prefeitura diz que as entidades podem estar extrapolando sua autonomia.


Em linhas gerais, os condomínios liberam o acesso às praias enquanto o dia está claro. Apesar de afirmarem que a permanência noturna não é proibida, orientam aos visitantes que saiam à noite devido à ausência de salva-vidas, correnteza mais forte e pouca ou nenhuma iluminação nas vias.


A administração municipal afirma que a restrição de horários de permanência nas praias não é autorizada, mas recomenda aos frequentadores que evitem utilizar as praias ao anoitecer.


Independentemente de qual ente é o responsável pela gestão do espaço, prefeituras, governos estaduais e federal têm autoridade para desapropriar áreas para melhorar o acesso ao mar, afirma o advogado Godofredo Dantas Neto. “Basta declarar a área de interesse público para a construção de uma passagem”, diz.


Fonte: agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

PEC das Praias encalha no Senado antes de ser votada devido à repercussão negativa

 Líderes partidários acreditam que a proposta necessita de maior amadurecimento e debate

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 3, de 2022, conhecida como PEC das Praias, está paralisada no Senado Federal devido à repercussão negativa e ao debate polarizado sobre o tema.


Líderes partidários acreditam que a proposta necessita de maior amadurecimento e debate. Está sendo considerada a possibilidade de realizar uma sessão de debates no plenário para esclarecer pontos controversos, com um requerimento para tal sessão de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), aprovado na última semana, mas ainda sem data definida.


O tema ganhou destaque nas redes sociais após uma audiência pública no Senado, especialmente depois da atriz Luana Piovani manifestar-se contra a matéria e criticar o jogador de futebol Neymar por sua parceria com uma incorporadora para construção de empreendimentos de luxo na costa brasileira, o que levou Neymar a responder e a intensificar o debate online.


A PEC, de autoria do ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA), propõe a revogação de um trecho da Constituição para permitir a transferência gratuita de territórios de marinha para habitações de interesse social e para estados e municípios.


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é contrário ao texto, argumentando que a proposta pode dificultar o acesso da população às praias, favorecendo a especulação imobiliária e o interesse de empreendimentos costeiros.


O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, negou que a PEC vá restringir o acesso da população às praias, afirmando que elas continuarão sendo de uso comum de todos os brasileiros. No entanto, ele admitiu que fará alterações no texto.


Caso aprovada, a PEC permitirá que áreas de marinha sejam transferidas aos ocupantes particulares inscritos na Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e àqueles que comprovarem ocupação de boa-fé nos últimos cinco anos. A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados em 2022. Para ser aprovada no Senado, precisa passar pela CCJ e obter 49 votos favoráveis no plenário.


Como se trata de uma mudança constitucional, Câmara e Senado precisam chegar a um consenso sobre o texto antes de ser promulgado pelo presidente do Congresso.

Com informações do Metrópoles.

Governo vai financiar câmeras corporais para PMs de estados que aderirem a protocolo

 Governador Ronaldo Caiado disse que PMs de Goiás não vão usar câmeras corporais

O governo federal vai financiar a compra de câmeras corporais para as Polícias Militares dos estados que aderirem ao protocolo estabelecido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para o uso desses equipamentos.


Essa revelação foi feita pelo secretário nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, durante o seminário Segurança Pública, Direitos Humanos e Democracia, organizado pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (Iree) e pelo IDP. O evento, promovido em Brasília, na sede do IDP, teve início nesta quinta-feira (6/6) e foi encerrado nesta sexta (7/6).


Em sua participação no seminário, Sarrubbo destacou que é bastante limitada a atuação da União na formulação de uma política de segurança pública para o país.


O principal instrumento para isso, em sua análise, é o Fundo Nacional de Segurança Pública, por meio do qual a União repassa verbas aos estados para apoiar projetos — entre os quais está a compra de equipamentos. Em 2024, está disponível R$ 1,08 bilhão para o fundo.


“Vamos ser francos, o que vai acontecer com as câmeras corporais: vamos pagar. As câmeras estão à disposição dos estados que quiserem. O Ministério da Justiça e da Segurança Pública vai ceder esses equipamentos, desde que haja adesão aos protocolos que criamos.”


Esses protocolos foram estabelecidos em portaria publicada no final de maio, criando diretrizes sobre o uso de câmeras corporais pelos órgãos de segurança pública. Elas precisam ser acionadas em 16 situações pré-definidas.


“Tenho grande convicção de que os estados vão aderir ao projeto. Essa política vai avançar. Mas, convenhamos, é muito pouco”, afirmou Sarrubbo, ainda no contexto das limitadas possibilidades que a União tem de estabelecer políticas de segurança pública.


Aqui, não


O uso de câmeras corporais pelas Polícias Militares chegou a ser tema de uma ordem do Superior Tribunal de Justiça. A 6ª Turma da corte deu prazo para os estados implementarem o equipamento ao decidir sobre uma causa de invasão de domicílio sem autorização judicial.

Essa determinação foi derrubada por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em dezembro de 2021. Ele deu provimento a um recurso do Ministério Público de São Paulo, entendendo que o STJ extrapolou a própria competência ao criar obrigação para as PMs.


Há estados em que as polícias usam câmeras corporais. Há outros, como São Paulo, em que o governador já foi contra, mas hoje promete adesão — a licitação para a compra de equipamentos pela administração de Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi contestada no STF.


E há aqueles terminantemente contra, como é o caso de Goiás. O governador goiano, Ronaldo Caiado (União Brasil), falou no evento imediatamente depois de Sarrubbo e prometeu que nenhum policial da PM-GO vai usar o equipamento.


“Quem tem de ter câmera é aquele que está naquele sistema ali onde usa uma tornozeleira eletrônica, é aquele que sabe forjar a tornezeleira no tal do semiaberto. E vou botar câmera nas celas nas penitenciárias.”


Segundo Caiado, a maioria da população se preocupa com o avanço do tráfico de drogas e das organizações criminosas, que têm mais homens e melhores armamentos do que as polícias. Em sua opinião, a discussão sobre as câmeras acaba por tirar do foco o assunto principal.


“Eu devo ter alguma limitação, porque não consigo interpretar a lógica da câmera no policial. É um fator que vai inibir o narcotráfico de agir como está agindo? Aí você tem um policial que diz: ‘Eu vou construir prova contra mim? Eu não. Eu vou cruzar os braços’.”


Primeiro, Caiado disse que o lema, no seu estado, é “o bandido muda de posição ou muda de Goiás”. Depois, afirmou que há uma corregedoria que garante que a polícia não extrapole os limites. “Ali as pessoas sabem que minha polícia, quando sai, é pra resolver e proteger a população.”


Antes da participação do governador, Sarrubbo falou sobre a importância das câmeras corporais. Ele disse que o equipamento protege o bom policial, diminui a morte de agentes, reduz a letalidade contra a população, aumenta a eficiência do trabalho e qualifica as provas. “Não consigo conceber por que alguém pode ser contra câmera corporal.”


Fonte: Agenda do Poder com informações do Conjur – Consultor Jurídico

Professora é presa em flagrante por injúria racial ao chamar menina de 8 anos de ‘preta do cabelo duro’ no Rio

 Acusada passou mal com crise de pressão alta e foi hospitalizada.

Uma professora do Ensino Fundamental foi presa em flagrante na tarde desta sexta-feira (7) na Escola Municipal Estados Unidos, que fica em Santa Teresa, na região central do Rio.


Cristiani Bispo foi apontada pela família de uma aluna de 8 anos de ter cometido racismo contra a menina. Segundo a família, ela já fazia ofensas há um tempo e tornou a ser racista com a menina, chamando-a de “preta do cabelo de palha”. A Secretaria Municipal de Educação afastou a profissional (leia a íntegra da nota do órgão abaixo).


Ao saber da situação, a mãe foi até o local e acionou policiais militares do 4º BPM (São Cristóvão). Uma grande multidão de alunos se formou na porta da escola aos gritos de “justiça”, em defesa da aluna ofendida.


“Na quarta ela chamou minha filha de lixo e disse que ela usava crack. Na quinta, eu fui lá, reclamei com a direção e fiz um registro contra ela. Hoje, novamente ela chamou minha filha de preta, cabelo duro e que ela mora debaixo da ponte. Eu chamei a polícia, até contra os policiais ela disse ofensas”, conta a mãe Lorhane Sampaio.


Nas redes sociais, chegaram a dizer que a professora teria sido agredida pela mãe, mas a situação não foi confirmada oficialmente. A professora precisou ser atendida no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas por estar com a pressão arterial descontrolada.


Segundo a Polícia Civil, a mulher foi presa em flagrante por injúria racial. O caso foi encaminhado à Justiça.

No mesmo local funciona uma escola estadual, em regime de compartilhamento de imóvel, mas a situação envolveu somente a equipe municipal.


O que diz a Secretaria de Educação


“A Secretaria Municipal de Educação afastou a professora de suas funções e instaurou uma sindicância para apurar o caso. Os alunos e seus responsáveis foram acolhidos e receberam apoio da equipe gestora da escola. A Secretaria reforça que qualquer forma de discriminação contra alunos é inadmissível, rigorosamente combatida e punida. A professora está sujeita a ser demitida do serviço público ao término da apuração.

Desde 2021, a Secretaria foi uma das pioneiras no Brasil ao instituir a Gerência de Relações Étnico-Raciais (GERER), dedicada a implementar políticas e práticas educativas que combatam o racismo e valorizem a história e a cultura afro-brasileira e indígena, formando alunos e professores comprometidos com a igualdade racial.”


Fonte: Agenda do Poder com informações do G1

Operação retira nove dos 47 aviões retidos no aeroporto de Porto Alegre com as enchentes; local continua interditado

 Transferência de aeronaves em caráter excepcional não autoriza a liberação do aeroporto para voos comerciais com passageiros

A retirada dos aviões que estavam presos no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), teve início neste sábado. Conforme informado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a operação começou com a remoção de nove das 47 aeronaves que ficaram retidas devido ao alagamento.


Segundo a Anac, as operações aéreas regulares no Aeroporto de Porto Alegre permanecem suspensas por tempo indeterminado. A transferência de aeronaves em caráter excepcional, portanto, não autoriza a liberação do aeroporto para voos comerciais com passageiros.


Essas medidas foram implementadas em coordenação com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), os operadores aéreos e a Fraport Brasil, concessionária do Aeroporto Salgado Filho.


Para obter a autorização de retirada das aeronaves do Salgado Filho, é necessário que as empresas e indivíduos responsáveis pelas aeronaves assinem um termo de responsabilidade.


Além disso, cada operador aéreo deve realizar uma avaliação de risco para obter uma autorização especial de voo, uma vez que as operações no aeroporto estão suspensas.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Lula teve duas vezes mais encontros com chefes de Estado em 1,5 ano de governo do que Bolsonaro em 4 anos

 Lula teve agendas bilaterais com 64 líderes de outros países durante o período

Nesta semana, o presidente Lula recebeu em Brasília o presidente da Croácia, Zoran Milanovic. Esta foi a 24ª visita de um chefe de Estado ou governo ao Brasil em um ano e meio de gestão petista, sendo a sexta visita de 2024, conforme informações do Itamaraty.


Segundo a coluna de Lauro Jardim, considerando também suas viagens ao exterior, Lula teve agendas bilaterais com 64 líderes de outros países durante este período.


Esse número é mais do que o dobro dos encontros realizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que se reuniu com 31 presidentes ou primeiros-ministros ao longo de seus quatro anos de mandato. É importante destacar que a pandemia de Covid-19 impactou os compromissos internacionais de Bolsonaro devido às restrições de viagem.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no O Globo

Em delação, Ronnie Lessa diz que foi sugerido matar também outros nomes do Psol

 

 Acusado e preso por ter assassinado vereadora em 2018 teve depoimentos revelados por ordem de Alexandre de Moraes

(Foto: Reprodução/JN)

Brasil de Fato Trechos da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista Anderson Gomes em 2018, disponibilizados por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, revelaram que foi sugerudo matar outros nomes do Psol.

No depoimento prestado à Polícia Federal, Lessa explicou que a ordem de buscar nomes do Psol foi do ex-policial Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, considerado um intermediário entre os executores e os mandantes do crime.

Segundo Lessa, um dos nomes seria o de Marcelo Freixo, mas o plano não foi levado adiante por temor da repercussão que o caso teria e pelo esquema de segurança que o hoje presidente da Embratur teria. 

“O cara tem 20 seguranças. Você tem algum amigo sniper? Porra, Macalé, você tem noção do problema que isso gera? Sniper por sniper eu sou, porque eu a tiro de fuzil, de ferrolho, há quase 30 anos”, disse Lessa no depoimento em referência a proposta de assassinar Freixo.

Mas este não foi o único nome do Psol cogitado. No depoimento, Lessa revela que Macalé orientou que outros políticos fossem monitorados.  

Nos trechos revelados por Alexandre de Moraes, Lessa fala também que o assassinato de Marielle Franco quase aconteceu três meses antes do dia de fato. 

Segundo o ex-policial, a vereadora estava em um bar e foi identificada por Macalé. No entanto, Lessa revela que “perdeu a oportunidade”.

"Esse bar da Praça da Bandeira. Porque esse bar, é, eu já tinha perdido uma oportunidade porque o Macalé não tinha chegado a tempo. E ela estava sentada nesse bar, não sei como o Macalé soube disso. Mas alguém que estava seguindo ela falou: 'ela está no bar'. Alguém estava seguindo ela", disse Lessa.

Também nesta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes determinou a transferência do Lessa para o presídio de Tremembé, em São Paulo. O miliciano estava no presídio de Campo Grande (MS). 

Desde março, por meio do depoimento de Lessa, sabe-se que os irmãos Brazão teriam oferecido a ele e a Macalé um loteamento clandestino na Zona Oeste do Rio, avaliado em milhões de reais.

Além dos irmãos Brazão, Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, também foi preso em março. Ele foi ouvido pela primeira vez, pela Polícia Federal, na última semana, por ordem de Alexandre de Moraes. 

Rivaldo é acusado de ter atuado para tentar protegê-los da investigação depois do assassinato, o que ele nega. 

Já Macalé foi morto em novembro de 2021 e, até hoje, as investigações sobre seu assassinato não foram finalizadas.

Fonte: Brasil 247

Empresa assume compromisso após vencer leilão de arroz do governo

Na última quinta-feira, o governo federal por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realizou a compra de 263 mil toneladas de arroz em um leilão público

Brasil vai importar arroz para segurar preço
Brasil vai importar arroz para segurar preço (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil )

 Após vencer o leilão de arroz do governo, a empresa Wisley A de Sousa Ltda emitiu uma nota de esclarecimento, comprometendo-se a fornecer 147,3 mil toneladas do produto. Com mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista de alimentos, a empresa, sediada em Macapá (AP), se comprometeu a cumprir rigorosamente as normas de controle e qualidade estabelecidas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A importação de arroz é vista como uma medida necessária para reduzir o preço final ao consumidor de um item essencial na alimentação dos brasileiros, em virtude das enchentes do Rio Grande do Sul. Na última quinta-feira (6), o governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realizou a compra de 263 mil toneladas de arroz em um leilão público.

De acordo com a nota emitida, a empresa vencedora da licitação registrou um faturamento superior a R$ 60 milhões apenas no ano passado, com um crescimento progressivo impulsionado pela ampliação de marcas alimentícias representadas e distribuídas em todo o Norte do país.

Confira a nota na íntegra:

Nota de esclarecimento sobre importação de arroz

Com mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista de alimentos, a empresa Wisley A de Sousa Ltda, que foi a maior arrematante de lotes, vai fornecer 147,3 mil toneladas de arroz, dentro do cronograma estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e cumprindo rigorosamente as normas de controle e qualidade.

A empresa, com sede em Macapá (AP) assumiu este compromisso ciente de que a importação é necessária para reduzir o preço final ao consumidor de um produto essencial na alimentação dos brasileiros.

A Wisley tem solidez e mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista, na armazenagem e na distribuição em todo Brasil de produtos alimentícios, com um faturamento mais de R$ 60 milhões apenas no ano passado. Resultado que vem crescendo ano após ano, com a ampliação do leque de marcas alimentícias que a empresa representa e distribui no Norte do país, região que apresenta a maior complexidade de logística do Brasil.

A empresa lamenta que grupos com interesses contrariados estejam tentando afetar sua imagem e deturpar a realidade num momento em que é essencial o país encontrar formas de assegurar o abastecimento de arroz para a população. Por isso, a Wisley está disposta a acelerar a importação de modo que o consumidor final não seja penalizado com o aumento que pode chegar de até 40% no preço do arroz aos brasileiros.

A empresa tem orgulho de sua origem na região Norte do país, e não poupará esforços para apoiar o Brasil em um momento crítico, no qual sua experiência, excelência logística e transparência podem fazer a diferença.

Fonte: Brasil 247

 

  

Ministra da Argentina diz não saber de fugitivos do 8 de janeiro

 

A ministra do governo de extrema direita de Javier Milei afirma que há propaganda, não um fato jurídico

Patricia Bullrich
Patricia Bullrich (Foto: Reuters)

A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, informou, neste sábado (8), não saber o paradeiro dos brasileiros envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 que fugiram para o país vizinho.

Reportagem do Metrópoles destaca declaração da ministra à Rádio Mitre, da Argentina: “Até agora, não temos nenhuma informação desse tipo. Não temos alerta vermelho sobre essas pessoas.

A ministra disse ainda que não há nenhum pedido formal de extradição por parte do governo brasileiro, até o momento.

“Uma coisa é que o Brasil peça [a extradição], outra é que haja já um processo, uma condenação. É difícil pedir extradição se não há uma causa judicial, ou um alerta de algum tipo. Também não temos nenhuma lista [de brasileiros]. Por enquanto, isso se mantém como uma propaganda, mas não em um fato jurídico”.

A Polícia Federal identificou ao menos 60 pessoas envolvidas na manifestação antidemocrática de 8 de janeiro que fugiram para a Argentina, governada por Javier Milei, de extrema direita, aliado de Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles