domingo, 9 de junho de 2024

Professora é presa em flagrante por injúria racial ao chamar menina de 8 anos de ‘preta do cabelo duro’ no Rio

 Acusada passou mal com crise de pressão alta e foi hospitalizada.

Uma professora do Ensino Fundamental foi presa em flagrante na tarde desta sexta-feira (7) na Escola Municipal Estados Unidos, que fica em Santa Teresa, na região central do Rio.


Cristiani Bispo foi apontada pela família de uma aluna de 8 anos de ter cometido racismo contra a menina. Segundo a família, ela já fazia ofensas há um tempo e tornou a ser racista com a menina, chamando-a de “preta do cabelo de palha”. A Secretaria Municipal de Educação afastou a profissional (leia a íntegra da nota do órgão abaixo).


Ao saber da situação, a mãe foi até o local e acionou policiais militares do 4º BPM (São Cristóvão). Uma grande multidão de alunos se formou na porta da escola aos gritos de “justiça”, em defesa da aluna ofendida.


“Na quarta ela chamou minha filha de lixo e disse que ela usava crack. Na quinta, eu fui lá, reclamei com a direção e fiz um registro contra ela. Hoje, novamente ela chamou minha filha de preta, cabelo duro e que ela mora debaixo da ponte. Eu chamei a polícia, até contra os policiais ela disse ofensas”, conta a mãe Lorhane Sampaio.


Nas redes sociais, chegaram a dizer que a professora teria sido agredida pela mãe, mas a situação não foi confirmada oficialmente. A professora precisou ser atendida no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas por estar com a pressão arterial descontrolada.


Segundo a Polícia Civil, a mulher foi presa em flagrante por injúria racial. O caso foi encaminhado à Justiça.

No mesmo local funciona uma escola estadual, em regime de compartilhamento de imóvel, mas a situação envolveu somente a equipe municipal.


O que diz a Secretaria de Educação


“A Secretaria Municipal de Educação afastou a professora de suas funções e instaurou uma sindicância para apurar o caso. Os alunos e seus responsáveis foram acolhidos e receberam apoio da equipe gestora da escola. A Secretaria reforça que qualquer forma de discriminação contra alunos é inadmissível, rigorosamente combatida e punida. A professora está sujeita a ser demitida do serviço público ao término da apuração.

Desde 2021, a Secretaria foi uma das pioneiras no Brasil ao instituir a Gerência de Relações Étnico-Raciais (GERER), dedicada a implementar políticas e práticas educativas que combatam o racismo e valorizem a história e a cultura afro-brasileira e indígena, formando alunos e professores comprometidos com a igualdade racial.”


Fonte: Agenda do Poder com informações do G1

Operação retira nove dos 47 aviões retidos no aeroporto de Porto Alegre com as enchentes; local continua interditado

 Transferência de aeronaves em caráter excepcional não autoriza a liberação do aeroporto para voos comerciais com passageiros

A retirada dos aviões que estavam presos no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), teve início neste sábado. Conforme informado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a operação começou com a remoção de nove das 47 aeronaves que ficaram retidas devido ao alagamento.


Segundo a Anac, as operações aéreas regulares no Aeroporto de Porto Alegre permanecem suspensas por tempo indeterminado. A transferência de aeronaves em caráter excepcional, portanto, não autoriza a liberação do aeroporto para voos comerciais com passageiros.


Essas medidas foram implementadas em coordenação com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), os operadores aéreos e a Fraport Brasil, concessionária do Aeroporto Salgado Filho.


Para obter a autorização de retirada das aeronaves do Salgado Filho, é necessário que as empresas e indivíduos responsáveis pelas aeronaves assinem um termo de responsabilidade.


Além disso, cada operador aéreo deve realizar uma avaliação de risco para obter uma autorização especial de voo, uma vez que as operações no aeroporto estão suspensas.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Lula teve duas vezes mais encontros com chefes de Estado em 1,5 ano de governo do que Bolsonaro em 4 anos

 Lula teve agendas bilaterais com 64 líderes de outros países durante o período

Nesta semana, o presidente Lula recebeu em Brasília o presidente da Croácia, Zoran Milanovic. Esta foi a 24ª visita de um chefe de Estado ou governo ao Brasil em um ano e meio de gestão petista, sendo a sexta visita de 2024, conforme informações do Itamaraty.


Segundo a coluna de Lauro Jardim, considerando também suas viagens ao exterior, Lula teve agendas bilaterais com 64 líderes de outros países durante este período.


Esse número é mais do que o dobro dos encontros realizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que se reuniu com 31 presidentes ou primeiros-ministros ao longo de seus quatro anos de mandato. É importante destacar que a pandemia de Covid-19 impactou os compromissos internacionais de Bolsonaro devido às restrições de viagem.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no O Globo

Em delação, Ronnie Lessa diz que foi sugerido matar também outros nomes do Psol

 

 Acusado e preso por ter assassinado vereadora em 2018 teve depoimentos revelados por ordem de Alexandre de Moraes

(Foto: Reprodução/JN)

Brasil de Fato Trechos da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista Anderson Gomes em 2018, disponibilizados por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, revelaram que foi sugerudo matar outros nomes do Psol.

No depoimento prestado à Polícia Federal, Lessa explicou que a ordem de buscar nomes do Psol foi do ex-policial Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, considerado um intermediário entre os executores e os mandantes do crime.

Segundo Lessa, um dos nomes seria o de Marcelo Freixo, mas o plano não foi levado adiante por temor da repercussão que o caso teria e pelo esquema de segurança que o hoje presidente da Embratur teria. 

“O cara tem 20 seguranças. Você tem algum amigo sniper? Porra, Macalé, você tem noção do problema que isso gera? Sniper por sniper eu sou, porque eu a tiro de fuzil, de ferrolho, há quase 30 anos”, disse Lessa no depoimento em referência a proposta de assassinar Freixo.

Mas este não foi o único nome do Psol cogitado. No depoimento, Lessa revela que Macalé orientou que outros políticos fossem monitorados.  

Nos trechos revelados por Alexandre de Moraes, Lessa fala também que o assassinato de Marielle Franco quase aconteceu três meses antes do dia de fato. 

Segundo o ex-policial, a vereadora estava em um bar e foi identificada por Macalé. No entanto, Lessa revela que “perdeu a oportunidade”.

"Esse bar da Praça da Bandeira. Porque esse bar, é, eu já tinha perdido uma oportunidade porque o Macalé não tinha chegado a tempo. E ela estava sentada nesse bar, não sei como o Macalé soube disso. Mas alguém que estava seguindo ela falou: 'ela está no bar'. Alguém estava seguindo ela", disse Lessa.

Também nesta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes determinou a transferência do Lessa para o presídio de Tremembé, em São Paulo. O miliciano estava no presídio de Campo Grande (MS). 

Desde março, por meio do depoimento de Lessa, sabe-se que os irmãos Brazão teriam oferecido a ele e a Macalé um loteamento clandestino na Zona Oeste do Rio, avaliado em milhões de reais.

Além dos irmãos Brazão, Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, também foi preso em março. Ele foi ouvido pela primeira vez, pela Polícia Federal, na última semana, por ordem de Alexandre de Moraes. 

Rivaldo é acusado de ter atuado para tentar protegê-los da investigação depois do assassinato, o que ele nega. 

Já Macalé foi morto em novembro de 2021 e, até hoje, as investigações sobre seu assassinato não foram finalizadas.

Fonte: Brasil 247

Empresa assume compromisso após vencer leilão de arroz do governo

Na última quinta-feira, o governo federal por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realizou a compra de 263 mil toneladas de arroz em um leilão público

Brasil vai importar arroz para segurar preço
Brasil vai importar arroz para segurar preço (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil )

 Após vencer o leilão de arroz do governo, a empresa Wisley A de Sousa Ltda emitiu uma nota de esclarecimento, comprometendo-se a fornecer 147,3 mil toneladas do produto. Com mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista de alimentos, a empresa, sediada em Macapá (AP), se comprometeu a cumprir rigorosamente as normas de controle e qualidade estabelecidas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A importação de arroz é vista como uma medida necessária para reduzir o preço final ao consumidor de um item essencial na alimentação dos brasileiros, em virtude das enchentes do Rio Grande do Sul. Na última quinta-feira (6), o governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realizou a compra de 263 mil toneladas de arroz em um leilão público.

De acordo com a nota emitida, a empresa vencedora da licitação registrou um faturamento superior a R$ 60 milhões apenas no ano passado, com um crescimento progressivo impulsionado pela ampliação de marcas alimentícias representadas e distribuídas em todo o Norte do país.

Confira a nota na íntegra:

Nota de esclarecimento sobre importação de arroz

Com mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista de alimentos, a empresa Wisley A de Sousa Ltda, que foi a maior arrematante de lotes, vai fornecer 147,3 mil toneladas de arroz, dentro do cronograma estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e cumprindo rigorosamente as normas de controle e qualidade.

A empresa, com sede em Macapá (AP) assumiu este compromisso ciente de que a importação é necessária para reduzir o preço final ao consumidor de um produto essencial na alimentação dos brasileiros.

A Wisley tem solidez e mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista, na armazenagem e na distribuição em todo Brasil de produtos alimentícios, com um faturamento mais de R$ 60 milhões apenas no ano passado. Resultado que vem crescendo ano após ano, com a ampliação do leque de marcas alimentícias que a empresa representa e distribui no Norte do país, região que apresenta a maior complexidade de logística do Brasil.

A empresa lamenta que grupos com interesses contrariados estejam tentando afetar sua imagem e deturpar a realidade num momento em que é essencial o país encontrar formas de assegurar o abastecimento de arroz para a população. Por isso, a Wisley está disposta a acelerar a importação de modo que o consumidor final não seja penalizado com o aumento que pode chegar de até 40% no preço do arroz aos brasileiros.

A empresa tem orgulho de sua origem na região Norte do país, e não poupará esforços para apoiar o Brasil em um momento crítico, no qual sua experiência, excelência logística e transparência podem fazer a diferença.

Fonte: Brasil 247

 

  

Ministra da Argentina diz não saber de fugitivos do 8 de janeiro

 

A ministra do governo de extrema direita de Javier Milei afirma que há propaganda, não um fato jurídico

Patricia Bullrich
Patricia Bullrich (Foto: Reuters)

A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, informou, neste sábado (8), não saber o paradeiro dos brasileiros envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 que fugiram para o país vizinho.

Reportagem do Metrópoles destaca declaração da ministra à Rádio Mitre, da Argentina: “Até agora, não temos nenhuma informação desse tipo. Não temos alerta vermelho sobre essas pessoas.

A ministra disse ainda que não há nenhum pedido formal de extradição por parte do governo brasileiro, até o momento.

“Uma coisa é que o Brasil peça [a extradição], outra é que haja já um processo, uma condenação. É difícil pedir extradição se não há uma causa judicial, ou um alerta de algum tipo. Também não temos nenhuma lista [de brasileiros]. Por enquanto, isso se mantém como uma propaganda, mas não em um fato jurídico”.

A Polícia Federal identificou ao menos 60 pessoas envolvidas na manifestação antidemocrática de 8 de janeiro que fugiram para a Argentina, governada por Javier Milei, de extrema direita, aliado de Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

 

'Brasil quer transferência de tecnologia agrícola', diz ministro Paulo Teixeira em visita à China

 

Agenda da Cosban na China contou pela primeira vez com uma delegação de organizações populares do campo

Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira
Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (Foto: Yuri Gringo/Divulgação/MST)

Por Mauro Ramos, Brasil de Fato - Ministro do Desenvolvimento Agrário Paulo Teixeira junto a delegação de integrantes do MST, Contag, Contraf e MPA em fábrica de máquinário agrícola para agricultura familiar na China - Raul Pereira

“Nós estamos conversando agora [para ver] como fazer parcerias empresariais em que há transferência de tecnologia [para o Brasil]", disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, nesta semana, em visita à China. Ele é um dos seis ministros que integram a delegação liderada pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, que encerrou, nesta sexta-feira (7), as agendas relacionadas à VII Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

“Inclusive conversamos aqui com a presidenta Dilma Rousseff, que está presidindo o banco de desenvolvimento do BRICS (Novo Banco de Desenvolvimento, NDB) pra ajudar as empresas brasileiras nessas parcerias, com financiamento”, completou Teixeira.

O diálogo com o NDB inclui possíveis financiamentos a programas de fortalecimento de cooperativas, aquisição de máquinas e produção de fertilizantes orgânicos para a agricultura familiar no Brasil.

Junto ao ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, Teixeira participou de uma das primeiras atividades realizadas nos marcos da Cosban, um fórum com autoridades chinesas sobre a Luta contra a Pobreza e pela chamada Revitalização Rural.

“O presidente Lula quer avançar com os pequenos agricultores”, afirmou Dias. Nesse sentido, a parceria com a China amplia muito a produtividade nas cerca de 4 milhões de propriedades de pequenos agricultores no Brasil, para “garantir não só colheitadeira, plantadeira, máquinas para o preparo da terra, mas, também, para o beneficiamento de produtos”.

A atividade foi organizada pelo Centro de Cooperação Econômica da China do Departamento Internacional do Comitê Central do Partido Comunista da China (CECC), a Universidade de Brasília (UnB), o Instituto Taihe e a Associação Internacional para Cooperação Popular (Baobab).

Movimentos na Cosban

Esta foi a primeira vez que as maiores organizações populares do campo do Brasil compareceram a uma agenda nos marcos da Cosban. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Contraf) e Movimento de Pequenos Agricultores (MPA).

“Queremos que o Brasil avance na indústria de máquinas, não importando, mas produzindo. Importando, se for o caso, mas que consiga trazer para indústria brasileira o avanço tecnológico, a exemplo do que a China conseguiu”, afirmou Elias Araújo, dirigente do MST.

O ministro Wellington Dias valorizou também a cooperação nas áreas da assistência técnica e entre universidades, como as da Universidade de Agricultura da China com a Universidade de Brasília.

A parceria entre a Universidade da Agricultura da China e o Consórcio Nordeste é a que permitiu um primeiro envio de máquinas agrícolas para agricultura familiar do Nordeste, uma região onde esse setor possui uma taxa de mecanização inferior a 3%. 

Colheita de arroz no Assentamento Cristina Alves do MST com máquinas chinesas da parceria entre Consórcio Nordeste e Universidade de Agricultura da China / Eduardo Moura/MST-MA

Aristides Santos, presidente da Contag, frisou a necessidade de instalação de fábricas na região devido a esse fator. Também destacou que as máquinas devem estar “adaptadas a nossa realidade, e com nosso envolvimento nas universidades, dos nossos técnicos agrícolas”.

“[É necessário] que a gente possa estudar melhor aquilo que é mais adequado pra gente, porque não basta mecanizar, mas tem que mecanizar na ótica da agricultura familiar, das condições do nosso solo, nosso clima, pra poder ser uma coisa sustentável”, defende Aristides.

Avanços nas parcerias e trocas

A delegação da agricultura familiar se deslocou até a província de Shandong, para visitar uma fábrica da Lovol, uma  empresa chinesa de máquinas para agricultura familiar que possui fábrica no Brasil. E também conheceu uma cooperativa modelo da política de revitalização rural do país.

“Essa empresa emprega 10 mil trabalhadores, produz tratores e implementos agrícolas. E quer fazer parceria com o Brasil. Nós também levamos industriais brasileiros que querem fazer parcerias, joint ventures, pra levar essa tecnologia que eles têm, tecnologias muito novas e muito importantes nessa área de maquinários agrícolas”, contou Teixeira.

A experiência visitada foi da União Cooperativa Profissional de Cultivo de Weifang Yuquanwa, composta por mais de 600 pequenos agricultores focada em cultivos orgânicos, biogás e produção de fertilizantes orgânicos.

Outro caso do processo de “revitalização rural” compartilhado durante o fórum, foi a da província de Jilin, onde políticas de melhoramento da infraestrutura e de apoio aos camponeses, como no caso anterior, permitiram o aumento da renda das famílias do campo nos últimos anos.

Yu Leqian, do Departamento Provincial de Agricultura e Assuntos Rurais de Jilin, contou que, desde 2012, a renda da população rural com menos recursos da província aumentou cinco vezes: “passou de menos de [equivalente a] R$ 1.895 para R$ 11.667 em 2023.

“Todos os povoados passaram a ter acesso a estradas pavimentadas, serviços de comunicação 4G e 5G e eletricidade. Alguns dos povoados vivem agora uma vida tão boa quanto a da população urbana”, disse Leqian.

Para o professor da Faculdade de Humanidades e Estudos em Desenvolvimento, da Universidade de Agricultura da China, Ye Jingzhong, o exemplo das políticas de combate à pobreza da China tem a ver com recursos financeiros mas principalmente com a mobilização de amplos setores da sociedade chinesa para esse fim.

“É muito importante o seguinte: chamar a atenção de toda a sociedade, incluindo as agências governamentais, incluindo as organizações sociais, para trabalharem na pobreza rural para fazer com que as pessoas prestem atenção no combate à pobreza”, avalia o professor.

“E temos muitos mecanismos, por exemplo, para fazer com que as funcionários dos governos venham aos povoados para serem responsáveis ​​pela redução da pobreza, que os setores empresariais também estejam conectadas a esses povoados, para se envolverem na redução da pobreza, explica.

A pesquisadora visitante na CAU, Caroline Gomide, da UnB, avaliou o encontro entre a delegação brasileira e os especialistas e funcionários chineses como um marco histórico.

“Não nos resta dúvidas que esse é um marco histórico na exitosa relação de 50 anos entre nossos países, uma vez que anuncia a agricultura familiar como uma nova frente de cooperação para os próximos anos. É também um marco para agendas inovadoras para o Sul Global, que emerge como novo arranjo mundial guiado pela paz e pela prosperidade comum”, disse Gomide. 

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

 

 

Alckmin diz que comércio com a China ajudará na geração de empregos e renda para os brasileiros

 

Vice-presidente faz avaliação positiva de sua visita à China

Geraldo Alckmin e Xi Jinping
Geraldo Alckmin e Xi Jinping (Foto: Reprodução/X/@SpokespersonCHN)

Xinhua - Em um balanço de sua visita à China, o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, destacou a força das relações comerciais entre os dois países, com crescimento de 17 vezes da relação comercial ao longo dos últimos 20 anos, passando de US$ 9 bilhões para os atuais US$ 157 bilhões.

Em declarações à imprensa brasileira na madrugada desta sexta-feira em Beijing, reproduzidas pela agência oficial do Brasil, Alckmin disse que, na prática, as cifras significam a geração de novos empregos e a melhoria da renda dos brasileiros.

Alckmin liderou esta semana a delegação brasileira à 7ª Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), o principal mecanismo de coordenação entre os dois países, que mantêm vínculos amplos e diversificados.

Alckmin, que também é ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou em sua entrevista com a imprensa, além do comércio, os investimentos recíprocos entre os dois países.

A China compra diversos produtos brasileiros, como soja, minério de ferro, óleo, carne e açúcar. Ao mesmo tempo, empresas como Embraer, Vale, Suzano, Marcopolo, entre outras, são multinacionais brasileiras no país asiático, enquanto empresas automobilísticas como BYD e GWM estão chegando ao Brasil.

Alckmin citou algumas novidades como resultado da 7ª Sessão Plenária da COSBAN, como a abertura do mercado asiático para noz-pecã brasileira -o Rio Grande do Sul é um grande produtor, embora a catástrofe climática tenha provocado prejuízos-, assim como a aprovação do protocolo sanitário para uva e gergelim.

Quanto ao café, a novidade foi o acordo para exportação equivalente a US$ 500 milhões nos próximos anos para a rede Luckin Coffee que tem 19 mil unidades. "Eles (os chineses) ainda tomam pouco café. Aumentando o consumo, vamos ter um mercado extraordinário", afirmou.

Na área pecuária, foram habilitados 42 frigoríficos brasileiros e onze que estavam suspensos poderão voltar a exportar. Serão, ao todo, 53 frigoríficos que enviam, em sua maioria, carne bovina, suína e aves para a China.

Na saúde, o anúncio da parceria da Sinovac com a Fiocruz, para terapia celulares e vacinas, permitirá o avanço do complexo industrial de saúde brasileiro. A Sinovac já tem parceria com o Instituto Butantan para a produção da vacina Coronavac.

"Em nossas exposições, também mostramos as oportunidades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). São investimentos da ordem de 1,7 trilhão de reais em investimento público, de empresas estatais e investimento privado. Todos os projetos foram aprovados, entre eles o da rota bioceânica que sai do Brasil e vai até o Peru, onde a China está construindo um porto", disse Alckmin.

O vice-presidente disse ainda que vê como oportunidade o transporte de passageiros na região metropolitana das cidades brasileiras e deu como exemplo o projeto do trem intercidades, que sairá de São Paulo e irá até Campinas (distante 100 km da capital).

"Toda malha ferroviária é do governo federal e uma empresa chinesa venceu a licitação e ainda deve construir os trens. A China tem uma experiência enorme no transporte de passageiros nas regiões metropolitanas, assim como em longa distância no transporte de cargas, integrando vários modais, rodoviário, ferroviário, aéreo e hidroviário", ressaltou o vice-presidente brasileiro. 

Fonte: Brasil 247 com Xinhua

 

Neca Setubal defende taxação dos super-ricos e cobra debate sobre desigualdade por parte da elite

 

Bilionária lança autobiografia e fala dos bastidores da campanha de3 Marina Silva à Presidência da República de 2014

Neca Setubal
Neca Setubal (Foto: Reprodução/YouTube)

Passados dez anos, a educadora, presidente do conselho da Fundação Tide Setubal e integrante de uma das famílias controladoras do banco Itaú revisita bastidores inéditos da corrida eleitoral em "Minha Escolha pela Ação Social: Sobre Legados, Territórios e Democracia" (Tinta-da-China Brasil), autobiografia que será lançada por ela na próxima terça-feira (11).

Em uma das passagens, Neca conta que foi parar no hospital antes do primeiro turno de 2014. O diagnóstico? Estafa. "Dizer que foi fácil, não foi. Fiz terapia em 2015 e tudo", afirma, aos risos, à coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo . 

A bilionária diz não nutrir ressentimentos contra o partido PT, e conta que apoiou Lula em 2022. 

A relação com a amiga e a turbulenta campanha de 2014 são algumas das tantas histórias contadas por Neca nas 184 páginas que compõem sua autobiografia, escreve a jornalista.

Neca Setubal defende taxação dos super-ricos: "Eu sou a pessoa que está falando em justiça social e em, por exemplo, taxação de riqueza. A gente tem que ter um tributo progressivo, isso tem que ser encarado de frente. A filantropia é importante, [debater] a questão da pobreza é importante, mas isso não basta num país com as desigualdades que a gente tem."

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo

Dia Nacional da Imunização: doses beneficiam até quem não se vacina

 

Defesa de indivíduo imunizado ajuda a proteger outras pessoas

Além de permitir que o organismo se defenda de infecções e evite quadros graves de diversas doenças transmissíveis, a vacinação, quando realizada em larga escala, reduz a circulação geral de vírus e bactérias. Conhecido popularmente como imunidade coletiva ou imunidade de efeito rebanho, o cenário beneficia, portanto, até quem não recebeu a dose.

No Dia Nacional da Imunização, lembrado neste domingo (9), o Instituto Butantan destaca que a proposta é reforçar não apenas o impacto individual das vacinas, mas também o coletivo. Diante de uma população amplamente imunizada, vírus e bactérias não encontram portas abertas para adentrar no organismo e seguir se replicando, diminuindo seu poder de transmissão.

“É por isso que a defesa invisível que cada indivíduo imunizado carrega ajuda a proteger outras pessoas de seu convívio que, porventura, não possam ser vacinadas – caso das grávidas; dos portadores de alergia e de outras comorbidades, como doenças neurológicas; e até dos recém-nascidos, a depender do tipo da vacina”, destalhou o Instituto Butantan.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que que a vacinação contra 14 doenças transmissíveis, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, coqueluche, poliomielite e febre amarela, salvou 154 milhões de vidas e reduziu em 40% o número de mortes infantis em todo o mundo ao longo dos últimos 50 anos.

Caso de sucesso

O Butantan avalia como exemplo de êxito o caso da varíola, que se tornou a primeira doença transmissível erradicada do planeta. “O esforço global liderado pela OMS, iniciado no final dos anos 1960, estendeu-se por mais de uma década e contou com o empenho de milhares de profissionais de saúde, que foram responsáveis por administrar mais de meio bilhão de vacinas no período.”

Causada pelo Poxvirus variolae, a doença provoca um quadro infeccioso severo que se caracteriza pela formação de erupções na pele. A enfermidade matou mais de 300 milhões de pessoas ao longo dos 80 anos em que esteve ativa.

Programa de imunizações

Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza, de forma gratuita, 48 imunobiológicos, sendo 31 vacinas, 13 soros e quatro imunoglobulinas.

De acordo com o Ministério da Saúde, há doses destinadas a todas as faixas etárias, além de campanhas anuais para atualização da caderneta de vacinação.

“As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças preveníveis pela vacinação. Quando adotadas como estratégia de saúde pública, elas são consideradas um dos melhores investimentos em saúde considerando o custo-benefício”, avaliou a pasta.

No Brasil, o Calendário Nacional de Vacinação contempla não apenas crianças, mas adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. Ao todo, são disponibilizadas, na rotina de imunização, 19 vacinas. O calendário completo pode ser acessado aqui.

Fonte: Agência Brasil