sábado, 8 de junho de 2024

Moro afirma que votará ‘com veemência’ contra projeto ressuscitado que proíbe delação de pessoas presas

 Ex-juiz argumenta que proibir delações de réus presos seria uma violação do direito à ampla defesa garantido pela Constituição

O senador Sergio Moro (União-PR) afirmou que é fortemente contra a proposta de proibição da delação premiada de pessoas presas, que foi resgatada recentemente pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informa a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo.


A proposta tem sido impulsionada por bolsonaristas que acreditam que sua aprovação poderia anular a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), beneficiando o ex-presidente.


Moro, ex-juiz da operação Lava Jato, famosa pelo uso de delações premiadas, declarou que o projeto “é um grande erro em vários aspectos” e afirmou que votará contra, com veemência, caso ele chegue ao Senado. Ele argumenta que a proposta não alcançará o efeito desejado e ainda prejudicará a ampla defesa e o combate à criminalidade, tornando-se apenas um desgaste político para o Congresso.


O senador ressaltou que o texto, se aprovado, não poderia invalidar delações já realizadas, como a de Mauro Cid, devido ao princípio do ato jurídico perfeito, protegido pela Constituição.


– A lei nova não afeta o ato jurídico perfeito, ou a coisa julgada. A colaboração que foi feita não seria, de maneira nenhuma, afetada – explicou Moro, destacando que tal mudança na legislação violaria a Constituição.


Moro sublinhou que a experiência internacional é contrária a proibições desse tipo, citando o caso de Tommaso Buscetta, que delatou a máfia siciliana Cosa Nostra após ser preso nos anos 1980. Esse depoimento foi crucial para o conhecimento da estrutura interna da máfia e destacou a importância da delação premiada não apenas como ferramenta de obtenção de provas, mas também como instrumento de defesa.


O ex-juiz argumentou que proibir delações de réus presos seria uma violação do direito à ampla defesa garantido pela Constituição.


Ele comparou a proposta à ideia absurda de impedir que um réu preso possa confessar, sublinhando que a defesa não pode ser cerceada pelo simples fato de o indivíduo estar sob custódia. “E se a defesa dele exigir que ele colabore, [entender que] a melhor saída para ele seja essa, do ponto de vista processual?”, questionou Moro.


A proposta tem gerado discussões intensas no cenário político, com divisões claras entre os parlamentares. Parlamentares de esquerda criticam o governo federal por não conter a agenda ideológica bolsonarista, enquanto aliados de Moro e defensores da Lava Jato veem a proibição como um retrocesso no combate à corrupção e à criminalidade organizada.

Moro pretende dialogar com seus colegas no Senado para esclarecer as implicações negativas da proposta e evitar que ela avance. Ele expressa confiança de que, com um debate adequado, a proposta será rejeitada, preservando assim uma ferramenta crucial para a justiça e a segurança pública no Brasil.


Em suma, a discussão sobre a proibição da delação premiada de presos é mais um capítulo na complexa batalha política e jurídica brasileira, com implicações significativas para o futuro da legislação penal e do combate à corrupção no país.


Na quarta-feira (5), Lira incluiu na pauta do plenário da Casa um requerimento de urgência para discutir o tema. A ordem do dia, no entanto, foi encerrada sem que houvesse uma deliberação.


De autoria do então deputado Wadih Damous (PT-RJ), atual secretário Nacional do Consumidor no governo Lula, a proposta foi elaborada no contexto da Operação Lava Jato, em 2016. Ele próprio considera o texto ultrapassado.


Além de vedar a delação, ela também criminaliza a divulgação do conteúdo dos depoimentos colhidos no âmbito de acordos de colaboração premiada, pendente ou não de homologação judicial.


Fonte: Agenda do Poder 

Miriam Leitão: ‘É difícil definir Maria da Conceição Tavares, porque ela era um monumento’

 Fundadora crítica da teoria do desenvolvimento da América Latina. Professora dedicada e apaixonada, formou muita gente na economia e fora dela, inclusive os que não eram de esquerda

A jornalista Miriam Leitão, do Globo, escreveu um artigo dedicado à professora e economista Maria da Conceição Tavares. A jornalista define Maria da Conceição, como uma lutadora por um Brasil pelo qual sempre sonhou: mais desenvolvido, mais democrático e mais justo. Como economista do desenvolvimento, era próxima de Celso Furtado, de quem era grande amiga. Leia abaixo:


A economista Maria da Conceição nunca diferenciou a economia da luta política por um Brasil pelo qual ela sempre sonhou, mais desenvolvido, democrático e mais justo. Por isso, em plenos anos de chumbo, ela acabou presa, num daqueles episódios de puro horror, praticamente sequestrada por agentes das Forças Armadas. Ela mesma conta que o então ministro Mario Henrique Simonsen atuou para libertá-la. E dizia não ter entendido sua prisão por não ser “subversiva”. Na verdade, sua coragem pessoal de dizer sempre o que pensava era mais desestabilizador para um regime ditatorial do que se ela fosse de alguma organização.


A marca maior de Maria da Conceição como economista é a sua convicção de que o Brasil precisa de um plano de desenvolvimento, industrializante, conduzido em grande parte pelo Estado, mas num contexto democrático e com ênfase na busca da justiça social.


O governo militar, que ela sempre criticou com sua voz veemente e destemida, tinha planos de desenvolvimento, mas era centralizador, autoritário e concentrador de renda. Sua visão estava mais de acordo com o Plano de Metas, do governo JK, do qual participou da formulação, num governo aberto e democrático.


Conceição conhecia como poucas pessoas a dinâmica da estrutura industrial que prevaleceu no século XX.


Fundadora crítica da teoria do desenvolvimento da América Latina. Professora dedicada e apaixonada, formou muita gente na economia e fora dela, inclusive os que não eram de esquerda. Escreveu um clássico: “Da substituição de importações ao capitalismo financeiro”. Outro dos seus ensaios famosos é o “Além da estagnação”, que escreveu com José Serra, no qual criticava o modelo de desenvolvimento concentrador de renda do governo militar. Como economista do desenvolvimento, era próxima de Celso Furtado, de quem era grande amiga.


É difícil definir Maria da Conceição Tavares porque ela era um monumento. Suas ideias, certas ou erradas, eram defendidas com veemência. No Plano Cruzado, se emocionou às lágrimas porque achou que estava diante de um plano que derrubava a inflação, distribuindo renda. Mas foi exatamente o excesso que acabou com o plano, ao estimular o consumo além da capacidade de produção brasileira, num país muito fechado. 

Foi crítica inicial do Plano Real, da mesma forma que criticou o Bolsa Família. Ela preferia que houvesse políticas sociais mais generalistas e não focadas.

Numa homenagem a ela, no IPEA, em 2010, o economista Ricardo Bielschowsky, definiu assim a professora. “Conceição é uma guerreira no front intelectual da luta política, por uma sociedade mais democrática, melhor e mais justa.”


Era isso, qualquer texto sobre ela, tende a chamá-la de guerreira. Porque era assim que ela se dispunha para a vida. Talvez por isso tenha tido agora, em pleno tempo das mídias sociais, virado um sucesso com suas frases curtas, cortantes, em aulas ou entrevistas.


Foi professora de muitos e gostava de dizer isso até quando discordava do ex-aluno instalado momentaneamente em algum cargo. Na mesma homenagem do Ipea, ela foi definida assim “mexe com a cabeça dos alunos e dos colegas economistas, obriga todo mundo a “pensar grande”.


O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, amigo pessoal de Maria da Conceição a definiu como “debatedora perspicaz, contundente, defendeu em sua vasta obra que a economia é um instrumento para melhorar socialmente e politicamente a nação. Na Cepal, desenvolveu contribuições originais para a análise das características e singularidades da economia brasileira e latino-americana”.


Maria da Conceição nasceu em Portugal e, por sorte nossa, adotou o Brasil, tornou-se brasileira, influenciou toda a formação intelectual, desde meados do século passado no Brasil. Sua paixão pelo Brasil, pelo sonho de que o país se transformasse numa grande nação desenvolvida, contaminou os jovens de diversas gerações com os quais ela conviveu.


Mesmo os que se distanciaram dos métodos analíticos que ela adotava não deixaram de ser impactados pela sua força e carisma. Fez sua carreira de sucesso num universo totalmente masculino, como o dos anos 50 e 60. E por temperamento impunha-se, não pedia licença. Uma pessoa que veio para deixar um legado. E deixou. Nessa hora da despedida é difícil inclusive delimitar a dimensão e fronteira desse legado que o tempo ajudará a definir com mais precisão.


Fonte: Agenda do Poder 

Relembre o papel tenebroso de Moro no caso Marielle, cujas investigações avançam

 

Moro já veio a público esbravejar que as investigações seriam "fake news", mas as apurações se aprofundam cada vez mais com a divulgação da delação de Ronnie Lessa

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro, quando ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, teve um papel tenebroso nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. Um ano depois, quando no governo, ele mandou a Polícia Federal fechar o cerco contra o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, que citou seu chefe à época durante as apurações. 

O porteiro do condomínio onde moravam o ex-policial militar Ronnie Lessa, o assassino, e Jair Bolsonaro, autorizou a ida de um outro envolvido no crime, o ex-sargento da PM Élcio Queiroz, à casa do ex-capitão no dia do crime, no dia 14 daquele mês. A voz que liberou a entrada teria sido a de Jair Bolsonaro, ou, "seu Jair", segundo seu depoimento. 

O mais grave: na delação de Ronnie Lessa tornada pública na sexta-feira (7), ele contou que  a ordem para assassinar Marielle foi dada na manhã do dia do crime. Lessa disse ter recebido uma ligação do ex-sargento da Polícia Militar Edmilson Macalé por volta de 10h e 10h30 da manhã. 

Em meio a esses fatos, a PF, em novembro de 2019, a mando de Moro, pediu a instauração de um inquérito para apurar as circunstâncias da citação ao então ocupante do Palácio do Planalto. 

Com o peso na consciência, Moro veio a público, em março deste ano, tentar sepultar suas ligações com a possível tentativa de obstruir as investigações, chamando a história de "fake news sepultada". 

Mas com o aprofundamento das investigações e o ímpeto do governo do presidente Lula em solucionar o caso que chocou o Brasil e o mundo, Moro, politicamente isolado, pode ter de lidar com mais uma frente de investigações contra si, à medida que seu mandato no senado vai se tornando insustentável. 

Fonte: Brasil 247

 

“O Brasil está muito melhor do que em qualquer outro momento da história”, diz André Esteves

 

Chairman do BTG deu as declarações durante intervenção no Fórum Esfera

André Esteves
André Esteves (Foto: Reprodução/YT)

O chairman do BTG Pactual, André Esteves, afirmou neste sábado (8), no Fórum Esfera, realizado em Guarujá (SP), que o Brasil nunca atravessou um momento tão positivo economicamente em sua história, e aproveitou para rasgar elogios ao governo do presidente Lula. 

Após citar uma série de medidas adotadas por governos anteriores, como a reforma trabalhista, a reforma da previdência e a independência do Banco Central, ele também afirmou: "Quero tecer elogios ao Ministério da Fazenda pela obstinação em entregar equilíbrio fiscal". 

"É importante que o estado trabalhe na otimização dos gastos", reforçou Esteves, antes de afirmar que "o Brasil está muito melhor do que em qualquer outro momento da história". 

Ele também indicou em sua intervenção preocupações relacionadas à carga tributária ter atingido um "limite", e previu que o crescimento do PIB ficará acima dos 2,5%. 

Fonte: Brasil 247

Lessa dá detalhes macabros sobre o assassinato de Marielle em delação

 

Sigilo da delação foi derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes em resposta às publicações jornalísticas que divulgavam informações fragmentadas sobre os depoimentos do réu

Ronnie Lessa e Marielle Franco
Ronnie Lessa e Marielle Franco (Foto: Reprodução | Mídia NINJA)

Em uma delação premiada reveladora, o ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso da morte da ex-vereadoa Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, detalhou sua participação no assassinato em março de 2018. Lessa, que nega ser um assassino de aluguel, afirmou que aceitou cometer o crime para se tornar sócio da família Brazão em uma milícia. "Eu não fui contratado para matar. Eu não sou um matador de aluguel. Eu fui contratado para ser sócio e para ocupar a área", declarou em vídeo obtido pela Folha de S. Paulo.

Lessa explicou que seu papel na organização seria facilitar o trânsito dentro das polícias Civil e Militar, corporações nas quais trabalhou por mais de dez anos. Segundo ele, o convite para realizar o crime veio de Domingos e Chiquinho Brazão.

A investigação sobre a morte de Marielle Franco comprovou que Lessa consultou dados de diversas autoridades, pesquisadores e artistas envolvidos na defesa e garantia dos direitos humanos. A lista, apresentada pela empresa CCFácil ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), mostra consultas realizadas entre 2006 e 2018 pelo ex-PM. Esta apuração serviu como uma das provas cabais da participação de Lessa no crime, uma vez que, dois dias antes da execução de Marielle, ele consultou seu nome na plataforma.

Outro apontamento que chamou a atenção das autoridades é que, em 7 de abril de 2015, Lessa pesquisou os dados do ministro Paulo Pimenta (PT), então deputado federal. Um dia antes, Pimenta havia visitado o Complexo do Alemão acompanhado de Marielle para ouvir os moradores sobre as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) instaladas no local. Na época, o ministro era presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

A lista de consultas de Lessa foi solicitada pelo MP-RJ à CCFácil apenas em 2021. Durante a investigação, os investigadores notaram que, entre os papéis apreendidos na casa do ex-PM na data de sua prisão, havia anotações de login e senha para a plataforma. O documento foi o primeiro a identificar uma pesquisa direta de Lessa ao nome de Marielle e sua filha dias antes do crime. Até então, não haviam sido identificadas consultas com o nome da vereadora, o que era um argumento da defesa para tentar negar a autoria do crime.

Durante a delação, Lessa negou envolvimento em outros crimes, como a segurança do contraventor Rogério Andrade e o assassinato de um miliciano a pedido do ex-vereador Cristiano Girão. Ele também revelou planos para assassinar Regina Celi, presidente da escola de samba Salgueiro, mas adiou o crime para não comprometer a execução de Marielle.

Os investigadores continuam apurando se a motivação para o assassinato de Marielle Franco estava ligada às denúncias da vereadora contra a exploração imobiliária ilegal nas periferias do Rio de Janeiro. Essas denúncias teriam contrariado os interesses de Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e do deputado federal Chiquinho Brazão.

Lessa, réu confesso, afirmou ter recebido garantias de proteção para realizar o crime, alegando que a Polícia Civil do Rio estava sob controle. Segundo ele, Domingos Brazão garantiu que as consequências policiais seriam mínimas, mencionando um acordo com Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio. "Ele [Domingos] falava exclusivamente de Rivaldo Barbosa", disse Lessa ao portal Metrópoles.

A delação também revelou que a ordem para matar Marielle foi dada na manhã do crime, 14 de março de 2018, por Edmilson Macalé, ex-sargento da Polícia Militar. Lessa e Élcio de Queiroz, que dirigiu o carro no dia do crime, perseguiram o veículo de Marielle por cerca de três a quatro quilômetros antes de efetuar os disparos em um local sem câmeras na região central do Rio.

Fonte: Brasil 247

“Não podemos passar mais três anos com esse juro real”, diz Rubens Menin ao lado de Campos Neto

 

Sócio-fundador da MRV deu as declarações durante intervenção no Fórum Esfera

Fórum Esfera
Fórum Esfera (Foto: Reprodução/YT)

O empresário Rubens Menin, sócio-fundador da MRV, criticou neste sábado (8), durante intervenção no Fórum Esfera, a lentidão do Banco Central, comandado por Roberto Campos Neto, em reduzir a taxa Selic, cujos níveis elevados, segundo ele, impedem investimentos privados. Os dois compartilhavam o mesmo palco durante o painel. 

"É muito difícil o momento que estamos vivendo agora", disse Menin, ressaltando que também não seria adequado "errar na dose" e baixar a taxa Selic drasticamente. No entanto, ele afirmou: "Não podemos passar mais três anos com o juro nessa altura... As empresas não estão conseguindo investir. É muito difícil o momento que estamos vivendo agora". 

Da sua parte, Campos Neto disse que fazer política monetária olhando a inflação corrente é como dirigir um carro olhando o espelho retrovisor, enfatizando a importância de se observar as expectativas para os preços à frente.

“Se o Banco Central fizesse política monetária usando inflação corrente, seria como dirigir um carro olhando o retrovisor, você vai bater o carro” disse.

“Como o sistema de metas diz que a gente precisa fazer a meta convergir na frente, dentro de um horizonte relevante, entre 12 e 18 meses, é muito importante a gente entender esse trabalho de expectativa”, disse.

Fonte: Brasil 247

Luiza Erundina recebe alta hospitalar após internação em Brasília

 

Deputada federal passou mal durante sessão na Câmara e foi internada na UTI; parlamentar está se recuperando em hotel

Luiza Erundina
Luiza Erundina (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

A deputada federal Luiza Erundina (PSOL) recebeu alta do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na tarde deste sábado (8). A parlamentar foi internada na quarta-feira (5) após passar mal durante uma sessão na Comissão dos Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados. Erundina está hospedada em um hotel em Brasília, destaca reportagem do G1.

Erundina, que é relatora do Projeto de Lei 1156/2021, passou mal enquanto o deputado Ivan Valente (PSOL) discursava. A proposta do PL, defendida por Erundina, estabelece a responsabilidade do Estado brasileiro em identificar publicamente locais de repressão política utilizados durante a ditadura civil-militar (1964-1985).

Antes de passar mal, a deputada havia discursado enfaticamente em defesa da Comissão da Verdade e contra os crimes de morte e tortura perpetrados pela ditadura militar. Ela também se posicionou contra parlamentares que se opõem à identificação desses locais de repressão. Seu discurso foi aplaudido pelos colegas, mas minutos depois, ela passou mal, e a sessão foi suspensa.

As imagens da Câmara dos Deputados mostram a movimentação em torno de Erundina no momento em que se sentiu indisposta. Seus colegas atribuíram o mal-estar ao "contexto de ódio" prevalecente no ambiente político.

Fonte: Brasil 247

 

PT lamenta morte de Maria da Conceição Tavares

 

Partido destaca legado da economista, falecida aos 94 anos, e sua contribuição para uma sociedade mais justa

Economista Maria da Conceição Tavares
Economista Maria da Conceição Tavares (Foto: Gisele Federicce)

O Partido dos Trabalhadores (PT) expressou profundo pesar pelo falecimento da economista Maria da Conceição Tavares, ocorrido neste sábado (8), aos 94 anos. A renomada economista foi celebrada como uma figura inspiradora para gerações de economistas do PT e defensora fervorosa de uma sociedade mais justa e fraterna.

Em nota oficial, o PT destacou que Maria da Conceição Tavares sempre foi um "grande farol" para os economistas do partido, comprometida com a construção de um Brasil mais igualitário. Seu vasto conhecimento sobre desenvolvimento social e econômico continuará a inspirar todos os brasileiros empenhados na construção de um país soberano e justo.

Gleisi Hoffmann, presidenta do Diretório Nacional do PT, também expressou sua homenagem, ressaltando a importância do legado de Conceição Tavares para o partido e para o país. "Seu profundo conhecimento sobre os caminhos para o desenvolvimento social do país continuará a inspirar todos os brasileiros e brasileiras engajados na construção de um Brasil soberano," afirmou Hoffmann.

Fonte: Brasil 247

"Maria da Conceição Tavares foi acima de tudo uma mulher corajosa", diz Gleisi Hoffmann

 

Economista Maria da Conceição Tavares, referência no pensamento desenvolvimentista, faleceu neste sábado

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Gabriel Paiva/Fotos Públicas )

Por Gleisi Hoffmann, no X - Maria da Conceição Tavares foi acima de tudo uma mulher corajosa, que colocou sua inteligência e conhecimento a serviço da transformação social de nosso país. Sua contribuição para o debate econômico e para a formação acadêmica neste campo é inestimável. Com muito orgulho, o PT teve Maria da Conceção entre nossas filiadas e em nossa bancada na Câmara dos Deputados. É uma grande perda, especialmente num momento em que o Brasil precisa de vozes em defesa da democracia e do desenvolvimento econômico, como sempre ela se destacou. Minha solidariedade à família, amigos, alunos e admiradores dessa grande mulher brasileira

Fonte: Brasil 247

Lula, políticos e ex-alunos lamentam morte de Maria da Conceição Tavares, pensadora do desenvolvimento com justiça social

 ‘Maria da Conceição Tavares foi professora, deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores, economista e matemática, uma das maiores da nossa história’: Lula

Morreu neste sábado (8), aos 94 anos, a economista e escritora Maria da Conceição Tavares.Nascida em Aveiro, em Portugal, ela se naturalizou brasileira e dedicou-se a pensar a economia do Brasil. ‘Legado importante’, ‘mestra’, ‘grande pensadora’ e defensora do desenvolvimento com justiça social. Políticos, economistas e ex-alunos usaram as redes sociais para lamentar sua morte. Veja a repercussão abaixo:


Lula (PT), presidente da República


“Maria da Conceição de Almeida Tavares foi professora, deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores, economista e matemática, uma das maiores da nossa história. Nascida em Portugal, adotou o Brasil e nosso povo com o seu coração e paixão pelo debate público e pelas causas populares. Foi uma economista que nunca esqueceu a política e a defesa de um desenvolvimento econômico com justiça social. Formou gerações de economistas na Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Trabalhou no BNDES, em projetos importantes para a industrialização do nosso país e com a CEPAL em defesa do desenvolvimento da América Latina. Escreveu centenas de artigos e muitos livros. Até hoje suas aulas são consultadas pelos jovens em vídeos na internet, pela sua fala sempre franca e direta. Tive o prazer e a honra de conviver e conversar muito com minha amiga ao longo dos anos, debatendo o Brasil e os nossos desafios sociais e econômicos no Instituto Cidadania, em conversas no Rio de Janeiro ou em viagens pelo Brasil. Nesse momento de despedida, meus sentimentos aos familiares, em especial aos filhos, aos muitos amigos, alunos e admiradores de Maria da Conceição Tavares”.


Marcio Pochmann, presidente do IBGE


“A mestre do desenvolvimento com justiça social que jamais desistiu do Brasil. A professora Maria da Conceição Tavares deixa uma trajetória exemplar de educadora engajada no que de melhor o pensamento crítico gerou no Brasil. Intelectual comprometida com a transformação nacional ousou diuturnamente enfrentar a ditadura civil-militar, constituindo parte integrante do movimento da democratização do país. Apoiou o programa esperança e mudança do PMDB nos anos de 1980 e, posteriormente, contribuiu nos programas econômicos e nos governos do PT.

Foi uma das bases fundamentais da produção teórica-analítica e do ensino formativo de muitos alunos e orientandos, consolidando o pensamento desenvolvimentista latino-americano ancorado na UFRJ e Unicamp. No parlamento, exerceu, com entusiasmo, a representação popular, enfrentando o neoliberalismo de forma corajosa e inteligente”.

Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras


“A quem quiser entender o tamanho da economista que a Humanidade perdeu hoje, sugiro assistir esta cinebiografia (de José Mariani) sobre A MESTRA Maria da Conceição Tavares! Que tenhamos competência para difundir seus ensinamentos! Obrigado, Professora!”, disse o ex-presidente da Petrobras”.


Eduardo Suplicy (PT), deputado estadual em São Paulo


“O Brasil perdeu hoje uma mulher extraordinária. Maria da Conceição Tavares morreu, aos 94 anos, deixando um legado importante para o pensamento econômico brasileiro. Ela tornou-se célebre não só pelo vigor de seu pensamento, mas também pela paixão com que defendeu seus pontos de vista, sempre procurando identificar os interesses da grande maioria da população. Recomendo às novas gerações que conheçam seu trabalho. Meus sentimentos aos familiares e amigos”.


Ivan Valente (Psol-SP), deputado federal


“Lamentamos a morte da economista, matemática, professora e militante socialista Maria da Conceição Tavares. Trabalhou no plano de metas de Juscelino Kubitschek, lutou contra a ditadura, foi deputada e dirigente do PT. Gratidão por uma vida de lutas. MARIA DA CONCEIÇÃO, PRESENTE!”


Instituto Lula


“Perdemos hoje Maria da Conceição Tavares, economista brilhante e uma grande pensadora dos problemas sociais do Brasil. Seu legado de luta contra a desigualdade e por justiça social jamais morrerá! Obrigado por tanto, professora!


Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), senador líder do governo


“Recebi com profunda tristeza a notícia do falecimento da nossa Maria da Conceição Tavares. Nossa querida professora nos deixa um vasto legado sobre pensamento crítico em economia, justiça social, luta contra a desigualdade e, sobretudo, de muita coragem na defesa dos mais vulneráveis. Daqui, seguimos honrando seu maior ensinamento: o de sempre acreditar em um Brasil mais justo e igualitário. Descanse em paz, professora”.


Humberto Costa (PT-PE), senador


“Foi com tristeza que soube da morte da professora Maria da Conceição Tavares, que tem uma trajetória acadêmica que nos ajuda a construir e pensar na sociedade e na economia brasileira. Seu legado é gigante. Meus sentimentos a familiares e amigos”.


Erika Hilton (Psol-SP), deputada federal


“Hoje perdemos Maria da Conceição Tavares, aos 94 anos. A economista e ex Deputada Federal pelo PT se destacou por suas contribuições ao pensamento desenvolvimentista e por seu papel na formação de várias gerações de economistas brasileiros, deixou um legado imensurável.

Minha solidariedade aos familiares, amigos e milhares de pessoas que se inspiram e bebem de sua eterna fonte de conhecimento crítico e militância de esquerda”.


Emicida, cantor


“Professora Maria da Conceição Tavares. Obrigado, que a terra lhe seja leve🖤



 Fonte: Agenda do Poder com informações do G1.