sábado, 8 de junho de 2024

Lessa dá detalhes macabros sobre o assassinato de Marielle em delação

 

Sigilo da delação foi derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes em resposta às publicações jornalísticas que divulgavam informações fragmentadas sobre os depoimentos do réu

Ronnie Lessa e Marielle Franco
Ronnie Lessa e Marielle Franco (Foto: Reprodução | Mídia NINJA)

Em uma delação premiada reveladora, o ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso da morte da ex-vereadoa Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, detalhou sua participação no assassinato em março de 2018. Lessa, que nega ser um assassino de aluguel, afirmou que aceitou cometer o crime para se tornar sócio da família Brazão em uma milícia. "Eu não fui contratado para matar. Eu não sou um matador de aluguel. Eu fui contratado para ser sócio e para ocupar a área", declarou em vídeo obtido pela Folha de S. Paulo.

Lessa explicou que seu papel na organização seria facilitar o trânsito dentro das polícias Civil e Militar, corporações nas quais trabalhou por mais de dez anos. Segundo ele, o convite para realizar o crime veio de Domingos e Chiquinho Brazão.

A investigação sobre a morte de Marielle Franco comprovou que Lessa consultou dados de diversas autoridades, pesquisadores e artistas envolvidos na defesa e garantia dos direitos humanos. A lista, apresentada pela empresa CCFácil ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), mostra consultas realizadas entre 2006 e 2018 pelo ex-PM. Esta apuração serviu como uma das provas cabais da participação de Lessa no crime, uma vez que, dois dias antes da execução de Marielle, ele consultou seu nome na plataforma.

Outro apontamento que chamou a atenção das autoridades é que, em 7 de abril de 2015, Lessa pesquisou os dados do ministro Paulo Pimenta (PT), então deputado federal. Um dia antes, Pimenta havia visitado o Complexo do Alemão acompanhado de Marielle para ouvir os moradores sobre as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) instaladas no local. Na época, o ministro era presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

A lista de consultas de Lessa foi solicitada pelo MP-RJ à CCFácil apenas em 2021. Durante a investigação, os investigadores notaram que, entre os papéis apreendidos na casa do ex-PM na data de sua prisão, havia anotações de login e senha para a plataforma. O documento foi o primeiro a identificar uma pesquisa direta de Lessa ao nome de Marielle e sua filha dias antes do crime. Até então, não haviam sido identificadas consultas com o nome da vereadora, o que era um argumento da defesa para tentar negar a autoria do crime.

Durante a delação, Lessa negou envolvimento em outros crimes, como a segurança do contraventor Rogério Andrade e o assassinato de um miliciano a pedido do ex-vereador Cristiano Girão. Ele também revelou planos para assassinar Regina Celi, presidente da escola de samba Salgueiro, mas adiou o crime para não comprometer a execução de Marielle.

Os investigadores continuam apurando se a motivação para o assassinato de Marielle Franco estava ligada às denúncias da vereadora contra a exploração imobiliária ilegal nas periferias do Rio de Janeiro. Essas denúncias teriam contrariado os interesses de Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e do deputado federal Chiquinho Brazão.

Lessa, réu confesso, afirmou ter recebido garantias de proteção para realizar o crime, alegando que a Polícia Civil do Rio estava sob controle. Segundo ele, Domingos Brazão garantiu que as consequências policiais seriam mínimas, mencionando um acordo com Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio. "Ele [Domingos] falava exclusivamente de Rivaldo Barbosa", disse Lessa ao portal Metrópoles.

A delação também revelou que a ordem para matar Marielle foi dada na manhã do crime, 14 de março de 2018, por Edmilson Macalé, ex-sargento da Polícia Militar. Lessa e Élcio de Queiroz, que dirigiu o carro no dia do crime, perseguiram o veículo de Marielle por cerca de três a quatro quilômetros antes de efetuar os disparos em um local sem câmeras na região central do Rio.

Fonte: Brasil 247

“Não podemos passar mais três anos com esse juro real”, diz Rubens Menin ao lado de Campos Neto

 

Sócio-fundador da MRV deu as declarações durante intervenção no Fórum Esfera

Fórum Esfera
Fórum Esfera (Foto: Reprodução/YT)

O empresário Rubens Menin, sócio-fundador da MRV, criticou neste sábado (8), durante intervenção no Fórum Esfera, a lentidão do Banco Central, comandado por Roberto Campos Neto, em reduzir a taxa Selic, cujos níveis elevados, segundo ele, impedem investimentos privados. Os dois compartilhavam o mesmo palco durante o painel. 

"É muito difícil o momento que estamos vivendo agora", disse Menin, ressaltando que também não seria adequado "errar na dose" e baixar a taxa Selic drasticamente. No entanto, ele afirmou: "Não podemos passar mais três anos com o juro nessa altura... As empresas não estão conseguindo investir. É muito difícil o momento que estamos vivendo agora". 

Da sua parte, Campos Neto disse que fazer política monetária olhando a inflação corrente é como dirigir um carro olhando o espelho retrovisor, enfatizando a importância de se observar as expectativas para os preços à frente.

“Se o Banco Central fizesse política monetária usando inflação corrente, seria como dirigir um carro olhando o retrovisor, você vai bater o carro” disse.

“Como o sistema de metas diz que a gente precisa fazer a meta convergir na frente, dentro de um horizonte relevante, entre 12 e 18 meses, é muito importante a gente entender esse trabalho de expectativa”, disse.

Fonte: Brasil 247

Luiza Erundina recebe alta hospitalar após internação em Brasília

 

Deputada federal passou mal durante sessão na Câmara e foi internada na UTI; parlamentar está se recuperando em hotel

Luiza Erundina
Luiza Erundina (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

A deputada federal Luiza Erundina (PSOL) recebeu alta do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na tarde deste sábado (8). A parlamentar foi internada na quarta-feira (5) após passar mal durante uma sessão na Comissão dos Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados. Erundina está hospedada em um hotel em Brasília, destaca reportagem do G1.

Erundina, que é relatora do Projeto de Lei 1156/2021, passou mal enquanto o deputado Ivan Valente (PSOL) discursava. A proposta do PL, defendida por Erundina, estabelece a responsabilidade do Estado brasileiro em identificar publicamente locais de repressão política utilizados durante a ditadura civil-militar (1964-1985).

Antes de passar mal, a deputada havia discursado enfaticamente em defesa da Comissão da Verdade e contra os crimes de morte e tortura perpetrados pela ditadura militar. Ela também se posicionou contra parlamentares que se opõem à identificação desses locais de repressão. Seu discurso foi aplaudido pelos colegas, mas minutos depois, ela passou mal, e a sessão foi suspensa.

As imagens da Câmara dos Deputados mostram a movimentação em torno de Erundina no momento em que se sentiu indisposta. Seus colegas atribuíram o mal-estar ao "contexto de ódio" prevalecente no ambiente político.

Fonte: Brasil 247

 

PT lamenta morte de Maria da Conceição Tavares

 

Partido destaca legado da economista, falecida aos 94 anos, e sua contribuição para uma sociedade mais justa

Economista Maria da Conceição Tavares
Economista Maria da Conceição Tavares (Foto: Gisele Federicce)

O Partido dos Trabalhadores (PT) expressou profundo pesar pelo falecimento da economista Maria da Conceição Tavares, ocorrido neste sábado (8), aos 94 anos. A renomada economista foi celebrada como uma figura inspiradora para gerações de economistas do PT e defensora fervorosa de uma sociedade mais justa e fraterna.

Em nota oficial, o PT destacou que Maria da Conceição Tavares sempre foi um "grande farol" para os economistas do partido, comprometida com a construção de um Brasil mais igualitário. Seu vasto conhecimento sobre desenvolvimento social e econômico continuará a inspirar todos os brasileiros empenhados na construção de um país soberano e justo.

Gleisi Hoffmann, presidenta do Diretório Nacional do PT, também expressou sua homenagem, ressaltando a importância do legado de Conceição Tavares para o partido e para o país. "Seu profundo conhecimento sobre os caminhos para o desenvolvimento social do país continuará a inspirar todos os brasileiros e brasileiras engajados na construção de um Brasil soberano," afirmou Hoffmann.

Fonte: Brasil 247

"Maria da Conceição Tavares foi acima de tudo uma mulher corajosa", diz Gleisi Hoffmann

 

Economista Maria da Conceição Tavares, referência no pensamento desenvolvimentista, faleceu neste sábado

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Gabriel Paiva/Fotos Públicas )

Por Gleisi Hoffmann, no X - Maria da Conceição Tavares foi acima de tudo uma mulher corajosa, que colocou sua inteligência e conhecimento a serviço da transformação social de nosso país. Sua contribuição para o debate econômico e para a formação acadêmica neste campo é inestimável. Com muito orgulho, o PT teve Maria da Conceção entre nossas filiadas e em nossa bancada na Câmara dos Deputados. É uma grande perda, especialmente num momento em que o Brasil precisa de vozes em defesa da democracia e do desenvolvimento econômico, como sempre ela se destacou. Minha solidariedade à família, amigos, alunos e admiradores dessa grande mulher brasileira

Fonte: Brasil 247

Lula, políticos e ex-alunos lamentam morte de Maria da Conceição Tavares, pensadora do desenvolvimento com justiça social

 ‘Maria da Conceição Tavares foi professora, deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores, economista e matemática, uma das maiores da nossa história’: Lula

Morreu neste sábado (8), aos 94 anos, a economista e escritora Maria da Conceição Tavares.Nascida em Aveiro, em Portugal, ela se naturalizou brasileira e dedicou-se a pensar a economia do Brasil. ‘Legado importante’, ‘mestra’, ‘grande pensadora’ e defensora do desenvolvimento com justiça social. Políticos, economistas e ex-alunos usaram as redes sociais para lamentar sua morte. Veja a repercussão abaixo:


Lula (PT), presidente da República


“Maria da Conceição de Almeida Tavares foi professora, deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores, economista e matemática, uma das maiores da nossa história. Nascida em Portugal, adotou o Brasil e nosso povo com o seu coração e paixão pelo debate público e pelas causas populares. Foi uma economista que nunca esqueceu a política e a defesa de um desenvolvimento econômico com justiça social. Formou gerações de economistas na Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Trabalhou no BNDES, em projetos importantes para a industrialização do nosso país e com a CEPAL em defesa do desenvolvimento da América Latina. Escreveu centenas de artigos e muitos livros. Até hoje suas aulas são consultadas pelos jovens em vídeos na internet, pela sua fala sempre franca e direta. Tive o prazer e a honra de conviver e conversar muito com minha amiga ao longo dos anos, debatendo o Brasil e os nossos desafios sociais e econômicos no Instituto Cidadania, em conversas no Rio de Janeiro ou em viagens pelo Brasil. Nesse momento de despedida, meus sentimentos aos familiares, em especial aos filhos, aos muitos amigos, alunos e admiradores de Maria da Conceição Tavares”.


Marcio Pochmann, presidente do IBGE


“A mestre do desenvolvimento com justiça social que jamais desistiu do Brasil. A professora Maria da Conceição Tavares deixa uma trajetória exemplar de educadora engajada no que de melhor o pensamento crítico gerou no Brasil. Intelectual comprometida com a transformação nacional ousou diuturnamente enfrentar a ditadura civil-militar, constituindo parte integrante do movimento da democratização do país. Apoiou o programa esperança e mudança do PMDB nos anos de 1980 e, posteriormente, contribuiu nos programas econômicos e nos governos do PT.

Foi uma das bases fundamentais da produção teórica-analítica e do ensino formativo de muitos alunos e orientandos, consolidando o pensamento desenvolvimentista latino-americano ancorado na UFRJ e Unicamp. No parlamento, exerceu, com entusiasmo, a representação popular, enfrentando o neoliberalismo de forma corajosa e inteligente”.

Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras


“A quem quiser entender o tamanho da economista que a Humanidade perdeu hoje, sugiro assistir esta cinebiografia (de José Mariani) sobre A MESTRA Maria da Conceição Tavares! Que tenhamos competência para difundir seus ensinamentos! Obrigado, Professora!”, disse o ex-presidente da Petrobras”.


Eduardo Suplicy (PT), deputado estadual em São Paulo


“O Brasil perdeu hoje uma mulher extraordinária. Maria da Conceição Tavares morreu, aos 94 anos, deixando um legado importante para o pensamento econômico brasileiro. Ela tornou-se célebre não só pelo vigor de seu pensamento, mas também pela paixão com que defendeu seus pontos de vista, sempre procurando identificar os interesses da grande maioria da população. Recomendo às novas gerações que conheçam seu trabalho. Meus sentimentos aos familiares e amigos”.


Ivan Valente (Psol-SP), deputado federal


“Lamentamos a morte da economista, matemática, professora e militante socialista Maria da Conceição Tavares. Trabalhou no plano de metas de Juscelino Kubitschek, lutou contra a ditadura, foi deputada e dirigente do PT. Gratidão por uma vida de lutas. MARIA DA CONCEIÇÃO, PRESENTE!”


Instituto Lula


“Perdemos hoje Maria da Conceição Tavares, economista brilhante e uma grande pensadora dos problemas sociais do Brasil. Seu legado de luta contra a desigualdade e por justiça social jamais morrerá! Obrigado por tanto, professora!


Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), senador líder do governo


“Recebi com profunda tristeza a notícia do falecimento da nossa Maria da Conceição Tavares. Nossa querida professora nos deixa um vasto legado sobre pensamento crítico em economia, justiça social, luta contra a desigualdade e, sobretudo, de muita coragem na defesa dos mais vulneráveis. Daqui, seguimos honrando seu maior ensinamento: o de sempre acreditar em um Brasil mais justo e igualitário. Descanse em paz, professora”.


Humberto Costa (PT-PE), senador


“Foi com tristeza que soube da morte da professora Maria da Conceição Tavares, que tem uma trajetória acadêmica que nos ajuda a construir e pensar na sociedade e na economia brasileira. Seu legado é gigante. Meus sentimentos a familiares e amigos”.


Erika Hilton (Psol-SP), deputada federal


“Hoje perdemos Maria da Conceição Tavares, aos 94 anos. A economista e ex Deputada Federal pelo PT se destacou por suas contribuições ao pensamento desenvolvimentista e por seu papel na formação de várias gerações de economistas brasileiros, deixou um legado imensurável.

Minha solidariedade aos familiares, amigos e milhares de pessoas que se inspiram e bebem de sua eterna fonte de conhecimento crítico e militância de esquerda”.


Emicida, cantor


“Professora Maria da Conceição Tavares. Obrigado, que a terra lhe seja leve🖤



 Fonte: Agenda do Poder com informações do G1.

Morre aos 94 anos Maria da Conceição Tavares, formadora de várias gerações de economistas brasileiros (Veja vídeos)

 Sua dedicação à justiça social e ao desenvolvimento econômico brasileiro foi uma constante em sua vida, e seu impacto será sentido por muitos anos

O Brasil perdeu neste sábado, 8 de junho, uma de suas maiores referências no campo da economia: Maria da Conceição Tavares. Aos 94 anos, morreu a economista que se destacou por suas contribuições ao pensamento desenvolvimentista e por seu papel na formação de várias gerações de economistas brasileiros, deixou um legado imensurável.


Maria da Conceição Tavares nasceu em Anadia, em Aveiro, Portugal, e cresceu em Lisboa. Filha de uma mãe católica e um pai anarquista que abrigava refugiados da Guerra Civil Espanhola durante a era Salazar. Ela iniciou sua formação em Engenharia na Universidade de Lisboa, mas logo se transferiu para Ciências Matemáticas, licenciando-se em 1953.


Em 1954, fugindo da ditadura salazarista, Conceição Tavares se mudou para o Brasil, onde iniciou sua carreira como estatística no Instituto Nacional de Imigração e Colonização (INIC). Naturalizou-se brasileira em 1957 e, nesse mesmo ano, matriculou-se no curso de Economia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Sua carreira no Brasil foi marcada por importantes passagens pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Grupo Executivo de Indústria Mecânica Pesada (Geimape). Trabalhou também na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), onde desenvolveu trabalhos influenciados por economistas como Celso Furtado, Caio Prado Jr., e Ignácio Rangel.


Entre suas obras mais importantes, destaca-se “Auge e Declínio do Processo de Substituição de Importações no Brasil”, de 1972, que trouxe análises profundas sobre a economia brasileira e suas transformações.


Nos anos 80, Maria da Conceição Tavares tornou-se uma das principais assessoras econômicas do PMDB e lecionava no Instituto de Economia da Unicamp, onde ajudou a implantar os cursos de mestrado e doutorado. Foi uma das vozes mais críticas do Plano Real na década de 1990 e se destacou como deputada federal pelo PT do Rio de Janeiro.


Em 1998, venceu o Prêmio Jabuti na categoria ‘Economia’, reconhecendo sua significativa contribuição ao pensamento econômico no Brasil.


Ao longo de sua carreira, Maria da Conceição Tavares formou e influenciou inúmeros economistas e líderes políticos, entre eles José Serra, Luciano Coutinho, e Luiz Gonzaga Belluzzo. Sua dedicação à justiça social e ao desenvolvimento econômico brasileiro foi uma constante em sua vida, e seu impacto será sentido por muitos anos.

A economista era também uma apaixonada torcedora do Vasco da Gama, e em 2018, sua vida e obra foram celebradas no documentário dirigido por José Mariani.


Sua morte representa uma grande perda para o Brasil, mas seu legado de luta, ensinamentos e contribuições à economia nacional continuará a inspirar futuras gerações de economistas.



Fonte: Agenda do Poder com informações do 247.  

PF já tem prontos para apresentar ao STF mais três propostas de homologação de delação premiada do inquérito sobre a PRF

 Agentes são acusados de dificultar o trânsito de eleitores de Lula no dia da votação do segundo turno de 2022, especialmente no Nordeste

A Polícia Federal está pronta levar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a proposta de homologação de três acordos de delação premiada apresentados por investigados. Essas negociações foram realizadas no âmbito do inquérito que investiga o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar o trânsito de eleitores de Lula no dia da votação do segundo turno de 2022, especialmente no Nordeste, reduto eleitoral do presidente.


Segundo a colunista Bela Megale, do Globo, os investigadores já realizaram todas as diligências do caso, que está na fase final e deve ser concluído em cerca de 30 dias. A PF está avaliando se é necessário incluir as delações premiadas no inquérito e quais benefícios elas poderiam trazer à investigação, considerando que já existem outros elementos robustos sobre o caso. Este é um dos últimos passos antes do encerramento do inquérito.


Se a PF decidir não levar as três propostas de delação ao ministro Alexandre de Moraes, os investigados enfrentarão as acusações sem os benefícios previstos nos acordos. Conforme informado anteriormente, o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, será um dos indiciados.


Fonte: Agenda do Poder

Milei pode negar extradição de golpistas que fugiram para a Argentina; saiba mais

 

Javier Milei e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Nos próximos dias, a Polícia Federal deve solicitar ao governo de Javier Milei a extradição de bolsonaristas condenados pelos ataques de 8 de janeiro que fugiram para a Argentina. Na quinta-feira (6), uma nova fase da operação Lesa Pátria revelou que pelo menos 65 pessoas envolvidas nos atos golpistas estão no país vizinho, e parte delas teria até pedido refúgio ao governo de extrema-direita. No entanto, a PF teme que Milei, aliado de Jair Bolsonaro (PL), proteja os seguidores do ex-presidente.

Em 2006, o Acordo de Extradição entre os Estados Partes do Mercosul, assinado em 1998, foi promulgado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O acordo prevê que os países signatários “obrigam-se a entregar, reciprocamente”, pessoas procuradas pelas autoridades de outro Estado Parte. Mas a situação atual é complexa.

Rodrigo Faucz, pós-doutor em Direito Criminal pela UFPR, explica que o acordo do Mercosul permite que solicitações de extradição sejam ignoradas em casos de crimes de natureza política. “A mera alegação de um fim ou motivo político não implicará que o delito deva necessariamente ser qualificado como tal”, destacou Faucz ao jornal O Globo sobre um dos artigos do tratado.

“O asilo político é uma exceção à extradição, pois visa proteger pessoas perseguidas por motivos políticos e tem uma margem de discricionariedade considerável”, explicou, sem comentar diretamente o caso dos réus de 8 de janeiro.

Adicionalmente, a Argentina pode negar uma solicitação de extradição com base em um acordo firmado entre os países durante o governo Bolsonaro. Este acordo, assinado pelo ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, define que delitos passíveis de extradição incluem aqueles com pena máxima de prisão superior a dois anos ou quando o tempo restante de cumprimento pelo réu excede um ano.

Fila de bolsonaristas presos no 8/1. Foto: reprodução

Para formalizar os pedidos de extradição, é necessário seguir a via diplomática, incluindo uma cópia da sentença condenatória e uma declaração sobre a penalidade ainda a ser cumprida. No entanto, o artigo 3º do acordo permite a recusa da extradição se a parte requerida acreditar que o pedido visa “perseguir ou punir uma pessoa por razões de raça, sexo, condição social, religião, nacionalidade ou opinião política”. A concessão de asilo ou refúgio à pessoa também é motivo para negar o pedido.

Segundo Bela Megale, também no Globo, a PF mapeou o paradeiro dos 65 condenados na Argentina e enviará os dados ao Supremo Tribunal Federal (STF), que emitirá a ordem de extradição. O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), ligado ao Ministério da Justiça, então, formalizará o pedido ao país vizinho.

A PF descobriu que alguns dos foragidos pediram refúgio ao governo de Javier Milei e que alguns não passaram por barreiras migratórias. Aqueles que não foram encontrados terão seus nomes incluídos no Banco Nacional de Mandados de Prisão, tornando-os públicos e permitindo que qualquer pessoa que os localizar possa acionar a polícia para efetuar a prisão.

As investigações indicam que os brasileiros podem ter entrado na Argentina de diversas maneiras, inclusive escondidos em porta-malas de veículos, a pé pela ponte na fronteira, ou atravessando o rio Paraná. Todas essas fugas ocorreram em 2024.

No mês passado, uma reportagem do portal Uol revelou que alguns condenados e investigados pelos atos golpistas quebraram suas tornozeleiras eletrônicas, impostas pelo STF, e fugiram para a Argentina ou para o Uruguai. Em resposta, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a inclusão dos fugitivos na difusão vermelha da Interpol.

Fonte: DCM

 

Professora é presa após chamar aluna de ‘preta do cabelo duro’ no Rio

 

Colégio Municipal Estados Unidos, no Rio — Foto: Reprodução

A professora do Ensino Fundamental Cristiani Bispo foi presa em flagrante por injúria racial na tarde da última sexta-feira (7) na Escola Municipal Estados Unidos, localizada em Santa Teresa, no centro do Rio de Janeiro, conforme informações do G1.

Ela foi acusada pela família de uma aluna de 8 anos de cometer atos racistas contra a menina. A família afirma que a professora já vinha fazendo ofensas há algum tempo e, recentemente, voltou a ser racista, chamando a aluna de “preta do cabelo de palha”.

“Na quarta ela chamou minha filha de lixo e disse que ela usava crack. Na quinta, eu fui lá, reclamei com a direção e fiz um registro contra ela. Hoje, novamente ela chamou minha filha de preta, cabelo duro e que ela mora debaixo da ponte. Eu chamei a polícia, até contra os policiais ela disse ofensas”, disse mãe da menina.

Fonte: DCM