O Franca derrotou o Flamengo por 81 a 73, na noite deste sábado (8) no ginásio Pedrocão, em Franca, para fazer 2 a 1 na série final do Novo Basquete Brasil (NBB). Com isto a equipe do interior de São Paulo tem a possibilidade de fechar a melhor de cinco partidas na próxima quinta-feira (13), quando as equipes se enfrentam, a partir das 18h (horário de Brasília), no Maracanãzinho.
Na partida deste sábado o cestinha foi o ala-pivô Gabriel Jaú, que marcou 19 pontos para o Flamengo. Já o Franca teve como destaque Lucas Dias, que somou o total de 18 pontos.
Na primeira partida da série decisiva a equipe de Franca soube lidar com a pressão de um Maracanãzinho lotado, com quase oito mil presentes, para derrotar a equipe da Gávea por 69 a 56 no último sábado (1). Depois, na última quinta (6), o Flamengo derrotou o Franca por 76 a 68 no ginásio Pedrocão.
O São Paulo goleou o Santos por 4 a 0, na noite deste sábado (8) no Estádio Ulrico Mursa, em Santos, para assumir a 3ª posição da classificação da Série A1 do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. A TV Brasil transmitiu a partida ao vivo.
Com os três pontos alcançados diante das Sereias da Vila, o Tricolor alcançou o total de 23 na classificação. Já o Santos permanece dentro da zona do rebaixamento, com apenas sete pontos, na 13ª colocação.
As visitantes abriram o marcador logo aos 12 minutos do primeiro tempo com Aline, que acertou um belo chute por cobertura. O São Paulo ampliou um pouco antes do intervalo, com Rafa Mineira aos 39 minutos.
O terceiro saiu aos nove minutos da etapa final, graças ao faro de gol da zagueira Letícia Alves. E aos 26 minutos Serrana deu números finais ao marcador.
Empate sem gols
Também neste sábado, e também com transmissão da TV Brasil, Avaí e Ferroviária ficaram no 0 a 0 em Caçador (Santa Catarina). Com o resultado as Guerreiras Grenás permanecem na vice-liderança, agora com 25 pontos, enquanto a equipe catarinense é a vice-lanterna com três pontos.
Contando com o talento do atacante Endrick, a seleção brasileira derrotou o México por 3 a 2, na noite deste sábado (8) no estádio Kyle Field, no Texas (Estados Unidos), no penúltimo amistoso de preparação da equipe para a Copa América. A Rádio Nacional transmitiu a partida ao vivo.
Com o objetivo de realizar observações para a próxima edição da Copa América, que será disputada entre 20 de junho e 14 de julho, o técnico Dorival Júnior optou por não armar o Brasil de início com seus titulares habituais (entre eles os atacantes Vinicius Júnior e Rodrygo, os meio-campistas Lucas Paquetá e Bruno Guimarães e o zagueiro Marquinhos). Assim, o time não fez um primeiro tempo.
No entanto, a seleção brasileira conseguiu abrir o marcador nos primeiros momentos da partida em um belo lance criado por Savinho. Aos quatro minutos o jogador do Girona (Espanha) avançou pelo meio da defesa mexicana e tocou na entrada da área para Andreas Pereira, que se livrou de dois adversários antes de bater colocado.
Após o intervalo a equipe comandada por Dorival Júnior conseguiu ampliar logo aos oito minutos, quando o lateral Yan Couto foi até a linha de fundo e cruzou rasteiro para o meio da área, onde Gabriel Martinelli escorou para o fundo do gol. E quando a partida parecia estar controlada, a seleção mexicana aproveitou a baixa rotação do Brasil para igualar o marcador com gols de Quiñones, aos 27 minutos, e de Guillermo Martínez, aos 47.
Porém, a alegria dos mexicanos durou apenas três minutos, pois Vinícius Júnior e Endrick, que entraram no gramado no decorrer do segundo tempo, desequilibraram para garantirem a vitória brasileira. O atacante do Real Madrid avançou pela esquerda e cruzou a bola na medida para o centroavante do Palmeiras, que subiu muito para cabecear com categoria para superar o goleiro Julio González.
Agora o Brasil se prepara para o seu último compromisso antes da Copa América, que será contra os Estados Unidos na próxima quarta-feira (12). Na partida, que será realizada no Camping World Stadium, em Orlando, a expectativa é de que o técnico Dorival Júnior opte por levar a campo a formação titular da seleção.
Durante o Fórum
Esfera, evento que reúne políticos e empresários no Guarujá, litoral paulista,
o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reiterou sua
identificação como bolsonarista e enfatizou pontos da gestão de Jair Bolsonaro
(2019-2022).
Em sua declaração durante o evento,
Tarcísio afirmou: “Eu sou bolsonarista e continuarei sendo. Isso significa que
sou conservador, liberal e acredito em um Brasil que terá economia de mercado,
aproveitará seu potencial e realizará a transição energética. Continuaremos
acreditando no SUS gratuito e universal, assim como na educação gratuita e de
qualidade.”
Questionado pelo mediador do evento,
William Waack, sobre a repercussão política e policial do bolsonarismo,
Tarcísio defendeu a trajetória da gestão Bolsonaro. Ele enfatizou os resultados
econômicos durante o período presidencial, citando o crescimento do país e a
redução do déficit, além de destacar reformas estruturantes realizadas desde
2016.
Ele diz ainda que situação ‘saiu do controle’ e todos os envolvidos com o crime ficaram preocupadíssimos’
O ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou, no acordo de delação premiada agora com dois trechos divulgados por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ter aceitadado a proposta de assassinar a vereadora Marielle Franco para “ficar rico”, sem saber quem era o alvo. Segundo Lessa, antes, ele já ganhava R$ 50 mil por mês com cobranças de “gatonet” e barracas de lanche.
O relato faz parte da delação premiada de Lessa, cujo trecho estava em segredo de Justiça retirado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na sexta-feira. O acordo foi considerado essencial para a conclusão das investigações.
— Eu ganhava dinheiro com ‘gatonet’… ganhava R$ 50 mil por mês — disse.
Em outro momento, Lessa declara que “ninguém esperava” a “divulgação estratosférica” que os assassinatos de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes tiveram. Ele ainda diz que a situação “saiu do controle” e todos os envolvidos com o crime ficaram “preocupadíssimos”.
O ex-PM fez a declaração ao falar sobre um encontro que teria ocorrido com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão — que ele aponta como mandante do crime — após o assassinato.
Segundo Lessa, os dois o teriam tranquilizado dizendo que o então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, “estava vendo” e estaria “virando o canhão” da investigação para o outro lado.
Os irmãos Brazão negam qualquer envolvimento com as mortes de Marielle e Anderson e afirmam que não possuem qualquer relação com Lessa. Em nota, a defesa de Chiquinho já afirmou que “jamais existiu relação de proximidade entre o deputado e Ronnie Lessa”. Já a defesa de Domingos já ressaltou que não existem elementos que “sustentem a presença de Domingos Brazão em qualquer um” dos encontros narrados por Lessa.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
Nesta sexta-feira, Alexandre de Moraes determinou a transferência do Lessa para o presídio de Tremembé, em São Paulo. Lessa estava no presídio de Campo Grande (MS)
Pelo menos três meses antes da execução de Marielle Franco, Ronnie Lessa esteve perto de matar a vereadora. Segundo suas declarações na delação premiada, o ex-PM que confessou o crime afirmou que ela estava em um bar na Praça da Bandeira com amigos, mas que ele “perdeu a oportunidade”.
“Esse bar da Praça da Bandeira, eu já tinha perdido uma oportunidade porque o Macalé não tinha chegado a tempo. E ela estava sentada nesse bar, não sei como o Macalé soube disso. Mas alguém que estava seguindo ela falou: ‘ela está no bar’. Alguém estava seguindo ela”, afirmou Lessa.
Macalé é Edmilson Oliveira da Silva, apontado pelas investigações como interlocutor dos executores com os mandantes. Macalé foi morto em novembro de 2021.
Lessa e Élcio de Queiroz foram presos juntos em março de 2019, suspeitos de serem os assassinos. Élcio foi o primeiro a delatar e confessou ter participado do crime, dirigindo o carro usado para matar Marielle e o motorista Anderson Gomes, em fevereiro de 2018.
Lessa confirmou o que as investigações já mostravam, que ele pagava uma espécie de mesada ao comparsa mesmo após os dois serem presos.
Endereço de Marielle dificultou crime
Na delação premiada, cujo sigilo foi levantado parcialmente nesta sexta-feira (7) pelo ministro Alexandre de Moraes, o ex-policial militar disse que o endereço de Marielle era muito policiado e, por isso, a emboscada teve que ser em outro local.
O assassinato ocorreu em março de 2018 e Lessa foi preso em 2019 por suspeita de ser um dos executores do crime. Ele já foi condenado e prestou depoimento de delação premiada em 2023. Ele contou o que sabe em troca de eventual redução da pena da troca de presídio.
Nesta sexta-feira (7), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a transferência do Lessa para o presídio de Tremembé, em São Paulo. Lessa estava no presídio de Campo Grande (MS). O ministro ainda retirou sigilo de parte de delação.
Alguns detalhes da delação já haviam sido revelados. Ronnie Lessa confessou sua participação no crime e apontou os mandantes, em vídeo da delação que já havia sido obtido com exclusividade pelo Fantástico há duas semanas. Lessa descreveu a oferta recebida para cometer o crime como parte de uma parceria, não apenas como um assassinato por encomenda.
Durante o depoimento, Lessa identificou Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal, como mandantes. Segundo Lessa, os Brazão ofereceram como pagamento um loteamento clandestino na Zona Oeste do Rio, avaliado em mais de 20 milhões de dólares.
Lessa também detalhou reuniões preparatórias, nas quais Marielle foi descrita como um obstáculo aos planos dos Brazão. A falta de registros das operadoras de celular antes de 2018 impediu a confirmação desses encontros pelas autoridades.
A defesa dos irmãos Brazão negou as acusações, chamando-as de tentativa de Lessa de obter vantagens judiciais. Além disso, Ronnie Lessa mencionou Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Delegacia de Homicídios do Rio, como parte do plano para proteger os mandantes do crime. Lessa afirmou que Barbosa foi instruído a desviar as investigações.
Barbosa foi promovido a chefe de polícia um dia antes do assassinato de Marielle e indicou Giniton Lajes para comandar a Delegacia de Homicídios. Segundo a Polícia Federal, a nomeação de Lajes foi parte da estratégia para interferir nas investigações.
Ex-juiz argumenta que proibir delações de réus presos seria uma violação do direito à ampla defesa garantido pela Constituição
O senador Sergio Moro (União-PR) afirmou que é fortemente contra a proposta de proibição da delação premiada de pessoas presas, que foi resgatada recentemente pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informa a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
A proposta tem sido impulsionada por bolsonaristas que acreditam que sua aprovação poderia anular a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), beneficiando o ex-presidente.
Moro, ex-juiz da operação Lava Jato, famosa pelo uso de delações premiadas, declarou que o projeto “é um grande erro em vários aspectos” e afirmou que votará contra, com veemência, caso ele chegue ao Senado. Ele argumenta que a proposta não alcançará o efeito desejado e ainda prejudicará a ampla defesa e o combate à criminalidade, tornando-se apenas um desgaste político para o Congresso.
O senador ressaltou que o texto, se aprovado, não poderia invalidar delações já realizadas, como a de Mauro Cid, devido ao princípio do ato jurídico perfeito, protegido pela Constituição.
– A lei nova não afeta o ato jurídico perfeito, ou a coisa julgada. A colaboração que foi feita não seria, de maneira nenhuma, afetada – explicou Moro, destacando que tal mudança na legislação violaria a Constituição.
Moro sublinhou que a experiência internacional é contrária a proibições desse tipo, citando o caso de Tommaso Buscetta, que delatou a máfia siciliana Cosa Nostra após ser preso nos anos 1980. Esse depoimento foi crucial para o conhecimento da estrutura interna da máfia e destacou a importância da delação premiada não apenas como ferramenta de obtenção de provas, mas também como instrumento de defesa.
O ex-juiz argumentou que proibir delações de réus presos seria uma violação do direito à ampla defesa garantido pela Constituição.
Ele comparou a proposta à ideia absurda de impedir que um réu preso possa confessar, sublinhando que a defesa não pode ser cerceada pelo simples fato de o indivíduo estar sob custódia. “E se a defesa dele exigir que ele colabore, [entender que] a melhor saída para ele seja essa, do ponto de vista processual?”, questionou Moro.
A proposta tem gerado discussões intensas no cenário político, com divisões claras entre os parlamentares. Parlamentares de esquerda criticam o governo federal por não conter a agenda ideológica bolsonarista, enquanto aliados de Moro e defensores da Lava Jato veem a proibição como um retrocesso no combate à corrupção e à criminalidade organizada.
Moro pretende dialogar com seus colegas no Senado para esclarecer as implicações negativas da proposta e evitar que ela avance. Ele expressa confiança de que, com um debate adequado, a proposta será rejeitada, preservando assim uma ferramenta crucial para a justiça e a segurança pública no Brasil.
Em suma, a discussão sobre a proibição da delação premiada de presos é mais um capítulo na complexa batalha política e jurídica brasileira, com implicações significativas para o futuro da legislação penal e do combate à corrupção no país.
Na quarta-feira (5), Lira incluiu na pauta do plenário da Casa um requerimento de urgência para discutir o tema. A ordem do dia, no entanto, foi encerrada sem que houvesse uma deliberação.
De autoria do então deputado Wadih Damous (PT-RJ), atual secretário Nacional do Consumidor no governo Lula, a proposta foi elaborada no contexto da Operação Lava Jato, em 2016. Ele próprio considera o texto ultrapassado.
Além de vedar a delação, ela também criminaliza a divulgação do conteúdo dos depoimentos colhidos no âmbito de acordos de colaboração premiada, pendente ou não de homologação judicial.
Fundadora crítica da teoria do desenvolvimento da América Latina. Professora dedicada e apaixonada, formou muita gente na economia e fora dela, inclusive os que não eram de esquerda
A jornalista Miriam Leitão, do Globo, escreveu um artigo dedicado à professora e economista Maria da Conceição Tavares. A jornalista define Maria da Conceição, como uma lutadora por um Brasil pelo qual sempre sonhou: mais desenvolvido, mais democrático e mais justo. Como economista do desenvolvimento, era próxima de Celso Furtado, de quem era grande amiga. Leia abaixo:
A economista Maria da Conceição nunca diferenciou a economia da luta política por um Brasil pelo qual ela sempre sonhou, mais desenvolvido, democrático e mais justo. Por isso, em plenos anos de chumbo, ela acabou presa, num daqueles episódios de puro horror, praticamente sequestrada por agentes das Forças Armadas. Ela mesma conta que o então ministro Mario Henrique Simonsen atuou para libertá-la. E dizia não ter entendido sua prisão por não ser “subversiva”. Na verdade, sua coragem pessoal de dizer sempre o que pensava era mais desestabilizador para um regime ditatorial do que se ela fosse de alguma organização.
A marca maior de Maria da Conceição como economista é a sua convicção de que o Brasil precisa de um plano de desenvolvimento, industrializante, conduzido em grande parte pelo Estado, mas num contexto democrático e com ênfase na busca da justiça social.
O governo militar, que ela sempre criticou com sua voz veemente e destemida, tinha planos de desenvolvimento, mas era centralizador, autoritário e concentrador de renda. Sua visão estava mais de acordo com o Plano de Metas, do governo JK, do qual participou da formulação, num governo aberto e democrático.
Conceição conhecia como poucas pessoas a dinâmica da estrutura industrial que prevaleceu no século XX.
Fundadora crítica da teoria do desenvolvimento da América Latina. Professora dedicada e apaixonada, formou muita gente na economia e fora dela, inclusive os que não eram de esquerda. Escreveu um clássico: “Da substituição de importações ao capitalismo financeiro”. Outro dos seus ensaios famosos é o “Além da estagnação”, que escreveu com José Serra, no qual criticava o modelo de desenvolvimento concentrador de renda do governo militar. Como economista do desenvolvimento, era próxima de Celso Furtado, de quem era grande amiga.
É difícil definir Maria da Conceição Tavares porque ela era um monumento. Suas ideias, certas ou erradas, eram defendidas com veemência. No Plano Cruzado, se emocionou às lágrimas porque achou que estava diante de um plano que derrubava a inflação, distribuindo renda. Mas foi exatamente o excesso que acabou com o plano, ao estimular o consumo além da capacidade de produção brasileira, num país muito fechado.
Foi crítica inicial do Plano Real, da mesma forma que criticou o Bolsa Família. Ela preferia que houvesse políticas sociais mais generalistas e não focadas.
Numa homenagem a ela, no IPEA, em 2010, o economista Ricardo Bielschowsky, definiu assim a professora. “Conceição é uma guerreira no front intelectual da luta política, por uma sociedade mais democrática, melhor e mais justa.”
Era isso, qualquer texto sobre ela, tende a chamá-la de guerreira. Porque era assim que ela se dispunha para a vida. Talvez por isso tenha tido agora, em pleno tempo das mídias sociais, virado um sucesso com suas frases curtas, cortantes, em aulas ou entrevistas.
Foi professora de muitos e gostava de dizer isso até quando discordava do ex-aluno instalado momentaneamente em algum cargo. Na mesma homenagem do Ipea, ela foi definida assim “mexe com a cabeça dos alunos e dos colegas economistas, obriga todo mundo a “pensar grande”.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, amigo pessoal de Maria da Conceição a definiu como “debatedora perspicaz, contundente, defendeu em sua vasta obra que a economia é um instrumento para melhorar socialmente e politicamente a nação. Na Cepal, desenvolveu contribuições originais para a análise das características e singularidades da economia brasileira e latino-americana”.
Maria da Conceição nasceu em Portugal e, por sorte nossa, adotou o Brasil, tornou-se brasileira, influenciou toda a formação intelectual, desde meados do século passado no Brasil. Sua paixão pelo Brasil, pelo sonho de que o país se transformasse numa grande nação desenvolvida, contaminou os jovens de diversas gerações com os quais ela conviveu.
Mesmo os que se distanciaram dos métodos analíticos que ela adotava não deixaram de ser impactados pela sua força e carisma. Fez sua carreira de sucesso num universo totalmente masculino, como o dos anos 50 e 60. E por temperamento impunha-se, não pedia licença. Uma pessoa que veio para deixar um legado. E deixou. Nessa hora da despedida é difícil inclusive delimitar a dimensão e fronteira desse legado que o tempo ajudará a definir com mais precisão.