CNJ analisa os abusos ocorridos na Operação Lava
Jato, como o direcionamento indevido dos recursos obtidos a partir da
homologação de acordos de colaboração e de leniência
O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obteve, nesta
sexta-feira (7), maioria a favor da abertura de processos administrativos
disciplinares (PADs) contra os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e
Loraci Flores de Lima, ambos do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e os
juízes Danilo Pereira Júnior e Gabriela Hardt, que atuaram na 13ª Vara Federal
de Curitiba. O ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro (União Brasil-PR),
também é parte em uma das reclamações disciplinares, mas, a pedido do
corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, o procedimento foi
desmembrado quanto a ele. A decisão sobre a abertura de PAD contra Moro está
pendente.
A decisão do CNJ é uma derrota para o ministro Luís
Roberto Barroso, presidente do órgão, que, em abril, pediu vista e suspendeu o
julgamento sobre a abertura dos processos. Na ocasião, ele também votou por
revogar os afastamentos de Hardt, Thompson Flores, Danilo Pereira Júnior e
Loraci Flores de Lima e criticou a decisão de Salomão, que os afastou.
O ministro disse que não viu indícios de descumprimento
deliberado de decisões do Supremo Tribunal Federal e considerou que o
afastamento de magistrados deve ser medida "excepcional".
ENTENDA - O julgamento desta sexta se baseia no relatório final da
correição na 13ª Vara de Curitiba, que mostrou que não foi feito inventário
para indicar onde foram guardados todos os itens apreendidos pela Lava Jato,
como obras de arte, e não foi possível identificar uma série de bens e
recursos, entre eles os confiscados no exterior.
A conclusão do relatório é que houve uma “gestão caótica” no
controle de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência firmados
com o Ministério Público e homologados por Sergio Moro.
Por meio desses acordos, o grupo de procuradores da Lava
Jato recolheu e repassou à Petrobras R$ 2,1 bilhões entre 2015 e 2018, com
autorização da 13ª Vara Federal, a título de ressarcimento pelos desvios
praticados.
Esses valores permitiram à Petrobras, que era investigada por
autoridades americanas, firmar acordo no exterior, segundo o qual o dinheiro
que seria devido fora do Brasil acabaria investido na criação de uma fundação
com o objetivo de supostamente organizar atividades anticorrupção coordenadas
por lavajatistas.
Se forem condenados nos PADs, os quatro julgadores vão
receber alguma das sanções disciplinares regulamentadas pela Lei Orgânica da
Magistratura: advertência, censura, remoção compulsória, disponibilidade,
aposentadoria compulsória ou demissão. Se houver indícios de crime de ação
pública incondicionada, uma cópia do processo deve ser enviada ao Ministério
Público. Como Moro não é mais juiz, o CNJ pode enviar notícia-crime ao MP para
dar andamento a uma investigação criminal contra ele.
Na
decisão, o magistrado reconheceu que o material não veiculou notícias falsas
O juiz
eleitoral Paulo Eduardo de Almeida Sorci determinou o fim da distribuição de um
panfleto crítico à gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP), alegando
"manifestação excessiva da liberdade de expressão", mas sem explicar
o que o argumento significa. Os panfletos têm o formato de um jornal tabloide e
apresentam reproduções e informações de reportagens de diversos veículos de
imprensa, como g1, Folha, Uol e TV Globo.
"Pelo conjunto das informações
juntadas aos autos, ressalto que não foi verificada a divulgação de fatos
sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados, tendo em vista que
foram recortadas várias manchetes de diversos veículos jornalísticos e esses
recortes foram acrescidos de comentários que, claramente, são de
responsabilidade do editor do panfleto", escreveu.
Por mais
que Nunes esteja sujeito a críticas pelos fatos que ocorreram durante o
mandato, o juiz afirma que observa “o conjunto do panfleto como uma
manifestação excessiva da liberdade de expressão, configurando, assim, a
presença do ‘fumus boni iuris’ [expressão em latim que quer dizer fumaça do bom
direito]".
Ao relatar a medida, o magistrado
invoca como precedente uma decisão de 2023 do Tribunal Regional Eleitoral do
Pará, que trata de um caso de fake news. Na própria decisão, porém, o
magistrado reconheceu que o material não veiculou notícias falsas.
Entenda o
caso: Na quarta-feira (5), cinco mulheres
foram detidas enquanto distribuíam panfletos em São Paulo pertencentes ao Psol,
partido do pré-candidato e deputado federal Guilherme Boulos, que criticavam a
gestão de Nunes. Em nota, a Secretaria Estadual da Segurança Pública afirmou
que elas prestaram depoimento e foram liberadas.
A medida judicial que provocou a
detenção segue o parecer de Almeida Sorci, que concedeu a liminar na última
segunda-feira (3), atendendo a um pedido do MDB, partido do prefeito. O juiz
ainda ordenou busca e apreensão dos impressos na sede do PT na capital
paulista, mas depois revogou esse braço da determinação.
Confira alguns dos principais pontos da coletiva
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Agência Gov – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula reuniu profissionais
da imprensa em um café da manhã no Palácio do Planalto nesta terça-feira
(23/4). Na conversa, abordou o recente lançamento do programa Acredita, que
busca ampliar o acesso ao crédito no país aos Microempreendedores Individuais
(MEIs) e às micro e pequenas empresas, e a expectativa de crescimento da
economia brasileira, que conta com anúncio de quase R$ 130 bilhões de
investimentos da indústria automobilística.
E por que vai crescer? Porque as coisas estão acontecendo. Eu posso
desafiar vocês a estudarem o que aconteceu no Brasil nesses últimos 14 meses e
vocês vão constatar que nunca antes na história do Brasil houve uma quantidade
de políticas de inclusão social colocada em prática”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
“O que fizemos ontem (lançamento do Acredita) foi fazer com que a roda
gigante possa funcionar, envolvendo a grande maioria do povo brasileiro. É sem
dúvida nenhuma, com o Desenrola, que a gente já tinha lançado, os mais
importantes programas para fazer com que os créditos cheguem na mão das
pessoas”, afirmou o presidente. “Estamos plantando desenvolvimento, geração de
emprego, melhoria das condições salariais, melhoria do salário mínimo. Estou
convencido de que vamos colher um sucesso extraordinário”.
Lula também ressaltou a convicção de que a economia brasileira
vai crescer em 2024 mais do que o previsto por analistas econômicos. “E por que
vai crescer? Porque as coisas estão acontecendo. Eu posso desafiar vocês a
estudarem o que aconteceu no Brasil nesses últimos 14 meses e vocês vão
constatar que nunca antes na história do Brasil houve uma quantidade de
políticas de inclusão social colocada em prática, algumas que já tínhamos feito
e que tinham desaparecido e que estão voltando agora”.
Confira algumas das
principais respostas do presidente :
PROGRAMA ACREDITA — Ontem anunciamos o mais importante programa de crédito da
história, o Acredita . É a oportunidade que estamos criando para
colocar em prática aquela máxima que sempre digo: pouco dinheiro nas mãos de
muitos é distribuição de renda. Um programa para que o pequeno empreendedor se
torne empregador e gere renda para mais pessoas.
CRESCIMENTO ECONÔMICO
— Estou falando isso no dia de São
Jorge, no dia do padroeiro do meu Corinthians: a economia, em 2024, vai crescer
ainda mais do que o previsto pelos pessimistas. E vai crescer porque estamos
trabalhando para recompor políticas públicas importantes e construindo novas
ações para melhorar a vida das famílias brasileiras.
PÉ-DE-MEIA — Ontem nós
anunciamos mais uma coisinha no Pé-de-Meia,
nós incluímos mais 1,2 milhão de meninos e meninas para receber o
Pé-de-Meia . É, possivelmente, a coisa mais extraordinária que vai
acontecer daqui a quatro ou cinco anos quando essa meninada terminar o ensino
médio e poderem entrar numa faculdade com uma poupancinha que nós criamos para
eles.
INVESTIMENTOS DE
MONTADORAS — A gente recebeu anúncios de
investimentos de R$ 129 bilhões no setor automobilístico, coisa que há décadas
a gente não ouvia falar nesse país. O que se ouvia dizer é que a indústria
automobilística iria seguir o caminho da Ford e iria embora do Brasil. O que
aconteceu é que todas as empresas, todas, sem distinção, anunciaram
investimentos. A última anunciou R$ 4,2
bilhões . Ou seja, numa demonstração de que o Brasil goza, hoje, de
uma credibilidade externa que a gente não tinha nem nos meus primeiros dois
mandatos.
REFORMA TRIBUTÁRIA — Ontem
nós fechamos a proposta daquilo que vai para a regulamentação da Reforma
Tributária. Vamos levar uma proposta que está de acordo com o governo.
Obviamente que sabemos que quando chegar à Câmara pode ser mudada. As pessoas
podem acrescentar, tirar ou votar do jeito que mandamos.
DEFESA DA DEMOCRACIA
— Você não pode permitir que a negação
das instituições prevaleça. As instituições que foram criadas para manter a
democracia, por mais defeito que tenham, são extremamente importantes e
precisam ser fortes. Nós estamos vivendo um novo período. Os setores de
esquerda, os setores progressistas, os setores democráticos têm que se
organizar, têm que se preparar. Estou tentando ver se a gente consegue fazer
uma reunião com os chamados presidentes democratas, por ocasião da reunião da
Assembleia Geral das Nações Unidas, para a gente definir uma estratégia de como
vamos enfrentar o crescimento da extrema-direita e seus matizes. É um problema
novo na política. E é um momento novo em que vale qualquer coisa, menos a
verdade.
ARTICULAÇÃO COM O CONGRESSO — Estou convencido de que estamos numa situação de muita
tranquilidade na relação com o Congresso Nacional. Não tem divergência que não
possa ser superada. Todos os processos que o governo mandou para o Congresso
foram aprovados. Eu estou convencido de que estamos numa situação de muita
tranquilidade na relação com o Congresso Nacional.
ELEIÇÕES NA VENEZUELA
— Na questão da Venezuela, está
acontecendo uma coisa extraordinária. A oposição toda se reuniu. A oposição
está lançando candidato único. Vai ter eleições. Eu acho que vai ter
acompanhamento internacional sobre as eleições. Tem interesse de muita gente de
querer acompanhar. E se o Brasil for convidado, participará do acompanhamento
na perspectiva de que quando terminar essas eleições as pessoas voltem à
normalidade. Ou seja, quem ganhou toma posse e governa. Quem perdeu se prepara
para outras eleições. Eu fico torcendo para que a Venezuela volte à
normalidade, para que os Estados Unidos tirem as sanções e a Venezuela possa
voltar a receber de volta o povo que está deixando a Venezuela”.
MERCADO — Com todo o respeito ao mercado, eu gosto mais do
Brasil do que o mercado. Eu quero mais bem ao futuro desse país do que o
mercado. E o meu papel é fazer as coisas para que 203 milhões de brasileiros
possam levantar todo dia de manhã, almoçar, tomar café, jantar, estudar. Então,
não sou movido a mercado. Eu sou movido a soluções para o povo brasileiro. Sou
movido por soluções ao povo pobre desse país, ao povo trabalhador, e à classe
média, que é quem paga imposto de renda.
DIREITO DE GREVE — Ninguém será punido nesse país por fazer greve. Eu
nasci fazendo greve. Então eu devo aos trabalhadores de São Bernardo o que sou
hoje. Acho que é um direito legítimo. Só que eles têm que compreender que eles
pedem quanto querem, a gente dá quanto a gente pode. E aí tudo volta ao normal.
E eu espero que todo mundo volte a trabalhar. A gente está fazendo muitos
concursos. A gente quer regulação das carreiras. E as coisas aos poucos vão
entrando nos eixos.
A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP). Foto: Elaine Menke/Agência Câmara
A deputada
Luiza Erundina (PSOL-SP), que tem 89 anos, deixou a UTI (Unidade de Terapia
Intensiva) do Hospital Sírio Libanês e foi transferida para o quarto nesta
sexta (7). Segundo a assessoria da parlamentar, ela mantém um quadro de saúde
estável e seus exames apresentaram “resultados normais”.
“Uma
verdadeira barbárie foi feita pelas pessoas que são as mesmas de sempre, as que
gritam, as que perseguem, as que ameaçam e xingam”, afirmou Sâmia.
Veja
o momento em que Erundina passa mal na Câmara:
Peixe-remo em praia de Taiwan em 2023. Foto: reprodução
Dias antes
do tsunami que causou o desastre de Fukushima, no Japão, em 2011, um peixe
raro, conhecido como peixe-remo, foi visto no país. Desde então, o aparecimento
desta espécie tornou-se uma espécie de lenda que o associa a fenômenos naturais
extremos. Apesar de não ter evidências da relação entre sua aparição e
tragédias, o “peixe do fim do mundo foi visto recentemente em praias do México
e do Vietnã, causando temor entre os moradores das regiões.
Segundo
a ONG estadunidense Ocean Conservancy, o peixe-remo habita águas profundas, de
até mil metros de profundidade, o que explica sua rara aparição em regiões
costeiras, e pode medir de 3 metros a 11 metros de comprimento. A teoria por
trás da lenda é que essa espécie emergiria com os sinais de tremores que
começam no fundo dos oceanos.
Em
entrevista ao G1, o professor de oceanografia Paulo Ricardo Schwingel explicou
que o peixe-remo pode ser encontrado em todo o planeta, exceto nas regiões
polares. “É um dos maiores peixes do mundo em comprimento. Se pensarmos em
grupos de peixes ósseos, é o maior do planeta”, disse Schwingel. Ele também
destacou uma característica raríssima do peixe-remo: a autoamputação, onde o
animal pode comer parte de sua própria cauda, possivelmente devido à fome.
O
biólogo Pedro Henrique Tunes detalhou que, além de ser bem achatado e comprido,
a principal característica da espécie são suas nadadeiras em formato de remo
localizadas na frente de seu corpo, o que dá origem ao seu nome.
Peça publicitária do PT expõe desastre do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução
O PT lançou um filme publicitário que revoltou bolsonaristas nesta
semana. O vídeo, exibido em TV aberta, relembra a tragédia do governo do
ex-presidente Jair Bolsonaro e celebra os bons resultados da gestão de Lula.
“Eles tentaram destruir o Brasil. Descaso na pandemia, desastre na
economia e mais de 34 milhões de pessoas passavam fome. Mas o Brasil venceu e a
reconstrução do país começou. Mais de 24 milhões de pessoas já saíram do mapa
da fome, os empregos estão voltando e aos poucos a vida começa a
melhorar”, diz o vídeo.
O filme publicitário ainda traz diversas imagens de mãos
em formato de arma, sinal usado pelo ex-presidente e bolsonaristas, se movendo
posteriormente para o formato de “L”.
Fabio Wajngarten, advogado e assessor de Bolsonaro, se
irritou com a peça publicitária e ameaçou acionar a Justiça contra o partido
por supostamente divulgar fake news. Ele é ex-chefe da Secom (Secretaria de
Comunicação Social) do governo do ex-presidente e diz que o vídeo “não está
condizente com a legislação”.
“O filme publicitário do PT exibido hoje na TV aberta é uma verdadeira
peça de fake news e jamais poderia ter sido aprovada a sua veiculação.
Endereçarei o filme para os advogados eleitorais do PL para que as devidas
providências sejam tomadas”, afirmou.
O vídeo tem sido exibido nas redes desde o fim de maio.
Veja:
A campanha revoltou bolsonaristas nas redes, que chamam o vídeo de “ficção”. Veja a repercussão:
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse nesta sexta-feira (7) que os R$ 180 milhões repassados pelo Judiciário para a Defesa Civil gaúcha serão inteiramente enviados para as prefeituras do estado.
“Tomamos essa decisão de encaminhar para as prefeituras, que são neste momento quem está na linha de frente para dar respostas a suas comunidades”, disse Leite durante cerimônia no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). “O prefeito que tem esse conhecimento na ponta do que mais é necessário”, completou.
O governador agradeceu, em nome do povo gaúcho, a iniciativa do Judiciário, que disponibilizou com celeridade os recursos para atender os atingidos pela tragédia climática que castiga o Rio Grande do Sul desde o fim de abril.
Segundo Leite, esses recursos devem ser todos empregados em ações de resposta ao desastre ambiental, em assistência humanitária e iniciativas imediatas para responder os afetados pelas cheias dos rios gaúchos. “Prédios que foram danificados, estruturas que foram comprometidas, estradas que precisam ser refeitas, limpeza urbana”, exemplificou.
O repasse emergencial de valores pelo Judiciário tornou-se possível após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ter autorizado a destinação para o Rio Grande do Sul de penas em dinheiro aplicadas e pagas em contas judiciais.
De acordo com informações do CNJ, foram repassados até o momento R$ 94.440.666,73 pelos tribunais estaduais, enquanto a Justiça Federal encaminhou R$ 45.578.705,13. Comarcas do próprio Rio Grande do Sul arrecadaram R$ 36.109.594,67.
“Espero que essas quantias sejam capazes de ajudar nesse momento difícil”, disse o presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso.
O saldo da aplicação na caderneta de poupança subiu pela segunda vez no ano, com o registro de mais depósitos do que saques no mês de maio. As entradas superaram as saídas em R$ 8,2 bilhões, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Banco Central (BC).
No mês passado, foram aplicados R$ 362,5 bilhões, contra saques de R$ 354,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 5,2 bilhões. Com isso, o saldo da poupança é R$ 993,3 bilhões.
No mês anterior, abril de 2024, houve saída líquida (mais saques que depósitos) de R$ 1,1 bilhão, assim como em janeiro (R$ 20,1 bilhões) e fevereiro (R$ 3,8 bilhões). Já em março, o resultado foi positivo, com R$ 1,3 bilhão a mais em depósitos.
O resultado positivo do mês de maio também contrasta com o verificado em maio de 2023, quando os brasileiros sacaram R$ 11,7 bilhões a mais do que depositaram na poupança.
Diante do alto endividamento da população, em 2023 a caderneta de poupança teve saída líquida (mais saques que depósitos) de R$ 87,8 bilhões. O resultado foi menor do que o registrado em 2022, quando a fuga líquida foi recorde, de R$ 103,24 bilhões, em um cenário de inflação e endividamento altos.
Os saques na poupança se dão, também, porque a manutenção da Selic - a taxa básica de juros - em alta estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. De março de 2021 a agosto de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.
Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic. Hoje, a taxa básica está em 10,5% ao ano, mas, com as expectativas de inflação acima da meta e em meio a um cenário macroeconômico mais desafiador, a autoridade monetária arrefeceu a redução dos juros.
Em 2021, a retirada líquida da poupança chegou a R$ 35,49 bilhões. Já em 2020, a caderneta tinha registrado captação líquida - mais depósitos que saques - recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuíram para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.
Representantes afirmaram que não se trata de uma
greve contra o governo Lula, e sim contra o sucateamento das universidades e
corrosão dos salários
A Comissão Executiva Nacional do PT se reuniu com uma comitiva
de representantes da greve dos docentes para tentar intermediar as negociações
pelo fim da paralisação, que já dura 50 dias. De acordo com informações do Metrópoles, estavam presentes a presidente nacional do partido, Gleisi
Hoffmann, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) e 13 presidentes de
associações de docentes (seções do Andes-SN).
Segundo relatos, Gleisi tentou esclarecer o impasse que
levou à greve e seu prolongamento na tentativa de facilitar a retomada de
negociações entre o governo e os comandos nacionais de greves. Os docentes
afirmaram que o movimento surgiu da insatisfação de sua base, frustrada com o
sucateamento das universidades e corrosão dos salários. Os representantes
também evidenciaram que não se trata de uma greve contra o governo Lula.
No dia 27 de maio, o Ministério da Inovação e Gestão em Serviços
Públicos (MGI) fechou um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e
Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico
Técnico e Tecnológico (Proifes), sem a assinatura do Andes. Na reunião, foi
lida uma declaração da ministra da pasta, Esther Dweck, que alegou fechar o
acordo com a Proifes por que o Andes não assinou acordos anteriores. Os
docentes afirmaram que o governo “forçou” a assinatura do acordo, e que a
Proifes representa apenas 10% da categoria.
Lindbergh Farias propôs a criação de uma comissão de
deputados e membros da Executiva do PT para dialogar com autoridades do governo
como Fernando Haddad, da Fazenda, e outras lideranças do governo no Congresso.
Entre as possibilidades analisadas, está a realocação de verbas do Ministério
da Educação (MEC) ou de outros ministérios ao reajuste salarial ainda em 2024
até articular um acordo no Congresso para uma pequena suplementação.
Reitores das universidades e institutos
federais se reunirão com o presidente Lula na próxima segunda-feira (10) para
tratar de assuntos relacionados à greve, incluindo a recomposição do orçamento
das universidades e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das
Instituições.
Nesta quinta, a PF deflagrou uma mega operação
para prender os foragidos. Investigadores dizem que “é impossível todo mundo
ter tido a mesma ideia ao mesmo tempo”
A Polícia Federal (PF) investiga quem são os responsáveis pela
"fuga em massa" de envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de
2023, informa Camila Bomfim, do g1. Uma
mega operação deflagrada nesta quinta-feira (6) mirou 209 foragidos da Justiça
em 18 estados e o Distrito Federal. Até o momento, 50 pessoas foram presas,
enquanto 159 permanecem foragidas.
Investigadores suspeitam que a fuga dos envolvidos teve
uma organização. Há indícios de uma articulação para facilitar a saída do país
dos golpistas. "É impossível todo mundo ter tido a mesma ideia ao mesmo
tempo", afirmam os investigadores, sugerindo que uma rede de apoio
coordenada possa estar por trás da movimentação.
A facilitação da fuga é um crime sério, conforme ressaltam os
agentes: “ajudar ou facilitar a fuga de presos também é crime”.
A Polícia Federal também se debruça sobre a presença de 60
fugitivos na Argentina. O país, sob o governo de Javier Milei, aliado de Jair
Bolsonaro, pode representar um desafio para a extradição desses indivíduos. A
PF planeja solicitar oficialmente a extradição ao governo argentino, mas a
resposta de Milei ainda é incerta.
Os foragidos estão sendo procurados por
diversos motivos de descumprimento das medidas judiciais, que incluem violação
de tornozeleira eletrônica, mudança de endereço sem comunicação prévia às
autoridades e o não comparecimento às audiências na Justiça. Os nomes daqueles
que não forem presos serão inseridos no Banco Nacional de Mandados de Prisão
(BNMP), ampliando a busca em território nacional. Para aqueles que já foram
identificados no exterior, a PF planeja incluí-los na lista de procurados da
Interpol, expandindo a perseguição globalmente.
Presidente do BC receberá uma condecoração da Assembleia Legislativa de São Paulo. Ato foi proposto pelo bolsonarista Tomé Abduch, vice-líder do governo Tarcísio
A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR),
afirmou que a homenagem que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
receberá na segunda-feira (10) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp)
representará um "prêmio de seus correligionários pela sabotagem à economia
do país e ao governo Lula".
Campos Neto receberá o Colar de Honra ao Mérito
Legislativo da Assembleia Legislativa de São Paulo, maior condecoração da Casa.
O ato foi proposto pelo deputado bolsonarista Tomé Abduch (Republicanos),
vice-líder do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Alesp.
Em postagem no X, antigo Twitter, nesta
sexta-feira (7), Gleisi afirmou que Campos Neto é "o maior responsável por
essa tragédia fiscal", repercutindo a informação de que o Brasil gastou
nos últimos 12 meses R$ 800 bilhões com o pagamento de juros da dívida pública.
"A conta de juros da dívida pública consumiu R$ 800 bilhões (isso mesmo!)
do governo nos últimos 12 meses, o que representa 74% do chamado déficit
nominal. Isso sim é que é gastança, mas os porta-vozes do mercado na mídia reclamam
dos custos da Previdência, da Saúde, da Educação, do Bolsa Família, do que
sobra para o governo cuidar da população. E o maior responsável por essa
tragédia fiscal é o presidente do BC, que será homenageado pela bancada
bolsonarista da Assembleia Legislativa de São Paulo. É o prêmio de seus
correligionários pela sabotagem à economia do país e ao governo Lula".