sexta-feira, 7 de junho de 2024

Esquerda vence a extrema direita nas redes no debate sobre 'privatização das praias'

 

Turbinado pela entrada de influenciadores digitais e celebridades no debate, tema mobilizou cerca de 9,3 milhões de interações nas redes

Praia no Rio
Praia no Rio (Foto: Tânia Rego/ABR)

No palco das redes sociais, a 'PEC das Praias' enfrentou uma onda avassaladora de oposição. Com a entrada de influenciadores digitais e celebridades fora do meio político, como a atriz Luana Piovani, a Proposta de Emenda Constitucional que prevê a transferência da propriedade de terrenos de marinha para estados, municípios e proprietários privados acabou isolada e derrotada nas plataformas digitais, em uma vitória da esquerda.

Antes de 24 de maio, a PEC das Praias era um tema quase invisível nas redes sociais, relata o jornal O Globo. A proposta, em tramitação no Congresso e relatada e defendida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), começou a ganhar visibilidade graças a esforços de organizações e ambientalistas, como o Observatório do Clima. A partir de uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 27 de maio, ativistas se mobilizaram para criticar a medida, argumentando que ela poderia levar à "privatização" de praias e comprometer a biodiversidade.

A virada ocorreu quando o movimento Euceano publicou um vídeo em 24 de maio, que rapidamente viralizou. Mergulhadores e documentaristas criticaram a PEC e incentivaram seguidores a pressionarem os parlamentares. Apesar desse impulso inicial, o tema ainda não havia rompido a bolha dos ativistas e do público ambientalista até a intervenção de figuras conhecidas fora da política.

Foi a entrada de Luana Piovani e outros influenciadores que elevou o debate a um novo patamar. A atriz utilizou suas redes sociais para expressar sua oposição à PEC, direcionando críticas tanto ao texto quanto ao jogador Neymar, que havia anunciado um projeto de construções de luxo no litoral nordestino. Piovani questionou a integridade de Neymar, ligando-o à proposta no Senado e gerando um frenesí de discussões online. 

O impacto foi imediato e substancial. Entre 28 de maio e 3 de junho, o Google registrou 674 mil buscas relacionadas a Neymar e 103 mil sobre Luana, destacando o poder de atração de temas que envolvem celebridades. A PEC das Praias, nesse contexto, mobilizou 9,3 milhões de interações, incluindo menções em sites, blogs e contas do Instagram, conforme análise da consultoria Bites.

A direita e a extrema direita, que tradicionalmente dominam o debate nas redes sociais, ficou ausente dessa disputa. Segundo a consultoria Arquimedes, 86,5% das publicações no X sobre a PEC foram críticas à proposta. Em contraste, as tentativas de defender a medida se limitaram a rebater a alegação de "privatização das praias", sem apresentar argumentos sólidos em favor da sua aprovação.

A análise revelou que dos 13 senadores do PL, apenas Flávio Bolsonaro postou sobre a PEC, enquanto outros líderes digitais de direita, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP), permaneceram em grande parte silenciosos. O pouco engajamento da direita nesse debate sugere uma desarticulação inusitada para um campo que, geralmente, é muito eficaz nas redes sociais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Análise de recurso contra condenação de Collor por corrupção é suspensa no STF

 

Ex-presidente foi condenado a oito anos e dez meses de prisão. Defesa tenta reduzir a pena

Fernando Collor
Fernando Collor (Foto: Pedro França)

Um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento de um recurso contra a condenação do ex-presidente Fernando Collor a oito anos e dez meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. O julgamento do recurso determina quando será executada a prisão, que no caso de Collor, deverá ser executada em regime fechado.

O ex-presidente foi acusado de receber R$ 29,9 milhões em propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Os pagamentos teriam sido feitos entre 2010 e 2014 em negócios envolvendo a subsidiária, que tinha dois diretores indicados pelo então senador. O dinheiro teria sido pago para assegurar apoio político para indicação e manutenção de diretores da estatal.

A análise do recurso da defesa de Collor foi retomada no plenário virtual com o voto do ministro Dias Toffoli, que votou para reduzir a pena de Collor para 4 anos. Antes, Alexandre de Moraes e Edson Fachin haviam votado pela rejeição do pedido da defesa para reduzir a pena. Os ministros alegaram que os advogados tentaram rediscutir questões já resolvidas pelo STF no julgamento. Com o pedido de vista, Gilmar Mendes terá mais 90 dias para analisar o caso.

Fonte: Brasil 247

Lava Jato: CNJ forma maioria e abre processos administrativos contra Gabriela Hardt e magistrados TRF-4

 

O Ministério Público já pode começar a propor ações que podem levar os magistrados a perderem seus cargos. Entre as penalidades possíveis está a aposentadoria compulsória

Julgamento do CNJ e Gabriela Hardt
Julgamento do CNJ e Gabriela Hardt (Foto: Reprodução)

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) formou maioria para abrir um processo administrativo contra quatro magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que atuaram em ações relacionadas à Operação Lava Jato, informa Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Entre os juízes, está Gabriela Hardt, que substituiu o ex-juiz parcial e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Em uma sessão virtual, oito conselheiros votaram a favor da abertura do processo, enquanto dois se posicionaram contra. Entre os votos contrários, destaca-se o do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, Luís Roberto Barroso. Ainda são esperados os votos de cinco conselheiros.

Os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, que já estavam afastados de suas funções pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, terão seus afastamentos mantidos. Salomão afirmou que ambos cometeram irregularidades na condução de processos e desrespeitaram decisões do STF referentes à Lava Jato, violando deveres funcionais essenciais.

Com a confirmação da abertura do processo administrativo, o Ministério Público já pode começar a propor ações que podem resultar na perda dos cargos dos magistrados. Entre as penalidades possíveis está a aposentadoria compulsória, uma medida que, embora permita ao magistrado continuar a receber proventos, o impede de exercer funções judiciais.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

5 Melhores séries brasileiras para assistir no Streaming

 

Essas são as 5 melhores séries brasileiras que você pode assistir nos streamings!

Imagem/Divulgação
Imagem/Divulgação

As produções brasileiras estão ganhando cada vez mais destaque nos últimos anos. E sabendo disso, as plataformas de streaming vêm adicionando séries nacionais imperdíveis em seus catálogos. 

Hoje separamos 5 séries brasileiras que podem ser consideradas as melhores da atualidade, e que com certeza farão o seu tempo valer a pena. Com muito drama, suspense e ação, cada uma delas conseguiu conquistar o público com suas histórias cativantes!

Essas 5 séries brasileiras são as melhores que você vai assistir

Fique ligado sobre onde as produções a seguir estão disponíveis, já que cada uma delas pode ser encontrada em um streaming diferente.

Bom Dia Verônica (Netflix)

Bom Dia, Verônica nos apresenta a escrivã Verônica Torres que trabalha na Delegacia de Homicídios de São Paulo e está cansada do tédio da sua rotina. 

Mas depois que uma mulher se suicida dentro da delegacia nesta série, Verônica decide enfrentar seus traumas do passado e usar suas habilidades para ajudar mulheres desconhecidas. 

A primeira mulher que ela decide ajudar é uma mulher que é enganada por um golpista, a segunda é Janete, uma dona de casa e esposa que é frequentemente abusada por seu marido, Brandão, um policial de patente alta que leva uma vida dupla.

Dom (Prime Video)

Dom é uma produção inspirada na história real de Pedro Dom, um jovem carioca de classe média que entra no mundo das drogas muito cedo, até que um dia ele se torna o líder de uma gangue de criminosos que tomou conta dos jornais nos anos 2000.

Na série, vamos conhecer Victor Dantas, pai de Dom, que passou a fazer parte da inteligência policial após ter denunciado algo que encontrou no mar quando ainda era um adolescente. 

Porém, Victor não imaginava que no futuro teria que batalhar para conseguir tirar o seu próprio filho do mundo das drogas e dos crimes. 

Cangaço Novo (Prime Video)

Cangaço Novo nos apresenta um importante bancário da grande São Paulo que acaba virando um cangaceiro depois que descobre que a sua herança é um legado importantíssimo do sertão nordestino. 

Ubaldo é o nome desse homem, o qual não tem nenhuma lembrança sobre a sua infância nessa série. No entanto, quando ele descobre que o pai que ele nem conhecia morreu, vai para o Ceará para encontrar suas 2 irmãs que, até então, ele não sabia que tinha. 

Chegando lá, ele descobre que o seu pai é uma verdadeira lenda local e tem a admiração de muitos, além de conhecer a realidade de suas irmãs. Diante disso, ele decide continuar o legado de seu pai.

Impuros (Star+)

Em Impuros somos levados para o Rio de Janeiro dos anos 90, onde conheceremos um jovem chamado Evandro do Dendê, que deseja fazer 18 anos e trabalhar de forma honesta para ganhar a vida nesta série. 

Mas quando o seu irmão traficante é morto pelos policiais, Evandro se vinga e mata os policiais que mataram seu irmão. Isso faz com que ele seja notado pela hierarquia do comando e ganhe muito respeito entre eles. 

Enquanto Evandro ascende sua carreira criminosa, o policial Victor Morello não vai sossegar até prender o rapaz de qualquer jeito.

Sintonia (Netflix)

Por fim, temos Sintonia, uma série que nos apresenta a história de 3 jovens da periferia que são como irmãos: Doni, Rita e Nando, cada um com um sonho e objetivo de vida diferente.

Doni decide seguir a carreira musical no funk, Rita encontra seu caminho na religião e Nando ascende no crime até se tornar um dos maiores traficantes de São Paulo. 

Ao longo da série, vemos como a decisão de cada um deles impacta em suas vidas e tudo que um é capaz de fazer pelo outro. Além disso, somos levados a conhecer um pouco da realidade das periferias e dos problemas sociais que envolvem as favelas. 

Fonte: Brasil 247

 

Lira pauta urgência de projeto que proíbe delação de presos e criminaliza divulgação de seu conteúdo

 

Projeto original foi apresentado em 2016 por Wadih Damous, que vê "oportunismo" na decisão de Lira. Presidente da Câmara diz que análise será de outro projeto, apresentado em 2023

Arthur Lira
Arthur Lira (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu pautar para votação um requerimento de urgência que pode mudar a forma como delações premiadas são tratadas no Brasil. O projeto proíbe a validação de delações feitas por réus presos e impõe penalidades para a divulgação dos conteúdos desses depoimentos, relata o g1.

Por meio da delação premiada, acusados ou indiciados podem obter benefícios, como a redução de pena ou a progressão de regime, em troca de informações sobre o crime cometido.

A proposta tem raízes no projeto apresentado em 2016 pelo então deputado Wadih Damous (PT-RJ). Na época, o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) enfrentava um golpe mascarado de processo de impeachment e a perseguição política e judicial promovida pela operação Lava Jato avançava.

Damous defendia que a delação premiada deveria ser limitada a réus em liberdade e que a divulgação dos depoimentos deveria ser criminalizada. Em entrevista à GloboNews, Damous disse ver "oportunismo" de Lira ao pautar o projeto: "gostaria muito de perguntar ao meu ex-colega de Câmara, deputado Arthur Lira, que virtudes ele vê nesse projeto hoje que ele não viu há quase 10 anos. Eu defendo o mérito do projeto, mas não há cabimento emprestar regime de urgência. Qual é a urgência de um projeto que estava engavetado há quase 10 anos?”.

Arthur Lira esclareceu que, apesar da proposta original ser de Damous, a discussão será baseada em projeto mais recente, de Luciano Amaral (PV-AL), apresentado em 2023. "O projeto de Damous é tão ruim que seria rejeitado", declarou Lira a Julia Duailibi, do g1. Ambos os projetos visam restringir as delações de réus presos, mas o de Damous inclui a criminalização da divulgação dos depoimentos.

A urgência do tema foi respaldada por líderes de vários partidos, incluindo Romero Rodrigues (PODE-PB), Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Aureo Ribeiro (SDD-RJ), Altineu Côrtes (PL-RJ) e Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL). Segundo Lira, há um consenso na Câmara e no Judiciário sobre a necessidade de limitar as delações premiadas, argumentando que "todo mundo defende" a mudança.

Um ponto crucial que ainda gera dúvidas é se o novo projeto terá poder retroativo, o que poderia impactar delações já validadas, como a do ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid.

Além disso, a proposta prevê penas de um a quatro anos e multa para aqueles que divulgarem o conteúdo dos depoimentos colhidos, independentemente de estarem pendentes ou não de validação judicial.

Com o requerimento de urgência aprovado, a proposta pode ser votada diretamente no plenário, acelerando seu trâmite legislativo. A competência para colocar a matéria em votação é do próprio presidente da Câmara, Arthur Lira, que sinalizou apoio às mudanças.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Lula acerta ao garantir estoques de arroz e combater a especulação, diz Gleisi: "gente gananciosa"

 

Presidente do PT chamou de "deploráveis" as iniciativas da Confederação Nacional da Agricultura e do Novo para tentar impedir a compra

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), classificou como "deploráveis" as iniciativas da Confederação Nacional da Agricultura e do partido Novo na Justiça para impedir o governo Lula (PT) de adquirir arroz em um leilão público para garantir os estoques reguladores e, assim, evitar a especulação sobre o preço do alimento.

A suspensão temporária do leilão havia sido ordenada na noite de quarta-feira (5) pela 4ª Vara Federal de Porto Alegre, atendendo a uma ação movida pelos deputados gaúchos Marcel van Hattem (Novo), Lucas Redecker (PSDB) e Felipe Zortea Camozzato (Novo). No entanto, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) derrubou na quinta-feira (6) a liminar e o governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realizou a compra de 263 mil toneladas de arroz. O arroz foi adquirido pelo valor de R$ 25 o saco de 5kg. O planejamento do governo prevê que o produto chegará ao consumidor final pelo preço de R$ 20, o equivalente a R$ 4 por quilo.

O objetivo da compra é assegurar a estabilidade dos preços e o abastecimento do mercado nacional diante das dificuldades ocasionadas pelas recentes condições climáticas adversas no sul do país.

Segundo Gleisi, a manutenção dos estoques é "medida básica de segurança alimentar". Ela ainda criticou os especuladores, que querem "lucrar em cima da tragédia" que se abateu sobre o Rio Grande do Sul. "Deploráveis as ações judiciais da Confederação Nacional da Agricultura e do Partido Novo que tentaram impedir a importação de arroz pelo governo federal. Manter estoques reguladores de alimentos é medida básica de segurança alimentar e de combate à carestia. Obrigação de um governo comprometido com o povo. Foi a destruição dos estoques no governo do inelegível que fez o preço do arroz subir 30% no ano passado. E agora os especuladores nem esperaram os efeitos da tragédia do Rio Grande do Sul para fazer disparar de novo o preço do arroz. Chegaram a cobrar R$ 10 o quilo em Brasília! Parabéns, presidente Lula, pelo primeiro leilão realizado ontem, que vai levar arroz para a mesa da população a R$ 4 o quilo. E vergonha sobre a CNA e o partido Novo, partido dos ricos. Gente gananciosa, que quer lucrar em cima da tragédia, num momento em que a solidariedade devia falar mais alto".

Fonte: Brasil 247

 

China e Brasil realizam a sétima reunião da Comissão de Alto Nível de Concertação e Cooperação

 

Han Zheng lembrou que este ano coincide com o quinquagésimo aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, como também como o vigésimo da Cosban

CMG – O vice-presidente chinês, Han Zheng, e o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, presidiram em conjunto a sétima reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) nesta quinta-feira (6), em Beijing.

Han Zheng lembrou que este ano coincide com o quinquagésimo aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, como também como o vigésimo da Cosban.

No ano passado os presidentes de ambas as nações, Xi Jinping e Luiz Inácio Lula da Silva, realizaram um encontro muito frutífero para orientar o futuro das relações sino-brasileiras, acrescentou.

O vice-presidente sublinhou que tanto a China como o Brasil são grandes países em desenvolvimento e membros do Brics; por isso, devem continuar reforçando a coordenação estratégica e aprofundando a amizade e as cooperações pragmáticas para promover o desenvolvimento da parceria estratégica abrangente China-Brasil e fazer maiores contribuições para a paz e o desenvolvimento do mundo.

Geraldo Alckmin assinalou, por sua vez, que as relações bilaterais possuem um significado estratégico e uma influência global. A parte brasileira confere grande importância ao impulsionamento das relações com a China. Além de aprofundar as cooperações em todas as áreas, o Brasil também quer defender junto com a China o multilateralismo nas plataformas como ONU, G20 e Brics, para promover o desenvolvimento sustentável do mundo e acelerar a reforma do sistema de governança global, completou.

Tradução: Luís Zhao

Revisão: Mariana Yante

Fonte: Brasil 247 com CMG

MP denuncia vereador que imitou macaco para colega negro na Câmara

 

Caso ocorreu na Câmara Municipal de Planaltina de Goiás em novembro de 2023

Sessão na Câmara Municipal da Planaltina (GO)
Sessão na Câmara Municipal da Planaltina (GO) (Foto: Reprodução / Redes sociais)

O Ministério Público de Goiás denunciou o vereador Professor Lincon (MDB), de Planaltina de Goiás (GO), por imitar e emitir sons de macaco para provocar Carlim Imperador (Pros), que é negro, informa o Metrópoles. O caso ocorreu em novembro de 2023 durante uma sessão na Câmara Municipal e foi registrado em vídeo pela transmissão do evento.

Os dois começaram a discutir por conta da votação de um projeto, do qual Lincon era a favor e Carlim era contra. O vereador do Pros parabenizou os colegas que votaram contra a iniciativa, e Lincon respondeu, alegando que o colega “falava muito”. Em determinado momento, Lincon começa a imitar um macaco e emite sons característicos do animal. Os demais vereadores se calaram.

Para o MP, Lincon praticou o crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Agora, cabe à Justiça aceitar ou não a denúncia. Se aceitar, o vereador vira réu e vai a julgamento. Ele foi procurado pelo Metrópoles para dar sua versão dos fatos, mas não respondeu aos contatos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Principal rival da Shein, gigante de compras chinês Temu chega ao Brasil um dia depois de congresso aprovar imposto de importação de 20%

 Principais prejudicados pela chegada da Temu são as outras plataformas asiáticas, segundo Goldman Sachs.

Um dia após o Senado aprovar a criação do Imposto de Importação de 20% para compras por pessoas físicas no exterior de até US$ 50 (cerca de R$ 260 pela cotação atual), a gigante Temu, marketplace chinês presente em 18 países, começou a operar no país.


As mudanças de regras que o governo está promovendo nas compras de até US$ 50 já eram esperadas pela Temu e não desestimularam a vinda da companhia ao Brasil, segundo uma fonte que acompanhou as negociações da empresa no país.


A operação começou ontem, com frete grátis, além de devolução de produtos gratuita em até 90 dias. Como forma de atrair o consumidor no Brasil, havia ofertas relâmpago de R$ 1,99 e descontos variados no primeiro dia de funcionamento. Para compras acima de R$ 400, o desconto chega a R$ 50.


O site anuncia peças de lingerie a partir de R$ 0,79 e calçados masculinos e infantis a partir de R$ 7. Além de roupas, a Temu oferece eletrodomésticos, bijuterias, óculos, entre outros produtos.


A Temu nasceu em 2022, e em seu primeiro ano de vida, atingiu um valor de vendas de US$ 2,3 bilhões. Em maio, era o 5º aplicativo mais baixado no mundo, atrás de redes sociais TikTok, Instagram, Facebook e Whatsapp, segundo o site App Magic.


A plataforma pertence à Pinduoduo (PDD Holdings), gigante chinesa de tecnologia, que opera plataformas de comércio eletrônico desde 2015. Seu fundador é Colin Huang, ex-executivo do Google China. O sucesso foi tanto que Huang tornou-se o terceiro homem mais rico do país.


Qual é o principal publico alvo?


No exterior, a plataforma é conhecida pelos pesados investimentos em marketing via influencers, para conquistar o público mais jovem. Na outra ponta, usa ferramentas de gamificação, como pontos obtidos após determinado número de compras ou convites a novos usuários, que leva o cliente a acumular descontos.


Por que a Temu é considerada a principal rival da Shein?


Temu e Shein: rivais asiáticos de peso — Foto: Bloomberg e Fábio Rossi/Agência O Globo
Temu e Shein: rivais asiáticos de peso — Foto: Bloomberg e Fábio Rossi/Agência O Globo


O resultado da estratégia da Temu, que é muito parecida com a da Shein, é uma métrica melhor de engajamento de usuários, que chegam a ficar 22 minutos no seu site. A da Shein é 12 minutos.

Em relatório divulgado no ano passado, quando já se esperava a entrada da Temu no Brasil, os analistas de varejo da XP Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday escreveram que a empresa tem um modelo de negócios semelhante ao da Shein, com algoritmos que ajudam os fabricantes chineses a entender rapidamente as necessidades dos consumidores, levando a maior precisão e eficiência na produção dos fornecedores.


“O posicionamento da Temu foca na relação de custo/benefício, com preços baixos, alavancados por fretes grátis e uma forte estratégia de descontos”, escreveram os analistas da XP, lembrando que a Temu traz menos risco às varejistas tracionais de roupas pela sua diversidade de produtos.

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Que impacto terá na concorrência?


Ludmilla em comercial da Shopee: Brasil é disputado por plataformas asiáticas — Foto: Divulgação
Ludmilla em comercial da Shopee: Brasil é disputado por plataformas asiáticas — Foto: Divulgação


A plataforma de comércio eletrônico — que chega ao país no momento em que o presidente Lula deve sancionar o fim da isenção para compras de até US$ 50, que já são taxadas em 17% de ICMS — promete agitar ainda mais a concorrência no mercado de compras on-line brasileiro.


Mistura de Shein com Shopee, a Temu é conhecida por oferecer preços agressivamente baixos, num portfólio que vai de roupas a utilidades domésticas.


A chegada da gigante chinesa ao Brasil deve ter impacto negativo no varejo físico e em outras plataformas asiáticas focadas em produtos mais baratos, prevê o Goldman Sachs em relatório enviado a clientes ontem. Segundo o banco, a julgar pelo crescimento explosivo em outros mercados, como o México, a Temu deve ganhar escala em curto espaço de tempo.


“Esperamos que a Temu cresça de forma relativamente rápida, com base na disposição da PDD (Pinduoduo, dona do site) de investir em aquisição de clientes quando entra em novos mercados. Considerando o elevado interesse de consumidores brasileiros em ofertas internacionais de baixo preço, acreditamos que Temu poderia ser capaz de escalar sua base de usuários no Brasil em um curto período de tempo”, escreveram os analistas do banco.


Segundo o Goldman Sachs, a Temu já está conversando com empresas de logística no Brasil para garantir espaço para suas entregas no país. O banco acredita que, por ora, os principais prejudicados pela chegada da Temu são as outras plataformas asiáticas.


Por que há tantas plataformas internacionais de e-commerce aqui?


Embora menor que o mercado chinês e o dos EUA, o Brasil tem importância para essas plataformas pelo interesse do consumidor brasileiro nos preços mais baixos.


As compras digitais movimentaram R$ 185,7 bilhões no Brasil em 2023, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, uma fração do US$ 1,2 trilhão que os chineses movimentaram no mesmo ano.


Fonte: agenda do Poder

Mães defendem que crianças e adolescentes não tenham celular antes de 14 anos e acesso a redes sociais só aos 16

 Famílias pedem que smartphones sejam proibidos nas escolas

Um grupo de mães de escolas particulares de São Paulo lançou um movimento que defende que o ambiente escolar seja livre de celulares. Além disso, propõe que as famílias façam um acordo para que os filhos só sejam presenteados com um smartphone depois dos 14 anos e tenham acesso a redes sociais apenas após os 16.


O Movimento Desconecta tem como base pesquisas que citam uma série de prejuízos causados pelo uso dos celulares na infância e na adolescência, como ansiedade, depressão e dificuldades de concentração, de aprendizagem e de socialização.


Está em sintonia com mobilizações semelhantes em outros países, como o Wait Until 8th (“espere até o 8º ano” para dar o celular, a série escolar dos 14 anos de idade), grupo dos Estados Unidos com mais de 50 mil famílias, e o Smartphone Free Childhood (“infância livre de celular”), organização da Inglaterra com mais de 60 mil pais e mães.


Os movimentos citam como fonte, especialmente, o psicólogo norte-americano Jonathan Haidt, autor do best-seller “A Geração Ansiosa”, que trata do colapso da saúde mental entre crianças e jovens no mundo —no Brasil, um levantamento da Folha mostrou que, pela primeira vez, os registros de ansiedade na infância e na adolescência superaram os de adultos.


O livro mostra como crianças e adolescentes não têm maturidade neurológica e emocional para lidar com o universo digital dos smartphones e acabam envolvidos em situações graves como assédio sexual, cyberbullying, golpes financeiros e desafios (tarefas disseminadas em redes sociais) que podem provocar mutilações e até mortes.


Haidt defende quatro mudanças urgentes na sociedade: 1) Smartphones só depois dos 14 anos (se necessário, a família pode dar um celular daqueles antigos, sem internet, para se comunicar com a criança); 2) Redes sociais apenas após os 16; 3) Todas as escolas livres de celulares, do ensino fundamental ao médio; 4) A volta da brincadeira livre na infância e na adolescência, não programada e controlada por adultos.


Outra fonte central do Movimento Desconecta é o pediatra brasileiro Daniel Becker, influente nas redes sociais, que está engajado no banimento do uso do celular nas escolas, não apenas nas salas de aulas, mas também nos recreios e intervalos.

Ele chama a campanha de Celular Zero nas Escolas. “Na sala de aula, o celular obviamente perturba o aprendizado. A simples presença do celular perto da criança já fragmenta a atenção dela”, diz ele, nas redes sociais. “E o recreio é um momento fundamental, é o lugar de brincar, de se movimentar, de se conhecer, desenvolver inúmeras habilidades fundamentais, como a comunicação.”


O Movimento Desconecta cita também a queda acentuada das notas escolares registradas pelo Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos, realizado em mais de 80 países) desde 2012, quando os smartphones começaram a se disseminar.


A campanha começou com um pequeno grupo de mães de escolas privadas e, em menos de duas semanas, atingiu mais de 15 mil seguidores no Instagram. A ideia das fundadoras é que, enquanto a regulação do uso do celular não vier por meio de lei, as famílias devem fazer um acordo entre si. Quanto mais amigos sem celular, defende o movimento, menor será a pressão social para que a criança tenha um aparelho.


“Nós não conseguimos, de forma direta e rápida, mudar as leis ou as regras das escolas, então, o que está no nosso controle é combinar, entre as famílias, de não dar celular para as crianças”, afirma Camila Bruzzi, uma das fundadoras do movimento.


Fernanda Cytrynowicz, que também está no comitê do Movimento Desconecta, lembra que projetos de lei para regular o uso do celular e as redes sociais enfrentam o lobby pesado das big techs, então as famílias precisam se antecipar e buscar soluções.


“A gente não nega a tecnologia e sua importância, mas sim os excessos”, diz. “Muitas famílias não querem dar um smartphone para a criança, mas acabam dando por pura pressão, porque percebem que ela se sente excluída, por exemplo, se não sabe a dancinha do TikTok.”


Dessa forma, um acordo entre as famílias é tido como um caminho de solução. “Os convites para festa de aniversário, por exemplo, são todos pelo WhatsApp. E se ninguém tiver smartphone? Certamente o aniversariante vai convidar de outra forma.”


Mariana Uchôa, também fundadora do movimento, diz que há muitas famílias querendo que os celulares sejam proibidos nas escolas. “Essa é uma discussão que precisa ser feita, mas temos também que pensar o que fazer nas nossas casas.”


O grupo faz analogias com o tempo em que a sociedade aceitava que crianças e jovens fumassem e ingerissem bebidas alcoólicas. “As pessoas achavam normal, tinha até cigarrinho de chocolate para criança, e hoje isso é um absurdo completo”, diz Camila. “Daqui a alguns anos, vamos achar a mesma coisa sobre os celulares. Hoje nos sentimos reféns dessa situação, precisamos ser protagonistas da solução.”


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de São Paulo