quinta-feira, 6 de junho de 2024

Transplante de fígado aumenta sobrevida em pacientes com câncer de intestino metastático

 

Estudo apresentado na ASCO 2024 aponta sobrevida livre de doença ao longo de cinco anos em pessoas que receberam novo fígado como opção de tratamento

Transplante de órgãos. O fim da incompatibilidade?
Transplante de órgãos. O fim da incompatibilidade? (Foto: Christopher Furlong)

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - Pessoas com câncer colorretal que tenham metástase exclusivamente hepática e que são tratadas com quimioterapia podem se beneficiar do transplante de fígado como parte do tratamento oncológico. A conclusão é de um trabalho que foi apresentado durante a ASCO 2024, a reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, realizada em Chicago, nos Estados Unidos. Segundo o estudo, ao final de cinco anos, 40% dos pacientes transplantados tiveram uma sobrevida global livre da doença, em comparação com quem não fez o transplante e continuou recebendo a quimioterapia.

A metástase no fígado é mais comum em indivíduos com cânceres gastrointestinais, como é o caso de tumores colorretais, que atingem o cólon e o reto, na parte final do intestino grosso. No Brasil, porém, o transplante de fígado não é indicado para esses pacientes, somente para aqueles com tumores originados no órgão (hepatocarcinoma). Por aqui, o tratamento padrão quando há metástase é fazer quimioterapia para redução das massas tumorais e depois operar o fígado. 

O problema é que nem sempre isso funciona. Há casos em que a quimioterapia até reduz o volume dos nódulos, mas não o suficiente para o órgão ser operado. A alternativa é fazer quimioterapia pelo resto da vida. Foi pensando nesses casos, de pacientes que respondem bem à quimioterapia, mas não o suficiente para deixar o fígado sem a doença, é que pesquisadores da França, Itália e Bélgica decidiram investigar os benefícios do transplante. 

Para isso, selecionaram 94 pessoas entre 2016 e 2021 que tinham câncer colorretal metastático exclusivamente no fígado e que respondiam à quimioterapia, mas não podiam ser operadas por possuírem muitos nódulos — em média, 20. Eles foram divididos aleatoriamente para receber o transplante de fígado associado ao quimioterápico ou somente a quimioterapia padrão. 

Ao final, 40% dos transplantados ficaram totalmente livres da doença, três (8%) foram retransplantados e um deles faleceu no pós-operatório. Segundo os autores, o transplante de fígado combinado com a quimioterapia melhorou significativamente a sobrevida dos pacientes selecionados, por isso eles defendem a validação da terapia como uma nova opção de tratamento que pode mudar a estratégia de condução clínica desses casos específicos.

O oncologista clínico Diogo Bugano, do Hospital Israelita Albert Einstein, assistiu com entusiasmo à apresentação do trabalho na ASCO e afirma que os resultados são “surpreendentes e promissores.” Ele pondera, no entanto, que não é tão simples indicar transplante para pacientes em tratamento oncológico. 

“O primeiro problema é que o sistema imune do paciente é extremamente importante para combater o tumor e a pessoa transplantada é imunossuprimida para não rejeitar o órgão. Por isso, existe o receio de fazer a cirurgia e, pós-transplante, descobrirmos que havia metástase em outros órgãos e o tumor voltar no fígado transplantado”, diz Bugano. “Mas, nesse estudo, entre os transplantados, 40% ficaram sem doença por cerca de cinco anos depois, enquanto os outros pacientes ou morreram ou continuaram fazendo quimioterapia. É um resultado muito surpreendente e impactante”, acrescentou o oncologista. 

De acordo com Bugano, os países seguem critérios diferentes para transplantes e, em alguns, a oferta de órgãos de cadáveres é maior do que no Brasil, o que facilita para colocar a terapia em prática. Por aqui, incluir o câncer de intestino entre as indicações para transplante de fígado é algo totalmente novo e a indicação precisaria ser avaliada com cuidado para não prejudicar outros pacientes que estão na fila de espera. 

“Um dos acordos dos pesquisadores com as centrais de transplante para fazer o estudo era que esses pacientes não ficassem mais de dois meses na fila de espera, porque eles estariam sem receber quimioterapia. Então foi negociado um acordo excepcional para que eles fossem considerados prioritários na fila”, explica o oncologista. “Aqui no Brasil sofremos com a falta de órgãos. Como o câncer de intestino é muito comum e costuma dar metástase no fígado, se isso fosse aplicado aqui, muitos pacientes teriam que passar na frente e não teria órgão para todos”, pondera. 

A alternativa, diz Bugano, seria considerar para esse paciente com metástase, que já operou o intestino e só restou o câncer no fígado, o transplante intervivos (de um parente que seja parcialmente compatível). “Nesses casos, não tem fila de espera. Existe algum risco para o doador, mas é muito pequeno. Para quem recebe, segue o fluxo de transplante normal, pois essa porção (cerca de 30%) de fígado saudável vai melhorar a vida do paciente. Esse trabalho veio validar que o transplante de fígado é uma terapia que temos que avaliar cuidadosamente com nosso paciente se faz sentido ou não. É mais uma opção que poderá ser discutida”, diz.

O oncologista clínico Rafael Kaliks, que também é do Einstein e participou da ASCO, considera que esse estudo pode ser o primeiro passo para mudanças na prática clínica, já que pacientes com câncer gastrointestinal têm maior probabilidade de metástase no fígado. 

“Esse é um trabalho extraordinário que, pela primeira vez, mostra um aumento significativo de sobrevida em pacientes com câncer de intestino com metástases hepáticas. A diferença em termos de sobrevida desses pacientes é muito maior entre aqueles que foram transplantados. Pode ser que, depois disso, a prática comece a mudar”, avalia Kaliks.

Fonte: Agência Einstein

Relator diz que Bolsonaro pediu para não ser incluído no PL da Anistia: “Não é o momento”

 

O deputado Rodrigo Valadares (União Brasil) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

O deputado federal Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) afirmou que não pretende incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no relatório do projeto de lei sobre a anistia dos condenados pelos atos terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

Valadares foi nomeado relator do projeto pela presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, Caroline de Toni (PL-SC), na última quarta-feira (5).

“O presidente Bolsonaro pediu de maneira clara para que ele fosse excluído desse projeto de anistia. Então esse projeto tratará apenas dos presos e daqueles que respondem processo em relação ao dia 8 de janeiro”, afirmou o deputado à Folha de S.Paulo.

“Quando chegar o momento oportuno, espero ser um agente para trabalhar nesse sentido, para que ele possa se tornar elegível para 2026, porque ele é o nosso pré-candidato em 2026. Mas esse projeto da anistia não tem nada a ver com isso”.

Valadares, que faz parte da oposição ao governo Lula (PT) e é autor de uma PEC que limita as ações da Polícia Federal (PF) dentro do Congresso, garantiu que sua posição política não afetará seu trabalho como relator. Ele ressaltou que atuará com base na “boa técnica legislativa”.

Rodrigo Valadares é o único deputado de Sergipe co-autor do projeto para anistiar BolsonaroJair Bolsonaro e Rodrigo Valadares. Foto: reprodução

O deputado contou que conversou com Bolsonaro sobre o projeto de anistia e mencionou a preocupação do ex-presidente com “penas altíssimas”, destacando que isso será um “norte” em seu trabalho de construção do parecer. Valadares acredita que Bolsonaro enfrenta perseguição de alguns setores da sociedade porque “assustou o sistema”.

O bolsonarista também afirmou que procurará ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) durante a elaboração de seu parecer, buscando estabelecer um diálogo com o Judiciário para evitar possíveis reações adversas caso o projeto seja aprovado na Câmara. Ele mencionou ministros como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Cármen Lúcia.

“Não tenho interesse nenhum de construir algo que a gente consiga pautar aqui e que lá na frente crie algum tipo de instabilidade ou de conflito com o STF”, afirmou. “A nossa intenção nesse relatório não é fazer uma peça ficcional, uma peça decorativa, não é ganhar like ou seguidor em rede social. É fazer algo sóbrio, sólido e que tenha efeito.”

Valadares disse ainda que contará com o apoio do líder de seu partido, Elmar Nascimento (União Brasil-BA), para facilitar o diálogo com o Judiciário. Vale destacar que Nascimento é próximo ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e é pré-candidato à sucessão de Lira na liderança da Casa.

Fonte: DCM

Bolsonaro se irrita com nomes alternativos para Presidência em 2026; entenda

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

O tema que mais irrita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é a discussão sobre possíveis alternativas ao seu nome para a disputa presidencial em 2026. Atualmente, Bolsonaro está inelegível até 2030 devido a uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ex-capitão tem repetido que as próximas eleições municipais deste ano serão fundamentais para definir a correlação de forças políticas e servirão como um termômetro para a disputa nacional, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Bolsonaro deposita suas esperanças na estratégia do PL, que busca sua anistia tanto no âmbito Legislativo, através do Congresso, quanto no Judiciário. O plano inclui várias etapas, tanto a curto quanto a longo prazo.

Ele e seus aliados acreditam que, em 2026, quando o TSE estiver sob a presidência de Kassio Nunes Marques, a corte revisitará sua inelegibilidade. Vale destacar que Nunes Marques foi uma indicação de Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro em cerimônia de aniversário da Rota de SP — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS

Nas negociações para apoio a candidatos à presidência da Câmara, o PL tem condicionado seu apoio à aprovação de um projeto de lei que anistie os envolvidos nos atos terrorista promovidos por bolsonarista no dia 8 de janeiro de 2023, incluindo o próprio Bolsonaro.

O ex-mandatário tem demonstrado grande irritação com notícias que sugerem Tarcísio de Freitas como potencial candidato da direita em 2026. Em resposta às críticas de aliados à postura do governador de São Paulo, Bolsonaro tem feito gestos de apoio a Tarcísio.

Além disso, em um encontro recente, Bolsonaro esclareceu que os ataques a Tarcísio, vindos de apoiadores como Silas Malafaia, não tinham sua aprovação. O pastor disse “desconfiar” de que o governador de São Paulo atue para que o ex-capitão fique inelegível e, assim, ele próprio dispute a Presidência em 2026.

Fonte: DCM

Israel bombardeia escola da ONU em Gaza e deixa 40 mortos

 

Ataque israelense em Rafah, sul de Gaza – Foto: Mohammed Salem

Israel bombardeou nesta quinta-feira (6) uma escola da ONU em Gaza, resultando na morte de 27 palestinos. O ataque visou um complexo do Hamas supostamente escondido na escola, conforme informações da Reuters.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 40 pessoas foram mortas e 73 ficaram feridas, incluindo 14 crianças e nove mulheres.

Os militares de Israel afirmaram que, antes do ataque, tomaram medidas para reduzir o risco de danos aos civis. No entanto, o ataque aconteceu após o anúncio de uma nova campanha militar israelense no centro de Gaza.

O ataque complica a implementação do plano de cessar-fogo apresentado na semana passada pelo presidente dos EUA, Joe Biden.

Segundo os israelenses, havia um complexo paramilitar do Hamas dentro da escola. O tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz das FDI, confirmou a informação e afirmou que o plano de ofensiva havia sido adiado em duas ocasiões para evitar a morte de civis palestinos.

O tenente-coronel Peter Lerner – Foto: Reprodução

Lerner também disse que os integrantes do Hamas estavam separados em três salas de aula, todas afastadas da área onde os civis estavam abrigados. Desde o início do conflito, Israel acusa o Hamas de usar escolas, hospitais e outros prédios públicos como escudo humano.

Do lado palestino, Ismail Al-Thawabta negou categoricamente a presença de integrantes do Hamas na escola da ONU. “A ocupação mente à opinião pública através de histórias falsas e fabricadas para justificar o crime brutal que conduziu contra dezenas de pessoas deslocadas”, reiterou Thawabta à Reuters.

Fonte: DCM

Nikolas sai chorando após discussão com Janones


O bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Foto: reprodução

 O deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) saiu bufando pelos corredores da Câmara após a discussão com o deputado André Janones (Avante-MG). A treta ocorreu após o fim da sessão do Conselho de Ética da Câmara, que arquivou a representação contra Janones por prática de “rachadinha”.

Os dois quase chegaram às vias de fato. A confusão também contou com diversas ofensas de ambos os lados. Janones chamou Nikolas de “moleque golpista” e ouviu em resposta “bate, rachadinha” e “você não é machão?”.

Vários vídeos da confusão circularam pelas redes sociais e, em um deles, mostra-se o desfecho do bate-boca: Nikolas indo embora, irritado e batendo os pés.

Assista abaixo:

Fonte: DCM

Ex-jogador do São Paulo, Centurión está desaparecido há 10 dias


O jogador Centurión, ex-São Paulo, está desaparecido há 10 dias. Reprodução

 Em uma entrevista por telefone com a Rádio La Red, o presidente do Vélez Sarsfield, Fabián Berlanga, revelou que no clube não têm notícias do paradeiro de Ricardo Centurión há 10 dias. “Não sabemos nada sobre ele. Ele desapareceu de um dia para o outro. Estamos muito preocupados”, comentou o dirigente.

Berlanga também informou que o clube tentou entrar em contato com o jogador por diferentes meios, sem sucesso. “Ele desligou o telefone e não conseguimos localizá-lo. Estamos tentando encontrá-lo pelo Google Maps”, afirmou.

O ex-meio-campista do São Paulo Futebol Clube, surgido no Racing e com passagens pelo Boca, vem lutando há anos com problemas de dependência, que o impediram de ter continuidade nos clubes em que jogou. Por exemplo, um dos últimos incidentes em que se envolveu foi em dezembro do ano passado, quando testou positivo para cocaína em uma blitz em Villa Soldati, quando ainda era jogador do Barracas Central.

Fonte: DCM

VÍDEO – “Imposto que paga nosso salário”, diz Seif ao defender “taxa das blusinhas”

 

O senador Jorge Seif (PL-SC) durante a votação da “taxa das blusinhas”. Foto: Reprodução/TV Senado

O senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC) defendeu a aprovação da “taxa das blusinhas”, alíquota de 20% sobre as compras internacionais de até US$ 50, alegando que o imposto “paga” seu salário. A medida foi aprovada no Senado Federal nesta quarta (5)

“Tomemos a solução, uma postura de estadistas, de protetores da indústria nacional, do comércio brasileiro, emprego, renda, imposto… Imposto esse que paga o nosso salário, que paga a infraestrutura, que paga a saúde, que paga o MEC [Ministério da Educação]”, afirmou o senador bolsonarista.

Ele ainda alegou que votar contra o imposto seria “defender emprego, renda e dinheiro para chinês, preterindo a indústria e o comércio nacional” e sugeriu que os colegas que são contra a taxação querem agradar eleitores. 

“Não sejamos hipócritas, nem populistas. Sejamos homens de posição, porque o cidadão consciente vai entender que os chineses não podem fazer o que querem com o comércio brasileiro”, prosseguiu.

Fonte: DCM

Deputado bolsonarista que votou a favor de Janones “será expulso do PL”, diz Nikolas

 

Júnior Lourenço (PL-MA) ao lado de Bolsonaro. Foto: reprodução

O deputado federal Júnior Lourenço (PL-MA) está prestes a ser expulso do Partido Liberal após ser o único membro da bancada a votar a favor do arquivamento da representação contra o deputado André Janones (Avante-MG) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. A afirmação foi feita pelo bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) em sua conta no X, antigo Twitter, após se revoltar com Janones e tentar agredi-lo no Congresso.

A representação foi formulada pelo próprio PL, que orientou seus membros a votarem pelo prosseguimento da apuração da suposta prática de “rachadinha” por Janones. No entanto, o relatório de Guilherme Boulos (PSOL-SP) que defendia o arquivamento do caso foi aprovado por 12 votos a 5.

“O deputado Júnior Lourenço, que votou pra livrar Janones da cassação, será expulso do PL”, anunciou Nikolas, principal antagonista de Janones em Minas Gerais. O deputado, que sente a falta de testosterona nos homens brasileiros, deixou claro que a decisão do partido é firme em relação ao apoio à apuração das denúncias contra Janones.

As suspeitas contra André Janones ganharam destaque após o site Metrópoles divulgar um áudio de 2019, no qual o parlamentar, em seu primeiro mandato como deputado, informava aos seus assessores que eles teriam que devolver parte dos salários para ajudar a recompor seu patrimônio, abalado pela campanha eleitoral fracassada de 2016. Esta prática é conhecida como “rachadinha”.

Em seu parecer, Boulos argumentou que, como Janones não era parlamentar no momento da gravação do áudio, não se poderia falar em quebra de decoro parlamentar.

Após a sessão, os deputados bolsonaristas Nikolas Ferreira (PL-MG) e Zé Trovão (PL-SC) iniciaram uma discussão acalorada com Janones, quase chegando às agressões em diversos momentos. Diversos vídeos que circulam nas redes sociais mostram os parlamentares de extrema-direita, em grupo, xingando o ex-investigado, que em outros momentos diz para Nikolas e ele se resolverem “lá fora”.

Após o arquivamento, Janones enfrentou gritos de “rachador” e “covarde” por parte dos opositores. As trocas de xingamentos e ameaças de agressões precisaram ser contidas por outros parlamentares, assessores e até a Polícia Legislativa.

O momento mais crítico ocorreu quando Zé Trovão (PL-SC), um dos líderes bolsonaristas, correu atrás de Janones pelos corredores da Câmara, sendo contido por aliados e policiais legislativos.

Fonte: DCM

“Você matou uma pessoa”: Janones responde a bolsonarista após ser criticado na web

 

André Janones dá invertida em Marcel Van Hattem após ser provocado. Fotomontagem

O deputado André Janones (Avante-MG) deu uma invertida no parlamentar gaúcho de extrema-direita Marcel Van Hattem (Novo-RS).

Ao comentar em uma postagem do também deputado Maurício Marcon (Podemos-RS) na qual elencava aqueles que votaram a favor da absolvição de Janones na comissão de ética, o bolsonarista do Novo comentou: “Marque bem! Isso é um escárnio, impunidade!”

Sem papas na língua, o deputado mineiro disparou: “Marcel, você matou uma pessoa e o processo foi arquivado por manobra sua. Certeza que quer discutir comigo?”

Em 2006, Marcel Van Hattem atropelou e matou um trabalhador. O caso foi investigado pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, mas não avançou além da fase inicial. Após cinco anos parado na Justiça, foi julgado apenas como lesão corporal. Familiares da vítima alegam que Van Hattem se beneficiou de sua posição pública.

Fonte: DCM

Toffoli mantém condenações de Zambelli e Flávio Bolsonaro por fake news contra Lula

 

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a deputada Carla Zambelli (PL-SP) tiveram suas condenações mantidas. Fotomontagem

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli rejeitou um recurso extraordinário movido pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que contestavam uma decisão anterior na qual haviam sido condenados  a pagar multas de R$ 30 mil e R$ 15 mil, respectivamente, por compartilharem um vídeo nas redes sociais que associava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT a desvios de verba pública.

A defesa alegou que as postagens não continham informações falsas, mas críticas aos governos petistas.

A publicação ocorreu após a eleição de 2022, na qual Lula derrotou Jair Bolsonaro, o então presidente. O vídeo sugeriu que Lula e o PT estavam envolvidos em corrupção e crimes financeiros, e que o prejuízo seria compensado com cortes nas aposentadorias.

O TSE concluiu que essa disseminação de informações falsas configurou uma violação das regras eleitorais, resultando na aplicação das multas com base na Lei das Eleições.

Zambelli recebeu uma multa mais alta devido ao maior alcance de suas redes sociais em comparação com as do senador. Ambos alegaram liberdade de expressão para criticar a gestão petista, mas o ministro Toffoli considerou que as críticas ultrapassaram os limites legais, caracterizando uma infração eleitoral.

As defesas dos dois políticos argumentaram contra a punição, enfatizando a liberdade de expressão e criticando o entendimento do tribunal. No entanto, Toffoli manteve a decisão, destacando que a disseminação de fake news durante o período eleitoral é passível de punição de acordo com a legislação vigente.

Fonte: DCM

Lula volta ao RS nesta quinta para visitar áreas afetadas pelas enchentes


O presidente Lula e a primeira-dama Janja da Silva durante visita ao RS – Foto: Reprodução

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (6) para visitar áreas afetadas pelas chuvas. Esta é a quarta visita de Lula ao estado desde o início da crise climática, ocorrida há um mês. As cidades de Cruzeiro do Sul e Arroio do Meio, na região do Vale do Taquari, serão os destinos da visita.

No estado, Lula se reunirá com o governador Eduardo Leite (PSDB) após ambos se encontrarem com outros quatro governadores em uma reunião no Palácio do Planalto na terça-feira (4). Leite esperava uma reunião exclusiva com Lula, já que esta foi sua primeira viagem a Brasília desde o início da crise no Rio Grande do Sul.

“Não tivemos uma conversa a sós. Foi uma conversa com os governadores. O presidente vai ao RS amanhã e ofereceu a oportunidade de eu ir junto com ele no avião para que a gente possa conversar sobre os pontos mais críticos. Coloquei na mão dele o expediente, um ofício, onde elencamos os dois pontos críticos para o RS”, declarou Eduardo Leite após o encontro.

O governador destacou que pretende discutir com Lula duas ações prioritárias para o estado: um programa de manutenção e renda e a recomposição de receitas para o governo estadual e prefeituras.

O governador do RS, Eduardo Leite – Foto: Reprodução

Leite também afirmou que a suspensão do pagamento da dívida do estado com a União pelos próximos três anos não será suficiente para conter a queda de arrecadação. Ele projeta que nos meses de maio, junho e julho o estado perderá pelo menos R$ 3 bilhões em arrecadação.

Tragédia no RS

Um mês após o início das enchentes no RS, cerca de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas pela cheia em todo o estado e 610,2 mil estão desabrigadas ou desalojadas, conforme dados da Defesa Civil. A crise atingiu 476 dos 497 municípios gaúchos.

A visita de Lula busca reforçar o apoio federal às regiões mais afetadas e avaliar as necessidades locais. O presidente também pretende dialogar com líderes locais para discutir medidas emergenciais e de longo prazo.

Fonte: DCM

Governo federal instala força-tarefa no RS para acelerar inclusão de famílias no Cadastro Único

 

Equipe voluntária mapeia áreas afetadas e utiliza dados georreferenciados para garantir que ajuda chegue a quem mais precisa

Vítima das enchentes no Rio Grande do Sul
Vítima das enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: Reuters/Adriano Machado)

Uma força-tarefa do Cadastro Único, liderada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, inicia nesta quinta-feira (6), no Rio Grande do Sul, o mapeamento para incluir famílias atingidas pelas enchentes nos benefícios governamentais. O objetivo é identificar e atender as famílias que ainda não foram contempladas pelos auxílios disponíveis.

Utilizando dados georreferenciados, o governo monitora se as transferências de recursos, incluindo o Auxílio Reconstrução de R$ 5.100, estão sendo destinadas às pessoas mais necessitadas. O mapeamento das áreas alagadas e das populações afetadas fornecerá uma visão detalhada das regiões mais impactadas.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a principal dificuldade enfrentada é a falta de infraestrutura em alguns municípios para cadastrar as famílias que se tornaram vulneráveis após perderem renda e patrimônio nas enchentes. Para suprir essa necessidade, a força-tarefa conta com 42 voluntários de diversos estados, todos com experiência no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e no Cadastro Único.

Os voluntários atuarão em sete municípios gaúchos: Porto Alegre, Canoas, Eldorado do Sul, Pelotas, Alvorada, Novo Hamburgo e São Leopoldo. Após treinamento em Brasília, a equipe está preparada para trabalhar em condições adversas e esclarecer a população sobre os benefícios disponíveis.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Servidores do Banco Central irão protestar contra ‘PEC da Autonomia’ no Senado

 3.369 funcionários se manifestaram contra o projeto que daria autonomia orçamentária para o BC

Sede do Banco Central, em Brasília
22/03/2022
REUTERS/Adriano Machado
Sede do Banco Central, em Brasília 22/03/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Em assembleia realizada recentemente, a maioria dos servidores do Banco Central se manifestou contra o projeto que daria autonomia orçamentária à autarquia, informa o Globo. Foram 3.369 contrários à proposta e apenas 95 a favor. Outros 1.041 defenderam que se apresente uma nova proposta após negociação entre a diretoria do BC e o Senado. "Servidores alegam que mudança beneficiaria os interesses do mercado", diz a reportagem. Na próxima quarta-feira (12), eles farão um ato contra a PEC em Brasília.

A PEC 65/2023, de autoria do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), transforma o Banco Central em uma autarquia vinculada, mas não subordinada ao Ministério da Fazenda. A organização passaria a ser uma empresa pública com natureza especial e personalidade jurídica de direito privado. O projeto “defende a maior eficiência e competitividade da instituição, alinhando-o às melhores práticas internacionais”.

Na última quarta-feira (5), o parecer do projeto foi entregue na Comissão de Constituição e Justiça do Senado pelo relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM). A autonomia orçamentária é defendida pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, enquanto o Executivo ainda não se manifestou sobre o tema. A proposta recebeu a assinatura de 42 senadores, e precisa de 49 votos em dois turnos para ser aprovada no plenário.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo