quarta-feira, 5 de junho de 2024

'PEC da privatização das praias' foi rechaçada até pela área técnica do governo Bolsonaro

 

Secretaria então ligada a Paulo Guedes fez um alerta sobre a proposta, hoje relatada por Flávio Bolsonaro, já em 2022: "maior transferência de patrimônio público na história"

Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A proposta de emenda à Constituição conhecida como 'PEC das Praias', que facilita a privatização de áreas costeiras da União, foi alvo de duras críticas em 2022 até pela área técnica do governo Jair Bolsonaro (PL). A SPU (Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União), vinculada ao Ministério da Economia de Paulo Guedes, emitiu uma manifestação técnica alertando que a aprovação da PEC poderia resultar na "maior transferência de patrimônio público para o privado que se tem notícia na história".

Durante a votação na Câmara dos Deputados em fevereiro de 2022, a liderança do governo orientou os parlamentares a votarem contra a proposta. Técnicos de vários ministérios do governo Bolsonaro trabalharam nos bastidores para barrar a aprovação do texto. Apesar disso, o PL, partido de Bolsonaro, orientou seus membros a favor da PEC, resultando em uma aprovação ampla: 377 votos a favor contra 93, muito além dos 308 necessários para alterar a Constituição.

A manifestação da SPU destacou que os terrenos de marinha em áreas urbanas representam cerca de 80% do valor patrimonial imobiliário da União, correspondendo a cerca de R$ 157 bilhões. No entanto, apenas 20% desses terrenos estão demarcados. A PEC, se aprovada, poderia interromper o processo de demarcação e transferir esses imóveis para o domínio privado, com valor estimado superior a R$ 1 trilhão.

O documento também sublinhou que conglomerados financeiros e empresas multinacionais seriam os principais beneficiados, em detrimento de inúmeros contribuintes que poderiam postular essas áreas. A renúncia de ativos poderia alcançar R$ 3,2 trilhões.

Em 2023, a PEC recebeu dois pareceres favoráveis do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair Bolsonaro e hoje relator do projeto. Contudo, a proposta não foi votada. Recentemente, o tema voltou a ganhar força após uma audiência pública realizada em 27 de maio.

A manifestação de 2022 da SPU finalizou afirmando que a PEC não deveria prosseguir devido aos potenciais impactos negativos tanto para a União quanto para a população brasileira. "A gestão do patrimônio público da União, que pertence a todos os cidadãos, não pode ser objeto de benesse a um pequeno contingente da população em detrimento dos demais", concluiu o documento.

Fonte: Brasil 247

 

Lula se reúne com Marina Silva para balanço no Dia do Meio Ambiente em meio a protestos de servidores

 

Evento no Palácio do Planalto em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente acontece em meio à paralisação de servidores dos órgãos ambientais

Marina Silva (ministra do Meio Ambiente), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma ação policial na Amazônia
Marina Silva (ministra do Meio Ambiente), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma ação policial na Amazônia (Foto: Ricardo Stuckert | Divulgação)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para um evento no Palácio do Planalto em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, na manhã desta quarta-feira (5), para fazer um balanço das ações da pasta e delinear os próximos passos do governo na área ambiental. A informação é do Metrópoles

Em paralelo, os servidores do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) se mobilizaram para manifestações, reivindicando valorização e reestruturação das carreiras na área. 

Em protesto desde o início do ano, os servidores reduziram suas atividades de fiscalização, focando apenas em trabalhos burocráticos. A redução resultou em uma queda significativa no número de licenças concedidas pelo Ibama e de multas aplicadas pelo ICMBio. 

A proteção do meio ambiente é uma das principais bandeiras do novo mandato de Lula, destacada desde sua campanha eleitoral. A questão ambiental também tem sido prioridade durante a presidência do Brasil no G20 deste ano. Um dos marcos dessa prioridade foi a candidatura bem-sucedida da Amazônia para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer em Belém, no Pará, em 2025.

No entanto, os servidores do setor ambiental criticam a falta de estrutura e a escassez de pessoal. "A área ambiental tem sido tratada com indiferença, sem o devido reconhecimento ao fundamental papel exercido pelos trabalhadores do setor", disse Cleberson Zavaski, presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema). 

Em resposta às críticas, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) autorizou nesta semana a nomeação de 98 novos servidores para o MMA, que atuarão na regulação, controle, fiscalização, licenciamento e auditoria ambiental do órgão. A expectativa é que o presidente Lula assine a nomeação do grupo ainda nesta quarta-feira. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

 

Museus pelo mundo - e no Brasil - celebram a diversidade LGBTQIAP+ durante o Mês do Orgulho

 

Instituições como o British Museum, o Museu da Diáspora Africana, o New Museum, o Smithsonian e o Masp têm promovido exposições dão visibilidade a artistas e narrativas LGBTQIAP+

O MASP (Museu de Arte de São Paulo).
O MASP (Museu de Arte de São Paulo). (Foto: Carlos Alkmin)

Durante o Mês do Orgulho LGBTQIAP+, museus ao redor do mundo estão utilizando seus acervos para celebrar a diversidade, relata o jornal O Globo. Instituições renomadas como o British Museum, o Museu da Diáspora Africana, o New Museum e o Smithsonian têm promovido exposições e eventos que dão visibilidade a artistas e narrativas LGBTQIAP+, anteriormente marginalizadas.

No British Museum, em Londres, uma das atrações é parte do Afresco dos Amantes da Tumba das Carruagens, uma representação etrusca de dois homens deitados, oriunda de Tarquinia, no Noroeste da Itália. Em uma postagem, o museu enfatiza: "De artefatos antigos a artistas contemporâneos, o Museu revela a rica história dos indivíduos LGBTQIA+ através do tempo e das culturas - embora estas histórias tenham sido muitas vezes escondidas das narrativas principais".

O Museu da Diáspora Africana, em São Francisco, Califórnia, destaca obras de dez artistas contemporâneos negros queer. A instituição sublinha a importância dessas obras no contexto atual: "Hoje, em meio à ascensão das leis anti-LGBTQ+, tanto nacional como globalmente, juntamente com a continuação do apagamento e marginalização das histórias negras e queer, estes artistas estão esculpindo espaço para novas visões e narrativas. Eles enriquecem a paisagem artística contemporânea com perspectivas diversificadas e dinâmicas que refletem a plenitude e a multiplicidade da experiência negra".

O New Museum, em Nova York, também participa das comemorações, destacando em suas redes sociais as obras de artistas queer que integram a programação de junho. A instituição reforça seu compromisso com a diversidade: "Defender perspectivas diversas é um princípio central do New Museum, e fornecer um espaço para perspectivas LGBTQ+ sempre fez parte de como damos vida à nossa missão - nova arte, novas ideias".

O Smithsonian, complexo de museus em Washington, preparou uma seleção especial de itens dos Arquivos da Arte Americana, incluindo telas, desenhos, trabalhos de design e fotos. A instituição convida o público a explorar essa rica coleção: "Junte-se a nós para uma diversão cheia de cores através de objetos, documentos e histórias orais que dão testemunho da história queer".

No Brasil, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) também se une às celebrações com a obra "Trava na beleza-safira" (2021), do artista paraense Rafael Matheus Moreira, utilizada para promover suas exposições focadas nas Histórias da Diversidade LGBTQIAP+.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

STJ decide nesta quarta-feira se amigo de Robinho cumprirá pena por estupro no Brasil

 

Assim como o ex-jogador, Ricardo Falco foi condenado pelo estupro de uma jovem albanesa na Itália, em 2013

Robinho
Robinho (Foto: Reprodução/TV UOL)

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisa nesta quarta-feira (5) o pedido de homologação da sentença italiana que condenou Ricardo Falco, amigo do ex-jogador Robinho, pelo estupro de uma jovem albanesa na Itália, em 2013. Os ministros vão analisar se ele cumprirá os nove anos de pena determinados pela Justiça italiana, informa o Metrópoles. Robinho já cumpre pena na Penitenciária 2 de Tremembé.

A justiça italiana pediu a transferência da execução da pena para o Brasil, fundamentada no Tratado de Extradição firmado entre os dois países. A condenação foi proferida pelo Tribunal de Milão, em 23 de novembro de 2017, e transitou em julgado (quando não cabe mais recurso), em 19 de janeiro de 2022.

Em março, a Corte Especial do STJ decidiu que Robinho deveria cumprir a pena de nove anos no Brasil. Caso a sentença italiana para Ricardo Falco também seja homologada, ele cumprirá a exata mesma pena do amigo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Perfil da pós-graduação muda no país em 25 anos

 

Retrato do setor está no estudo Brasil: mestres e doutores, do CGEE

O Brasil formou e empregou mais mestres e doutores em 25 anos, os cursos estão melhor distribuídos entre as regiões e há mais mulheres pós-graduadas.

No entanto, apesar das mudanças, permanecem assimetrias históricas como a remuneração mais baixa das mestras e doutoras em comparação aos colegas do sexo masculino com a mesma formação acadêmica. Ainda é baixa a proporção de pessoas com essas qualificações no conjunto da sociedade.

O retrato da pós-graduação no país está no estudo Brasil: Mestres e Doutores, produzido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com sede em Brasília.

Segundo o CGEE, há “clara evidência do processo de desconcentração regional ocorrido na pós-graduação brasileira entre 1996 e 2021". Conforme análise, a Região Sudeste concentrava 62% do número de cursos de mestrado brasileiros em 1996. Após 25 anos, essa participação caiu 20 pontos percentuais.

O mesmo fenômeno foi observado no doutorado. Em 1996, oito de cada dez cursos de doutorado estavam no Sudeste (79,2%). No mesmo intervalo de tempo, o peso da região caiu 29,6 pontos percentuais.

Em consequência, a geografia das titulações também se modificou. “Em 1996, 67,4% dos títulos de mestrado e 88,9% dos títulos de doutorado foram concedidos na Região Sudeste”, diz o estudo. Em 2021, “tais participações tinham diminuído para, respectivamente, 43,5% e 52,5%.”

Carteira assinada 

As mudanças atingiram o mercado de trabalho formal. Em 2009, no Sudeste estavam empregados 55,1% dos doutores e 49,2% dos mestres. Em 2021, a prevalência de doutores na região permanece, mas deixa de ser majoritária, cai para 45,6% dos doutores empregados. No caso dos mestres com carteira assinada, a proporção caiu para 43,9%.

A redistribuição da pós-graduação no Brasil tem a ver com dois movimentos. Em primeiro lugar, a mobilidade de mestres e doutores, especialmente dos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, para estados de outras regiões.

Em segundo lugar, o aumento da formação local, que diminui a relevância da “importação” de profissionais com mestrado e doutorado. “O fato de ter pós-graduação no Brasil inteiro dificulta a mobilidade”, avalia a socióloga Fernanda Sobral, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Desigualdade 

Fernanda comemora a desconcentração, mas alerta para a queda recente da taxa de crescimento de cursos de pós-graduação. Entre 1996 e 2021, o número de programas de mestrado e doutorado passou de 608 para 4.691. O sucesso entre 2016 e 2021 foi menos intenso, no entanto. Segundo o CGEE, houve “clara desaceleração do processo de crescimento da pós-graduação brasileira nos cinco últimos anos da série analisada (1996-2021).”

A redução do ritmo preocupa especialmente a comunidade científica porque o número de titulados por habitante ainda é pequeno. Em 2021, o país tinha 27 mestres para cada grupo de 100 mil habitantes e 10,2 doutores para cada 100 mil habitantes. “Isso ainda é baixo. Isso tem a ver com a nossa desigualdade social que é muito grande. "Para ter um nível educacional é difícil”, afirma Fernanda Sobral.

A vice-presidente da SBPC, que acompanhou o lançamento do estudo em Brasília, também destacou a remuneração mais baixa paga as mulheres tituladas. Em 2021, a remuneração média das mulheres com mestrado era de R$ 10.033,95 – 26,7% menor do que recebiam os homens com a mesma formação. No caso das doutoras, a remuneração média naquele ano era de R$ 14.782,68 – 16,4% abaixo do que ganhavam os doutores.

Um detalhe importante é que a presença feminina é majoritária na pós-graduação. “A partir do ano de 1997, as mulheres passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de mestrado no Brasil, A partir de 2003, elas também passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de doutorado. A participação de mulheres no total de títulos de mestrado e de doutorado no ano de 2021 foram, respectivamente, 13,6 e 11,2 pontos percentuais maiores do que as participações de homens.”

Os dados analisados pelo CGEE são das bases de informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS); e da Plataforma Sucupira, mantida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela política de pós-graduação no Brasil.

Público e privado 

Conforme dados secundários, o setor público emprega mais mestres e doutores do que as empresas privadas, especialmente por causa das universidades públicas federais e estaduais, que são grandes empregadoras de professores que têm essas formações acadêmicas.

A despeito da tendência, o CGEE captou maior demanda por força de trabalho qualificada entre entidades empresariais. “O que a gente viu recentemente é que as entidades empresariais privadas passaram a ter papel importante no emprego de mestres - 25% do total dos mestres que estão empregados, trabalham hoje em entidades empresariais privadas”, diz Sofia Daher, coordenadora do estudo do CGEE e doutora em ciência da informação.

Segundo ela, a contratação de mestres e doutores pode ser fundamental em setores estratégicos como a indústria de transformação, que precisa de desenvolvimento tecnológico e inovação para ser competitiva. Pessoas com mestrado e doutorado “são responsáveis pela criação de novos conhecimentos e aplicação desses resultados”, afirma a coordenadora.

“Temos conversado com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, que junto com outras instituições, tem discutido bastante políticas que possam aumentar a absorção de mestres e doutores pelo setor empresarial privado, aí nesse caso especialmente na indústria. A expectativa é que mestres ,e doutores tenham contribuição importante na geração de novos processos, aumento da competitividade e inovação, trazendo também conceitos importantes de sustentabilidade e responsabilidade social”, acrescenta Sofia Daher.

O estudo do CGEE gerou mais de 330 tabelas que podem ser consultadas diretamente no site.

Fonte: Agência Brasil

Ministério promove atos em memória a Bruno Pereira e Dom Phillips

Indigenista e jornalista foram mortos há dois anos, na Amazônia



Os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, no Vale do Javari, na Amazônia, completam dois anos nesta quarta-feira (5). Em homenagem às vítimas, o Ministério dos Povos Indígenas promoverá, em Brasília, três atos públicos.

O primeiro evento acontecerá às 14 horas, no Cine Brasília, no bairro Asa Sul (SHCS EQS 106/107, s/nº) e deve contar com a presença das viúvas de Bruno e Dom, Beatriz Matos e Alessandra Sampaio, respectivamente, e de autoridades federais e representantes de organizações não governamentais (ONGs) e indigenistas.

Além da exibição gratuita do documentário Vale dos Isolados: o assassinato de Bruno e Dom, haverá um debate sobre a luta dos defensores de direitos humanos, comunicadores e ambientalistas no Vale do Javari e a apresentação de um balanço das ações que o governo federal implementou na região.

Dirigido pela repórter Sônia Bridi, o filme recebeu, em outubro de 2023, um dos mais importantes e tradicionais prêmios jornalísticos em Direitos Humanos do Brasil, o Vladimir Herzog, na categoria melhor produção jornalística em vídeo, por “revelar como a negligência do Estado fez ressurgir um ciclo histórico de violência na região com o maior número de indígenas isolados do mundo.

O balanço das ações federais envolverá iniciativas que integram o Plano de Proteção da Terra Indígena (TI) do Vale do Javari, de promoção da proteção territorial e de garantia dos direitos sociais dos habitantes da área.

O segundo ato está previsto para começar às 18 horas, na Esplanada dos Ministérios. Imagens de Bruno e de Dom serão projetadas no bloco A dos edifícios ministeriais, onde funciona parte da estrutura do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Os ministros dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, participarão da iniciativa.

O terceiro e último ato oficial em memória de Bruno e Dom ocorrerá às 19h30, no Memorial dos Povos Indígenas, localizado no Eixo Monumental Oeste (Zona Cívico-Administrativa, Praça do Buriti, em frente ao Memorial JK). Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, a cerimônia será transmitida pelas redes sociais e o link será informado ao longo do dia nos perfis da pasta no Instagram.

Histórico

De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, duplo homicídio “revelou a jornada de dois profissionais que se converteu em um marco da luta pelos direitos dos povos indígenas e da preservação do meio ambiente”.

Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos a tiros em 5 de junho de 2022. A dupla tinha se reunido em Atalaia do Norte (AM) no início de junho. Dom planejava entrevistar lideranças indígenas e ribeirinhos para escrever um livro-reportagem que pretendia intitular de Como Salvar a Amazônia.

Indigenista experiente, Bruno havia se licenciado da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em fevereiro de 2020, por discordar das novas orientações quanto à execução da política nacional indigenista. Desde então, atuava como consultor técnico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Além de guiar Dom, Bruno viajaria para se reunir com lideranças de comunidades do entorno da Terra Indígena Vale do Javari - segunda maior área do país destinada ao usufruto exclusivo indígena e a que abriga a maior concentração de povos isolados em todo o mundo.

A dupla foi vista pela última vez na manhã do dia 5. Seus corpos só foram localizados em 15 de junho, quando policiais já tinham detido ao menos cinco suspeitos de participar do crime.

Em julho de 2022, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Amarildo da Costa Oliveira (conhecido pelo “Pelado”), Oseney da Costa de Oliveira (“Dos Santos”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”) por duplo homicídio qualificado e ocultação dos corpos de Bruno e Dom. Também foram detidos e indiciados pela Polícia Federal (PF) Ruben Dário da Silva Villar (o Colômbia, e Jânio Freitas de Souza. O processo está em andamento, mas a subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM) ainda não marcou a data do julgamento dos três principais acusados.

Linha do Tempo - Bruno Pereira e Dom Philips
Arte/Agência Brasil

Delegado preso no caso Marielle pede transferência de julgamento para o Rio e suspeição de Dino

 Rivaldo Barbosa é acusado de planejar o assassinato e obstruir a investigação do crime quando era chefe da Polícia Civil

A defesa de Rivaldo Barbosa solicitou a transferência do caso para a Justiça do Rio de Janeiro, alegando que o delegado não tem foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal, informa a colunista Raquel Landim, do portal UOL. Rivaldo é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco.


Em ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes, os advogados do delegado também pedem que o ministro Flavio Dino se declare impedido de participar do julgamento se o tema permanecer no STF.


Na defesa preliminar, a qual à qual a reportagem teve acesso, os advogados reconhecem a autonomia da Polícia Federal, mas argumentam que, enquanto ocupava o ministério da Justiça, Dino teve “papel preponderante” na deflagração das investigações, já que esclarecer as mortes de Marielle e do motorista Anderson Gomes era uma “promessa de campanha” do presidente Lula.


Os advogados Marcelo Ferreira e Felipe Dalleprane Freire de Mendonça também solicitam que a denúncia contra seu cliente seja rejeitada. O principal argumento é que a Polícia Federal teria ignorado as provas obtidas pela quebra dos sigilos telemáticos de Ronnie Lessa e dos irmãos Brazão.


Para a defesa, a existência das quebras de sigilo feitas no início das investigações derrubariam a tese de obstrução das investigações. Eles alegam ainda que Lessa foi preso por um subordinado de Rivaldo e que, por isso, quer vingança.


Lessa confessou ter assassinado Marielle e fechou uma delação premiada, acusando os Brazão de terem encomendado o crime e o delegado Rivaldo, que comandava a polícia civil do Rio, de ter acobertado a morte e atrapalhado as investigações.


Rivaldo e os irmãos Brazão foram presos como suspeitos de mandar matar Marielle em março deste ano pela Polícia Federal depois de mais de seis anos de buscas.


Fonte: Agenda do Poder com informações da colunista Raquel Landim,  do UOL

Principal suspeita de matar empresário com “brigadeirão” envenenado, psicóloga se entrega à polícia (veja o vídeo)

 Acusada estava foragida desde 28 de maio e se entregou em Santa Teresa

A psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, se entregou na noite desta terça-feira na 25ª DP (Engenho Novo). Ela é apontada como a principal suspeita pela morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44. A mulher teria envenenado o companheiro ao dar a ele um doce brigadeirão envenenado com comprimidos de um forte analgésico. Júlia estava foragida desde 28 de maio.


De capuz cinza a máscara no rosto, Júlia entrou de cabeça baixa e não quis falar com a imprensa. Ela estava acompanhada da advogada Hortência Menezes e do delegado Marcos André Buss, que chegou na viatura com a suspeita. Segundo um dos policiais responsáveis pela investigação do caso, Júlia se entregou à polícia no bairro de Santa Teresa. O encontro foi negociado com a polícia, enquanto a mãe e o padrasto de Júlia prestavam depoimento na 25ª DP.


— Foi por isso que trouxemos a mãe e o padrasto dela (para a delegacia). Imaginamos que iria ajudar na negociação para ela se entregar — afirma o investigador.


Assista ao vídeo:


Luiz Marcelo foi visto com vida pela última vez em em 17 de maio deste ano no elevador do prédio onde morava, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Nos dias seguintes, apenas Júlia era vista no prédio. Ela usou o carro do namorado, foi à academia do condomínio para fazer exercícios e, ao receber um cartão de conta conjunta aberta com Luiz Marcelo, deixou o local levando uma mala e uma mochila.


O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado no sofá de seu apartamento, após os vizinhos acionarem a administração do prédio, porque estavam incomodados com o forte cheiro. A porta foi arrombada, e o corpo foi encontrado em adiantado estado de decomposição. A polícia acredita que ele havia morrido na sexta-feira anterior, três dias antes. Durante todo esse tempo, segundo os investigadores, Júlia conviveu com o cadáver do namorado em casa como se nada tivesse acontecido.

Júlia prestou depoimento no dia 22 de maio, na 25ª DP (Engenho de Dentro), que investiga o caso. Na ocasião, ela contou aos agentes que o empresário andava muito cansado e vinha apresentando problemas de disfunção erétil. Júlia fala rindo da situação. O delegado Marcos Buss, responsável pela investigação, disse que a suspeita não foi presa após prestar depoimento por não haver, naquele momento, base legal para a prisão.


Ao conversar com uma amiga sobre sua relação com Júlia, Luiz Marcelo deixou claro que ela pressionava por uma oficialização do relacionamento. Ao mesmo tempo, no áudio enviado, o empresário reflete sobre sua condição de um homem solitário, sem filhos e sem pais vivos: “Eu também tenho que ter uma companhia, né? Eu, se eu morrer amanhã, as minhas coisas ficam todas pro Estado. Eu não tenho ninguém pra deixar minhas coisas”.


No mesmo áudio, o empresário deixa claro que Júlia — com quem vivia uma relação de idas e vindas há pelo menos 10 anos, transformada em algo mais estável desde abril deste ano, quando a convidou para morar com ele — se mostrava ansiosa para sacramentar a união.


Remédio comprado com receita


Em depoimento à polícia, em 3 de junho, representantes de uma farmácia na Zona Norte do Rio afirmaram que Júlia comprou uma caixa de analgésicos com morfina no dia 6 de maio, 12 dias antes da morte de Luiz Marcelo. A compra de R$ 158 foi realizada, segundo narraram, com apresentação de receita. O remédio, feito com morfina, é apontado como possível causa da morte do empresário.


A suspeita de uso do remédio para envenenar o empresário surgiu a partir do depoimento de Suyany Breschak, mulher que se apresenta como cigana e fazia trabalhos espirituais para Júlia. Presa em 29 de maio, Suyany disse que a cliente havia confessado ter moído cerca de 60 comprimidos de analgésicos e os misturou no preparo de um brigadeirão, depois servido a Luiz Marcelo.


‘Cigana’ ouvida sobre morte


O delegado Marcos Buss, titular da 25ªDP (Engenho Novo) disse que há indícios de que Suyany Breschak, presa por suspeita de participar do assassinato do empresário Luiz Marcelo, tinha conhecimento “antes, durante e depois” da execução do crime. Segundo o delegado, a mulher, que se apresenta como “cigana”, é uma “espécie de mentora espiritual” de Júlia.


À polícia, Suyany contou que Júlia é uma cliente antiga, a quem fazia trabalhos de limpeza, descarrego e banhos. A “cigana” aguardava o pagamento de uma dívida de R$ 600 mil de Júlia, que já havia quitado R$ 200 mil. O delegado afirmou que Suyany foi a destinatária de todos os bens furtados e roubados de Luiz Marcelo, que incluem um carro avaliado em R$ 75 mil, entregue por Júlia à suposta cigana após o crime.


O advogado que defende Suyany, Etevaldo Tedeschi, afirmou que a cliente acredita que o carro foi um presente de Luiz Marcelo a Júlia.


— Se ela (Suyany) soubesse que o carro não era um presente, jamais o teria aceitado como parte do pagamento.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Procuradora da Lava Jato é processada por danos morais

 Thaméa Danelon, que atuou na Lava Jato de SP, é alvo de uma ação movida por colega na Justiça do RS

A procuradora Thaméa Danelon, que atuou na Lava Jato de São Paulo, é alvo de uma ação, na Justiça do Rio Grande do Sul, por danos morais a um colega, o procurador Emanuel de Melo Ferreira, que atua na Procuradoria-Geral da República em Mossoró.


Segundo informa o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, Ferreira acusa Danelon de espalhar notícias falsas sobre ele. Segundo o documento enviado à Justiça gaúcha, em 2021, a procuradora de São Paulo disse que Ferreira fazia parte de um grupo de procuradores que estaria processando o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.


O procurador de Mossoró nega que tenha tentado processar Moro e os procuradores da Lava Jato. Ferreira afirma na ação contra Danelon que a notícia falsa espalhada por ela resultou em ataques “com a finalidade de agredir a reputação, a dignidade, a honra, a imagem, a boa fama e a respeitabilidade” dele.


Ferreira pede que a Justiça do Rio Grande do Sul aceite a ação contra Danelon, que ela pague uma indenização por danos morais de R$ 48 mil e que apague de seu perfil a publicação em que fala dele.


Danelon foi punida pelo Conselho Superior de Procuradoria-Geral da República, nessa terça-feira (4/6), por fazer críticas públicas a processos da Lava Jato que estão tramitando no Supremo Tribunal Federal (STJ) e a decisões dos ministros da corte.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

VÍDEO: Pablo Marçal é flagrado passeando pela Câmara com broche de deputado federal



Pablo Marçal é flagrado usando broche de deputado – Foto: Reprodução

 O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, foi visto circulando pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (4), onde se reuniu com parlamentares de diversos partidos. Um detalhe chamou a atenção: Marçal usava um broche exclusivo de deputados federais.

Questionado sobre o uso do adereço, Marçal afirmou que “ganhou de um deputado” e demonstrou desconhecimento sobre a proibição. O influencer ainda comentou que o objeto representava “um ressignificado pelo mandato que me tomaram”.

Vale lembrar que Marçal disputou a eleição de 2022, mas seus votos foram anulados após o TSE indeferir sua candidatura. A ação contra o coach foi movida pela Federação Brasil da Esperança e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT-SP), que ficou com a vaga de Marçal na Câmara. As imagens de Pablo com o broche, circulando pela Câmara, viralizaram. A polícia legislativa informou que ele retirou o adereço após ser abordado, mas que não revelou quem lhe forneceu o objeto.

Fonte: DCM