terça-feira, 4 de junho de 2024

Assembléia retoma hoje votação de projeto que visa privatizar escolas públicas do Paraná

 Proposta foi aprovada em 1º turno pelos deputados estaduais nesta segunda (3) em meio a protestos

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) retoma nesta terça-feira (4) a análise do projeto de lei que quer privatizar a gestão de escolas públicas. A proposta foi aprovada 1ª discussão pelo plenário em sessão remota nesta segunda-feira (3), em meio à invasão da sede do Legislativo por manifestantes contrários ao texto.


A matéria foi apresentada pelo governo estadual há uma semana, no dia 27 de maio, e tramita em regime de urgência — mais acelerado que o normal.


Depois de aprovado no plenário em 1º turno, o projeto recebeu emendas e voltou para análise pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ainda na noite de segunda.


O relator da proposta no colegiado e líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri (PSD), apresentou parecer contrário a 9 delas — decisão aprovada pela CCJ. As outras emendas foram juntadas em uma só, na forma de uma subemenda substitutiva geral que propõe as seguintes alterações no texto:


  • especifica quais são as 204 escolas estaduais que podem ter a gestão administrativa terceirizada (o projeto original abrangia 200 escolas);
  • garante aos professores contratados via Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) pela empresa privada os mesmos valores de salários dos professores contratados por Processo Seletivo Simplificado (PSS);
  • exigência de 5 anos de experiência, capacidade técnica e competência da empresa particular;
  • especifica que a empresa privada atuará exclusivamente nos setores administrativos e financeiro das escolas estaduais, mantendo na Secretaria de Estado de Educação (Seed) a autonomia absoluta na parte pedagógica;
  • prevê que o Governo do Paraná deverá divulgar anualmente os principais indicadores educacionais das 204 escolas estaduais que podem ter a gestão terceirizada, como índices de aprendizagem, frequência escolar, número de matrículas, taxa de abandono e também de evasão escolar;
  • prevê que a consulta pública ao modelo terceirizado será realizada, preferencialmente, de forma presencial nas 204 escolas estaduais.

Os deputados Arilson Chiorato (PT), Requião Filho (PT) e Mabel Canto (PSDB) solicitaram vista, ou seja, mais tempo para analisar o parecer de Bakri. A discussão da proposta está prevista para ser retomada na CCJ às 13h30 desta terça.

Pela manhã, a Mesa Diretora da Alep deve definir se as sessões serão remotas ou presenciais.


Após a análise pela CCJ, o projeto de lei deve voltar para o plenário para a votação em 2º turno. Se aprovado, os parlamentares devem fazer ainda a votação da chamada redação final.


Ao fim desta terceira votação o projeto, se aprovado, segue para sanção do governador Ratinho Junior.


Colégios poderão votar se querem terceirização

Mesmo após a sanção, a comunidade escolar de cada colégio ainda poderá decidir se quer ou não o novo modelo.


Segundo o projeto, o modelo terceirizado passará por consulta pública nas 204 unidades. O governo garante que a implementação só acontecerá nas instituições de ensino que aprovarem a proposta.


Em entrevista coletiva nesta segunda, o governador Ratinhor Junior (PSD) afirmou que a escolha será democrática.


“Quem vai implantar este modelo não é o governador, mas sim os pais e professores que votam se querem esse modelo. É uma maneira democrática, assim como a gente sempre fez, ouvindo a sociedade e quem paga a conta, que são os pais”, ressaltou.


Projeto motivou greve e invasão da Alep


Esta segunda-feira foi o primeiro dia de greve dos educadores da rede estadual de ensino contrários. A mobilização, aprovada pela categoria em 25 de maio, tenta frear o avanço do projeto de lei e é por tempo indeterminado.


O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) avalia que o projeto vai privatizar os colégios e interferir na gestão pedagógica, já que as empresas privadas trabalham por metas.


O Governo do Paraná nega, afirma que as mudanças só dizem respeito a parte administrativa e de infraestrutura, e diz que a gestão pedagógica será responsabilidade do diretor da rede estadual.


Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) disse nesta segunda que as aulas estão em andamento em mais de 87% da rede estadual. À reportagem, a pasta afirmou que orienta pais e responsáveis a enviarem “os filhos às escolas normalmente para que não haja prejuízo ao andamento regular do aprendizado”.


Bombas de gás lacrimogênio e portas quebradas


Professores, servidores e estudantes da rede estadual do Paraná forçaram a entrada e invadiram a Assembleia por volta das 14h desta segunda durante uma mobilização contrária ao projeto.


Nas imagens da votação, é possível observar os manifestantes entrando no prédio, que está com as portas fechadas, enquanto os seguranças tentam impedir.


Após uma porta de vidro ser quebrada, os manifestantes entraram no prédio, e foram em direção às galerias da Assembleia.


Bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas e a confusão deixou três pessoas feridas.


Segundo o Corpo de Bombeiros, um homem de 24 anos e uma mulher de 23 anos tiveram ferimentos leves e foram encaminhados ao Hospital Cajuru.


Uma mulher de 51 anos teve ferimentos graves, sem risco de morte, e foi levada ao Hospital Evangélico.


De acordo com o Gabinete Militar da Assembleia Legislativa do Paraná, também dois policiais militares ficaram feridos, com cortes nas mãos e duas pessoas foram detidas por depredação ao patrimônio público.


Entenda o projeto


O projeto de lei pretende passar à iniciativa privada a gestão administrativa e de infraestrutura de 204 colégios estaduais a partir do ano que vem.

O modelo de gestão será feito por meio do programa “Parceiro da Escola”. O governo estadual garante que, antes do fechamento dos contratos, as propostas passarão por consulta pública.


No projeto de lei, o governo afirma que a parte administrativa será feita “por empresas com expertise em gestão educacional”, que deverão ter atuação comprovada na área.


Com a proposta, a ideia do governo é que “diretores e gestores concentrem esforços na melhoria da qualidade educacional”. A garantia é que professores e outros servidores públicos que trabalham nestas escolas serão mantidos.


“Destaca-se que o Programa Parceiro da Escola pretende desonerar o gestor escolar de responsabilidades administrativas e financeiras para que possa concentrar seus esforços nos aspectos pedagógicos de sua função, liderando a escola com eficiência e criando um ambiente propício para o ensino e aprendizagem dos alunos”, cita a mensagem escrita pelo Governo do Estado aos deputados.


Professores e demais funcionários


O texto afirma que os profissionais efetivos lotados no colégio permanecerão sob a gestão do diretor da rede e deverão atender a critérios e metas estabelecidos pelo parceiro contratado, em conjunto com o diretor da rede.


No entanto, o texto não esclarece quais serão os critérios e metas que os profissionais deverão atender.


O projeto também aponta que a Secretaria de Estado da Educação (Seed) poderá remanejar os servidores do quadro efetivo que, após consulta, optarem por relotação.


Quais colégios serão impactados pela terceirização?


O projeto de lei afirma que o modelo pode ser implantado em todas as instituições da rede estadual de ensino de educação básica, exceto nos seguintes tipos de escolas:


  • de ilhas;
  • de aldeias indígenas;
  • de comunidades quilombolas;
  • da Polícia Militar do Paraná;
  • das unidades prisionais;
  • que funcionem em prédios privados, cedidos ou alocados de instituições religiosas, salvo previsão no respectivo instrumento;
  • que participem do Programa Cívico-Militar.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

PIB do Brasil subiu 0,8% no 1° trimestre de 2024, puxado pelo comércio

 Os dados são do IBGE e foram divulgados nesta terça-feira (04)

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil subiu 0,8% no primeiro trimestre de 2024, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (4).


O crescimento foi puxado, sobretudo, pelo setor se serviços, que teve uma alta de 1,4% no período. A agropecuária também cresceu, registrando variação positiva de 11,3%. A indústria, porém, apresentou leve queda de 0,1%.


Dentro do setor de serviços, o destaque do trimestre ficou com o Comércio, que avançou 3% entre janeiro e março. Além disso, os segmentos de Informação e Comunicação e Outras atividades de serviços também tiveram crescimento, de 2,1% e 1,6%, respectivamente.


O resultado veio em linha com as expectativas do mercado financeiro.


Em 2023, o PIB cresceu 2,9% e somou R$ 10,9 trilhões, em termos nominais, o que voltou a colocar o Brasil no grupo das 10 maiores economias do mundo.


Sobre as atividades que se destacaram na composição do PIB do primeiro trimestre, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, pontua “o comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”.


Além disso, pela ótica da demanda, a especialista comenta que o consumo das famílias continua crescendo, como um reflexo da melhora no mercado de trabalho brasileira, das quedas na Selic, taxa básica de juros, da inflação mais baixa, e da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias.


Rebeca explica que houve uma mudança na contribuição do setor externo para o crescimento da economia nos primeiros meses do ano, em relação ao que foi observado nos anos anteriores.


“Em 2022 e 2023, o setor externo havia contribuído positivamente, com as exportações crescendo mais do que as importações. Nesse primeiro trimestre essa contribuição virou negativa. Estamos importando muitas máquinas e equipamentos e bens intermediários e o Real se valorizou”, afirma.

Já a agropecuária, apesar de ter registrado crescimento no primeiro trimestre, “não está com um desempenho favorável como em anos anteriores, afetando as exportações de 24”.


No trimestre, a taxa de investimento no Brasil foi de 16,9% do PIB, número levemente menor que os 17,1% registrados no mesmo período do ano anterior. A taxa de poupança também caiu, de 17,5% no primeiro trimestre de 2023 para 16,2% agora.


Contribuições em valores correntes


O PIB totalizou R$ 2,7 trilhões nos primeiros três meses de 2024, dos quais R$ 2,4 trilhões são referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios, explica o IBGE.


Deste total, a maior contribuição (mais da metade) da ótica da oferta vem do setor de serviços: R$ 1,6 trilhão. A indústria contribuiu com R$ 573,7 bilhões para o PIB do primeiro trimestre, enquanto a agropecuária somou R$ 192,2 bilhões.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Refugiados em seus gabinetes, deputados aprovam terceirização de escolas públicas


Protestos de professores e estudantes contra projeto de lei forçaram Ademar Traiano a fazer a votação on-line; proposta de Ratinho passou por 39 votos a 12

Após professores da rede estadual ocuparem a Alep para acompanhar votação de projeto que privatiza escolas do Paraná, votação deve ser feita online. Foto: Tami Taketani / PluralApós professores da rede estadual ocuparem a Alep para acompanhar votação de projeto que privatiza escolas do Paraná, votação deve ser feita online. Foto: Tami Taketani / Plural


Em um dia marcado por protestos, a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou por 39 votos a 12 a proposta do governo de Ratinho Jr. (PSD) que permite a terceirização da gestão de escolas estaduais. Assustados com a manifestação dos professores, que forçaram a entrada no prédio e ocuparam as galerias, os deputados da base de Ratinho votaram refugiados em seus gabinetes, em uma sessão remota. Apenas os deputados da oposição permaneceram em plenário.

O projeto de Ratinho Jr. pretende retirar dos professores concursados a gestão das escolas e entregar a administração dos colégios a empresas privadas. O governo diz ter inspirado a ideia em países como Canadá e Coreia do Sul e afirma ter obtido bons resultados nas duas escolas usadas como piloto – os resultados são contestados por professores dos colégios e pelo sindicato que representa os educadores, a APP-Sindicato.

Milhares de professores e estudantes atenderam ao chamado da APP e compareceram ao protesto em frente à Assembleia. Em greve a partir desta segunda (3), os professores dizem que a proposta é uma afronta à categoria e que põe em risco a própria existência da educação pública no Paraná.

Os deputados, porém, não se comoveram com os apelos dos professores. Exceto pelos sete deputados da oposição (Ana Julia, Chioratto, Dr. Antenor, Luciana Rafagnin, Professor Lemos e Requião Filho, do PT, e Goura do PDT), apenas outros cinco votaram contra o projeto: Cristina Silvestri e Mabel Canto, do PSDB; Ney Leprevost, do União, Tercílio Turini, do MDB; e Evandro Araújo, do PSD.

O projeto volta agora para a Comissão de Constituição e Justiça para que sejam analisadas as emendas apresentadas. Mas já nesta terça-feira, a ideia do presidente Ademar Traiano (PSD), é encerrar a votação. Estão marcadas quatro sessões plenárias para a tarde, duas ordinárias e duas extraordinárias. Ainda não houve anúncio formal, mas provavelmente as sessões serão feitas igualmente de forma remota.

Protestos

Os protestos contra a aprovação do projeto de terceirização começaram há duas semanas, com a aprovação de uma greve por tempo indeterminado dos professores das escolas estaduais. Nesta segunda, houve uma guerra de números quanto à adesão à greve. O governo diz que em 87% dos colégios houve aulas normais, sem qualquer influência dos grevistas; a APP afirma que em 100% das escolas houve adesão parcial ou total à greve.

Porta estilhaçada na Assembleia. Foto: Tami Taketani/Plural


No início da manhã, professores já se concentravam na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba. Depois, a multidão saiu em passeata até o Centro Cívico. Durante as primeiras horas, os manifestantes foram impedidos de entrar na Assembleia. Mesmo deputados tinham dificuldade de entrar e precisavam recorrer ao subterfúgio de entrar pelo prédio do Tribunal de Justiça, que tem uma ligação com a Assembleia.

Perto das 14h, os manifestantes tiveram autorização para entrar no terreno da Assembleia, mas não no prédio. Porém, em algum momento, a porta de vidro que separava os professores da entrada foi pressionada e estilhaçou. Pelo menos uma pessoa ficou levemente ferida. A multidão aproveitou o momento e entrou no prédio, subindo as rampas para acessar as galerias.

Às 14h30, Traiano abriu a sessão mas disse que “em função da invasão” do prédio, estava suspendendo a sessão, que só foi retomada virtualmente horas mais tarde. Os manifestantes, porém, permaneceram firmes na Assembleia, gritando palavras de ordem. No meio da tarde, com a sessão já suspensa, tiveram acesso às galerias e de lá puderam assistir à participação dos oposicionistas na sessão remota.

Veja como votou cada deputado:

Adão Litro (PSD) – Sim
Alexandre Amaro (Rep) – Sim
Alexandre Curi (PSD) – Sim
Alisson Wandscheer (SD) – Sim
Ana Julia (PT) – Não
Anibelli Neto (MDB) – Sim
Arilson Chioratto (PT) – Não
Artagão Jr. (PSD) – Sim
Batatinha (MDB) – Sim
Bazana (PSD) – Sim
Cantora Mara Lima (Rep) – Sim
Cloara Pinheiro (PSD) – Sim
Cobra Repórter (PSD) – Sim
Cristina Silvestri (PSDB) – Não
Delegado Jacovós (PL) – Sim
Denian Couto (Pode)- Sim
Do Carmo (União) – Sim
Douglas Fabrício (Cdn) – Sim
Dr. Antenor (PT) – Não
Evandro Araújo (PSD) – Não
Fabio Oliveira (Pode) – Sim
Flavia Francischini (União) – Sim
Gilberto Ribeiro (PL) – Ausente
Gilson de Souza (PL) – Sim
Goura (PDT) – Não
Gugu Bueno (PSD) – Sim
Hussein Bakri (PSD) – Sim
Luciana Rafagnin (PT) – Não
Luis Corti (PSB) – Sim
Luiz Claudio Romanelli (PSD) – Sim
Luiz Fernando Guerra (União) – Sim
Mabel Canto (PSDB) – Não
Marcel Micheletto (PL) – Sim
Marcia Huçulak (PSD) – Sim
Marcio Pacheco (PP) – Sim
Maria Victoria (PP) – Sim
Marli Paulino (SD) – Sim
Matheus Vermelho (PP) – Sim
Moacyr Fadel (PSD) – Sim
Nelson Justus (União)- (Sim)
Ney Leprevost (União) – Não
Paulo Gomes (PP) – Sim
Professor Lemos – (PT) Não
Reichembarch (PSD) – Sim
Renato Freitas (PT) – Não
Requião Filho (PT) – Não
Ricardo Arruda (PL) – Sim
Samuel Dantas (SD) – Sim
Soldado Adriano José (PP) – Sim
Tercílio Turini (MDB) – Não
Thiago Buhrer (União) – Sim
Tiago Amaral (PSD) – Sim
Tito Barichello (União) – Sim

Fonte: Jornal Plural

VÍDEO: vigilante espanca paciente em UPA no DF


Momento em que o vigilante agride o paciente com socos e chutes – Foto: Reprodução

Na segunda-feira (3), um paciente foi espancado por um vigilante na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho II. O homem, identificado pela pulseira laranja de urgência, foi atacado enquanto aguardava atendimento. Toda a ação foi filmada por outros pacientes.

As imagens mostram o vigilante tirando o homem da unidade de saúde, continuando as agressões do lado de fora. O paciente, caído no chão, tenta se proteger cobrindo o rosto enquanto o vigilante o chuta. Outros pacientes presentes pediram o fim da violência, mas somente a chegada de outros funcionários conseguiu interromper o ataque. Após a confusão, a vítima recebeu atendimento médico novamente e se dirigiu à 35ª Delegacia de Polícia para registrar o boletim de ocorrência.

Em resposta ao ocorrido, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) afirmou que o vigilante foi afastado e que medidas adicionais serão tomadas contra ele. A Polícia Militar do Distrito Federal confirmou que foi chamada, mas a situação foi resolvida no local sem detenções.


Fonte: DCM

Justus: empresário brasileiro é “menos filantropo do que deveria, inclusive eu”


Empresário Roberto Justus. Foto: Reprodução

 Roberto Justus disse na noite desta segunda-feira (3) que o “empresário brasileiro é menos filantropo do que deveria”. A declaração ocorreu quando o empresário chegou ao leilão do Instituto Projeto Neymar Jr, no Clube Monte Líbano, em São Paulo.

Justus, que irá apresentar um dos lotes do leilão, elogiou a instituição. “É impressionante o trabalho que eles fazem. A gente só vai nesse tipo de evento quando tem certeza que os recursos que vão ser arrecadados serão geridos de forma séria”, disse o empresário.

“Eu sempre falo que o empresário brasileiro é menos filantropo do que deveria, e eu me incluo nisso […] A gente está tão preocupado com as nossas coisas que acaba esquecendo desse lado”, afirmou.

Fonte: DCM

Miriam Leitão reconhece a coleção de boas notícias na economia sob o comando de Lula e Haddad

 

PIB em alta, desemprego em queda e inflação controlada são alguns dos indicadores do governo Lula

Miriam Leitão e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Miriam Leitão e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

A jornalista Miriam Leitão reconheceu, em sua coluna desta terça-feira, o festival de boas notícias econômicas no governo Lula. "O primeiro trimestre do ano foi bom e hoje sairá o número que mostra isso, há previsões entre 0,5% a 0,9% para o crescimento do PIB, maior do que o inicialmente previsto. Além disso, houve queda do desemprego e queda da inflação, dois dados que não costumam cair juntos. Isso é ainda mais notável quando há um aumento da renda, como houve", destaca a jornalista.

A colunista também ressalta os bons números da balança comercial. "Entre janeiro e março deste ano, o Brasil exportou US$ 78,3 bi, 3,2% mais do que no ano passado. Tanto a exportação, quanto o saldo de US$ 19 bi, foram recordes", assinala.

O aspecto mais importante é a redução significativa da inflação – o que deveria acelerar o processo de queda da taxa de juros. "A desinflação tem sido rápida. Para se ter uma ideia, a inflação que terminou o ano passado em 4,62%, chegou em março meio ponto mais baixa, em 3,9%. Em abril, o acumulado em doze meses foi de 3,69%, quase um ponto percentual menor em apenas quatro meses. O ano será muito diferente de 2023", aponta. "Esses fatos juntos — aumento de renda, alta de crédito e queda do desemprego — preocupam quando a inflação começa a subir. Mas ela está em queda. A inflação de serviços, para a qual todos estão olhando, parou de cair, continua rodando em torno de 5%, mas a avaliação dos economistas é que ela vai ceder", escreve ainda a jornalista.

Fonte: Brasil 247

STF analisa nesta terça denúncia da PGR contra Moro envolvendo insultos a Gilmar Mendes

 

No vídeo que motivou a denúncia, que tem menos de dez segundos, Moro aparece dizendo: "Não, isso é fiança. Instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes"

Gilmar Mendes e Sergio Moro
Gilmar Mendes e Sergio Moro (Foto: STF | Senado)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta terça-feira (4) se recebe denúncia contra o ex-juiz suspeito senador Sergio Moro (União Brasil) por calúnia contra Gilmar Mendes. Os ministros vão apreciar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após vídeo no qual Moro fala em “comprar habeas corpus” do ministro ter viralizado.

No vídeo que motivou a denúncia, que tem menos de dez segundos, Moro aparece dizendo: "Não, isso é fiança. Instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes".

As imagens foram divulgadas em 14 de abril de 2023 e ganharam as redes sociais. A PGR encaminhou denúncia no dia 17. Agora, a Turma, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino, decide se Moro vira réu.

De acordo com a denúncia, ao atribuir falsamente a prática do crime de corrupção passiva ao ministro, Moro “agiu com a nítida intenção de macular a imagem e a honra” de Gilmar Mendes, “tentando descredibilizar a sua atuação como magistrado”.

Moro pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) adie o julgamento. A defesa pretende apresentar seus argumentos na tribuna, mas alega que não teve tempo para se organizar e preparar a sustentação oral.

Recentemente, Mendes encontrou-se com Moro e não poupou críticas à sua postura."Sergio, Curitiba não te ajudou em nada. Aproveite que está no Senado e estude um pouco. A biblioteca do Senado é ótima, você deveria frequentar”, disse o decano.

Fonte: Brasil 247

Emater estima perda de 2,71 mi t de soja por enchentes no Rio Grande do Sul e corta projeção para safra

 

Segundo a Emater-RS, mais de 206 mil propriedades foram afetadas, com impactos na produção de grãos, pecuária, horticultura e a fruticultura

(Foto: Agência Brasil)

Reuters - As enchentes no Rio Grande do Sul levaram a uma perda de 2,71 milhões de toneladas de soja, estimou nesta terça-feira a Emater/RS-Ascar, órgão de assistência técnica do Estado.

Considerando a área afetada pelas chuvas e as perdas, a Emater reduziu sua estimativa de colheita da oleaginosa no Estado para 19,53 milhões de toneladas, ante 22,24 milhões de toneladas estimadas em março.

Os dados fazem parte de um relatório elaborado pela Emater-RS quantificando perdas pela calamidade climática no meio rural. Segundo o documento, mais de 206 mil propriedades foram afetadas, com impactos na produção de grãos, pecuária, horticultura e na fruticultura.

Em relação à produção de grãos, as perdas se referem às áreas que não puderam ser colhidas, ou às que foram colhidas e tiveram baixo rendimento, incluindo soja, milho e feijão, entre outros, disse a Emater.

"As perdas nas culturas de inverno foram pontuais e correspondem a áreas recém-semeadas, que deverão ser replantadas. Foram prejudicados 48.674 produtores de grãos, grande parte de milho e soja".

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Região de Porto Alegre segue com alagamentos, que dificulta volta para casa e comércio local

 

Moradores e comerciantes da região da Praia de Belas, área central à beira do Rio Guaíba, relatam que desde que conseguiram acessar novamente o local

(Foto: Agência Brasil)

 O nível do Guaíba voltou a subir durante a noite de domingo (2) e, na madrugada desta segunda-feira (3), ultrapassou a cota de inundação em Porto Alegre. Com isso, a água avançou sobre as ruas, alagando novamente as vias públicas. O lago subiu mais de 30 centímetros em cerca de 5 horas.

Moradores e comerciantes da região da Praia de Belas, área central à beira do Rio Guaíba, relatam que desde que conseguiram acessar novamente o local, no dia 17 de maio, já houve duas novas inundações, além da que ocorreu nesta segunda-feira.

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, mais de 30 funcionários de um estabelecimento saíram de suas casas pela manhã, mas não puderam trabalhar. "A gente fica impotente porque não tem o que fazer. Uma indignação muito grande. Você se prepara para trabalhar, um monte de funcionários parados, chegaram aqui e não têm o que fazer", lamenta Rissi.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Eleição de Sheinbaum no México evita avanço da extrema direita na América Latina

 

Com Claudia Sheinbaum, Lula, Gustavo Petro e Gabriel Boric, nomes de extrema direita como Javier Milei e Nayib Bukele se tornaram exceção na região

Lula e Claudia Sheinbaum
Lula e Claudia Sheinbaum (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Reuters/Alexandre Meneghini)

A eleição de Claudia Sheinbaum, 61, para suceder López Obrador na presidência do México freia a expansão da extrema direita na América Latina, ressalta reportagem do El País publicada nesta terça-feira (4). "A vitória esmagadora da candidata progressista, cerca de 30 pontos à frente da candidata conservadora da oposição, Xóchitl Gálvez, consolida o domínio da esquerda na América Latina, com Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil; Gustavo Petro, na Colômbia, e Gabriel Boric, no Chile. A vitória de Sheinbaum, herdeira política de Andrés Manuel López Obrador e agora bandeira do seu Movimento de Regeneração Democrática (Morena), significa também um compromisso com a continuidade".

O jornal destaca que o presidente argentino, Javier Milei, de extrema direita e ultraliberal, "tornou-se a exceção no final de 2023 entre as cinco grandes economias da América Latina".

Segundo a reportagem, "um resultado verdadeiramente esmagador que oferece a Sheinbaum uma paz de espírito que sem dúvida invejará outros presidentes progressistas da América Latina. Ao contrário de Lula ou Boric, Morena enfrentou nestas eleições não uma candidata de extrema direita, como Jair Bolsonaro ou José Antonio Kast, mas Xóchitl Gálvez, uma empresária conservadora e sorridente, eleita por uma coligação de partidos políticos tradicionais". O periódico destaca, por exemplo, que no Brasil o presidente Lula "navega contra o vento porque ganhou por pouco e sem maioria no Congresso, pelo que o governo está sujeito a laboriosas negociações para avançar com cada um dos seus projetos".

Fonte: Brasil 247

Cozinhar para comer melhor: pesquisas mostram os benefícios da comida caseira

 

Dois novos estudos associam o preparo da comida com ganhos para a saúde; confira as estratégias para incluir as panelas na correria do cotidiano

(Foto: Pexels)

Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein - Não é preciso ser chef de cozinha. Basta um punhado de empenho com pitadas de interesse para incluir a culinária no dia a dia e encher o cardápio de nutrientes e outras substâncias protetoras. Dois estudos, recém-publicados, chegam para atestar os benefícios da comida caseira. 

Um deles, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), mostra que a dedicação ao preparar o jantar em família contribui para o maior equilíbrio no prato. “Quando os pais passam mais de duas horas no preparo, seus filhos tendem a comer mais vegetais e peixes”, comenta a nutricionista Carla Adriano Martins, uma das autoras do artigo e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para chegar ao resultado, os pesquisadores coletaram, por meio de entrevistas telefônicas, informações sobre a alimentação de 595 famílias na cidade de São Paulo.   

A outra pesquisa, uma revisão publicada no periódico Nutrition, encontrou resultados similares. Para seu mestrado, na Universidade de Valência, na Espanha, a nutricionista Juliana Watanabe esmiuçou dezenas de estudos na literatura científica, e uma das conclusões é que o hábito de cozinhar em casa favorece a adesão aos padrões alimentares considerados mais saudáveis, caso da Dieta Mediterrânea e da Dash, uma dieta criada nos Estados Unidos para combater a hipertensão arterial. “É preciso estimular as habilidades culinárias, sobretudo entre as populações mais jovens”, diz Watanabe. 


Quando se cozinha em casa, geralmente são utilizados ingredientes naturais para compor as preparações. Assim, ocorre o incremento de vitaminas, fibras e sais minerais, além de proteínas, gorduras e carboidratos de qualidade. Mas, segundo Watanabe, esse é um hábito em declínio. “Atualmente é cada vez mais raro perpetuar as receitas de geração em geração”, lamenta. 

“Pela escassez de tempo, hoje se vê um alto consumo de produtos ultraprocessados, que, além de práticos, costumam carregar o excesso de gordura, açúcar e sódio”, observa a nutricionista Fabiana Rasteiro, do Hospital Israelita Albert Einstein. Diversos trabalhos mostram que o exagero desse trio aumenta o risco de doenças crônicas, caso da obesidade, das doenças cardiovasculares e do diabetes. 


A pressa do dia a dia aparece como um dos principais motivos por trás do pouco empenho entre as panelas. “Lembramos que toda a família deve participar, já que essa não é uma tarefa exclusiva da mulher”, observa a nutricionista Carla Martins, da UFRJ.

Para não sobrecarregar ninguém, cada integrante pode ficar responsável por uma das etapas do processo. “Desde a definição do cardápio até fazer a comida, passando pela ida às compras, a arrumação da mesa e a limpeza da louça”, sugere Rasteiro, nutricionista do Einstein.  

Planejamento para comer bem  - As especialistas ouvidas pela Agência Einstein são unânimes em dizer que o segredo para uma boa alimentação é o planejamento.

“Inclusive, existe um movimento conhecido como batch cooking, que é preparar todas as refeições da semana em um só dia”, conta a pesquisadora Juliana Watanabe. Além de cozinhar e congelar, o processo engloba lavar, secar e guardar verduras, legumes e frutas, de preferência envolvidos em papel toalha, para manter a consistência.  


Alguns alimentos industrializados, como os enlatados, podem facilitar a vida. “Mas é fundamental checar a lista de ingredientes e a composição nutricional nos rótulos”, orienta Watanabe. Inclusive, com o uso das novas tecnologias, é possível encontrar produtos livres de sódio. Pescados como a sardinha e o atum também ajudam a driblar a correria. “Mas eles não devem ser protagonistas sempre. O ideal é usá-los vez ou outra”, sugere.

A nutricionista do Einstein conta que é fã de ervas desidratadas para temperar os pratos. Já a professora da UFRJ destaca o uso de boas ferramentas. “A panela de pressão é um belo exemplo, pois ajuda a economizar tempo e gás”, diz. “Só vale redobrar os cuidados com a limpeza e se atentar à manutenção”, avisa. Assim se garante o feijão de todos os dias.  

Uma dica de Fabiana Rasteiro é começar com receitas mais simples e ir se aprimorando ao longo do tempo. “Depois de ganhar segurança, dá para se aventurar em pratos mais elaborados”, propõe. 

“Outra recomendação é incluir aulas para desenvolver as habilidades culinárias nos currículos escolares”, sugere Juliana Watanabe, que está envolvida em projetos desse tipo. Segundo ela, quanto mais cedo se botar a mão na massa, melhor. A criançada (e a família) ganha em sabor e saúde!

Fonte: Brasil 247 com Agência Einstein