segunda-feira, 3 de junho de 2024

Com desafio de comandar eleições municipais, Cármen Lúcia assume nesta segunda-feira a presidência do TSE

 Ministra vai suceder o atual presidente, ministro Alexandre de Moraes; Nunes Marques assume a vice-presidência

A ministra Cármen Lúcia toma posse nesta segunda-feira (3) na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — órgão responsável por coordenar processos eleitorais no país.


Essa é a segunda vez em que a ministra preside o tribunal. Em 2012, ela foi a primeira mulher no comando da Corte Eleitoral.


Cármen Lúcia vai suceder o atual presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes.


Agora, em 2024, Cármen Lúcia volta ao cargo com desafio semelhante ao da primeira gestão: estará à frente da organização das eleições municipais deste ano.


Na mesma cerimônia, o ministro Nunes Marques vai assumir a vice-presidência do TSE. Os dois foram eleitos no dia 7 de maio.


Atual vice-presidente, a ministra Cármen Lúcia foi a relatora do conjunto de 12 resoluções aprovadas pelo tribunal para regulamentar as eleições deste ano.


Essas resoluções trataram, por exemplo, de temas desafiadores para o pleito, como:


  • as restrições ao uso da inteligência artificial (IA); e
  • o combate à desinformação.

Pela tradição, a atual vice-presidente deve assumir o comando da Corte por ordem de antiguidade entre os ministros do STF que ocupam cadeiras no tribunal.


Veja como será a cerimônia


A cerimônia de posse, que ocorre no plenário do TSE, deve contar com a presença de convidados e chefes dos Três Poderes, além de ministros de Estado, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros tribunais superiores.


Também está prevista a participação de parlamentares, governadores dos estados e prefeitos, presidentes de tribunais regionais eleitorais, representantes de advogados, associações de juízes e procuradores, embaixadores de países estrangeiros.

Ritos da posse


  1. A sessão começa com o anúncio da entrada dos chefes do Poder Judiciário, Legislativo, Executivo, além do procurador-geral da República. Os chefes dos Poderes ocupam cadeiras na mesa de comando dos trabalhos.
  2. O atual presidente, ministro Alexandre de Moraes, comandará a sessão. Ele deverá declarar aberta a cerimônia, que começa com a execução do Hino Nacional.
  3. Em seguida, Moraes convida a presidente eleita Cármen Lúcia para ir à tribuna e prestar o compromisso de posse, em que declara aceitar o posto e cumprir seus deveres e atribuições, de acordo com as leis brasileiras e a Constituição.
  4. O diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, deverá ler o termo de posse. Na sequência, Moraes vai declarar Cármen empossada e transferir o cargo.
  5. A ministra vai, então, dar posse ao vice-presidente Nunes Marques. O ministro também presta seu compromisso e há a leitura do termo.
  6. Há a possibilidade de discursos de integrantes do TSE em homenagem à nova presidente e ao vice. Representantes da Procuradoria-Geral da República, da Ordem dos Advogados do Brasil também devem se pronunciar. Na sequência, a nova presidente deve discursar.
  7. A cerimônia é, então, encerrada. Cármen Lúcia e Nunes Marques recebem cumprimentos dos convidados no Salão Nobre do TSE.

Os principais desafios da gestão


No comando do tribunal, a presidente Cármen Lúcia terá como principal desafio prosseguir na organização das eleições municipais de 2024.


Em outubro, os brasileiros vão às urnas para eleger prefeitos e vereadores em mais de 5,5 mil municípios no país.


Em fevereiro, a Corte Eleitoral aprovou um conjunto de 12 normas que servem para ordenar o pleito e tratam de temas desafiadores para a garantia da liberdade de escolha do eleitor: a regulação do uso da inteligência artificial e o combate à desinformação.


A nova presidente foi a relatora das novas regras.


Uso da inteligência artificial nas eleições


O TSE proibiu o uso dos deepfakes — técnica que permite alteração de vídeos ou de fotos.


Além disso, estabeleceu que conteúdos manipulados por inteligência artificial deverão ter identificação e que será restrito o uso de chatbots e avatares para intermediar a comunicação da campanha.


Fixou, ainda, que a utilização irregular da IA pode gerar consequências também eleitorais, como cassação do registro de candidatura e do mandato.


Desinformação


Para combater a propagação de desinformação na campanha eleitoral, as resoluções preveem que:


— os aplicativos comprovem que cumpriram a determinação de retirar conteúdo irregular do ar;


— as plataformas tomem medidas para impedir ou diminuir circulação de fake news e veicular informações que esclareçam dados descontextualizados.


— os provedores podem ser responsabilizados caso não retirem do ar discursos de ódio ou antidemocráticos.


Cassação e inelegibilidade


Em uma das resoluções — inédita na Corte Eleitoral — os ministros definiram condutas irregulares que podem levar à cassação de registros e mandatos, além da inelegibilidade dos políticos (ficar de fora das eleições por, pelo menos, oito anos).


Essas punições ocorrem caso eles sejam condenados por abuso de poder político, econômico e de autoridade, além de uso indevido de meios de comunicação.

Pelo texto aprovado pelos ministros, podem ser punidas atitudes como:


— uso de aplicativos de mensagens instantâneas (WhatsApp, Telegram) para promover disparos em massa de desinformação e montagens para beneficiar candidato e prejudicar adversário;


— uso da internet e de serviços de mensagens para disseminar desinformação a respeito do sistema eletrônico de votação e da Justiça Eleitoral;


— o assédio eleitoral no âmbito do trabalho, ou seja, o uso de estrutura de empresa para constranger e coagir empregados, aproveitando a dependência econômica deles para obter vantagem eleitoral;


— a situação em que o político usa publicidade de atos de governo para fazer promoção de sua candidatura.


Cota de gênero


Em maio, os ministros também tomaram medidas para combater um ato irregular identificado com frequência em eleições municipais: a fraude à cota de gênero — a obrigação que os partidos têm de lançar um percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas nas eleições.


O TSE aprovou uma súmula que regulamenta a análise, pela Justiça Eleitoral, de casos de irregularidades na cota. Ela vai funcionar como um guia, um entendimento a ser aplicado em casos semelhantes nas instâncias inferiores.


O texto estabelece que a fraude à cota de gênero pode ser constatada quando são observadas circunstâncias como:


  • votação zerada ou inexpressiva;
  • prestação de contas zerada, padronizada ou ausência de movimentação financeira relevante; ou
  • ausência de atos efetivos de campanha, divulgação ou promoção de candidaturas de terceiros.

A súmula também define que a irregularidade poderá ser punida com inelegibilidade e cassação de mandatos.


Perfis dos ministros


▶ Cármen Lúcia


Nascida em Montes Claros (MG), a ministra Cármen Lúcia iniciou sua atuação no TSE em 2008, quando eleita como ministra substituta. Em 2009, se tornou ministra efetiva no tribunal eleitoral.


Nas eleições presidenciais de 2010, atuou como vice-presidente da Corte Eleitoral. Dois anos depois, comandou as eleições municipais. Foi a primeira mulher a comandar a Justiça Eleitoral.


Em 2020, a ministra iniciou novo ciclo de atuação no Tribunal Superior Eleitoral. Voltou, inicialmente, como ministra substituta.


Em 2022, tornou-se ministra efetiva. No ano seguinte, tornou-se a vice-presidente do tribunal.


No Supremo Tribunal Federal desde 2006, Cármen Lucia iniciou a carreira em Minas Gerais.


Na área acadêmica, se formou em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG) e fez mestrado em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


Também atuou como professora titular de Direito Constitucional da PUC-MG, foi advogada e procuradora do estado.


▶ Nunes Marques


O ministro Kassio Nunes Marques é de Teresina (PI). Chegou ao TSE em 2021, como ministro substituto. Em 2023, tornou-se ministro efetivo.


O ministro compõe o STF desde 2020. Antes, atuou como advogado e foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí entre 2008 e 2011.

Também foi desembargador federal e vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que tem sede em Brasília.


Na área acadêmica, é bacharel em direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), mestre em direito pela Universidade Autônoma de Lisboa, em Portugal, e doutor e pós-doutor pela Universidade de Salamanca, na Espanha.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Três governadores mais que dobraram salários desde 2022; veja quem são

 

Romeu Zema e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Três governadores aprovaram aumentos de mais de 100% em seus próprios salários desde 2022, conforme dados das Assembleias Legislativas estaduais e portais de transparência.

O governador mineiro Romeu Zema (Novo) sancionou um aumento de 278% em maio passado, e a questão foi judicializada. Em dezembro, o STF rejeitou um pedido para reverter o aumento, elevando o subsídio mensal do bolsonarista de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil.

Carlos Brandão (PSB), governador do Maranhão, aprovou um aumento de 107% neste mês. A partir de junho, seu rendimento mensal passará de R$ 15.915 para R$ 33.006,39. O governo maranhense justificou o aumento afirmando que Brandão recebia o menor salário entre os governadores do Brasil e não tinha reajuste desde 2014.

Carlos Brandão (PSB) toma posse em segundo mandato como governador do Maranhão | Política | Valor EconômicoCarlos Brandão (PSB). Foto: reprodução

Já Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco, sancionou um aumento de 129%. Em dezembro de 2022, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou o aumento do salário do governador de R$ 9,6 mil para R$ 22 mil. No entanto, Lyra opta por receber R$ 42.145 mensais como procuradora do estado, cargo que ocupava antes de entrar para a política.

Raquel Lyra é alvo do PSD e do PodemosRaquel Lyra (PSDB). Foto: reprodução

Vale destacar que Lyra possui o maior salário entre os governadores brasileiros e é a que mais se destaca na comparação com a renda média do estado.

O salário da parlamentar é quase 38 vezes maior do que a renda per capita média dos pernambucanos em 2023, que é de R$ 1.113, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Confira o ranking no país:

  • Pernambuco – Raquel Lyra (PSDB) – R$ 42.145,88
  • Sergipe – Fábio Mitidieri (PSD) – R$ 41.650,92
  • Acre – Gladson Cameli (PP) – R$ 40.137,69
  • Minas Gerais – Romeu Zema (Novo) – R$ 39.717,69
  • Mato Grosso do Sul – Eduardo Riedel (PSDB) – R$ 35.462,27
  • Rondônia – Marcos Rocha (União) – R$ 35.462,22
  • Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB) – R$ 35.462,22
  • Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) – R$ 35.462,22
  • Pará – Helder Barbalho (MDB) – R$ 35.363,55
  • São Paulo – Tarcisio de Freitas (Republicanos) – R$ 34.572,89
  • Roraima – Antonio Denarium (PP) – R$ 34.299,00
  • Amazonas – Wilson Lima (União) – R$ 34.070,00
  • Piauí – Rafael Fonteles (PT) – R$ 33.806,39
  • Paraná – Ratinho Junior (PSD) – R$ 33.763,00
  • Maranhão – Carlos Brandão (PSB) – R$ 33.006,39
  • Amapá – Clecio Luis (Solidariedade) – R$ 33.000,00
  • Paraíba – João Azevedo (PSB) – R$ 32.434,82
  • Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) – R$ 30.971,84
  • Mato Grosso – Mauro Mendes (União) – R$ 30.862,79
  • Distrito Federal (Brasília) – Ibaneis Rocha (MDB) – R$ 29.951,94
  • Alagoas – Paulo Dantas (MDB) – R$ 29.365,63
  • Goiás – Ronaldo Caiado (União) – R$ 29.234,38
  • Tocantins – Wanderlei Barbosa (Republicanos) – R$ 28.070,00
  • Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) – R$ 25.322,25
  • Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT) – R$ 21.914,76
  • Rio de Janeiro – Claudio Castro (PL) – R$ 21.868,14
  • Ceará – Elmano de Freitas (PT) – R$ 20.629,59
Fonte: DCM

Lixo gerado por tragédia no RS chega a 47 milhões de toneladas

 

Lama, lixo e entulho das ruas do RS — Foto: Rafa Neddermeyer

O lixo gerado pelas enchentes no RS alcançou 47 milhões de toneladas, segundo o Fantástico, da TV Globo, exibido no domingo (2). Restos de móveis, utensílios e casas inteiras são removidos, revelando a dimensão do desastre. “A gente chegou em 47 milhões de toneladas de resíduos”, afirmou Guilherme Iablonovski, pesquisador da ONU. O estudo, conduzido por especialistas da Universidade do Rio Grande do Sul e da ONU Meio Ambiente, indica que o volume de resíduos supera o gerado pela guerra na Faixa de Gaza, e a quantidade pode ainda aumentar.

Em Canoas, 70 mil residências foram afetadas e 120 caminhões, junto a 40 retroescavadeiras, trabalham incessantemente na remoção do entulho. “A gente está se deparando com praticamente a casa inteira na calçada”, relatou Lucas Lacerda, secretário de Serviços Urbanos.

No Vale do Taquari, milhares de pessoas enfrentam um cenário similar, com entulhos espalhados por toda parte. Em Lajeado, um aterro municipal recebe cerca de 250 caminhões de lixo por dia. Diante disso, foram instalados 46 pontos de descarte em todo o estado visando agilizar a limpeza e reduzir os custos. Marjorie Kauffmann, secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura, destacou a importância de separar os resíduos para facilitar o reaproveitamento futuro. “Não misturar aquele resíduo comum, hospitalar eletrônico, com esse resíduo madeira, concreto da construção civil para que a gente possa dispor, segregar e reaproveitar no futuro pelo quantitativo”, explicou.

Fonte: DCM

VÍDEO: aviões colidem e explodem durante apresentação aérea em Portugal

 

Momento em que as aeronaves colidem durante apresentação aérea em Portugal – Foto: Reprodução

Durante um show aéreo no sul de Portugal no domingo (2), dois aviões de pequeno porte colidiram no ar e explodiram. As imagens mostram um dos aviões perdendo o controle e se chocando contra o grupo. A Força Aérea confirmou que pelo menos um dos pilotos morreu. “A Força Aérea lamenta informar que pelas 16h05 (15h05 GMT), no Show Aéreo de Beja, dois aviões foram vítimas de um acidente durante uma demonstração aérea”, disse a corporação em um comunicado.

No vídeo, é possível ver a aeronave tentando ascender antes de perder o controle e cair no chão e explodir. Segundo o banco de dados de segurança de voo Aviation Safety Network, consultado pela UK Express, o piloto da outra aeronave conseguiu pousar a uma certa distância. As aeronaves envolvidas foram identificadas como dois Yakovlev Yak-52, modelos de treinamento acrobático com design soviético.

Os serviços de emergência foram acionados imediatamente e o Beja Air Show, evento em que os pilotos participavam, foi suspenso. As autoridades ainda estão investigando as causas do acidente e prestando apoio às famílias dos envolvidos.

Fonte: DCM

Monark chama governo Lula de “fascista” e é escrachado na web

Monark. Foto: reprodução

 O blogueiro Bruno Aiub, conhecido como Monark, foi às redes sociais criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas acabou sendo criticado pelos internautas.

Por meio de um post no X, antigo Twitter, Monark disse que quem defende o governo petista é “fascista”. Ele também afirmou considerar os apoiadores de Lula como “lixo humano”.

“Quem defende esse governo para mim é literalmente fascista, este é um governo que foi eleito na base da ditadura do judiciário com censura, tortura, perseguição a imprensa e fraude, teve um cara que colocou fogo em si mesmo em protesto e morreu, se você tá defendendo essa merda, você é um lixo humano”, disse.

Confira a repercussão:



Fonte: DCM

Quem é Claudia Sheinbaum, eleita presidente do México, segundo projeção oficial


Claudia Sheinbaum. Foto: reprodução

 Claudia Sheinbaum, indicada como futura presidente do México pela projeção preliminar do Instituto Nacional Eleitoral (INE), é apadrinhada pelo atual presidente Andrés Manuel López Obrador. Ela será a primeira mulher na história a governar o país.

Às 3h de Brasília (0h local), o INE, órgão autônomo, estimou que a governista teria entre 58,3% e 60,7% dos votos, enquanto a opositora Xóchitl Gálvez marcaria entre 26,6% e 28,6%. Se confirmados esses números, Sheinbaum também será a presidente eleita com mais votos na história do México.

Antes de ingressar na política, Claudia Sheinbaum formou-se em física pela UNAM, uma das universidades mais prestigiadas do México, e fez pós-graduação em engenharia ambiental. Ela também realizou um pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, e participou do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC), que ganhou um Prêmio Nobel da Paz em 2007.

Durante seus anos como estudante, Sheinbaum foi politicamente ativa, organizando uma greve contra o aumento de mensalidades em 1987.

Para ela, essa militância é uma tradição familiar, pois seus pais eram esquerdistas e estiveram envolvidos nas manifestações de 1968 no México. Os protestos estudantis na Cidade do México naquele ano tomaram grande proporção até que policiais mataram cerca de 300 pessoas em uma praça, poucas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos.

O pai de Claudia Sheinbaum, Carlos Sheinbaum, era um empresário e químico cujos pais, judeus, imigraram da Lituânia para o México em 1920. Sua mãe, Annie Pardo, é bióloga e médica, e seus pais, também judeus, chegaram ao México vindos da Bulgária em 1940.

Vale destacar também que em novembro de 2023, a militante histórica e cientista climática anunciou seu novo casamento com Jesús Tarriba, seu namorado de faculdade, com quem se reencontrou pelo Facebook em 2016.

Vida política

Na política, Sheinbaum começou como secretária de Meio Ambiente da Cidade do México, período em que o prefeito era Andrés Manuel López Obrador, que mais tarde se tornaria presidente e fundador do partido Morena. Ela seguiu López Obrador no Morena e, após liderar um distrito da Cidade do México, foi eleita prefeita da capital.

Em 2017, ainda à frente do distrito, ela enfrentou o desafio de gerenciar as consequências do desabamento de um colégio durante um terremoto, que resultou na morte de 26 pessoas, incluindo 19 crianças. Sheinbaum afirmou na época que as irregularidades na construção não eram responsabilidade da prefeitura.

Claudia Sheinbaum chega em centro de votação na Cidade do MéxicoClaudia Sheinbaum. Foto: reprodução

Durante seu mandato como prefeita da Cidade do México, de 2018 a 2023, Sheinbaum lidou com a pandemia de Covid-19 e um acidente envolvendo a queda de uma linha do metrô. Em resposta ao acidente, ela firmou um acordo com a construtora de Carlos Slim, garantindo indenizações às vítimas e evitando que o caso fosse levado à Justiça.

Entre seus projetos, destaca-se a reforma do sistema judiciário. O partido Morena, do qual faz parte, propõe que os ministros da Suprema Corte, juízes, desembargadores e ministros da Justiça Eleitoral sejam eleitos por voto direto. Essa proposta exige que todos os atuais ocupantes desses cargos renunciem.

Para aprovar essa reforma, o Morena e seus aliados precisam garantir dois terços dos votos na Câmara dos Deputados e no Senado.

Fonte: DCM

Governo Lula firma 12 acordos com servidores em 17 meses, mas enfrenta desafios com docentes federais

 

Acordo fechado entre o governo e federação que representa os professores está judicializado

Luiz Inácio Lula da Silva e ministra da Gestão, Esther Dweck. Foto: Agência Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva e ministra da Gestão, Esther Dweck. Foto: Agência Brasil

Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula (PT), o governo federal firmou 12 acordos com diversas categorias de servidores públicos do Poder Executivo, informa o Metrópoles. A estratégia de negociação direta com as categorias, adotada em 2024, representa uma mudança em relação ao reajuste linear concedido no ano anterior.

Em 2023, sete acordos foram assinados com carreiras específicas. Entre elas estão as da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Agência Nacional de Mineração (ANM). Outras categorias, como analistas técnicos de políticas sociais, analistas em tecnologia da informação e diferentes cargos da Polícia Federal, também chegaram a um consenso ao longo do ano. Em 2024, mais cinco acordos foram firmados, começando com os agentes federais de execução penal e chegando até as carreiras do magistério superior e do ensino básico, técnico e tecnológico.

No entanto, uma recente decisão da Justiça Federal de Sergipe trouxe desafios para o governo. A 3ª Vara Federal determinou a suspensão das negociações com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) para reajuste salarial dos docentes federais. A medida atendeu ao pedido da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (ADUFS), filiada ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

O Andes, que alega ter maior representatividade, não aceitou os termos da proposta e não assinou o Termo de Acordo. O juiz Edmilson da Silva Pimenta argumentou que o acordo poderia prejudicar os professores não representados pela Proifes, cujas demandas originaram a greve.

Em resposta, a Proifes afirmou que a ação perdeu seu objeto, uma vez que o acordo já foi assinado, e anunciou que recorrerá da decisão. O Ministério da Gestão informou não ter sido oficialmente notificado e destacou que, caso decida recorrer, a medida será tomada via Advocacia-Geral da União (AGU).

O acordo contestado prevê reajustes em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, além de mudanças na progressão de carreira.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

 

Rivaldo Barbosa dirá a PF que não há provas contra ele no caso Marielle

 

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro é acusado de planejar e de interferir nas investigações do crime

Rivaldo Barbosa
Rivaldo Barbosa (Foto: Reprodução TV Globo)

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, vai dizer à Polícia Federal que não participou dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes em março de 2018. Ele presta depoimento nesta segunda-feira (3).

De acordo com a defesa, o delegado afirmará que não existem provas contra ele e que sua prisão foi decretada apenas com base na delação premiada de Ronnie Lessa. O miliciano afirmou que ele atuou para proteger os envolvidos durantes as investigações do assassinato. Na véspera do crime, Rivaldo Barbosa nomeou o delegado Giniton Lajes para comandar a Delegacia de Homicídios, o que, segundo as investigações, serviu para que os trabalhos de sabotagem começassem logo após o assassinato.

O advogado de Barbosa, Marcelo Ferreira, afirmou ao G1 que a demora para a realização do depoimento causou estranheza, já que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia determinado a declaração imediatamente após a prisão. Outra estratégia da defesa é afirmar que a condução da Polícia Civil do Rio de Janeiro é diferente da condução do inquérito sobre as execuções.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

No México, Gleisi celebra vitória de Claudia Sheinbaum, primeira mulher a presidir o país (vídeo)

"Parabéns presidente Lopes Obrador, parabéns ao campo democrático e progressista e, sobretudo parabéns às mulheres por essa conquista!”, disse Gleisi

(Foto: Reuters)

Os deputados federais Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ) viajaram ao México para acompanhar as eleições com o Grupo de Puebla e comemoraram a vitória de Claudia Sheinbaum, que será primeira mulher da história a presidir o país, levando o partido de esquerda Morena, do atual presidente e seu padrinho político Andrés Manuel López Obrador, que possui 70% de aprovação no país, a mais seis anos no poder.

Na divulgação da primeira contagem preliminar oficial, com 31% dos votos apurados, a cientista, ex-prefeita da Cidade do México, é considerada eleita a nova presidente do México com 59,5% dos votos.

Gleisi e Lindibergh

“Parabéns ao povo mexicano pela expressiva vitória de Claudia Sheinbaum, primeira mulher presidenta do México! Parabéns presidente Lopes Obrador, parabéns ao campo democrático e progressista e, sobretudo parabéns às mulheres por essa conquista!”, disse Gleisi.

Veja:


Fonte: Brasil 247


Presidente recém-eleita do México quer eleição direta para juízes e ministros da Suprema Corte

 

Proposta enfrenta críticas de especialistas devido ao risco de que grupos empresariais e organizações criminosas possam financiar as campanhas e suprimir direitos das minorias

 Claudia Sheinbaum discursa em cerimônia México
10/09/2023
REUTERS/Henry Romero
Claudia Sheinbaum discursa em cerimônia México 10/09/2023 REUTERS/Henry Romero (Foto: REUTERS/Henry Romero)

A presidente recém-eleita do México, Claudia Sheinbaum, tem como um de seus objetivos à frente do governo promover uma reforma judicial, que prevê a alteração da Constituição para que ministros da Suprema Corte, ministros do tribunal eleitoral, desembargadores e juízes de primeira instância passem a ser eleitos por voto direto da população. Além disso, a proposta exige a renúncia de todos os ocupantes atuais desses cargos.

"O que queremos é mais democracia para o país, e os investimentos serão garantidos", disse Sheinbaum ao jornal Financial Times, de acordo com o g1. A referência aos investidores visa a tranquilizar as empresas estrangeiras preocupadas com a possível insegurança jurídica decorrente da eleição direta de juízes.

O atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, não conseguiu aprovar a reforma judicial durante o seu mandato devido à falta de uma maioria qualificada de dois terços no Legislativo. No entanto, as eleições deste domingo (2), que elegeram senadores e deputados, podem mudar esse cenário. Se as previsões das pesquisas se confirmarem, o partido governista Morena poderá aumentar sua representação no Legislativo, facilitando a aprovação da proposta.

Atualmente, os juízes no México são escolhidos por um Conselho da Magistratura, enquanto os ministros do Supremo passam por um processo que envolve indicações pelo presidente e aprovação pelo Senado. A proposta de Sheinbaum, porém, muda significativamente esse processo ao estabelecer que os juízes de primeira instância seriam eleitos diretamente pela população, os ministros do Supremo e do Tribunal Eleitoral teriam suas candidaturas apresentadas por cada um dos poderes (Executivo, Legislativo e o próprio Supremo), seguidas de uma campanha nacional e votação em lista.

Ainda de acordo com a reportagem, a Bolívia é o único país da América Letina a eleger os juízes da Suprema Corte por voto direto. Especialistas, contudo, expressam preocupações sobre as implicações dessa mudança. Rubens Glezer, professor da FGV, alerta para o risco de pressões políticas sobre os juízes eleitos diretamente. Ele afirma que uma Suprema Corte deve atuar como um freio aos excessos emocionais de conjuntura, protegendo direitos de grupos vulneráveis.

Jimena Ortiz Díaz, analista política mexicana, destaca o risco de que os financiamentos de campanhas judiciais possam ser feitos por grupos organizados, incluindo organizações criminosas e grandes empresas, o que colocaria em xeque a independência e a imparcialidade do Judiciário mexicano 

A proposta já está na mesa diretora da Câmara dos Deputados, aguardando um momento propício para ser retomada. O plano é que a primeira eleição para escolher membros do Judiciário ocorra em junho de 2025, caso a reforma seja aprovada. desembargadores e juízes de primeira instância passem a ser eleitos por voto direto da população.

Fonte: Brasil 247 com g1

Cai a diferença no desempenho entre alunos de escolas públicas e privadas no Enem

 Em 2022, a média dos alunos de escolas privadas na redação aumentou para 747, enquanto nas escolas públicas subiu para 553. Em 2018, as médias eram de 644 e 382, respectivamente

(Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Em 2022, a média dos alunos de escolas privadas na redação aumentou para 747, enquanto nas escolas públicas subiu para 553. Em 2018, as médias eram de 644 e 382, respectivamente

Um levantamento recente do SAS Educação revela uma queda significativa na diferença de desempenho entre escolas públicas e privadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os dados, divulgados pelo jornal O Globo, mostram que a diferença na Redação, que era de 68% em 2018, caiu para 35% em 2022.

Apesar da diminuição da distância, as escolas privadas ainda lideram em performance. Em 2022, a pontuação média dos alunos de escolas particulares na Redação aumentou para 747, enquanto nas escolas públicas subiu para 553. Em 2018, essas médias eram de 644 e 382, respectivamente. Entre as 500 melhores notas na Redação, 483 pertencem a instituições privadas, contra apenas 17 de escolas públicas.

O estudo abrangeu escolas que participaram do Enem de forma contínua entre 2018 e 2022, incluindo três mil escolas privadas e dez mil públicas. O SAS Educação, plataforma que realizou o levantamento, é utilizada por 1,2 mil escolas em todo o Brasil.

Outro dado significativo do estudo é o aumento no número de alunos que alcançam pontuações elevadas na Redação. Em 2018, 2,7% dos candidatos obtiveram notas iguais ou superiores a 900. Em 2022, esse percentual subiu para 10,7%, mais de um a cada 10 alunos.

Ademar Celedônio, diretor de Ensino e Inovações do SAS Educação, atribui a melhoria das notas à adoção de padrões claros de correção estabelecidos pelo Enem nos últimos anos. "Esse processo começou nos colégios privados e agora se estende às escolas públicas, que ainda precisam avançar mais para ficarem competitivas", afirma. A redação tem se tornado cada vez mais crucial na prova, influenciando significativamente o processo seletivo das universidades.

O Enem avalia a Redação com base em cinco competências: domínio da escrita formal em Língua Portuguesa, compreensão do tema, organização das ideias, coesão e coerência, e proposta de intervenção. A cartilha anual "A redação no Enem 2023 — cartilha do participante", do Inep, detalha que para alcançar boa nota na competência 5, é necessário apresentar uma proposta de intervenção detalhada e articulada ao tema. 

Um estudo de 2021 da FGV-SP destacou que fatores socioeconômicos, como renda familiar e nível de educação das mães, podem explicar até 68% da variação nas notas dos estudantes. Cláudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, explica que o acesso a um repertório cultural mais amplo beneficia alunos de classe média, majoritariamente de escolas privadas. "Mas um bom professor de escola pública pode fazer a diferença", pondera Costin.

Celedônio ressalta que tirar uma boa nota na Redação do Enem não significa necessariamente que os estudantes estão escrevendo bem em geral, mas que estão cumprindo as exigências específicas da prova. A competência com as notas mais baixas é a 1, que avalia a gramática. Nela, alunos de escolas privadas obtiveram 136 pontos, enquanto os de escolas públicas ficaram com 108.

A diferença na Redação não se reflete nas provas objetivas do Enem. Em Matemática, a diferença entre as redes foi de 19% em 2022, a menor dos últimos cinco anos, com médias de 609 para escolas privadas e 510 para públicas. Em Linguagens, a diferença foi de apenas 12%, com médias de 555 para privadas e 494 para públicas.

Costin observa que a Redação só começa a ser ensinada no ensino médio nas escolas públicas, o que contribui para a maior diferença nessa prova. No entanto, algumas redes já estão introduzindo aulas de Redação no final do ensino fundamental para melhorar o desempenho dos alunos.

O estudo ainda mostra que das 500 maiores notas no Enem, 467 são de escolas particulares e 29 de escolas públicas, majoritariamente federais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo