segunda-feira, 3 de junho de 2024

Quem é Claudia Sheinbaum, eleita presidente do México, segundo projeção oficial


Claudia Sheinbaum. Foto: reprodução

 Claudia Sheinbaum, indicada como futura presidente do México pela projeção preliminar do Instituto Nacional Eleitoral (INE), é apadrinhada pelo atual presidente Andrés Manuel López Obrador. Ela será a primeira mulher na história a governar o país.

Às 3h de Brasília (0h local), o INE, órgão autônomo, estimou que a governista teria entre 58,3% e 60,7% dos votos, enquanto a opositora Xóchitl Gálvez marcaria entre 26,6% e 28,6%. Se confirmados esses números, Sheinbaum também será a presidente eleita com mais votos na história do México.

Antes de ingressar na política, Claudia Sheinbaum formou-se em física pela UNAM, uma das universidades mais prestigiadas do México, e fez pós-graduação em engenharia ambiental. Ela também realizou um pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, e participou do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC), que ganhou um Prêmio Nobel da Paz em 2007.

Durante seus anos como estudante, Sheinbaum foi politicamente ativa, organizando uma greve contra o aumento de mensalidades em 1987.

Para ela, essa militância é uma tradição familiar, pois seus pais eram esquerdistas e estiveram envolvidos nas manifestações de 1968 no México. Os protestos estudantis na Cidade do México naquele ano tomaram grande proporção até que policiais mataram cerca de 300 pessoas em uma praça, poucas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos.

O pai de Claudia Sheinbaum, Carlos Sheinbaum, era um empresário e químico cujos pais, judeus, imigraram da Lituânia para o México em 1920. Sua mãe, Annie Pardo, é bióloga e médica, e seus pais, também judeus, chegaram ao México vindos da Bulgária em 1940.

Vale destacar também que em novembro de 2023, a militante histórica e cientista climática anunciou seu novo casamento com Jesús Tarriba, seu namorado de faculdade, com quem se reencontrou pelo Facebook em 2016.

Vida política

Na política, Sheinbaum começou como secretária de Meio Ambiente da Cidade do México, período em que o prefeito era Andrés Manuel López Obrador, que mais tarde se tornaria presidente e fundador do partido Morena. Ela seguiu López Obrador no Morena e, após liderar um distrito da Cidade do México, foi eleita prefeita da capital.

Em 2017, ainda à frente do distrito, ela enfrentou o desafio de gerenciar as consequências do desabamento de um colégio durante um terremoto, que resultou na morte de 26 pessoas, incluindo 19 crianças. Sheinbaum afirmou na época que as irregularidades na construção não eram responsabilidade da prefeitura.

Claudia Sheinbaum chega em centro de votação na Cidade do MéxicoClaudia Sheinbaum. Foto: reprodução

Durante seu mandato como prefeita da Cidade do México, de 2018 a 2023, Sheinbaum lidou com a pandemia de Covid-19 e um acidente envolvendo a queda de uma linha do metrô. Em resposta ao acidente, ela firmou um acordo com a construtora de Carlos Slim, garantindo indenizações às vítimas e evitando que o caso fosse levado à Justiça.

Entre seus projetos, destaca-se a reforma do sistema judiciário. O partido Morena, do qual faz parte, propõe que os ministros da Suprema Corte, juízes, desembargadores e ministros da Justiça Eleitoral sejam eleitos por voto direto. Essa proposta exige que todos os atuais ocupantes desses cargos renunciem.

Para aprovar essa reforma, o Morena e seus aliados precisam garantir dois terços dos votos na Câmara dos Deputados e no Senado.

Fonte: DCM

Governo Lula firma 12 acordos com servidores em 17 meses, mas enfrenta desafios com docentes federais

 

Acordo fechado entre o governo e federação que representa os professores está judicializado

Luiz Inácio Lula da Silva e ministra da Gestão, Esther Dweck. Foto: Agência Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva e ministra da Gestão, Esther Dweck. Foto: Agência Brasil

Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula (PT), o governo federal firmou 12 acordos com diversas categorias de servidores públicos do Poder Executivo, informa o Metrópoles. A estratégia de negociação direta com as categorias, adotada em 2024, representa uma mudança em relação ao reajuste linear concedido no ano anterior.

Em 2023, sete acordos foram assinados com carreiras específicas. Entre elas estão as da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Agência Nacional de Mineração (ANM). Outras categorias, como analistas técnicos de políticas sociais, analistas em tecnologia da informação e diferentes cargos da Polícia Federal, também chegaram a um consenso ao longo do ano. Em 2024, mais cinco acordos foram firmados, começando com os agentes federais de execução penal e chegando até as carreiras do magistério superior e do ensino básico, técnico e tecnológico.

No entanto, uma recente decisão da Justiça Federal de Sergipe trouxe desafios para o governo. A 3ª Vara Federal determinou a suspensão das negociações com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) para reajuste salarial dos docentes federais. A medida atendeu ao pedido da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (ADUFS), filiada ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

O Andes, que alega ter maior representatividade, não aceitou os termos da proposta e não assinou o Termo de Acordo. O juiz Edmilson da Silva Pimenta argumentou que o acordo poderia prejudicar os professores não representados pela Proifes, cujas demandas originaram a greve.

Em resposta, a Proifes afirmou que a ação perdeu seu objeto, uma vez que o acordo já foi assinado, e anunciou que recorrerá da decisão. O Ministério da Gestão informou não ter sido oficialmente notificado e destacou que, caso decida recorrer, a medida será tomada via Advocacia-Geral da União (AGU).

O acordo contestado prevê reajustes em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, além de mudanças na progressão de carreira.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

 

Rivaldo Barbosa dirá a PF que não há provas contra ele no caso Marielle

 

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro é acusado de planejar e de interferir nas investigações do crime

Rivaldo Barbosa
Rivaldo Barbosa (Foto: Reprodução TV Globo)

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, vai dizer à Polícia Federal que não participou dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes em março de 2018. Ele presta depoimento nesta segunda-feira (3).

De acordo com a defesa, o delegado afirmará que não existem provas contra ele e que sua prisão foi decretada apenas com base na delação premiada de Ronnie Lessa. O miliciano afirmou que ele atuou para proteger os envolvidos durantes as investigações do assassinato. Na véspera do crime, Rivaldo Barbosa nomeou o delegado Giniton Lajes para comandar a Delegacia de Homicídios, o que, segundo as investigações, serviu para que os trabalhos de sabotagem começassem logo após o assassinato.

O advogado de Barbosa, Marcelo Ferreira, afirmou ao G1 que a demora para a realização do depoimento causou estranheza, já que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia determinado a declaração imediatamente após a prisão. Outra estratégia da defesa é afirmar que a condução da Polícia Civil do Rio de Janeiro é diferente da condução do inquérito sobre as execuções.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

No México, Gleisi celebra vitória de Claudia Sheinbaum, primeira mulher a presidir o país (vídeo)

"Parabéns presidente Lopes Obrador, parabéns ao campo democrático e progressista e, sobretudo parabéns às mulheres por essa conquista!”, disse Gleisi

(Foto: Reuters)

Os deputados federais Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ) viajaram ao México para acompanhar as eleições com o Grupo de Puebla e comemoraram a vitória de Claudia Sheinbaum, que será primeira mulher da história a presidir o país, levando o partido de esquerda Morena, do atual presidente e seu padrinho político Andrés Manuel López Obrador, que possui 70% de aprovação no país, a mais seis anos no poder.

Na divulgação da primeira contagem preliminar oficial, com 31% dos votos apurados, a cientista, ex-prefeita da Cidade do México, é considerada eleita a nova presidente do México com 59,5% dos votos.

Gleisi e Lindibergh

“Parabéns ao povo mexicano pela expressiva vitória de Claudia Sheinbaum, primeira mulher presidenta do México! Parabéns presidente Lopes Obrador, parabéns ao campo democrático e progressista e, sobretudo parabéns às mulheres por essa conquista!”, disse Gleisi.

Veja:


Fonte: Brasil 247


Presidente recém-eleita do México quer eleição direta para juízes e ministros da Suprema Corte

 

Proposta enfrenta críticas de especialistas devido ao risco de que grupos empresariais e organizações criminosas possam financiar as campanhas e suprimir direitos das minorias

 Claudia Sheinbaum discursa em cerimônia México
10/09/2023
REUTERS/Henry Romero
Claudia Sheinbaum discursa em cerimônia México 10/09/2023 REUTERS/Henry Romero (Foto: REUTERS/Henry Romero)

A presidente recém-eleita do México, Claudia Sheinbaum, tem como um de seus objetivos à frente do governo promover uma reforma judicial, que prevê a alteração da Constituição para que ministros da Suprema Corte, ministros do tribunal eleitoral, desembargadores e juízes de primeira instância passem a ser eleitos por voto direto da população. Além disso, a proposta exige a renúncia de todos os ocupantes atuais desses cargos.

"O que queremos é mais democracia para o país, e os investimentos serão garantidos", disse Sheinbaum ao jornal Financial Times, de acordo com o g1. A referência aos investidores visa a tranquilizar as empresas estrangeiras preocupadas com a possível insegurança jurídica decorrente da eleição direta de juízes.

O atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, não conseguiu aprovar a reforma judicial durante o seu mandato devido à falta de uma maioria qualificada de dois terços no Legislativo. No entanto, as eleições deste domingo (2), que elegeram senadores e deputados, podem mudar esse cenário. Se as previsões das pesquisas se confirmarem, o partido governista Morena poderá aumentar sua representação no Legislativo, facilitando a aprovação da proposta.

Atualmente, os juízes no México são escolhidos por um Conselho da Magistratura, enquanto os ministros do Supremo passam por um processo que envolve indicações pelo presidente e aprovação pelo Senado. A proposta de Sheinbaum, porém, muda significativamente esse processo ao estabelecer que os juízes de primeira instância seriam eleitos diretamente pela população, os ministros do Supremo e do Tribunal Eleitoral teriam suas candidaturas apresentadas por cada um dos poderes (Executivo, Legislativo e o próprio Supremo), seguidas de uma campanha nacional e votação em lista.

Ainda de acordo com a reportagem, a Bolívia é o único país da América Letina a eleger os juízes da Suprema Corte por voto direto. Especialistas, contudo, expressam preocupações sobre as implicações dessa mudança. Rubens Glezer, professor da FGV, alerta para o risco de pressões políticas sobre os juízes eleitos diretamente. Ele afirma que uma Suprema Corte deve atuar como um freio aos excessos emocionais de conjuntura, protegendo direitos de grupos vulneráveis.

Jimena Ortiz Díaz, analista política mexicana, destaca o risco de que os financiamentos de campanhas judiciais possam ser feitos por grupos organizados, incluindo organizações criminosas e grandes empresas, o que colocaria em xeque a independência e a imparcialidade do Judiciário mexicano 

A proposta já está na mesa diretora da Câmara dos Deputados, aguardando um momento propício para ser retomada. O plano é que a primeira eleição para escolher membros do Judiciário ocorra em junho de 2025, caso a reforma seja aprovada. desembargadores e juízes de primeira instância passem a ser eleitos por voto direto da população.

Fonte: Brasil 247 com g1

Cai a diferença no desempenho entre alunos de escolas públicas e privadas no Enem

 Em 2022, a média dos alunos de escolas privadas na redação aumentou para 747, enquanto nas escolas públicas subiu para 553. Em 2018, as médias eram de 644 e 382, respectivamente

(Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Em 2022, a média dos alunos de escolas privadas na redação aumentou para 747, enquanto nas escolas públicas subiu para 553. Em 2018, as médias eram de 644 e 382, respectivamente

Um levantamento recente do SAS Educação revela uma queda significativa na diferença de desempenho entre escolas públicas e privadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os dados, divulgados pelo jornal O Globo, mostram que a diferença na Redação, que era de 68% em 2018, caiu para 35% em 2022.

Apesar da diminuição da distância, as escolas privadas ainda lideram em performance. Em 2022, a pontuação média dos alunos de escolas particulares na Redação aumentou para 747, enquanto nas escolas públicas subiu para 553. Em 2018, essas médias eram de 644 e 382, respectivamente. Entre as 500 melhores notas na Redação, 483 pertencem a instituições privadas, contra apenas 17 de escolas públicas.

O estudo abrangeu escolas que participaram do Enem de forma contínua entre 2018 e 2022, incluindo três mil escolas privadas e dez mil públicas. O SAS Educação, plataforma que realizou o levantamento, é utilizada por 1,2 mil escolas em todo o Brasil.

Outro dado significativo do estudo é o aumento no número de alunos que alcançam pontuações elevadas na Redação. Em 2018, 2,7% dos candidatos obtiveram notas iguais ou superiores a 900. Em 2022, esse percentual subiu para 10,7%, mais de um a cada 10 alunos.

Ademar Celedônio, diretor de Ensino e Inovações do SAS Educação, atribui a melhoria das notas à adoção de padrões claros de correção estabelecidos pelo Enem nos últimos anos. "Esse processo começou nos colégios privados e agora se estende às escolas públicas, que ainda precisam avançar mais para ficarem competitivas", afirma. A redação tem se tornado cada vez mais crucial na prova, influenciando significativamente o processo seletivo das universidades.

O Enem avalia a Redação com base em cinco competências: domínio da escrita formal em Língua Portuguesa, compreensão do tema, organização das ideias, coesão e coerência, e proposta de intervenção. A cartilha anual "A redação no Enem 2023 — cartilha do participante", do Inep, detalha que para alcançar boa nota na competência 5, é necessário apresentar uma proposta de intervenção detalhada e articulada ao tema. 

Um estudo de 2021 da FGV-SP destacou que fatores socioeconômicos, como renda familiar e nível de educação das mães, podem explicar até 68% da variação nas notas dos estudantes. Cláudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, explica que o acesso a um repertório cultural mais amplo beneficia alunos de classe média, majoritariamente de escolas privadas. "Mas um bom professor de escola pública pode fazer a diferença", pondera Costin.

Celedônio ressalta que tirar uma boa nota na Redação do Enem não significa necessariamente que os estudantes estão escrevendo bem em geral, mas que estão cumprindo as exigências específicas da prova. A competência com as notas mais baixas é a 1, que avalia a gramática. Nela, alunos de escolas privadas obtiveram 136 pontos, enquanto os de escolas públicas ficaram com 108.

A diferença na Redação não se reflete nas provas objetivas do Enem. Em Matemática, a diferença entre as redes foi de 19% em 2022, a menor dos últimos cinco anos, com médias de 609 para escolas privadas e 510 para públicas. Em Linguagens, a diferença foi de apenas 12%, com médias de 555 para privadas e 494 para públicas.

Costin observa que a Redação só começa a ser ensinada no ensino médio nas escolas públicas, o que contribui para a maior diferença nessa prova. No entanto, algumas redes já estão introduzindo aulas de Redação no final do ensino fundamental para melhorar o desempenho dos alunos.

O estudo ainda mostra que das 500 maiores notas no Enem, 467 são de escolas particulares e 29 de escolas públicas, majoritariamente federais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

No México, Sheinbaum terá desafio duplo de manter conquistas sociais de AMLO e enfrentar alta criminalidade

 

Claudia Sheinbaum agora tem a tarefa de liderar o país, mantendo a continuidade das políticas de seu antecessor e enfrentando os desafios persistentes

Candidata presidencial do partido governista Morena, Claudia Sheinbaum, realiza comício em Nezahualcoyotl, Estado do México, México
Candidata presidencial do partido governista Morena, Claudia Sheinbaum, realiza comício em Nezahualcoyotl, Estado do México, México (Foto: Raquel Cunha / Reuters)

A ex-prefeita da Cidade do México Claudia Sheinbaum foi eleita no domingo (2) com uma maioria esmagadora de 58% dos votos, sucedendo Andrés Manuel López Obrador (AMLO) como presidente do México. Sheinbaum, do partido Morena, continuará na liderança da 'Cuarta Transformación', um movimento iniciado por AMLO, que encerrou seu mandato com uma taxa de aprovação recorde de 80%, segundo a Gallup.

Desde que assumiu o cargo, AMLO implementou várias políticas que resultaram em melhorias significativas para muitos mexicanos. A renda da população aumentou, em parte graças às suas políticas e a fatores externos, levando a uma redução na pobreza. O salário mínimo dobrou durante seu mandato.

Conforme citado pelo The New York Times nesta segunda-feira (3), AMLO também reformou as leis trabalhistas, facilitando a filiação dos trabalhadores a sindicatos independentes. Ele expandiu as pensões e aumentou o número de dias de férias obrigatórias para os trabalhadores. Em termos de infraestrutura, seu governo construiu uma linha de trem turístico na península de Yucatán.

Ele cortou salários do governo e intensificou a repressão à sonegação fiscal corporativa. AMLO também adotou um estilo de vida modesto, usando transporte público e comunicando-se de forma informal, ao mesmo tempo em que criticava duramente as elites econômicas do país.

No entanto, o governo de AMLO também foi marcado por controvérsias.

Ele frequentemente atacava o judiciário, chamando-o de "podre" e acusando alguns juízes de conspirarem contra o país. Além disso, AMLO hostilizava jornalistas cujas coberturas considerava desonestas e realizava sessões semanais dedicadas a expor mentiras da imprensa corporativa mexicana.

Um aspecto particularmente controverso de sua administração foi o aumento dos poderes conferidos ao exército, que agora é responsável pela segurança em várias partes do país.

Apesar dessas medidas, a criminalidade aumentou e os cartéis de drogas continuam a controlar partes do México. Uma análise do jornal estadunidense revelou que, desde o último verão, 36 candidatos políticos foram assassinados, juntamente com alguns parentes desses candidatos.

Enquanto AMLO deixa um legado misto de conquistas sociais e desafios de segurança, Claudia Sheinbaum agora tem a tarefa de liderar o país, mantendo a continuidade das políticas de seu antecessor e enfrentando os desafios persistentes.

Fonte: Brasil 247

Itamaraty tenta transferir para Beirute família brasileira atingida por bombardeio atribuído a Israel no Líbano

 

Os médicos ainda avaliam a possibilidade de transferência, dependendo da evolução do estado de saúde da brasileira Fátima e de seus filhos nas próximas 24 horas

Casa de brasileira bombardeada no Líbano | Fatima Boustani
Casa de brasileira bombardeada no Líbano | Fatima Boustani (Foto: Reprodução | Arquivo pessoal)

No último sábado (1), um bombardeio atribuído às forças israelenses na região de Saddikine, no interior do Líbano, feriu gravemente a brasileira Fatima Boustani e dois de seus quatro filhos. O ataque ocorreu em uma área próxima à fronteira com Israel, agravando a já tensa situação local. O governo brasileiro prontamente condenou os ataques e informou que os feridos receberam atendimento no Hospital Libanês Italiano, em Tiro, ao sul do Líbano.

Parentes das vítimas relataram ao jornal O Globo que pediram ao governo brasileiro uma transferência urgente para uma área segura dos dois filhos de Fátima. Ahmad Aidibi, marido de Fatima, está em São Paulo e, segundo familiares, encontra-se em estado de choque com a notícia.

As duas crianças que não foram atingidas, Mariam, 7, e Wajih, 12, estão abrigadas na casa de parentes no interior do Líbano, em uma região que também corre risco devido à proximidade com a zona de conflitos. Enquanto isso, Fátima está em estado grave na UTI, sofrendo de sangramentos na cabeça e pulmão. Seus filhos Ali e Zahraa, que também foram feridos, estão internados com múltiplos ferimentos.

Os médicos ainda avaliam a possibilidade de transferência dos feridos para um local mais seguro, dependendo da evolução do estado de saúde de Fátima e seus filhos nas próximas 24 horas. Esta decisão é aguardada com apreensão pela família.

A tragédia ocorreu na tarde de sábado, quando a casa da família foi completamente destruída por um bombardeio. Naquele momento, Fátima estava com seus filhos Zahraa e Ali. As crianças estavam assistindo televisão quando a explosão aconteceu.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Entenda o que é a "quarta transformação" defendida por Lopez Obrador e Claudia Sheinbaum no México

 

Termo foi cunhado pelo presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador

Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, durante entrevista coletiva no Palácio Nacional, na Cidade do México
20/06/2022 REUTERS/Edgard Garrido
Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, durante entrevista coletiva no Palácio Nacional, na Cidade do México 20/06/2022 REUTERS/Edgard Garrido (Foto: REUTERS/Edgard Garrido)

A "quarta transformação" no México é um termo cunhado pelo presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador (AMLO) para descrever uma série de mudanças políticas, sociais e econômicas que ele busca implementar em seu governo. O conceito é uma alusão às três transformações anteriores na história do México: a independência do país, a reforma liberal do século XIX e a revolução mexicana do início do século XX.

Claudia Sheinbaum é a atual prefeita da Cidade do México e é uma aliada política próxima de López Obrador. Ela tem apoiado e trabalhado para implementar várias políticas e programas associados à agenda da "quarta transformação", incluindo iniciativas relacionadas à luta contra a corrupção, desenvolvimento social e econômico, investimento em infraestrutura e políticas ambientais. Ela é vista como uma figura chave na tentativa de realizar as mudanças propostas por López Obrador.

Em um discurso realizado no Zócalo da Cidade do México, Sheinbaum agradeceu às mulheres pioneiras da história mexicana, mencionando figuras como sor Juana Inés de la Cruz, Gertrudis Bocanegra, Josefa Ortiz de Domínguez, Leona Vicario e Margarita Maza, entre outras. A presidente eleita afirmou que seu governo será para todos, mas enfatizou a importância histórica de ser a primeira mulher reconhecida para o mais alto cargo do país.

Sheinbaum destacou que o triunfo não é apenas dela, mas de todos que lutaram pela pátria, pelas liberdades e pela justiça ao longo da história. Ela mencionou movimentos sociais, operários, estudantis, médicos, de professores, de camponeses e de mulheres, dedicando a vitória a todas as mexicanas anônimas que forjaram a nação.

Fonte: Brasil 247

 

Lula faz primeira reunião semanal com articulação política do governo após reveses no Congresso

 

Reunião desta segunda-feira contará com a participação dos líderes José Guimarães, Jaques Wagner e Randolfe Rodrigues

Lula
Lula (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza, nesta segunda-feira (3), a primeira reunião com os líderes do governo no Congresso após uma série de derrotas em votações na última semana. Segundo a CNN Brasil, a expectativa é de que participem do encontro os líderes José Guimarães (PT-CE), na Câmara dos Deputados; Jaques Wagner (PT-BA), no Senado; e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), no Congresso.

Lula decidiu lidar diretamente com os líderes parlamentares, optando por não deixar as conversas exclusivamente a cargo do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo interlocutores, o presidente já comunicou que pretende tornar esses encontros diretos uma rotina, especialmente após as recentes derrotas.

A interlocução direta de Lula está ligada às derrotas que o governo vem sofrendo nas votações das Casas Legislativas. Na última terça-feira (28), durante uma sessão conjunta do Congresso, o governo sofreu uma série de reveses, entre eles, a queda do veto presidencial à chamada “Lei da Saidinha”, que dificulta a concessão de saídas temporárias para presos como parte do processo de ressocialização e manutenção de vínculos fora do sistema prisional.

Outro revés significativo foi a manutenção de um veto de Jair Bolsonaro (PL), que impede a punição de atos de “comunicação enganosa em massa”. Além disso, na Câmara dos Deputados, o governo teve que ceder e negociar a permissão de isenção de impostos para compras internacionais até US$ 50, conhecida popularmente como "taxa das blusinhas".

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, minimizou a derrubada do veto presidencial ao projeto que restringe as saídas temporárias de presos. “O povo brasileiro escolheu um Congresso que é mais conservador”, afirmou Randolfe, ressaltando que, apesar dos obstáculos, o governo “não tem do que se queixar” em relação ao apoio do Legislativo nas agendas econômica e social.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Claudia Sheinbaum vence eleições e é a 1ª mulher a assumir a presidência no México

 A contagem preliminar do INE estima que ela teria obtido entre 58,3% e 60,7% dos votos

Claudia Sheinbaum venceu a eleição presidencial do México, neste domingo (2). Ela é a primeira mulher a assumir o cargo no país.


A vitória de Sheinbaum foi anunciada pela projeção oficial da contagem preliminar dos votos, realizada pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE).


A contagem preliminar do INE estima que ela teria obtido entre 58,3% e 60,7% dos votos. Na sequência, a opositora Xóchitl Gálvez teria conquistado entre 26,6% e 28,6%.


Quem é


Sheinbaum construiu uma carreira acadêmica antes de entrar na política. A presidente é formada em física pela Unam (uma das universidades públicas mais prestigiadas do México), e fez pós-graduação em engenharia ambiental. Também fez pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkley, nos Estados Unidos e participou do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC) que ganhou um Prêmio Nobel da Paz em 2007.


Durante seus anos como estudante, Sheinbaum foi politicamente ativa e até organizou uma greve contra o aumento de mensalidades, em 1987. Para ela, essa é uma tradição familiar: os pais eram de esquerda e estiveram envolvidos nas manifestações de 1968 no México (os protestos estudantis na Cidade do México naquele ano tomaram uma grande proporção, até que policiais mataram cerca de 300 pessoas em uma praça, poucas semanas antes de começarem os Jogos Olímpicos que aconteceram lá).


Vida política


Na política, Sheinbaum começou como secretária de Meio-Ambiente da Cidade do México. Na época, o prefeito era Andrés Manuel López Obrador, que viria a se tornar presidente com o partido que ele mesmo fundou, o Morena.


Sheinbaum acompanhou López Obrador no Morena e, depois de comandar um distrito da Cidade do México, se tornou prefeita.


Quando ainda estava no comando do distrito, em 2017, teve que gerenciar as consequências de um desmoronamento de um colégio durante o terremoto que matou 26 pessoas, incluindo 19 crianças.

Durante sua gestão como prefeita da capital, entre 2018 e 2023, aconteceram a pandemia de Covid-19 e a queda de uma linha do metrô. Ao lidar com o acidente, ela fez um acordo com a empresa construtora, que pertence ao magnata Carlos Slim: as vítimas receberam indenização e o caso não foi levado à Justiça.


Apoio de López Obrador


O apoio de Obrador foi fundamental para a vitória de Sheinbaum, pois a população mexicana aprova seu governo.

Um dos projetos que Sheinbaum deve apoiar, com endosso de Obrador, é uma mudança de todo o sistema judiciário: o partido Morena quer que ministros da Suprema Corte, juízes, desembargadores e os ministros da Justiça Eleitoral sejam escolhidos por voto direto.


Para que essa proposta seja aprovada, o Morena e os partidos aliados precisarão ter dois terços da Câmara dos Deputados e dois terços do Senado.


‘Dama de gelo’


Quando a disputa ficou entre Sheinbaum e a empresária indígena Xóchitl Gálvez, a líder das pesquisas nunca olhou ou chamou sua principal oponente pelo nome durante três debates que tiveram.


“Você ainda é fria, sem coração, eu a chamaria de dama de gelo”, disse Gálvez a ela durante o primeiro confronto, acusando-a de não ter o “carisma” de López Obrador.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Nicolás Maduro lidera intenção de voto na Venezuela

 

A pesquisa foi realizada em 14 estados

Nicolás Maduro
Nicolás Maduro (Foto: Correo del Orinoco )

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, seria reeleito se as eleições fossem hoje, com 43% dos votos, seguido por Edmundo González com 32% e José Brito em terceiro lugar com 8,2%, de acordo com a mais recente pesquisa da Paramétrica, informa a Telesur.

A pesquisa foi realizada em Caracas, Miranda, Falcón, Zulia, Mérida, Táchira, Portuguesa, Barinas, Guárico, Anzoátegui, Nueva Esparta, Sucre, Monagas e Bolívar.

O levantamento também mediu a intenção de voto nas presidenciais de 28 de julho, constatando que 80,30% afirmaram que vão participar, 13,25% responderam que talvez vão votar, 3,80% manifestaram que talvez não vão votar, 1,0% não sabe, não opina, enquanto 1,65% foram enfáticos ao afirmar que não irão votar.

No levantamento de opinião o eleitorado também foi consultado sobre os problemas nacionais que mais afligem os venezuelanos. Para 46,5% são os serviços médicos e hospitalares, os serviços Públicos (gasolina, eletricidade, água, coleta de lixo, internet) preocupam 22,3%, a situação econômica incomoda 13,4%, 5,1% dizem que o maior problema do país é a corrupção, e a insegurança é o principal problema para 4,7%. 

O estudo da Paramétrica foi realizado de 7 a 15 de maio, e contou com uma amostra de 2000 entrevistas casa a casa em nível nacional, com uma margem de erro amostral de 2,19% e um nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247 com informações da Telesur

Delegado Rivaldo Barbosa presta depoimento sobre caso Marielle

 

Ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro é suspeito de participação nos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Bernardo Guerreiro/Mídia NINJA)

Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - O delegado de Polícia Civil Rivaldo Barbosa, suspeito de participação nos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, presta depoimento, nesta segunda-feira (3), à Polícia Federal. A oitiva, a ser realizada a pedido de Barbosa, será na Penitenciária Federal de Brasília, onde ele está preso.

Segundo a defesa de Barbosa, o depoimento será às 13h. Depois disso, o conteúdo da conversa do delegado com a PF será divulgado por seus advogados.

A oitiva de Barbosa foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na última segunda-feira (27). Ao ser intimado a responder à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o delegado pediu “pelo amor de Deus” e “por misericórdia” para prestar depoimento à PF.

Barbosa foi preso no dia 24 de março, junto com os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. Os três foram denunciados por participação nos assassinatos. Segundo as investigações, o ex-chefe da Polícia Civil deu orientações, a mando dos irmãos Brazão, para realização dos disparos contra Marielle e o motorista Anderson Gomes.

A defesa de Rivaldo Barbosa questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil