segunda-feira, 3 de junho de 2024

Entenda o que muda se a taxação de compras até US$ 50 for aprovada

 

Cobrança de Imposto de Importação foi aprovada na Câmara dos Deputados e deve ser votada no Senado nesta semana

(Foto: Reprodução | Freepik)

Por Bruno de Freitas Moura, da Agência Brasil - A cobrança de Imposto de Importação para compras de até US$ 50 (equivalente a cerca de R$ 260) deve ser votada pelo Senado nesta semana, de acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O tributo impacta, principalmente, compras de itens de vestuário feminino por meio de varejistas internacionais.

A Agência Brasil preparou uma reportagem para explicar o que mudará caso a cobrança seja aprovada e vire lei, a cronologia que envolve esse debate e o que defendem os que são contra e a favor.

Projeto de lei

A cobrança de imposto nas compras internacionais até US$ 50 faz parte do Projeto de Lei (PL) 914/24, que chegou ao Senado na última quarta-feira (29), um dia depois de ter sido aprovado pela Câmara dos Deputados.

Originalmente, o PL trata do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), destinado ao desenvolvimento de tecnologias para produção de veículos que emitam menos gases de efeito estufa. A taxação das compras internacionais foi incluída no PL por decisão do deputado Átila Lira (PP-PI), relator da matéria.

Assim que chegou ao Senado, o líder do Governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), requereu que a tramitação seja em regime de urgência, o que apressa a votação. O presidente da Casa informou que consultará as lideranças partidárias para que se defina se o projeto tramitará com ou sem urgência.

O que mudaria

A medida aprovada pelos deputados determina que compras internacionais de até US$ 50 passarão a ter a cobrança do Imposto de Importação (II), com alíquota de 20%.

Compras dentro desse limite são muito comuns em sites de varejistas estrangeiros, notadamente do Sudeste Asiático, como Shopee, AliExpress e Shein.Essas plataformas são chamadas de market place, ou seja, uma grande vitrine de produtos de terceiros, e os preços costumam ser bem mais baratos que os de fabricantes brasileiros.

A cobrança tratada pelo PL é um tributo federal. Fora isso, as compras dentro desse limite de US$ 50 recebem alíquota de 17% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um encargo estadual.

Dessa forma, o consumidor que comprar um produto de R$ 100 (já incluídos frete e seguro) teria que pagar a alíquota do Imposto de Importação mais o ICMS, o que levaria o preço final para R$ 140,40.

Pelo PL, cobranças acima de US$ 50 e até US$ 3 mil terão alíquota de 60% com desconto de US$ 20 (cerca de R$ 100) do tributo a pagar.

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Negociação

Se passar pelas duas casas legislativas, a medida precisará do aval da Presidência da República para entrar em vigor.

Na sexta-feira (31), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o PL é resultado de uma negociação entre quem defendia isenção e quem desejava alíquota de 60% para qualquer valor.

Segundo Alckmin, o texto que foi para votação “atende parcialmente” à indústria. O vice-presidente disse ainda que acredita que o PL terá o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O meu entendimento é que ele não vetará, porque isso foi aprovado praticamente por unanimidade. Foi um acordo de todos os partidos políticos. Acho que foi um acordo inteligente, não vai onerar tanto quem está comprando um produto de fora, mas vai fazer diferença para preservar emprego e renda aqui”, afirmou em entrevista à BandNews TV.

No último dia 23, ou seja, antes da aprovação pela Câmara dos Deputados, o presidente Lula tinha dito, em conversa com jornalistas, que “a tendência é vetar, mas a tendência também pode ser negociar”. Lula acrescentou que estava disponível para discutir o tema com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Como é atualmente

O debate sobre a taxação se iniciou em abril de 2023. Seria uma forma de o governo impedir que empresas burlassem a Receita Federal, isso porque remessas entre pessoas físicas até US$ 50, sem fins comerciais, não eram tributadas, e empresas estariam fazendo vendas como se fossem envios de pessoas físicas.

Além disso, varejistas brasileiras pediam por alguma forma de cobrança desses produtos estrangeiros, alegando concorrência desleal.

O anúncio da cobrança atraiu reações contrárias. Dessa forma, o governo criou o programa Remessa Conforme, que passou a valer em 1º de agosto de 2023. Empresas que aderiram à regulamentação ficaram isentas de cobrança de imposto em produtos até US$ 50, desde que obedecessem a uma série de normas, como dar transparência sobre a origem do produto, dados do remetente e discriminação de cobranças, como o ICMS e frete, para o consumidor saber exatamente quanto estava pagando em cada um desses itens.

Um dos efeitos do programa, que teve a anuência das principais empresas de market place, é que as entregas ficaram mais rápidas, pois a fiscalização da Receita Federal ficou mais fácil com as informações fornecidas pelas empresas.

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o Remessa Conforme deu mais transparência para as compras internacionais. “O Remessa Conforme é para dar transparência para o problema. Saber quantos pacotes estão entrando, quanto custa, quem está comprando”, disse na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (22).

Itens entre US$ 50 e US$ 3 mil continuaram com alíquota de 60%. Acima desse valor, a importação é proibida pelos Correios e por transportadoras privadas.

Empresas brasileiras

A isenção proporcionada pelo Remessa Conforme incomodou setores da indústria e do comércio no Brasil. Entidades representativas apontam que a não cobrança de impostos permite um desequilíbrio na concorrência, que favorece empresas estrangeiras.

Ainda antes do início do Remessa Conforme, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) apresentam ao ministro Haddad um estudo que estimava até 2,5 milhões de demissões por causa da isenção para empresas de fora do país.

Varejista chinesa

Após a aprovação do PL 914/24 na Câmara dos Deputados, a empresa chinesa Shein, uma das principais beneficiadas pela isenção, chamou a aprovação de “retrocesso”. Apontando que 88% dos clientes da companhia são das classes C, D e E, a varejista afirmou ver risco para os consumidores.

“Com o fim da isenção, a carga tributária que recairá sob o consumidor final passará a ser de 44,5%, o que com a isenção se mantinha em torno de 20,82% devido à cobrança do ICMS, no valor de 17%. Ou seja, um vestido que o consumidor da Shein comprava no site por R$ 81,99 (com ICMS de 17% incluso) agora custará mais de 98 reais com a nova carga tributária, formada pelo Imposto de Importação de 20% mais o ICMS de 17%”, estimou em nota.

“A Shein reafirma o seu compromisso com o consumidor e reforça que seguirá dialogando e trabalhando junto ao governo e demais partes interessadas para encontrar caminhos que possam viabilizar o acesso da população para que continue tendo acesso ao mercado global.”

A varejista também minimizou a relevância do comércio eletrônico a partir de empresas estrangeiras. “Estudos apontam que o e-commerce, no geral, representa entre 10% e 15% do varejo nacional. Enquanto isso, a parcela do e-commerce de plataformas internacionais não alcançaria mais do que 0,5% do varejo nacional, de acordo com estudo de 2024 da Tendências Consultoria.”

Entidades brasileiras

Ao defender que não haja isenção para empresas estrangeiras, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apresentou na última segunda-feira (27) um estudo feito com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Segundo o levantamento, a quantidade de itens de bens de consumo com valor de importação de até US$ 50 por unidade cresceu 35% em 2023 em relação a 2022. Lideraram as encomendas produtos originários da China (51,8% do total). O segmento com maior aumento foi o de itens de vestuário feminino, como calças, bermudas e shorts (alta de 407,4%).

“A isenção até US$ 50 é uma ofensa ao empresário brasileiro, que é o responsável por gerar emprego, renda e impostos para a economia brasileira”, criticou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

Na visão dele, a potencial perda de emprego no Brasil não compensa a oportunidade de comprar produtos mais baratos no exterior. “Sem empresas nacionais, não tem trabalho. Sem trabalho, não tem renda. Sem renda, não importa se aquela blusinha custa R$ 1 ou R$ 1 milhão, não tem como o brasileiro comprar.”

Em comunicado conjunto com a CNC, a CNI classifica de ineficiente a aprovação da alíquota de 20%.

“A decisão de taxar em apenas 20% as compras internacionais não é suficiente para evitar a concorrência desleal, embora seja um primeiro passo bastante tímido em direção à isonomia tributária e sua equiparação com a produção nacional”, diz o comunicado.

A nota elenca como principais prejudicados os setores de produtos têxteis, confecção de artefatos do vestuário e acessórios, calçados, artefatos de couro, produtos de limpeza, cosméticos, perfumaria e higiene pessoal.

A aprovação da taxação pelos deputados federais é “um importante avanço no debate sobre a necessária busca de isonomia tributária”, avalia comunicado conjunto da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) e o IDV.

Fonte: Brasil 247

 

Boletim Focus: mercado financeiro eleva projeções para inflação e taxa de juros neste ano

 

O Tribunal de Contas da União vai investigar possíveis influências das estimativas do ‘Boletim Focus’ na definição mensal da taxa de juros

Prédio do Banco Central em Brasília
25/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Prédio do Banco Central em Brasília 25/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Por Roberto Lira, Infomoney - As projeções dos analistas tanto para a inflação como para a Selic em 2024 e 2025 continuaram em tendência de alta e as estimativas para a evolução do PIB se mantiveram nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (3) pelo Relatório Focus do Banco Central.

Inflação - A estimativa do IPCA para este ano subiu de 3,86% para 3,88%, enquanto a previsão para a inflação de 2025 avançou de 3,75% para 3,77%. A projeção para 2026 também avançou, de 3,58% para 3,60%. Para 2027, a projeção continua em 3,50% há 48 semanas.

PIB - Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 continuou em 2,05%. A previsão para 2025 está em 2,0% há 25 semanas seguidas e a de 2026 continua nos mesmos 2,0% há 43 semanas. A estimativa também está em 2,0% para 2027, há 45 semanas.

Selic - A projeção para a taxa básica de juros (Selic) voltou a mostrar alta, passando de 10% para 10,25% em 2024, enquanto a estimativa para 2025 subiu de 9,0% para 9,18%. Para 2026, continuou nos mesmos 9,0%, enquanto a taxa esperada para 2027 também se manteve em 9,0%.

Câmbio - A mediana das projeções para o dólar em 2024 se manteve em todo o universo da pesquisa: em R$ 5,05 para 2024 e 2025 e em R$ 5,10 para 2026 e 2027.

Resultado primário - A projeção para o resultado primário em 2024 ficou no mesmo déficit de -0,70 do PIB observado nas duas últimas semanas. A estimativa para 2025 melhorou, passando de -0,63% do PIB para -0,60% do PIB. Para 2026, a estimativa se mantém em -0,50% do PIB há 13 semanas. Já para 2027, a previsão teve melhora, passando de um déficit de -0,35% do PIB para -0,30% do PIB.

Dívida pública - Para a dívida líquida do setor público, a projeção para 2024 caiu de 63,80% do PIB para 63,70% do PIB. E está estacionada nos mesmos 66,50% do PIB em 2025 nas últimas quatro semanas. Para 2026, continuou em 68,30% do PIB, enquanto a dívida prevista para 2027 passou de 70,55% do PIB para 70,88% do PIB.

Balança comercial - As projeções para a balança comercial brasileira em 2024 subiram de US$ 82 bilhões para US$ 82,26 bilhões, enquanto o saldo positivo estimado para 2025 se manteve em US$ 78,0 bilhões na semana. Para 2026, a projeção continuou em US$ 80 bilhões, enquanto em 2027 permaneceu em US$ 85 bilhões.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

 

Nível do Guaíba volta a subir em Porto Alegre e vias continuam alagadas

 

A água havia ficado abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês no último sábado (1º)

Chuvas no Rio Grande do Sul
Chuvas no Rio Grande do Sul (Foto: Gustavo Mansur/GOV RS)

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, voltou a superar a cota de inundação de 3,6 metros na madrugada desta segunda-feira (3), registrando um aumento de 42 centímetros em seis horas, informa a Folha de S. Paulo. A água havia ficado abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês no último sábado (1º). Alguns pontos de alagamento ainda persistem em vias como as avenidas Praia de Belas e Borges de Medeiros, no centro da cidade.

O nível da região do Gasômetro se tornou o novo referencial para a medição da altura das águas, que antes era feita no Cais Mauá, onde a cota de inundação era de 3 metros. O novo ponto foi estabelecido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)

No último domingo (2), apesar do Guaíba estar abaixo da cota de inundação, as águas voltaram a subir em alguns pontos do bairro Humaitá, onde algumas famílias já iniciavam a limpeza de casas afetadas. A volta da inundação se deu por uma falha da casa de bomba que opera na região. Após o religamento, a água voltou a baixar no fim da tarde.

Até o momento, o número de mortos em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul chegou a 172 no último domingo. 42 ainda estão desaparecidos e mais de 617 mil continuam fora de suas casas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

INSS paga segunda parcela do 13º a quem recebe acima do mínimo

 

Pagamento para quem ganha um salário começou em 24 de maio



Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que ganham mais que um salário mínimo começam a receber nesta segunda-feira (3) a segunda parcela do décimo terceiro. O pagamento vai até o próximo dia 7, com as datas definidas conforme o dígito final do Número de Inscrição Social (NIS).

O pagamento do décimo terceiro a quem ganha um salário mínimo começou no último dia 24 e também vai até o dia 8. Até o fim desta semana, mais de 33,6 milhões de segurados receberão a primeira parcela, ao somar os que ganham o benefício mínimo e os que recebem acima dele.

O extrato com os valores e as datas de pagamento do décimo terceiro está disponível desde no aplicativo Meu INSS, disponível para celulares e tablets. A consulta também pode ser feita pelo site gov.br/meuinss.

Quem não tiver acesso à internet pode consultar a liberação do décimo terceiro pelo telefone 135. Nesse caso, é necessário informar o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e confirmar alguns dados ao atendente antes de fazer a consulta. O atendimento telefônico está disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h.

Calendário pagamento 13º INSS - até 1 salário


decreto com a antecipação do décimo terceiro foi assinado em março. Este será o quinto ano seguido em que os segurados do INSS receberão as parcelas do décimo terceiro antes das datas tradicionais, em agosto e em dezembro. Em 2020 e 2021, o pagamento ocorreu mais cedo por causa da pandemia de covid-19. Em 2022 e 2023, as parcelas foram pagas em maio e junho.

Segundo o Ministério da Previdência, o pagamento do décimo terceiro antecipará a injeção de R$ 67,6 bilhões na economia. Desse total, R$ 33,92 bilhões correspondem à segunda parcela, referente à competência de maio e que está sendo paga entre o fim de meio e o início de junho. O restante correspondeu à primeira parcela, da competência de abril, paga no fim de abril e início de maio.

A maioria dos aposentados e pensionistas receberá 50% do décimo terceiro na segunda parcela. A exceção é para quem passou a receber o benefício depois de janeiro e terá o valor calculado proporcionalmente.

O Ministério da Previdência esclarece que os segurados que recebem benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) também têm direito a uma parcela menor do décimo terceiro, calculada de acordo com a duração do benefício. Por lei, os segurados que recebem benefícios assistenciais, como o Bolsa Família, não têm direito a décimo terceiro salário.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 2 de junho de 2024

Apoiadores vaiam Bolsonaro após elogio a pré-candidato em Guarulhos

 

"Fora, Xerife! Forasteiro", gritou um apoiador após Bolsonaro mencionar o nome do deputado estadual Jorge Wilson (PL)

Jair Bolsonaro (PL) esteve neste fim de semana nas cidades de São Bernardo do Campo e Guarulhos, em dois dos maiores colégios eleitorais paulistas. 

Em Guarulhos, Bolsonaro foi vaiado por apoiadores quando mencionou o nome do pré-candidato à prefeitura do município, o deputado estadual Jorge Wilson Xerife do Consumidor (PL), que eçe apoia.

“Olá, amigos de Guarulhos. Estamos aqui com nosso prefeito Guti, Tarcísio, eu e nosso Xerife. O que eu quero para a cidade? O de melhor para vocês, ta ok?. Então desejo aqui, ao nosso colega Xerife boa sorte, felicidades. Estamos juntos. Valeu!”, afirmou Bolsonaro.

"Fora, Xerife! Forasteiro", gritou um apoiador.

 


Fonte: Brasil 247

 

Marta defende resgatar orgulho da seleção brasileira de futebol: 'A seleção é do povo'

 

Atacante brasileira marcou dois gols em amistoso e cogita jogar Copa no Brasil em 2027

Marta, jogadora da seleção brasileira feminina de futebol. Foto: Reprodução (Instagram)
Marta, jogadora da seleção brasileira feminina de futebol. Foto: Reprodução (Instagram)

Brasil de Fato - A atacante Marta da seleção feminina de futebol defendeu a necessidade de resgatar o orgulho da seleção brasileira de futebol, após marcar dois gols na vitória brasileira por 4 x 0 contra a Jamaica, amistoso realizado no Recife neste sábado (1).

"O futebol brasileiro merece, o masculino e o feminino. A gente precisa resgatar esse orgulho que a gente tem pela nossa seleção. Porque a seleção feminina e a masculina é do povo", disse a camisa 10 da seleção brasileira após o final da partida na Arena Pernambuco.

Com os dois gols marcados, aos 18 e aos 44 minutos do segundo tempo, Marta chegou à marca de 125 gols na carreira, e se mantém como a maior goleadora da história da seleção feminina. Aos 38 anos, a jogadora eleita seis vezes a melhor do mundo foi ovacionada durante toda a partida. Marta se prepara para disputar sua sexta Olimpíada este ano, em Paris, França, após conquistar medalhas de prata em Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008.

"Se não tiver esse sentimento, essa emoção em cada partida, principalmente vestindo a camisa amarelinha, é melhor não jogar, é melhor parar", afirmou após o jogo.

 Antes do jogo, Marta disse que a escolha do Brasil para sediar a próxima Copa do Mundo de futebol feminino, em 2027, pode fazer com que ela repense sua aposentadoria da seleção, anunciada no começo do ano.  

"Muita coisa pode acontecer e eu prefiro viver um dia de cada vez. Dei minha declaração sobre a seleção no começo deste ano, mas tem uma Copa do Mundo vindo aí. Se eu não estiver em campo, vou estar aqui no Brasil, jogando com elas de qualquer maneira. Porque sempre sonhei em jogar uma Copa do Mundo aqui no Brasil", concluiu. 

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

 

Erika Hilton: 'LGBTs construirão a democracia brasileira' (vídeo)

 

 "Não abriremos mão da nossa humanidade", afirmou a parlamentar

Erika Hilton
Erika Hilton (Foto: Reprodução (X))

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou neste domingo (2) que as pessoas integrantes da comunidade LGBTQIA+ vão ajudar a melhorar a democracia brasileira. A parlamentar mandou um recado para "essa gente cafona, feia, nefasta". "Não abriremos mão da nossa humanidade. Marcharemos nesta tarde retomando a bandeira brasileira nas nossas mãos", disse.

O Brasil continuou sendo em 2023 o campeão mundial de homicídios e suicídios de LGBT+: 257 mortes violentas documentadas, um caso a mais do registrado em 2022. Uma morte a cada 34 horas! Os dados são divulgados desde 1980 (44 anos) pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga ONG LGBT da América Latina.

Em 2023, o GGB documentou a morte violenta de 127 travestis e transgêneros, 118 gays, 9 lésbicas e três bissexuais, totalizando 257 vítimas de crimes de ódio. Esses números alarmantes, mesmo que subnotificados, reforçam a urgência de ações e políticas efetivas para combater a violência direcionada à comunidade LGBTQIA+.

De acordo com o fundador do GGB, Prof. Luiz Mott, "em 44 anos de realização dessa pesquisa, é a segunda vez apenas que travestis e transexuais ultrapassaram os gays no número de mortes violentas, refletindo portanto ter sido a violência letal contra tal categoria no ano passado muito mais frequente e mortífera do que nas quatro décadas anteriores, pois estimando-se que as trans representam por volta de 1 milhão de pessoas no Brasil, e os homossexuais 20 milhões, o risco de uma transexual ser assassinada é 19% mais alto do que gays, lésbicas e bissexuai". 

Fonte: Brasil 247 com informações do GGB

 

PF deve ouvir o ex-delegado no caso Marielle esta semana

 Preso desde 24 de março, Rivaldo Barbosa suplicou pelo depoimento em um bilhete ao ministro Alexandre de Moraes pedindo, “por misericórdia”, que fosse ouvido

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Bernardo Guerreiro/Mídia NINJA)

A Polícia Federal deve ouvir o depoimento do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, que está preso acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal colha o depoimento de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que está preso sob a acusação de ter planejado o homicídio da vereadora Marielle Franco (Psol) e atuado para proteger os mandantes do crime.

Preso desde 24 de março, o delegado suplicou pelo depoimento em um bilhete ao ministro pedindo, “por misericórdia”, que fosse ouvido.

“Solicito que V. Exa. faça os investigadores me ouvir, pelo amor de Deus”, escreveu o ex-delegado.

Fonte: Brasil 247

 

Lindbergh sobre Armínio Fraga: 'se comporta como uma viúva do Consenso de Washington'

 Segundo o deputado, o ex-presidente do BC defende os interesses do mercado e “desconsidera resultados econômicos que impactam fortemente a vida do povo”

Lindbergh Farias e Armínio Fraga
Lindbergh Farias e Armínio Fraga (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou a entrevista dada pelo ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, ao Jornal Folha de São Paulo, publicada no último sábado. O economista defendeu os interesses do mercado e afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “corre risco de fiasco político se errar no Banco Central”. Para Lindbergh, Fraga desconsidera os resultados econômicos positivos do governo Lula, além de apenas “defender essa política monetária inaceitável do BC e o aperto fiscal com cortes sociais”.

“Entrevista de Armínio Fraga hoje na Folha desconsidera resultados econômicos que impactam fortemente a vida do povo: como crescimento da renda familiar em mais de 11% em 2023 e o menor desemprego(7,5% em Abril) desde 2015. Foram 1,7 milhões de empregos formais anunciados pelo CAGED nos últimos 12 meses. É uma entrevista para defender essa política monetária inaceitável do BC e aperto fiscal com cortes sociais”, escreveu o parlamentar no X, antigo Twitter.

“Nem uma palavra sobre as manipulações do mercado como a que aconteceu no último boletim Focus quando uma instituição apostou numa inflação de 8% no fim de ano só para influenciar a subida dos juros pelo COPOM. Outro ponto importante é que a entrevista revela um ressentimento de uma viúva do Consenso de Washington que anunciava um neoliberalismo radical nos anos 90. Isso não existe mais no mundo que Armínio idealizava. Daí o amargor e as críticas ao ‘protecionismo’ dos EUA e da China”, completou Lindbergh.

Fonte: Brasil 247

Flávio Bolsonaro defende PEC das Praias e diz que privatização é ‘narrativa da esquerda’

 Ambientalistas alertam para riscos do projeto à biodiversidade

Relator no Senado do projeto que discute uma proposta que pode retirar o domínio da União sobre os chamados “terrenos de marinha” — áreas da costa marítima com 33 metros contados a partir do mar em direção ao continente —, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi às redes sociais comentar sobre as críticas que vem recebendo. De acordo com o parlamentar, não há intenção de privatizar praias, e que isso seria uma “narrativa da esquerda”. O tema reverberou nas redes sociais, com troca de farpas e culminando em brigas, como entre Neymar e Luana Piovani.


Na última semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa promoveu uma audiência pública para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 03/2022. Segundo texto, os “terrenos de marinha” serão transferidas a estados e municípios de forma gratuita ou a ocupantes privados mediante pagamento. Em seu parecer, Flávio é favorável ao texto.


Para o senador, a União até hoje não demarcou a totalidade dos terrenos de marinha e, ainda, que muitas casas são registradas em cartório mas foram objeto de demarcação pela União, “surpreendendo os proprietários”. A medida é defendida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro , mas criticada por ambientalistas. Para eles, a iniciativa tem o objetivo de “privatizar” os espaços litorâneos.


— (Esse discurso da privatização) é uma grande mentira, é uma narrativa que a esquerda está criando. A PEC quer acabar com o pagamento de taxas absurdas, histórica, desde o tempo da Coroa, para os brasileiros não paguem mais esse tipo de taxa — declarou Flávio em vídeo publicado em seu perfil na rede X, antigo Twitter.


Na publicação, o senador bolsonarista tenta vincular as críticas nas redes de artistas a uma estratégia do governo federal, do qual é oposição. “Governo Lula é tarado em meter a mão no seu bolso”, ataca o parlamentar no X.


Caso avance no Congresso, a PEC pode afetar pelo menos 521 mil propriedades, em um levantamento divulgado por Flávio em agosto passado.


Briga nas redes


Ao longo da semana, o tema reverberou nas redes sociais, principalmente com críticas à PEC. Um dos vídeos publicados foi da atriz e comunicadora socioambiental Laila Zaid. Ela mostra um empreendimento do jogador Neymar que visa transformar um trecho de 100 km do litoral nordestino no “Caribe brasileiro”.

A ideia do atacante, em parceria com a incorporadora Due, é erguer neste local — localizado entre os litorais Sul de Pernambuco e Norte de Alagoas — 28 imóveis de alto padrão. Tanto o jogador como a incorporadora negam elo entre as obras e o projeto em discussão no Senado.


Apesar disso, artistas começaram a criticar abertamente o atacante do Al-Hilal, afirmando que ele é “um dos apoiadores da ideia”. Entre as críticas, estão a da atriz Maeve Jinkings, que chamou Neymar de oportunista.


O conteúdo também chegou a Luana Piovani, que acusou o jogador de ter interesse na PEC. Os dois começaram a bater boca sobre o assunto, com trocas de ofensas.


O que são ‘terrenos de marinha’?


A matéria trata dos chamados terrenos de marinha, que ficam nas praias e nas margens dos rios e lagoas, além dos espaços que contornam as ilhas com águas ligadas aos mares. Atualmente as áreas pertencem à União e a proposta pretende repassar a propriedade para estados e municípios de forma gratuita, abrindo ainda à possibilidade de repasse a ocupantes privados mediante pagamento.


A definição das áreas de marinha é hoje prevista pelo decreto-lei nº 9.760, de 1946, que criou a Linha do Preamar Média (LPM), tida como uma delimitação do fim da área marítima. Como parâmetro pra definir até onde a água pode chegar, a regra usa como referência as marés máximas do ano de 1831. A partir daí, é contabilizada uma área de 33 metros do mar em direção ao continente, chamada de terrenos de marinha. Os locais não têm relação com a Marinha do Brasil.

Entenda o que são terrenos de marinha — Foto: Editoria de Arte
Entenda o que são terrenos de marinha — Foto: Editoria de Arte


Os imóveis construídos nesses terrenos têm escritura, mas os moradores são obrigados a pagar anualmente à União uma taxa de aforamento sobre o valor do terreno. No regime de aforamento, a propriedade do imóvel é compartilhada entre a União e um particular (cidadão ou empresa). Isso é dividido na proporção de 83% do valor do terreno para o cidadão e 17% para a União. Por conta dessa divisão, ocupantes destes imóveis pagam, atualmente, duas taxas para a União: o foro e o laudêmio.


Ambientalistas afirmam que o texto do novo projeto dá margem para a criação de praias privadas, além de promover riscos para a biodiversidade. Técnicos do governo também afirmam reservadamente que a PEC pode permitir privatização de praias. Hoje, são os terrenos de marinha que impedem, porém, o fechamento de praias para entes privados.

Como essa faixa também pertence à União, não é possível fechar o local, assim como mangues, por exemplo. Com a extinção do terreno de marinha, o proprietário se torna o único dono do terreno. Dessa forma, é possível a ele fechar o acesso ao mar.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.