sábado, 1 de junho de 2024

Ministro da Agricultura diz que governo vai incentivar plantio de alimentos básicos para formação de estoques públicos

 Segundo Carlos Fávaro, objetivo é garantir abastecimento interno e minimizar perdas por eventos climáticos

O próximo Plano Safra deve estimular o plantio de produtos básicos da alimentação brasileira para a formação de estoques públicos, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao portal g1. O programa, anunciado sempre no mês de junho, tem o objetivo de estimular a produção agropecuária por meio de empréstimos a juros mais baixos.


A formação de estoques, segundo ele, servirá para garantir o abastecimento nacional em caso, por exemplo, de perdas na produção agrícola ou pecuária por extremos climáticos, como secas ou fortes chuvas.


As recentes cheias históricas no Rio Grande do Sul fez com que o governo decidisse zerar a taxa de importação de arroz e comprar o cereal de outros países, já que o estado detém 70% da produção do grão no país e enfrenta dificuldades para escoar a produção, além de perdas na lavoura.


“A gente [precisa] diversificar a nossa produção, tirar do produtor a opção de só plantar soja, milho, algodão”, afirmou o ministro.


“Nós vamos lançar contratos de opções para esses produtos que são a base da alimentação brasileira. É o arroz, feijão, trigo, a mandioca e o milho, lógico, se transformando em carnes”, acrescentou Fávaro, se referindo ao fato de o milho servir como ração para os animais de corte.


Como funciona o contrato de opções? Se um produtor de trigo, por exemplo, decide fechar um contrato de opção com o governo, ele passa a ter o direito – mas não a obrigação – de vender a sua produção ao Estado, em uma data futura, por um preço previamente fixado.


Se esse valor foi fixado em R$ 78 por saca, por exemplo, e as indústrias estiverem pagando mais na data futura, o produtor tem a liberdade de vender o seu trigo para as empresas privadas.


Porém, caso o mercado esteja pagando menos, o agricultor tem a garantia de que o governo vai comprar o seu produto por aquele valor.


“É o governo ajudando ter equilíbrio…e com números modestos. Não é voltar ao tempo que tinha superestoques públicos, onde o grande comprador concorrente é o poder público. […] Não é esse o objetivo, mas é a presença do Estado para manter o equilíbrio e o abastecimento”, disse Fávaro.

“Por isso, este mistério, tem o nome também de ‘Abastecimento’ e uma empresa pública como a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] para cumprir o seu papel”, acrescentou.


No caso do arroz, por exemplo, os maiores estoques já registrados foram nos anos de 1988 e 1989, com cerca de 4,4 milhões de toneladas, segundo a série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Atualmente, eles estão zerados.


Os críticos dos estoques públicos argumentam que esta seria uma política intervencionista do Estado nos preços de mercado. Já seus defensores dizem que se trata de uma medida de soberania e segurança alimentar.


Mudanças climáticas


Na entrevista ao portal g1, no último dia 20, Fávaro explicou que a possibilidade de compra de alimentos por parte do governo poderá estimular uma diversificação regional da produção agrícola, de forma a não deixar o país muito dependente da safra de um determinado local do país.


“Vamos supor que o governo lance – é só hipotético esse número – [contratos de opções de] 1 milhão de toneladas de arroz, num preço razoável, no Nordeste brasileiro. E 1 milhão de toneladas de arroz, num preço razoável, na segunda safra do Centro-Oeste brasileiro. [Dessa forma], nós também estamos saindo também das intempéries climáticas porque eu estou pulverizando a produção em várias regiões”, exemplificou.


“Se der uma seca aqui, eu tenho arroz acolá, se der uma enchente aqui, eu tenho arroz lá, entendeu?”


Outra frente para lidar com as perdas na produção por extremos climáticos é aumentar a quantidade de produtores rurais com seguro agrícola, pontuou o ministro.


Uma das políticas públicas do governo nessa frente, por exemplo, é o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que oferece uma redução de 20% a 40% no custo do seguro para produtores de grãos, frutas, hortaliças, café, cana-de-açúcar, além de pecuária, florestas e pesca.


“Temos que trabalhar melhor nosso seguro agrícola, ampliar a base, já que, hoje, a gente consegue desmistificar essa questão das mudanças climáticas”, afirmou. “Até pouco tempo atrás, tinha uma resistência a isso. Hoje, olha o Mato Grosso, teve uma seca como há 40 anos que eu estou lá nunca tinha visto. Então, fica difícil as pessoas dizerem que não tem mudança climática”, afirmou.


“Um produtor do Centro-Oeste brasileiro não tinha interesse em fazer seguro rural porque, dificilmente, ele perdia a safra por intempérie climática, tinha uma estabilidade muito boa de clima. Já viu que não é assim.”


Para aumentar a base de participantes do seguro rural, Fávaro disse que é necessário dar um estímulo nas taxas de juros para os empréstimos via Plano Safra. “Talvez algum estímulo para aqueles que tomaram o Plano Safra ter um ‘jurinho’ um pouquinho mais barato. Mas ele tem que fazer seguro”, destacou.


Uma das demandas do setor é que o governo aumente o orçamento para o seguro rural. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), o orçamento do PSR em 2023 era de R$ 1 bilhão, mas, ao longo do ano, foram cancelados R$ 130 milhões, enquanto a demanda do setor era de R$ 2 bilhões. Já em 2024, o orçamento caiu para R$ 940 milhões.


Papel do agro no clima


Questionado sobre qual é o papel do agro para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, Fávaro afirmou que “a maioria dos produtores têm boas práticas”.


“Veja que nós já estávamos estimulando o próprio Rio Grande do Sul a usar uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa chamada ‘365’. O que é isso? Todos os dias do ano tem cobertura verde na propriedade: se não é a cultura, é uma forrageira [uma planta, uma gramínea]. Com isso, você protege o solo no período de seca, faz uma boa drenagem”, disse.


“Estudos da Embrapa mostraram que, nas secas que tiveram no Rio Grande do Sul, os produtores que já estavam adotando essa tecnologia colhiam 20% a mais dos que não estavam”, ressaltou.

“Essas são tecnologias que serão estimuladas tanto no Plano Safra, como também no Programa Nacional de Conversão de Pastagens [Degradadas], que visa a ampliação da nossa produção de forma sustentada, combatendo o desmatamento.”


Uma pastagem é considerada degradada quando o solo perde parcial ou totalmente a sua capacidade de produzir plantas para alimentar o gado, por exemplo. No total, estima-se que o Brasil tenha, hoje, cerca de 177 milhões de hectares de pastagens, dos quais 109 milhões têm algum nível de degradação, segundo dados da Embrapa.


O programa nacional de conversão foi lançado em dezembro de 2023 e a meta do governo é recuperar 40 milhões de hectares dessas áreas em dez anos.


“Nós não precisamos de mais área desmatada para aumentar a nossa produção. O Brasil tem mais do que o suficiente pastagens que podem ser convertidas. Não há concorrência entre produzir e preservar”, afirmou Fávaro.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Moraes mantém prisão dos suspeitos de ameaçar sua família, mas se declara impedido de julgar o caso

 Ministro seguirá apenas na análise das ameaças ao Estado Democrático de Direito identificadas com os suspeitos presos

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes desmembrou o caso que levou à prisão preventiva de dois suspeitos de ameaçarem sua família e também pregar contra o Judiciário e o Estado de Direito. No que diz respeito às mensagens endereçadas a seus familiares, Moraes declarou-se impedido de seguir na relatoria do caso.


Na decisão obtida pelo blog da Daniela Lima, publicado no portal g1, Moraes também manteve as prisões preventivas de Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior pelos fortes indícios, segundo a PGR, de crime contra a democracia.

O ministro manteve sigilo dos autos sobre as ameaças a sua família até que um novo relator para o caso seja escolhido.


Na decisão, Moraes afirma que “a presente investigação abrange duas espécies de infrações penais, conforme bem destacado pela Procuradoria Geral da República”.


Segundo ele, ao pedir a prisão dos investigados, a PGR demonstra que “o conteúdo das mensagens, com referências a ‘comunismo’ e ‘antipatriotismo’, evidencia com clareza o intuito de, por meio das graves ameaças a familiares do Ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8.1.2023”.


Em outra frente estão “fortes indícios de materialidade e autoria dos crimes previstos nos arts. 147 (ameaça) e 147-A (perseguição) do Código Penal.”


O ministro, então remeteu para apuração da PF os indícios de crimes contra o Estado de Direito, que entendeu terem conexão com apurações que já tramitam no Supremo e que estão vinculadas à tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023.


Fonte: Agenda do Poder com informações do blog da Daniela Lima

Exército vai alterar portaria de armas de fogo após pressão de congressistas da 'bancada da bala'

 

Nova regra deve equiparar os policiais da ativa e os aposentados. Cada um terá direito a possuir quatro armas, sendo duas de uso restrito e duas de uso permitido

(Foto: REUTERS/Lucas Jackson)

Sputnik - O Exército vai alterar uma portaria publicada há duas semanas para aumentar de dois para quatro o número de armas que policiais e bombeiros militares inativos podem ter. Em maio, a força revisou a portaria, reduzindo o limite de cinco para duas armas de uso restrito, podendo obter apenas um fuzil.

Mas os congressistas reclamam que a portaria recente é muito restritiva ao permitir a posse de duas armas e vetar acesso a armamentos de uso restrito.

A reivindicação dos policiais, levada por parlamentares da bancada da bala, é de que eles precisavam ter uma garantia de que poderiam permanecer com as armas que já tinham. Geralmente, esse grupo possui .40 e 9mm, que são de uso restrito.

A mudança foi acertada após deputados da bancada da bala levarem o pedido ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e ao comandante do Exército, general Tomás Paiva, de acordo com a Folha de S.Paulo.

Aquela portaria que prejudicava os policiais, especialmente os inativos, vai ser suspensa e nos próximos dias será editada a nova portaria. A nossa luta valeu a pena", disse o deputado Coronel Ulysses (União Brasil).

A nova regra deve equiparar os policiais da ativa e os aposentados. Cada um terá direito a possuir quatro armas, sendo duas de uso restrito e duas de uso permitido. Além disso, o governo Lula liberou a compra de insumos para recarga como uma alternativa à compra de munição, o que continua suspenso nesta nova norma.

A portaria foi considerada à época como mais um aceno da atual gestão aos policiais militares, que formam a base política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), analisa a Folha.

Em nota citada pela mídia, o Exército disse que realizou "reunião com integrantes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, no intuito de aperfeiçoar a norma" e que "uma nova portaria será publicada oportunamente".

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

 

Partido de Mandela perde a maioria no Parlamento da África do Sul pela primeira vez desde o fim do Apartheid

 

Resultado prejudicou o atual presidente Cyril Ramaphosa, que precisará formar coligação com outros partidos

ANC em campanha eleitoral
ANC em campanha eleitoral (Foto: ALAISTER RUSSELL/REUTERS)

O Congresso Nacional Africano (ANC) não conseguiu a maioria no Parlamento da África do Sul pela primeira vez desde o fim do Apartheid, em 1994, informa o G1. O partido do ex-presidente Nelson Mandela alcançou 40,29% dos votos neste sábado (1º) com 98% das urnas apuradas, uma queda relevante em comparação com o resultado das eleições de 2019, quando a sigla conseguiu 57,5%.

O principal partido da oposição, a Aliança Democrática (AD) alcançou 21,63%, seguido pelo uMkhonto we Sizwe (MK), partido criado pelo ex-presidente Jacob Zuma, com 21,63%. O cenário representa um revés para o atual presidente do país, Cyril Ramaphosa, que precisará formar uma coligação com outros partidos para governar.

O MK já anunciou que não fará parte da coligação com o ANC, já que Zuma e Ramaphosa travaram uma ferrenha disputa pelo poder em 2018. Já o AD possui uma forte política pró-mercado e é conhecido por ser a legenda da minoria branca, o que gera resistências dentro do ANC.

A permanência de Ramaphosa no poder é incerta, mas a secretária-geral do partido, Nomvula Mokonyane, afirmou que o mandatário não vai renunciar. “Ninguém vai renunciar... Coletivamente, todos nós estamos confiantes de que ele (Ramaphosa) continuará como presidente do ANC”,disse a repórteres no centro de resultados eleitorais.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Papa Francisco pede 'fidelidade à democracia': "hoje precisamos muito dela"

 

"Uma sociedade democrática é aquela em que realmente há lugar para todos, na realidade dos fatos e não apenas em declarações e no papel", disse Francisco

Papa Francisco
Papa Francisco (Foto: Mídia do Vaticano/­Simone Risoluti/Divulgação via REUTERS)

ANSA - Em uma audiência neste sábado (1º) com 6 mil representantes das Associações Cristãs de Trabalhadores Italianos (ACLI) por ocasião do 80° aniversário de fundação, o papa Francisco pediu "fidelidade à democracia". 

"Hoje precisamos muito dela. Uma sociedade democrática é aquela em que realmente há lugar para todos, na realidade dos fatos e não apenas em declarações e no papel", disse Francisco. 

"É importante o árduo trabalho que vocês fazem, especialmente para apoiar aqueles que correm o risco de serem marginalizados: os jovens, para os quais são destinadas iniciativas de formação profissional; as mulheres, que frequentemente continuam a sofrer formas de discriminação e desigualdade." 

"Os trabalhadores mais vulneráveis e os migrantes, que encontram alguém capaz de ajudá-los a obter o respeito de seus direitos; e finalmente os idosos e aposentados, que com muita facilidade são 'descartados' pela sociedade. E isso é uma injustiça", elencou o pontífice. 

"A estas pessoas vocês prestam um serviço importante, que não deve apenas se limitar à assistência, mas promover a dignidade de cada pessoa e a possibilidade de que cada um possa colocar em campo seus recursos e sua contribuição", concluiu Francisco.

Fonte: Brasil 247 com ANSA

Lula e Janja ganham milhares de seguidores no Instagram; Bolsonaro perde



Lula e Janja sorrindo lado a ladoO presidente Lula e a primeira-dama, Janja – Reprodução

 Nos últimos 30 dias, a conta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Instagram, @Lulaoficial, teve um aumento significativo de seguidores. Desde o início da tragédia no Rio Grande do Sul, o perfil do petista ganhou 209.846 novos fãs, totalizando agora 13,2 milhões, conforme dados da ferramenta de análise de mídias sociais Instrack. Este crescimento marca a primeira alta no número de seguidores desde o início do atual governo.

Janja, esposa de Lula, também viu um aumento em sua popularidade no Instagram durante o mesmo período. Seus seguidores aumentaram 3,3%, resultando em um ganho de 74.900 novos internautas. Atualmente, a primeira-dama possui 2,3 milhões fãs na plataforma.

Na contramão, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta uma diminuição no número de seguidores em meio a investigações da Polícia Federal relacionadas a um possível golpe de estado e outras fraudes. De acordo com o jornal O Globo, o político perdeu 85.000 seguidores no último mês, uma queda de 0,3% em relação ao seu total de 25,8 milhões.

Fonte: DCM

Justiça dá prazo para Regina Duarte indenizar a filha de Leila Diniz por fake news

 

Regina Duarte, ex-secretária da Cultura no governo Bolsonaro. Foto: reprodução

A atriz e diretora Janaina Diniz iniciou a execução da sentença que condenou a atriz Regina Duarte pelo uso indevido da imagem de sua mãe, Leila Diniz. Segundo o jornal O Globo, a bolsonarista tem até 13 de junho para pagar R$ 74 mil em danos morais e juros, por não ter cumprido a sentença que a obrigava a se retratar pela publicação indevida da imagem de Leila em um post a favor da ditadura militar.

Em março, Regina foi condenada a pagar R$ 30 mil por uso indevido da imagem da atriz, que morreu em 1972. Em dezembro de 2022, ela publicou um vídeo defendendo a ditadura militar, usando uma foto fora de contexto das atrizes Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell para ilustrar o discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O vídeo afirmava que “64 foi uma exigência da sociedade” e que “as mulheres nas ruas pediam o restabelecimento da ordem”. Contudo, a imagem das artistas foi tirada em 1968, representando um protesto contra a censura e a ditadura militar. Na época, Janaina processou a ex-global por uso indevido de imagem e “violação à honra” de Leila Diniz, destacando que a memória de sua mãe se opõe ao conservadorismo defendido pelo PL e Michelle Bolsonaro.

Post distorcido de Regina Duarte. Foto: reprodução

Fonte: DCM

VÍDEO: Luana Piovani volta a atacar Neymar e cobra posicionamento de ex-marido


Pedro Scooby, Neymar e Luana Piovani. Foto: reprodução

 Na manhã deste sábado (1º), Luana Piovani voltou a atacar Neymar nas redes sociais por causa da “PEC das Praias”, proposta de emenda à Constituição que prevê a privatização de praias. Desta vez, a atriz envolveu o ex-marido, Pedro Scooby, na confusão.

No Instagram, Piovani publicou um vídeo questionando a opinião do surfista, querendo saber se ele se posicionaria contra o jogador, de quem é amigo. “Quero saber o que o Pedro acha disso porque ele é amigo do ignóbil, mas vive de praia. Ele é a favor ou contra a privatização das praias? Vocês não estão curiosos para saber? Eu tô”, disse.

“Vim agradecer pelo carinho e pela preocupação que vocês tiveram comigo. Recebi milhões de mensagens. O ignóbil é seguido por praticamente metade do planeta Terra. Agora, que pena que nossos adolescentes estão tão sem discernimento. Será que é o sonho do menino pobre ficar trilionário? Será que são nossas escolas que não repetem mais os alunos e eles saem meio analfabetos? É bastante preocupante”, completou, alfinetando Neymar.

Assista abaixo:


Fonte: DCM

No Rio Grande do Sul, deputados federais do PL, MDB e PSDB lideraram ofensiva contra legislação ambiental

 'A direita e a extrema direita têm no meio ambiente um inimigo declarado', diz representante do Observatório do Clima

Catástrofe climática no Rio Grande do Sul
Catástrofe climática no Rio Grande do Sul (Foto: Agência Brasil)

Brasil de Fato Logo após o início da maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, o Observatório do Clima divulgou um documento em que listou vinte e cinco projetos de lei que foram forjados no que a organização chama de "pior Congresso da história" e que "afetam direitos consagrados em temas como licenciamento ambiental – bastião da sociedade contra atividades econômicas potencialmente destrutivas –, grilagem, direitos indígenas, financiamento da política ambiental."

Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, explica que o conjunto de 25 projetos de lei que estão no documento representa a "desregulamentação ambiental" e está intimamente ligado à direita brasileira. "A boiada que estava no governo Bolsonaro atravessou a rua e está no Congresso Nacional. Lá no Executivo, eles desmontavam o meio ambiente sabotando o Ibama, o ICMBio, através de decretos e outros. No Congresso, atropelam com leis."

O Brasil de Fato destacou quatro projetos de lei da lista do Observatório do Clima, que tratam de flexibilização de legislações ambientais, e analisou como votaram os deputados federais gaúchos. O objetivo é avaliar como a agenda ambiental é tratada pelos parlamentares do estado, que no momento incham as redes sociais com imagens de um Rio Grande do Sul alagado.

Os deputados federais do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, puxam a lista. Eles entregaram 13 votos favoráveis aos projetos de lei analisados. Em seguida, aparecem os parlamentares gaúchos do MDB, que deram 11 votos para a aprovação dos projetos, e os deputados federais do PSDB, que contribuíram com 7 votos para a aprovação das propostas que visam desregulamentar o meio ambiente.

Astrini explica que a agenda ambiental é uma bandeira defendida pela esquerda brasileira, enquanto é vista como empecilho pelo campo oposto. "A direita e a extrema direita têm no meio ambiente um inimigo declarado. Isso se revelou claramente no governo Bolsonaro. Quase todos os negacionistas que ocupam algum cargo eleitoral no Brasil estão em algum partido de direita. Isso não é uma regra no mundo: em vários países da Europa há uma mescla, com políticos de direita – não de extrema direita – com alguma preocupação com questões ambientais. O Bolsonaro fez um governo que elegeu algumas agendas malvistas para o campo conservador, entre elas o meio ambiente."

Porteira aberta para a boiada

Doze votos de deputados federais do Rio Grande do Sul ajudaram a aprovar o PL 2510/2019, que altera o Código Florestal. O texto atribui aos municípios o dever de regulamentar as faixas de restrição à beira de rios, córregos, lagos e lagoas dentro de seus limites urbanos.

Segundo o Código Florestal, as faixas às margens de rios e córregos são Áreas de Preservação Permanente (APPs) e sua extensão é determinada a partir da largura do curso d'água.

"Eles estão tentando liberar usos diversos de agropecuário, irrigação, o que quer que seja, em Área de Preservação Permanente (APP), que são áreas que ficam contíguas aos rios, ficam nas paralelas dos rios. Quando o rio enche, o primeiro lugar que enche é o lugar ao lado rio. Se você colocar gente para morar ali, aquelas casas serão inundadas primeiro, você está colocando as pessoas para morarem em áreas de risco completo", explica Astrini.

O PL 2510/2019 originou a lei 14.285/2021, que foi aprovada no dia 25 de agosto de 2022 pela Câmara dos Deputados e, em outubro daquele ano, pelo Senado. Em dezembro, foi sancionada com vetos por Jair Bolsonaro. A autoria do projeto é do deputado federal Darci de Matos (PSD-SC).

De autoria do ex-deputado federal Neri Geller (PP-MT), o PL 3729/2004 foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 13 de maio de 2021. A matéria flexibiliza normas e dispensa diversas atividades da obtenção do licenciamento ambiental, entre elas obras nas áreas do saneamento básico, distribuição de energia elétrica de baixa tensão, atividades agropecuárias, silvicultura, pecuária extensiva, semi-intensiva e intensiva de pequeno porte.

No plenário da Câmara dos Deputados, 300 parlamentares votaram a favor do PL 3729. Entre eles, 14 gaúchos, quase todos de partidos de direita ou extrema direita. A exceção foi o deputado federal Afonso Motta, do PDT, que também votou a favor da aprovação do PL 2510.

O PL 4994/2023, que está no Senado Federal, foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 20 de dezembro de 2023 e autoriza o uso de recursos do Fundo Amazônia para obras da BR-319, sem análise de riscos socioambientais da pavimentação da área e nem do desmatamento da região por onde a rodovia será construída.

O Observatório do Clima alerta sobre os riscos do projeto. "A jurisprudência consolidada no STF considera inconstitucional a dispensa de licenciamento para atividades potencialmente impactantes, em especial nos casos de empreendimentos que geram significativo impacto ambiental. Dessa forma, a dispensa de licenciamento ambiental prevista no art. 2º, parágrafo único do PL é inconstitucional". Doze parlamentares do Rio Grande do Sul votaram pela aprovação do PL 4994/2023.

Por fim, o PL 2633, conhecido como PL da Grilagem, foi aprovado no dia 3 de agosto de 2021 com 296 votos a favor, entre eles os de doze deputados federais do Rio Grande do Sul. A matéria está no Senado Federal, onde foi apensada ao PL 510/2021, do senador Irajá Abreu (PSD-TO), filho da ex-senadora Kátia Abreu.  

O texto abre caminho para a regularização de áreas públicas invadidas por grileiros e criminosos ambientais e facilitaria a legalização de invasões onde há comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Brasil de Fato

 

Agricultura regenerativa ganha força no Brasil: inovações e sustentabilidade em foco

 A agricultura regenerativa aumenta a eficiência da produção, restaura os ecossistemas e cria um ciclo virtuoso que beneficia o meio ambiente e a rentabilidade dos agricultores

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A crescente demanda por práticas agrícolas sustentáveis no Brasil está impulsionando o uso de insumos biológicos e técnicas inovadoras no campo. Esses métodos fazem parte da agricultura regenerativa, um sistema que não só aumenta a eficiência da produção, mas também restaura os ecossistemas, criando um ciclo virtuoso que beneficia o meio ambiente e a rentabilidade dos agricultores.

O Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS), uma organização composta por produtores rurais de diversos estados, tem liderado a adoção de práticas regenerativas, segundo conta o Metrópoles. O grupo ajuda agricultores a se tornarem independentes dos métodos convencionais, muitas vezes inadequados às condições tropicais do país.

"Abordamos três pilares principais da agricultura regenerativa: utilização de bioinsumos produzidos na fazenda, remineralizadores de solo e plantas de cobertura", explica Antônio Bizão, representante do GAAS. Segundo Bizão, os produtores que aderem ao GAAS conseguem reduzir em até 80% o uso de agroquímicos, fungicidas, herbicidas e inseticidas, além de diminuir em até 30% os gastos com insumos. "Incentivamos o conhecimento prático do campo integrado à pesquisa e buscamos soluções em todos os modelos de agricultura, sem preconceitos ou sectarismo", acrescenta.

Recentemente, representantes do GAAS participaram da AgroBrasília 2024, a maior feira do agronegócio do Planalto Central, organizada pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF). No evento, o grupo apresentou um circuito prático onde os produtores rurais puderam vivenciar cada etapa do manejo de cultura sob a ótica da agricultura regenerativa. Desde a descompactação do solo até o manejo integrado da fertilidade, passando pelo plantio direto sobre palhada e a redução do uso de herbicidas, os agricultores viram de perto soluções práticas e inovadoras para aumentar a lucratividade e reduzir os riscos na produção de alimentos.

“A ideia é inspirar mais produtores a adotarem métodos regenerativos em suas próprias lavouras. Trabalhamos para agregar valor aos produtos e serviços prestados pelo agricultor”, afirma Bizão.

José Guilherme Brenner, presidente da AgroBrasília, reconheceu a importância do tema para o futuro do agronegócio. “É uma agricultura que tem como princípio recuperar a fertilidade, uma condição natural do solo que faz uso de produtos biológicos, plantas de cobertura, plantio direto e rotação de culturas. Uma série de tecnologias que podemos conhecer”, destacou Brenner.

O evento também contou com a presença do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Distrito Federal (Sebrae-DF), que promoveu negócios sustentáveis. Leonardo Zimmer Nascimento, analista de gerenciamento de projetos do Sebrae-DF, explicou que a entidade apoia produtores interessados em certificar seus produtos como orgânicos, fornecendo suporte na adequação à legislação nacional e no acesso à certificação.

Luciana Dinato Rosa de Oliveira, agrônoma, produtora rural e pecuarista, compartilhou sua experiência com a agricultura regenerativa. "Trabalhei 12 anos com certificação de produtos orgânicos, mas nunca tinha colocado a mão na massa. Durante a pandemia, comecei a colocar em prática a agricultura regenerativa na minha fazenda com a produção de biológicos", relatou Luciana. Desde 2022, ela integra o GAAS e destaca os benefícios da troca de informações e validação de novas técnicas entre os membros do grupo. “Quando perdi o receio de testar o novo e vi que realmente dava certo, resolvi implantar as técnicas na minha produção”, conclui.

A história de Luciana reflete um movimento crescente no Brasil, onde a agricultura regenerativa se apresenta como uma solução sustentável e eficiente, capaz de transformar o futuro do agronegócio e do meio ambiente.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Presidente da OAB critica Moraes por determinar prisão de suspeitos de ameaçar a família do próprio ministro

 "A lei brasileira não permite que a vítima julgue o próprio caso", diz Beto Simonetti

(Foto: Gabriel Soares Retondano/Divulgação)

Na sexta-feira (31), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela ordem de prisão de dois suspeitos de fazerem ameaças ao próprio Moraes e a seus familiares.

Simonetti, segundo a Folha de S. Paulo, expressou sua insatisfação com a decisão do ministro, afirmando que "a lei brasileira não permite que a vítima julgue o próprio caso". Ele destacou que, ao tomar essa decisão, o STF estaria cometendo um erro ao julgar indivíduos sem foro privilegiado, um procedimento que deveria ser de competência de instâncias inferiores do Judiciário.

A Polícia Federal (PF) prendeu dois suspeitos envolvidos nas ameaças. Um deles é o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira, atualmente sargento lotado no Comando da Marinha, conforme informações do Portal Transparência do governo federal. O outro detido é Oliverino de Oliveira Júnior. As prisões ocorreram em São Paulo e no Rio de Janeiro, em cumprimento a mandados expedidos por Moraes.

Além das prisões, a operação da PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nas duas cidades, como parte das medidas solicitadas pelo titular da Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, e determinadas pelo próprio Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

Eduardo Bolsonaro merece o título de ‘persona non grata’ no Nordeste, diz Noblat

 

Deputado descreve a região como “atrasada”, mas a visita durante as suas férias, destaca o jornalista

Eduardo e Jair Bolsonaro
Eduardo e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

O jornalista Ricardo Noblat afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deveria ser declarado uma ‘persona non grata’ no Nordeste. Em uma publicação na sua conta no X, Noblat disse que Eduardo ficou inconformado com a derrota sofrida pelo pai, Jair Bolsonaro (PL), nas urnas em 2022, principalmente no Nordeste, e chama a região de “atrasada”. No entanto, o deputado viaja para curtir as praias da região e a cultura local.

“Às escondidas, de férias, viaja com sua família ao Nordeste para curtir as praias, a comida, as pousadas e a cultura local. Merece ganhar por lá o título de persona non grata”, escreveu o jornalista.

 


Fonte: Brasil 247