Eduardo, sua esposa e filhos viajaram durante o recesso de fim de ano, acompanhados também pelo pai
O deputado Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo, classificou nesta quinta-feira (30) o Nordeste de “a pior região do país”. No entanto, ele e a família passaram as férias na região.
Eduardo, sua esposa e filhos foram a Alagoas e Pernambuco durante o recesso de fim de ano, acompanhados também por Jair Bolsonaro. Segundo informações da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.
No Instagram, Eduardo Bolsonaro declarou que o Nordeste “vai continuar sendo a pior região do país, com mais criminalidade, pior educação etc. Não venha reclamar depois”. A declaração foi em resposta ao comentário de um homem que afirmou “Direita no Nordeste nunca, jamais”.
No segundo turno da eleição de 2022, Lula derrotou Jair Bolsonaro no Nordeste com 69,34% dos votos contra 30,66%. Em 2018, Bolsonaro também perdeu na região para Fernando Haddad, com 69,74% dos votos contra 30,30%.
Apesar da crítica ao Nordeste, a família Bolsonaro escolheu dois estados da região, Alagoas e Pernambuco, para passar cerca de duas semanas durante o recesso de fim de ano. Eduardo, seu pai Jair Bolsonaro, sua esposa Heloisa Bolsonaro, que é psicóloga, e seus dois filhos passaram a virada do ano em São Miguel dos Milagres (AL). Na semana seguinte, sem Jair Bolsonaro, a família foi para Porto de Galinhas (PE).
“Amando nossos dias por aqui!!!”, publicou Heloisa Bolsonaro ao lado do marido em Porto de Galinhas. O casal posou para fotos ostentando sombrinhas de frevo, que é patrimônio cultural da humanidade.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
Inquérito está em segredo de Justiça; ministro é o relator do inquérito relacionado ao incidente em que Zambelli sacou uma arma nas ruas de São Paulo e perseguiu um homem após discussão
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para o mês de junho cinco depoimentos de deputados bolsonaristas no âmbito da ação em que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) é ré por porte ilegal de arma de fogo. As oitivas ocorrerão entre 18 e 26 de junho e incluirão os depoimentos dos deputados Gustavo Gayer, Marcos Pollon, Paulo Bilynskyj, Sóstenes Cavalcante e Marco Feliciano, todos do Partido Liberal (PL), o mesmo partido de Jair Bolsonaro.
A informação foi antecipada pela coluna Radar, da Veja, e confirmada pelo jornal O Globo. O inquérito está sendo conduzido em segredo de Justiça. Gilmar Mendes é o relator do inquérito relacionado ao incidente ocorrido no final de outubro de 2022, em que Zambelli sacou uma arma nas ruas de São Paulo e perseguiu um homem após uma discussão. Na época, o caso causou indignação entre os seguidores de Bolsonaro, que criticaram a parlamentar por supostamente prejudicar a campanha de Jair Bolsonaro contra Lula na reta final.
Em agosto do ano passado, o STF, por nove votos a dois, aceitou a denúncia contra a deputada federal. Oito ministros seguiram o relator, Gilmar Mendes, e votaram pelo recebimento da denúncia. Em seu voto, Gilmar destacou que, “ainda que a arguída tenha porte de arma, o uso fora dos limites da defesa pessoal, em contexto público e ostensivo, ainda mais às vésperas das eleições, em tese, pode significar responsabilidade penal”.
A divergência veio dos ministros André Mendonça e Nunes Marques. Mendonça argumentou que o caso não deveria ser analisado pelo STF, pois não tinha relação direta com o mandato de Zambelli, um requisito para ser julgado no STF, e não chegou a avaliar o mérito da acusação. Em sua avaliação, “a discussão pode até ter se iniciado em razão de divergências ideológicas, ou em razão de torcida quanto à eleição presidencial que se aproximava, mas esses aspectos não chegam a configurar relação verdadeira e direta com o desempenho da atividade funcional da parlamentar”. A defesa de Zambelli afirma confiar na inocência da parlamentar.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
‘O presidente veta o marco temporal das terras indígenas e discursa a favor do MST. Com que objetivo?’, reclama o deputado Pedro Lupion (PP-PR)
Líder da bancada do agronegócio, o deputado Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que, apesar de menos “agressivo”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz discursos voltados para a sua própria “bolha” e não busca uma aproximação real com o setor. Com a relação estremecida com o ministro Carlos Fávaro (Agricultura), Lupion nega qualquer tentativa de manobra para um novo mandato na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e acusa Fávaro de atuar para provocar um racha entre os integrantes do grupo.
A FPA costuma receber o ex-presidente Jair Bolsonaro. Isso não acirra mais a relação com o Planalto?
Os ministros Simone Tebet (Planejamento), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) já foram almoçar conosco. Todos foram bem recebidos. O Bolsonaro é mais um nome que convive conosco e, sim, somos uma bancada com maioria de centro-direita.
Já houve convite semelhante ao presidente Lula?
Não vejo motivos para convidá-lo. É muito difícil lidar com um governo que joga contra a FPA dia e noite. O presidente Lula veta o marco temporal das terras indígenas e discursa a favor do MST com qual objetivo? Ele quer falar para a bolha, não abre diálogo conosco. Então, adianta chamá-lo para um encontro? Acho que não.
Há um ano, o senhor afirmou que era difícil ter bom relacionamento com Lula, porque ele era agressivo. Vê mudança na postura?
Acho que ele desistiu de falar do agro, nos atacar. Alguma consciência deve ter batido e refletido sobre a importância do setor. Tem sido menos agressivo, sim, e tomara que tente se aproximar. Mas este problema se alastra por outros membros do governo. A (ministra) Marina Silva (Meio Ambiente), por exemplo, só abre a boca para falar mal do agro. Fica difícil.
A tarifa zero para a importação de arroz, após as enchentes no Rio Grande do Sul, também foi um ponto de tensão entre o governo e o agro. Era momento dessa reação, tendo em vista a tragédia humanitária?
Não é a taxação do arroz que resolverá a questão humanitária do Rio Grande do Sul. Essa ação do governo vai prejudicar os produtores que não foram afetados pela enchente, que precisam vender. E me preocupa ainda mais o empacotamento do arroz com a logo do governo federal em ano eleitoral. Vejo como um enorme abuso de poder.
Integrantes da bancada ruralista afirmam que o senhor tenta uma manobra para se manter na liderança da FPA com mudanças no estatuto. Há esse movimento?
Não é hora de falar sobre eleição da FPA. Meu mandato vai até 2025. Estão criando uma grande confusão pelo fato de, por tradição, o vice ser o sucessor natural. O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), meu vice, tem total condição de ser o próximo presidente da Frente. Eu o apoiarei, se ele quiser ser candidato. Quanto às mudanças no estatuto que permitam a reeleição, isto não depende de mim. Se a maioria da bancada quiser que eu fique, o estatuto terá que ser mudado, mas não existe debate sobre isso.
Ele é do Cidadania, partido mais próximo ao governo, e já foi relator de projetos importantes para o Planalto. Levaria a bancada a um alinhamento?
O alinhamento do Arnaldo com o governo ocorre, unicamente, pelo fato de integrar o Cidadania, que está na base. Ele nos acompanha em votações e mantém uma postura crítica. Nunca jogaria contra a Frente.
É importante a FPA se manter na oposição a Lula, então?
Nós temos que ser oposição, sempre, às pautas contrárias ao agro. Infelizmente, este governo se posiciona contra nós em questões políticas, ideológicas e produtivas. Eu sou de direita, mas tento construir pontes.
A atuação do ministro Carlos Fávaro tenta alterar o funcionamento da FPA?
Sim. Plantando notícias contra a Frente e tentando causar desordem entre seus membros.
Ele disse em entrevista que o discurso do senhor foi “cooptado pelo palanque”. A relação com o ministro hoje é melhor ou pior do que no início do governo?
(Fica em silêncio por mais de 1 minuto) Quando nos encontramos, nos respeitamos. A questão são essas provocações que ocorrem com frequência.
A bancada vai condicionar o apoio na sucessão de Arthur Lira na Câmara à defesa de uma pauta específica?
Está na mão dele (Lira) fazer um sucessor. Nós, da FPA, sempre fomos aliados dele, que foi muito leal conosco. Ele sabe que apoiaremos quem tenha compromisso com as nossas pautas e saberá fazer essa escolha.
Contato entre Valdemar Costa Neto e o ex-mandatário foi vetado como consequência da investigação sobre tentativa de golpe
Os graúdos do bolsonarismo — Tarcísio de Freitas entre eles — estão empenhados em tentar reverter a decisão de Alexandre de Moraes, que proibiu Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto de se falarem, informa Lauro Jardim, colunista do jornal O GLOBO.
O veto do contato entre ambos vigora desde 8 de fevereiro e é consequência da Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado.
As conversas e os apelos estão sendo feitos por esses bolsonaristas com o próprio Moraes e com outros ministros do STF. O objetivo é que Moraes ceda aos pedidos já neste período pré-eleitoral, afinal, o veto estaria prejudicando justamente as articulações da extrema direita para as eleições minicipais.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo
Ex-zagueiro da seleção brasileira foi vítima de um
câncer
Morreu na última sexta-feira (31) o ex-zagueiro Amaral, ídolo do
Guarani e com passagens pela seleção brasileira. Ele morreu vítima de um
câncer, aos 69 anos.
Amaral iniciou sua carreira no clube de Campinas, e passou
por times como Corinthians, Santos, América (MEX), Leones Negros (MEX),
Blumenau e Caldense. Pela seleção, disputou 40 jogos, incluindo a Copa do Mundo
de 1978, quando se destacou por salvar um gol em cima da linha em um jogo
contra a Espanha. Seus principais títulos foram o Campeonato Paulista de 1979 e
o Campeonato Mexicano de 1984.
Simão Pedro Costa Rocha Freitas, que é ex-militar
do Exército, também publicou um vídeo ao lado do deputado Gustavo Gayer em
janeiro deste ano
Em uma ação conjunta
entre a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) e a Polícia Militar, Simão Pedro Costa
Rocha Freitas, ex-assessor parlamentar do ex-deputado federal bolsonarista
Major Vitor Hugo (PL-GO), foi preso no dia 25 de maio sob a suspeita de ter
participado de um assalto a um ônibus de turismo na BR-153, segundo o Poder 360. Freitas, também conhecido como "Cabo Simão",
trabalhou para o ex-deputado de 2019 a 2020 e tem um histórico de candidaturas
políticas não bem-sucedidas em Goiás.
O assalto ocorreu na madrugada do dia 24 de maio, quando
os suspeitos, armados, abordaram o ônibus e roubaram mercadorias provenientes
do Paraguai. No dia seguinte, os suspeitos foram detidos pela Delegacia de
Polícia de Hidrolândia, que contou com o apoio da Polícia Militar na operação.
Durante a prisão, as autoridades apreenderam dois simulacros de armas de fogo,
duas armas de fogo de calibre restrito e 1,5 kg de cocaína. Parte dos produtos
roubados foi recuperada.
Além de Simão Pedro Costa Rocha Freitas, foram indiciados pelo
Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) Vinicius Mariano da Silva, Taynah Tavares
Nascimento Amâncio, Alberico Antônio Guimarães e Lucas de Castro Ribeiro.
"Cabo Simão", ex-militar do Exército, tem um
histórico político conturbado. Em 2018, candidatou-se a deputado estadual em
Goiás pelo PSL, e em 2020, tentou uma vaga na Câmara de Vereadores de Goiânia
pelo PRTB, ambas as vezes sem sucesso. Durante sua campanha para vereador,
contou com o apoio do Major Vitor Hugo, porém, não conseguiu se eleger.
Mesmo após deixar o cargo de assessor
parlamentar, Simão manteve conexões com figuras políticas. Em janeiro deste
ano, ele apareceu em um vídeo ao lado do deputado federal bolsonarista Gustavo
Gayer (PL-GO), declarando seu apoio e apreço por Gayer, afirmando que
"quem é de direita, sabe que Gustavo Gayer é nosso representante em
Goiás".
Raul Fonseca de Oliveira, preso no Rio de Janeiro, tem 42 anos e fez carreira como fuzileiro naval no Rio de Janeiro, alcançando o posto de segundo-sargento da Marinha e trabalha no Comando da Marinha. Ele recebe um salário bruto de R$ 8.252,10 e tem dois processos no Superior Tribunal Militar (STM), sendo o primeiro por desacato e insubordinação, e o segundo por abandono de posto.
Já Oliverino, irmão de Raul, foi preso na Vila Clementino, bairro nobre de São Paulo, onde mora atualmente. As prisões foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e baseadas em uma avaliação da Secretaria de Segurança do STF, como parte das investigações do inquérito das Fake News (4.781).
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, as mensagens enviadas pelos irmãos continham referências a “comunismo” e “antipatriotismo” e tinham o intuito de intimidar o ministro e restringir seu livre exercício da função judiciária.
“A gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública”, afirmou Moraes, em nota publicada nesta sexta-feira.
Sede da Polícia Federal em São Paulo. Foto: reprodução
A operação, que incluiu a prisão de Raul na Ilha do Governador e de seu irmão em Vila Clementino, São Paulo, também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão.
A investigação começou em abril, após e-mails anônimos ameaçarem a família de Moraes com uso de bombas e detalharem o itinerário de sua filha. O advogado de Raul afirmou estar a caminho da PF no Rio para acompanhar o cliente.
Em janeiro, Moraes disse que as investigações dos ataques golpistas de 8 de janeiro promovidos por bolsonaristas revelaram três planos para matá-lo.
“O primeiro previa que as Forças Especiais do Exército me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, disse o ministro ao Globo.
“E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes”, completou.
A investigação apontou que os e-mails foram enviados por um fuzileiro naval, que está preso
Carro metralhado, degola, tortura. Essas foram algumas das ameaças recebidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família. A Polícia Federal prendeu dois suspeitos na sexta-feira, acusados de enviar uma série de e-mails intimidatórios entre os dias 25 de abril e 5 de maio.
Como informa Bela Megale, os e-mails detalhavam possíveis ataques, mencionando metralhar o carro dos filhos do ministro ou lançar uma granada no veículo. Em outra mensagem, os criminosos descreviam cenas de tortura contra os familiares, justificando as ameaças com a acusação de que Moraes estaria “entregando o Brasil ao comunismo”. Em uma das comunicações, houve até uma ameaça explícita de degolar um dos familiares do ministro.
A investigação apontou que os e-mails foram enviados de uma conta criada por Raul Fonseca de Oliveira, um fuzileiro naval que está detido em uma unidade da Marinha no Rio de Janeiro. As prisões dos suspeitos foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizadas pelo STF.
Fonte: Agenda do Poder com informações da jornalista Bela Megale
Pedro Serrano e
Anderson Medeiros dizem que o STF tem se posicionado contra o lawfare para
inibir a atividade jornalística e que o Judiciário não pode ser instrumento de
censura
Os juristas Pedro
Serrano e Anderson Medeiros Bonfim afirmam em um artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, que o Brasil oferece uma “maior proteção jurídica ao
jornalismo crítico e investigativo em relação à jurisdição” do que os Estados
Unidos. “Por exemplo, a inviolabilidade do sigilo da fonte é, entre nós, uma
garantia que não costuma ser esvaziada nem mesmo diante da hipótese ‘Contempt
of court’”, destacam.
Nesta linha, segundo a análise, “o Supremo Tribunal
Federal vem exercendo um respeitável papel na proteção da atividade
jornalística” e que na “nossa jurisdição constitucional reconheceu que a
atividade jornalística é ‘verdadeira irmã siamesa da democracia’ e que não se
pode admitir a censura”.
Ainda segundo eles, “o Supremo destacou, ainda nesse mesmo
precedente, que a imprensa é uma relevante instância de formação da opinião
pública, legítima instância alternativa à versão oficial dos fatos e de
irradiação do pensamento crítico. Somando-se ao referido regramento protetivo
da atividade jornalística, agora o Supremo reconheceu que o uso abusivo de
ações judiciais contra jornalistas viola o direito constitucional à liberdade
da imprensa. A prática, reconhecida como assédio judicial, consiste no ajuizamento
simultâneo de inúmeras ações sobre os mesmos fatos em diversas comarcas. A
intensa judicialização visa constranger a atividade jornalística, dificultando
e encarecendo a defesa”.
Para Serrano e Medeiros, “o uso estratégico do Direito
(“Lawfare”) contra a atividade jornalística vem se tornando corriqueiro no
Brasil e, em boa hora, o Supremo posicionou-se sobre o tema. Nosso Judiciário
não pode ser instrumentalizado em favor da censura e da inibição da atividade
da imprensa. É direito de todo jornalista professar suas opiniões, assim como é
direito de todos conhecer os pontos de vista existentes nos mais diversos temas
de interesse público”.
“Para além de meros direitos
individualmente considerados, estamos diante de retaguardas constitucionais
umbilicalmente atreladas ao pacto social e à noção de democracia. Isto é, ao
contrário de singelos direitos subjetivos, assegurar a livre atividade jornalística
é tutelar o que há de mais essencial em termos civilizatórios”, finalizam os
articulistas.
Fonte: Brasil 247 com informações do
jornal O Estado de S. Paulo
O Cerrado ultrapassou a Amazônia pela
primeira vez e apresentou a maior área desmatada entre os biomas, totalizando
1.110.326 hectares, um aumento de 67,7%
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza a
Jornada Nacional em Defesa da Natureza e seus Povos a partir deste sábado (1)
até o dia 8. De acordo com o Relatório Anual de Desmatamento no Brasil, da
MapBiomas, em 2023, Amazônia e Cerrado representaram mais de 85% da área total
desmatada no país. O Cerrado ultrapassou a Amazônia pela primeira vez e
apresentou a maior área desmatada entre os biomas, totalizando 1.110.326
hectares, um aumento de 67,7%. Na Amazônia, houve redução de 62,2% comparado ao
ano anterior. No Pantanal, houve aumento de 59,2% no desmatamento, assim como
na área média dos alertas, com aumento de 35,9%, resultando em 158,2 hectares
de área média dos eventos de desmatamento.
Segundo o MST, os representantes do movimento querem
avançar na construção de ações de solidariedade às famílias atingidas pelas
enchentes no Rio Grande do Sul e de denunciar o agronegócio frente à crise
ambiental e o aumento dos eventos climáticos extremos, a Jornada organiza um
conjunto de atividades de luta envolvendo trabalhadores e trabalhadoras Sem
Terra de todo o Brasil.
A iniciativa anuncia a Reforma Agrária Popular como necessária e
urgente para se combater a crise ambiental, por meio da democratização da terra
e da massificação de um modelo produtivo baseado na agroecologia e no
desenvolvimento de novas relações sociais.
A Jornada é construída na semana em que se comemora o Dia
Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. Esse dia foi instituído pela Organização
das Nações Unidas (ONU) em 1972, com a finalidade de chamar a atenção de todas
as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da
preservação dos bens naturais.
Renata Menezes, da direção nacional do MST pelo Coletivo de
Juventude, afirma que vivemos um cenário de destruição dos bens comuns da
natureza e do lugar de vida dos povos, seja na cidade ou no campo. “Fazer a
luta pela natureza é fazer a luta pela própria existência da humanidade. Quando
a gente fala da humanidade, nós estamos falando da classe trabalhadora,
daqueles e daquelas que são os mais atingidos pelos eventos climáticos extremos
e que são vulneráveis na forma de se recuperar desse tipo de tragédia”,
explica.
Ela conta também que a questão ambiental está posicionada
como um tema e uma problemática do tempo histórico. Não é algo passageiro ou
momentâneo. “A Jornada em Defesa da Natureza é mais uma ferramenta popular pra
gente combater o avanço desenfreado do capital e do agronegócio que visa o
lucro, que visa apenas os negócios, que não visa a vida e que impede que a
gente construa uma relação harmônica, equilibrada entre os seres humanos e a
natureza, e os lugares onde os povos vivem, os lugares onde a gente tem
culturas tradicionais de cuidado com a terra, com o alimento, de produção
agroecológica.”
O agronegócio desmata os biomas brasileiros
Em números totais, o Brasil perdeu nos últimos 5 anos cerca de mais de
8,5 milhões de hectares de vegetação nativa. Isso equivale a duas vezes a área
do estado do Rio de Janeiro.
O relatório da MapBiomas aponta também que o desmatamento por pressão da
Agropecuária responde por mais de 97% de toda a perda de vegetação nativa no
Brasil nos últimos cinco anos. Na Caatinga, o desmatamento associado ao vetor
de pressão de empreendimentos de energia solar e eólica aumentou para 24%, com
a perda de mais de 4.302 hectares.
Mais de 37 mil hectares já foram desmatados por pressão do
Garimpo, afetando principalmente o estado do Pará.
“É nesse contexto que temos a tarefa histórica de frear o
avanço do capital sobre os bens comuns da natureza [...]. Portanto, diante
dessa conjuntura, onde a gente vem sofrendo, quase dez anos de retrocessos nas
leis trabalhistas, de flexibilização das leis ambientais, de cada vez mais
agrotóxicos sendo liberados, em um cenário de destruição, que faremos lutas com
a jornada em defesa da natureza”, conclui Menezes.
"Gente como
Bolsonaro, Orban e outros não ameaçam apenas a democracia, mas a civilização e
a própria humanidade", disse a presidente nacional do PT
A presidente nacional
do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) afirmou que o objetivo central do
Partido dos Trabalhadores nas eleições municipais deste ano é enfrentar e
derrotar a extrema-direita em São Paulo e em todo o país. “Com essa gente não se
brinca, não se faz acordo. Veja que eles tentaram dar um golpe de força no
Brasil”, disse Gleisi ao jornal português Diário de Notícias. A afirmação da parlamentar faz referência ao entendimento que
barrou a entrada do partido de extrema direita Chega no governo de Portugal.
“O PT participa da eleição de São Paulo apoiando Guilherme
Boulos, do PSOL, e indicando a sua vice, a companheira Marta Suplicy. É
certamente da maior importância esta eleição, para o Brasil e para a
democracia, por se tratar da maior cidade do país, onde haverá um enfrentamento
direto com a extrema-direita, representada pelo atual prefeito aliado de
Bolsonaro e sua cria, o governador Tarcísio de Freitas. O objetivo central do
PT nas eleições municipais é enfrentar e derrotar a extrema-direita em São Paulo
e em todo o país. Temos candidatos competitivos em muitas cidades. Onde não
temos as melhores condições de disputa, apoiamos nomes do campo popular e
fazemos alianças com candidatos do campo democrático, desde que estejam
comprometidos com a reeleição de Lula. Porque esta é a clivagem política
atualmente no Brasil, uma disputa entre o campo popular e democrático, de um
lado, e a extrema-direita, do outro. Barrar o retorno do bolsonarismo, nestas
eleições e nas de 2026, é fundamental para garantir o processo democrático no
Brasil”, destacou Gleisi.
Questionada sobre o crescimento da extrema direita em Portugal e
no Brasil, a presidente nacional do PT afirmou que o avanço do extremismo é um
fator de preocupação para os democratas em todo o mundo. “Não apenas o PT, mas
os democratas de maneira geral. Vemos com muita preocupação o avanço da
organização e da propaganda da extrema-direita ao redor do mundo. Gente como
Bolsonaro, Orban e outros não ameaçam apenas a democracia, mas a civilização e
a própria humanidade. Vimos com alívio o entendimento dos partidos no
parlamento português que barrou a entrada do Chega no governo. Com essa gente
não se brinca, não se faz acordo. Veja que eles tentaram dar um golpe de força
no Brasil”, disse.
“E vejo também que é urgente, no Brasil, em Portugal, na
Espanha, em toda a parte, trabalharmos para que a democracia seja capaz de
responder às necessidades reais, expectativas e ansiedades da população,
especialmente das camadas que mais precisam. Só assim poderemos conter
movimentos como o Chega, o Vox e outros, que manipulam as insatisfações e
frustrações das pessoas com um discurso manipulador e fanatizante”, completou.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal português Diário de Notícias
Segundo a assessoria do ministro, as
investigações apontam "provas suficientes da existência do crime e
indícios razoáveis de autoria"
O gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes informou, nesta sexta-feira (31) que, segundo a
Procuradoria-Geral da República (PGR), "há provas suficientes" contra
os dois suspeitos presos por ameaçar a família do magistrado. Raul Fonseca de
Oliveira e Oliveirino de Oliveira Junior, foram presos em uma operação da
Polícia Federal nesta sexta-feira (31), por supostas ‘violentas ameaças’ aos
filhos de Moraes. Um dos suspeitos presos integra o corpo de Fuzileiros Navais,
o que motivou a participação da Marinha na operação.
As prisões preventivas dos suspeitos foram efetuadas em
São Paulo e no Rio de Janeiro.e eles deverão passar por uma audiência de
custódia ainda hoje. Além das prisões, a PF cumpriu cinco mandados de busca e
apreensão.
Segundo o jornal O Globo,
a nota do gabinete de Moraes cita o pedido de prisão da PGR, que afirma que
"o conteúdo das mensagens, com referências a ‘comunismo’ e
‘antipatriotismo’, evidencia com clareza o intuito de, por meio das graves
ameaças a familiares do ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre
exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à
frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de
abolição do Estado Democrático de Direito em 8.1.2023".
Ainda de acordo com a nota, as investigações apontam
"provas suficientes da existência do crime e indícios razoáveis de
autoria" e que “a gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta
e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda,
o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em
risco a garantia da ordem pública. A medida é, assim, proporcional, ante o
risco concreto à integridade física e emocional das vítimas”.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo