quinta-feira, 30 de maio de 2024

CBF divulga tabela das próximas rodadas do Campeonato Brasileiro

 

O Brasileirão retorna neste final de semana para a sétima rodada

Bola de futebol
Bola de futebol (Foto: Fernando Torres / CBF)

A CBF divulgou nesta quarta (29) a tabela das rodadas 10 a 15 do Campeonato Brasileiro, que serão disputadas durante a Copa América. O Brasileirão retorna neste final de semana para a sétima rodada.

As partidas pela décima rodada vão acontecer nos dias 19 e 20 de junho. Dois dias depois, tem início os compromissos da rodada seguinte.

Os jogos da décima rodada serão disputados nos dias 19 e 20 de junho. Os confrontos da rodada seguinte começarão dois dias depois. A 12ª rodada será na semana seguinte, nos dias 26 e 27. Os da 13ª serão nos dias 29 e 30 de junho.

Confira a tabela publicada no Portal Uol

10ª rodada

19/06

19h: Botafogo x Athletico-PR - Sportv e Premiere

20h: São Paulo x Cuiabá - Premiere

20h: Atlético-GO x Criciúma - Premiere

20h: Juventude x Vasco - Premiere

20h: Fortaleza x Grêmio - Premiere

21h30: Inter x Corinthians - Globo e Premiere

21h30: Cruzeiro x Fluminense - Globo e Premiere

20/06

18h30: Vitória x Atlético-MG - Sportv e Premiere

20h: Flamengo x Bahia - Premiere

21h30: Palmeiras x Bragantino - Premiere

11ª rodada

22/06

16h: Criciúma x Botafogo - Sportv e Premiere

18h30: Cuiabá x Atlético-GO - Premiere

21h30: Vasco x São Paulo - Sportv Premiere

23/06

16h: Grêmio x Inter - Globo e Premiere

16h: Fluminense x Flamengo - Globo e Premiere

16h: Athletico-PR x Corinthians - Globo e TV Furacão

18h30: Atlético-MG x Fortaleza - Premiere

18h30: Bahia x Cruzeiro - Premiere

18h30: Palmeiras x Juventude - Premiere

18h30: Bragantino x Vitória - Premiere

26/06

Cruzeiro x Athletico - Sportv e Premiere

Botafogo x Bragantino - Premiere

Corinthians x Cuiabá - Premiere

Juventude x Flamengo - Premiere

Atlétuco-GO x Grêmio - Premiere

Inter x Atlético-MG - Globo e Premiere

Bahia x Vasco - Globo e Premiere

Fortaleza x Palmeiras - Globo e Premiere

27/06

Fluminense x Vitória - Sportv e Premiere

São Paulo x Criciúma - Premiere

13ª rodada

29/06

18h30 - Cuiabá x Red Bull Bragantino - Premiere

19h - Vasco x Botafogo - Sportv e Premiere

20h - Palmeiras x Corinthians - Premiere

30/06

11h - Atlético-MG x Atlético-GO - Premiere

16h - Grêmio x Fluminense - Globo e Premiere

16h - São Paulo x Bahia - Globo e Premiere

16h - Fortaleza x Juventude - Globo e Premiere

18h30 - Vitória x Athletico - Premiere

18h30 - Flamengo x Cruzeiro - Premiere

18h30 - Criciúma x Internacional - Sportv e Premiere

14ª rodada

03/07

19h - Red Bull Bragantino x Atlético-GO - Premiere

19h - Cuiabá x Botafogo - Sportv e Premiere

20h - Vasco x Fortaleza - Premiere

20h - Corinthians x Vitória - Premiere

20h - Criciúma x Cruzeiro - Premiere

21h30 - Atlético-MG x Flamengo - Globo e Premiere

21h30 - Athletico x São Paulo - Globo e TV Furacão

04/07

19h - Grêmio x Palmeiras - Sportv e Premiere

A definir

Bahia x Juventude - Premiere

Fluminense x Internacional - Premiere

15ª rodada

06/07

16h - Vitória x Criciúma - Premiere

21h - Flamengo x Cuiabá - Premiere

21h - São Paulo x Red Bull Bragantino - Premiere

07/07

11h - Cruzeiro x Corinthians - Premiere

16h - Botafogo x Atlético-MG - Globo e Premiere

16h - Palmeiras x Bahia - Globo e Premiere

16h - Juventude x Grêmio - Globo e Premiere

18h30 - Fortaleza x Fluminense - Sportv e Premiere

18h30 - Atlético-GO x Athletico - Premiere

08/07

21h - Internacional x Vasco - Sportv e Premiere

 

Fonte: Brasil 247

Como o empreendedor gaúcho pode ter acesso a crédito subsidiado com carência de dois anos

 

Governo viabilizou R$ 30 bilhões para empreendedores que tiveram negócios atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul

Limpeza de Porto Alegre
Limpeza de Porto Alegre (Foto: Julio Ferreira/PMPA )

 Em uma iniciativa de suporte às micro e pequenas empresas do Rio Grande do Sul impactadas pelas recentes enchentes, o governo Lula (PT), por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), liberou um crédito de R$ 30 bilhões. A medida, anunciada pelos Ministérios do Empreendedorismo e da Fazenda, inclui um subsídio especial de R$ 1 bilhão, destinado a facilitar a recuperação financeira desses negócios.

Os pequenos negócios localizados em cidades reconhecidas oficialmente em situação de calamidade pública terão acesso a um subsídio de 40% no valor dos empréstimos. Na prática, isso significa que um empreendedor que contrate um crédito de R$ 100 mil precisará pagar apenas R$ 60 mil, com o restante sendo coberto pelo governo. Este subsídio, que totaliza R$ 1 bilhão, inicialmente está disponível na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil, com expectativas de extensão para outras instituições financeiras em breve.

"Esse subsídio é uma ajuda crucial para os empreendedores que sofreram grandes prejuízos devido às enchentes. Além de 40% do valor do empréstimo ser quitado pelo governo, haverá uma longa carência para começar a pagar, dando um fôlego necessário para recomeçar", declarou o ministro do Empreendedorismo, Márcio França.

Os empreendedores afetados terão um período de carência de dois anos antes de começarem a pagar o empréstimo, com a possibilidade de parcelamento em até 60 vezes. O processo de solicitação é relativamente simples: o empresário deve procurar uma agência da Caixa ou do Banco do Brasil e apresentar documentos que comprovem que o negócio está localizado em um município em situação de calamidade pública. Os interessados poderão solicitar até 60% do faturamento do ano anterior, com um teto de R$ 150 mil. Os juros aplicáveis são de Selic + 6%.

Além do subsídio, os Ministérios do Empreendedorismo e da Fazenda disponibilizaram um crédito extraordinário de R$ 4,5 bilhões para alimentar o Fundo de Garantia de Operações (FGO). Este fundo permitirá que os bancos emprestem R$ 30 bilhões para a recuperação de microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte, via Pronampe. Mesmo os empréstimos sem o subsídio de 40% contarão com as condições especiais de carência de 24 meses e poderão ser contratados em todas as instituições financeiras que operam o Pronampe.

Com o apoio financeiro e as condições facilitadas, espera-se que muitos empreendedores consigam retomar suas atividades e contribuir para a recuperação econômica da região.

Fonte: Brasil 247

 

Uso de redes sociais aumenta o desejo de intervenções estéticas

 

Um estudo nos EUA mostra que o tempo que o internauta passa online e o perfil dos influenciadores seguidos estimulam a busca por procedimentos. Especialistas alertam para os riscos

(Foto: Freepik)

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein  - Passar horas nas mídias sociais, seguir perfis de celebridades e lançar mão de filtros para melhorar fotos são fatores que estão associados ao maior desejo de passar por intervenções estéticas e ao aumento da procura por esse tipo de consulta, mostra um estudo da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, publicado no Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology. Segundo os autores, embora a decisão de se submeter a um procedimento desse tipo seja complexa, há uma relação entre o uso das redes, a autoestima e a maior aceitação dessas técnicas.

“Esse é um fenômeno que tem sido observado na prática. Temos notado o aumento significativo no número de pacientes que buscam procedimentos para alcançar um padrão de beleza muitas vezes idealizado. Eles estão constantemente em busca de pele sem poros, sem rugas nem olheiras, corpo perfeito, sem celulite, flacidez e com o abdômen definido. Além disso, com o uso crescente de plataformas de videoconferência, as pessoas se veem constantemente na câmera, o que intensifica a autocrítica em relação à própria aparência”, observa a dermatologista Barbara Miguel, do Hospital Israelita Albert Einstein.  

Os autores chegaram a essa conclusão após avaliar os resultados de um questionário aplicado em 175 pacientes, que passaram por um ambulatório de dermatologia com diversas queixas – não só estéticas. As questões incluíam o número de horas em aplicativos, como Instagram e Snapchat, os perfis seguidos e a intenção de fazer procedimentos, além de perguntas sobre ter conversado com familiares, amigos e médicos a respeito dessas questões.

Metade dos entrevistados (50,9%) passava mais de uma hora por dia nas redes e 24% ficavam entre duas e quatro horas diárias navegando pelos apps. A maioria (72%) seguia celebridades e influencers e 40% acompanhavam contas de dermatologistas e cirurgiões que apresentavam os resultados de procedimentos. Após cruzar os dados, esses três fatores – bem como o uso de editores de imagem – foram correlacionados a uma maior suscetibilidade a passar por intervenções. 

O artigo frisa que, embora não sejam a causa direta desse desejo, as redes sociais podem estimular aqueles mais suscetíveis, pois elas bastante eficientes em disseminar essa informação e fazer propaganda, transformando os usuários em pacientes potenciais. 

“Muitos adolescentes e pré-adolescentes buscam procedimentos para ficar parecidos com seus ídolos, conforme padrões que a sociedade e as redes mostram. Mas, é importante diferenciar quando é um desejo legítimo, se há a real necessidade de fazer a correção de algo estético”, diz a psicóloga Caroline Nóbrega, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Essa tendência levanta questões sobre o impacto das mídias sociais nas nossas percepções de beleza e autoimagem”, completa a dermatologista. “Embora as redes sociais nos conectem, também podem criar expectativas irreais e pressões sociais sobre a nossa aparência”, continua Barbara Miguel. 

Para a psicóloga, vale um alerta se a pessoa nunca teve essa preocupação e, de repente, ela passa a ser excessiva. “É preciso avaliar a motivação, se está trazendo prejuízo funcional à vida da pessoa, se está impactando a qualidade de vida”, orienta Nóbrega, que reforça: “Devemos lembrar que as redes mostram o que querem mostrar, que o que serve para um pode não servir para quem está olhando”, diz a especialista.

Alguns fatores ajudam a identificar as razões que podem justificar um desconforto estético. “A idade da pessoa, suas queixas, se está afetando sua autoestima e o convívio social, se está sofrendo bullying, ou se o problema pode trazer risco de sequelas futuras, tanto do ponto de vista físico quanto psicológico, como as cicatrizes de acne”, explica a dermatologista.  

Segundo ela, sem uma motivação clara e uma avaliação criteriosa, pode haver impactos emocionais, como o aumento da insatisfação corporal, a baixa autoestima e até a depressão. “Por isso, é preciso cultivar a autoaceitação e a autoestima, independentemente dos padrões externos de beleza. Lembre-se deque a verdadeira beleza vem de dentro e não pode ser definida por curtidas e seguidores nas redes”, orienta a dermatologista.  

As especialistas consultadas pela Agência Einstein sugerem alguns itens importantes para a avaliação antes de optar por um procedimento estético:

  • Escolha muito bem o profissional. “Muitas vezes, as pessoas dão mais importância ao número de seguidores do que à qualificação do profissional”, observa Barbara Miguel. Por isso, em primeiro lugar verifique se ele possui formação e experiência na área, se tem as credenciais necessárias, como o RQE (Registo de Qualificação de Especialista), e registro em órgãos reguladores, como o Conselho Regional de Medicina (CRM). O procedimento só deve ser feito após uma avaliação cuidadosa, que ajude a compreender seus reais desejos e necessidades, levando em conta expectativas realistas (e não influências externas), além da saúde física e mental.  
  • Informe-se. Procure esclarecer todas as vantagens e desvantagens para chegar à melhor opção para o seu caso, entendendo limites e possibilidades, riscos e benefícios dos diferentes tipos de procedimentos. 
  • Converse. Comunique abertamente suas expectativas, preocupações e histórico médico para garantir um plano de tratamento personalizado e seguro.  
  • Avalie cuidadosamente os riscos e os benefícios. Os procedimentos estéticos sempre apresentam riscos e complicações potenciais, que podem ser agravados quando não há a avaliação completa da saúde e das expectativas do paciente.  
  • Não banalize os tratamentos. Embora possam aumentar a autoestima, alguns podem apresentar complicações ou não promover o resultado esperado e deixar cicatrizes ou manchas, por exemplo.  
  • Gerencie as expectativas. É preciso estabelecer expectativas realistas em relação aos resultados. O objetivo deve ser o aumento da confiança e do bem-estar, e não uma perfeição inalcançável, muitas vezes retratada nas redes. Se o resultado não corresponder ao esperado, ele pode gerar insatisfação e angústia. 
  • Evite realizar procedimentos baseados em modismos. Avalie se ele é realmente adequado ou apenas uma tendência passageira. “Buscar a sua melhor versão com naturalidade é sempre a melhor opção e tende a apresentar resultados mais satisfatórios”, diz a dermatologista.  
  • Atenção especial para os procedimentos definitivos. Métodos como preenchimento com polimetilmetacrilato (PMMA) e camuflagem de olheiras e estrias com técnicas de tatuagem podem trazer complicações muitas vezes irreversíveis. 
  • Mantenha um diálogo aberto. O apoio e a compreensão da família são cruciais no processo. Uma conversa honesta ajuda a esclarecer dúvidas e percepções. 

As especialistas também ressaltam a importância de controlar o uso diário das redes sociais. Outra orientação é ter critério na hora de seguir alguém: evite perfis que promovam padrões de beleza irreais e procure aqueles que incentivem a diversidade e a positividade corporal. É importante também desenvolver um pensamento crítico, questionando as imagens que se veem nas redes, pois muitas são cuidadosamente selecionadas e editadas para transmitir um padrão idealizado. 

Fonte: Brasil 247 com Agência Einstein

Mercadante destaca queda do desemprego e aumento da renda como prova do acerto das políticas do governo Lula

 

BNDES também anunciou linha de crédito de R$ 15 bilhões para as empresas do Rio Grande do Sul

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES (Foto: Divulgação)

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que a recente queda da taxa de desemprego para 7,5%, a menor desde abril de 2014, é uma evidência clara do sucesso das políticas implementadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Mercadante destacou também o crescimento da renda real, que aumentou 6,1% nos últimos doze meses, impulsionando o consumo das famílias e estimulando a produção e os investimentos no país.

Mercadante fez esses comentários após o lançamento de uma nova linha de crédito do BNDES destinada a empresários de todos os portes no Rio Grande do Sul. Com um orçamento de R$ 15 bilhões, a iniciativa visa apoiar empreendedores de municípios em estado de calamidade no estado. "Essa linha de crédito, viabilizada através do Fundo Social composto por recursos de royalties do pré-sal, é uma resposta rápida e robusta às necessidades emergenciais desses empresários", afirmou Mercadante.

A nova linha de financiamento, criada por meio de uma Medida Provisória assinada pelo presidente Lula, será operacionalizada pelo BNDES e distribuída aos clientes finais por meio de uma rede de mais de 70 instituições financeiras habilitadas, incluindo cooperativas, bancos comerciais e regionais. A medida visa não apenas aliviar os impactos das recentes calamidades, mas também fomentar a recuperação econômica e a geração de empregos na região.

Queda no desemprego e crescimento da renda

O anúncio do BNDES ocorreu no mesmo dia em que o IBGE divulgou novos dados sobre o mercado de trabalho. De acordo com o instituto, a taxa de desemprego caiu para 7,5% no trimestre encerrado em abril, comparada a 7,9% nos três meses anteriores. Esse é o menor índice para um trimestre encerrado em abril desde 2014, quando a taxa era de 7,2%. O número de desempregados diminuiu para 8,2 milhões entre fevereiro e abril, contra 8,6 milhões no primeiro trimestre de 2024, representando uma redução de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O Brasil atingiu um recorde de 100,8 milhões de trabalhadores ocupados no trimestre até abril, com 38,1 milhões de empregados com carteira assinada – o maior número desde o início da pesquisa em 2012. O contingente de trabalhadores informais também foi recorde, chegando a 13,6 milhões. Trabalhadores por conta própria somaram 25,5 milhões, empregadores foram 4,2 milhões, trabalhadores domésticos alcançaram 5,9 milhões, e empregados no setor público totalizaram 12,3 milhões.

Impacto positivo das políticas governamentais

Desde o início de seu terceiro mandato, em janeiro de 2023, o governo Lula tem implementado uma série de políticas destinadas a estimular o crescimento econômico e a geração de empregos formais. Entre essas medidas, destacam-se a redução da inflação e dos juros, programas de transferência de renda e o aumento do salário mínimo. Mercadante enfatizou que essas políticas têm sido essenciais para a recuperação do mercado de trabalho. "A expansão da ocupação nos últimos trimestres é um reflexo direto das políticas adotadas pelo governo", explicou.

Fonte: Brasil 247

 

Governo Lula rechaça projeto que 'privatiza praias': 'tiro no pé, retrocesso, ameaça à defesa nacional'

 

Representantes do governo federal ouvidos pela CCJ do Senado discordaram da proposta relatada e defendida pelo senador Flávio Bolsonaro

(Foto: Tânia Rego/Agência Brasil )

Representantes do governo Lula (PT) se manifestaram contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa eliminar o controle da União sobre os terrenos de marinha, áreas próximas à costa marítima e rios, lagos e ilhas. Críticos afirmam que a proposta, defendida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pode abrir caminho para a privatização das praias brasileiras.

Durante uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal na última segunda-feira (27), representantes do governo expuseram suas preocupações com a proposta, alertando sobre possíveis impactos ambientais, econômicos e de soberania nacional, relata Malu Gaspar, do jornal O Globo. Estiveram presentes membros do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério da Gestão e Inovação e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

O projeto de lei permitiria que terrenos de marinha, atualmente propriedade da União, fossem transferidos para municípios, estados ou entidades privadas, mediante pagamento. No entanto, Carolina Gabas Stuchi, representante da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) do Ministério da Gestão e Inovação, afirmou que a lei, como está redigida, favorecerá "a privatização e o cercamento das praias". Carolina alertou que a proposta pode incentivar a ocupação desordenada dos terrenos de marinha, ameaçando os ecossistemas e tornando essas áreas mais vulneráveis a eventos climáticos extremos. Ela também revelou que o governo não possui dados atualizados sobre todas as propriedades nessas áreas, destacando que, embora existam 565 mil imóveis cadastrados, a projeção é que esse número chegue a 2,9 milhões. A aprovação da PEC, portanto, poderia criar um "caos administrativo", afirmou.

Marinez Eymael Garcia Scherer, coordenadora-geral do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente, comparou a legislação proposta com as práticas internacionais. Segundo ela, países como Espanha, Uruguai e Suécia reservam áreas maiores para domínio estatal em comparação ao Brasil. "Retirar do Estado a possibilidade de planejamento futuro e ordenamento de áreas vulneráveis é um retrocesso", disse.

Bruno de Oliveira, diretor do Departamento de Assuntos do Conselho de Defesa Nacional do GSI, argumentou que os terrenos de marinha são cruciais para a defesa nacional. 

A perda econômica com a aprovação da PEC também foi um ponto de discussão. Carolina Gabas mencionou que a União arrecadou R$ 1,1 bilhão em 2023 com taxas sobre propriedades em terrenos de marinha, e Bruno de Oliveira projetou um impacto orçamentário anual de R$ 2,5 bilhões, além de perdas de R$ 500 bilhões no balanço geral da União.

O projeto tem mobilizado grandes interesses do setor imobiliário, que pretendem desafiar a articulação política do Palácio do Planalto. A proposta pode ser pautada a qualquer momento pelo presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), mas ainda não há prazo definido. Caso seja aprovada pelo plenário do Senado, a PEC seguirá diretamente para sanção presidencial.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Queda acentuada do desemprego, com ocupação recorde, comprova acerto das políticas do governo Lula

 

A massa salarial também atingiu um patamar histórico no trimestre até abril

Luiz Inácio Lula da Silva posa para foto com trabalhadoras e trabalhadores das obras da Ferrovia Transnordestina, no Distrito Suassurana, Iguatu - CE
Luiz Inácio Lula da Silva posa para foto com trabalhadoras e trabalhadores das obras da Ferrovia Transnordestina, no Distrito Suassurana, Iguatu - CE (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

A taxa de desemprego no Brasil registrou uma queda significativa, atingindo 7,5% no trimestre encerrado em abril, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este é o menor índice para um período de três meses encerrado em abril desde 2014, quando a taxa era de 7,2%. Nos três meses anteriores, o desemprego estava em 7,9%. O mercado financeiro previa uma taxa de desemprego um pouco mais alta, de 7,7%, de acordo com a mediana das projeções de analistas consultados pela Bloomberg.

O número de pessoas desempregadas foi de 8,2 milhões entre fevereiro e abril. No primeiro trimestre de 2024, esse número era de 8,6 milhões. Apesar de não haver uma mudança expressiva na comparação trimestral, houve uma redução de 9,7% em relação ao mesmo período de 2023. Em comparação com o trimestre encerrado em janeiro, quando a taxa de desemprego era de 7,6%, houve estabilização.

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, explica que essa estabilização se deve principalmente à recuperação do setor de comércio e ao aumento da ocupação na educação básica pública no ensino fundamental. Ela destaca também que a melhora nos indicadores macroeconômicos, como a redução da inflação e dos juros, tem favorecido uma recuperação mais sólida do mercado de trabalho, apesar das variações sazonais, segundo aponta reportagem da Folha de S. Paulo.

No que diz respeito à população ocupada, o Brasil alcançou a marca de 100,8 milhões de trabalhadores no trimestre até abril. O número de empregados com carteira assinada chegou a 38,1 milhões, o maior desde o início da pesquisa em 2012. O número de trabalhadores informais também atingiu um recorde, com 13,6 milhões. Além disso, o contingente de trabalhadores por conta própria foi de 25,5 milhões, empregadores somaram 4,2 milhões, trabalhadores domésticos chegaram a 5,9 milhões e empregados no setor público totalizaram 12,3 milhões.

Em termos anuais, o número de brasileiros ocupados cresceu 2,8%, o que representa um aumento de 2,8 milhões de postos de trabalho em comparação ao mesmo período de 2023. Segundo Beringuy, esse crescimento é impulsionado principalmente pelo aumento nos empregos formais, que compensaram a queda do emprego informal. Ela acrescenta que a maior parte desse crescimento se deve aos empregados no setor privado, com ou sem carteira assinada.

"A expansão do mercado de trabalho nos últimos trimestres tem sido impulsionada pelo aumento do emprego formal, superando outras formas de trabalho, como o trabalho por conta própria e os empregadores. Os empregados no setor privado, com ou sem carteira assinada, têm sido os principais responsáveis pelo crescimento da população ocupada no país", analisa Beringuy.

Os dados são parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que inclui informações sobre empregos formais, serviços prestados com CNPJ e trabalhos informais. A estatística oficial de desemprego considera pessoas com 14 anos ou mais que estão sem trabalho e procuram ativamente por emprego. Aqueles que não estão buscando emprego, mesmo sem estar trabalhando, não são contabilizados como desempregados.

A massa salarial também atingiu um patamar histórico no trimestre até abril. Segundo o IBGE, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 3.151, sem variação significativa no trimestre, mas com um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior. A massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 313,1 bilhões, estabelecendo um novo recorde. Em comparação com o trimestre anterior, os rendimentos permaneceram estáveis em todos os setores analisados pela Pnad Contínua. No entanto, houve aumentos salariais em quatro setores em comparação ao mesmo período de 2023: indústria geral (8,5%), comércio e reparação de veículos (4,6%), transporte, armazenagem e correio (5,7%) e administração pública (4%).

Políticas do governo Lula impulsionam recuperação do mercado de trabalho

A queda acentuada do desemprego e o aumento recorde da ocupação são reflexos das políticas implementadas pelo governo Lula em seu terceiro mandato. Desde o início de sua administração, em janeiro de 2023, o governo tem focado em medidas que visam estimular o crescimento econômico e a geração de empregos formais. A redução da inflação e dos juros, aliada a programas de transferência de renda e ao aumento do salário mínimo, têm sido cruciais para essa recuperação.

Fonte: Brasil 247

 

Lula diz esperar que Campos Neto perceba trabalho do governo e reduza Selic

 

"Eu espero que o presidente do Banco Central veja nossa disposição de reduzir a taxa de juros e ele, quem sabe, colabore conosco", afirmou

Lula e Roberto Campos Neto
Lula e Roberto Campos Neto (Foto: Reprodução | Pedro França/Agência Senado)

Reuters – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que espera que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, veja a disposição do governo em fazer o necessário para que a autarquia realize mais cortes na taxa Selic, afirmando que deseja colaboração do chefe do BC na redução dos juros.

Em discurso durante evento de anúncio de novas medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul, Lula disse ainda que conversou com fabricantes de produtos da linha branca sobre a necessidade de venderem suas mercadorias com preços mais baratos para consumidores do Estado, que foi devastado por fortes enchentes, responsáveis pelas mortes de 169 pessoas, na maior tragédia climática da história do Estado.

"Eu espero que o presidente do Banco Central veja nossa disposição de reduzir a taxa de juros e ele, quem sabe, colabore conosco reduzindo a taxa Selic para a gente poder emprestar a taxa de juros ainda mais barata", disse Lula em discurso durante cerimônia em que foram anunciadas linhas de crédito com juros reduzidos para empresas gaúchas.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, no início deste mês, a autoridade monetária reduziu a velocidade de corte da taxa básica de juros para 0,25 ponto percentual, ante 0,5 ponto nas seis reuniões anteriores, levando a Selic a 10,5% ao ano.

A ata desse encontro mostrou que todos os diretores do Copom defenderam uma política monetária mais contracionista, cautelosa e sem indicação futura sobre os juros, apesar da divisão no colegiado sobre a intensidade do corte na Selic na reunião de maio.

Economistas consultados pela pesquisa Focus, do BC, estimam que a Selic encerrará este ano em 10% ao ano, segundo versão mais recente do levantamento realizado junto ao mercado financeiro e divulgado na segunda-feira.

Em seu discurso em Brasília, o presidente mais uma vez expressou seu otimismo com a economia brasileira e disse que, aqueles que apostam contra o crescimento, errarão.

"Eu sou teimoso em dizer que quem duvidar que a economia brasileira vai crescer vai quebrar a cara no final do ano", disse Lula, antes de comemorar dados divulgados mais cedo pelo Ministério do Trabalho que apontaram abertura de 240.033 vagas formais de trabalho em abril.

"É uma demonstração de que, se o governo está fazendo as coisas, se os empresários estão participando com anúncios de investimentos..., se esses investimentos estão acontecendo, a economia não tem por que não crescer", disse Lula ao comentar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O presidente também voltou a repetir que não faltará apoio do governo federal ao Rio Grande do Sul e afirmou que o Executivo dialogará com empresários do setor de eletrodomésticos da linha branca e de proteína animal para garantir abastecimento e preços competitivos aos consumidores gaúchos.

"Eu já pedi para o (vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio Geraldo) Alckmin conversar com os companheiros que fabricam a linha branca para que, neste momento do Rio Grande do Sul, as pessoas levem em conta que a gente vai ter que oferecer produtos da mesma qualidade, mas mais baratos para que o setor também possa dar contribuição", disse Lula.

"Como aconteceu com o setor da carne, que eu me reuni junto com o (ministro da Agricultura Carlos) Fávaro, e de pronto todos os 32 empresários que estavam aqui assumiram o compromisso de fazer chegar proteína animal no Rio Grande do Sul, inclusive com estrutura logística deles, coisa que facilita muito."

Fonte: Brasil 247 com Reuters