quarta-feira, 29 de maio de 2024

Inflação do aluguel, IGP-M acelera alta a 0,89% em maio sob peso de matérias-primas brutas e bens intermediários

 

Com o resultado do mês, o índice passou a acumular em 12 meses queda de 0,34%

(Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas)

Reuters - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a subir 0,89% em maio, depois de ter registrado alta de 0,31% no mês anterior, impulsionado pela aceleração nos preços de matérias-primas brutas e bens intermediários.

A expectativa em pesquisa da Reuters para o dado divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira era de um avanço de 0,84%

Com o resultado do mês, o índice passou a acumular em 12 meses queda de 0,34%, contra deflação de 3,04% em abril.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, acelerou a alta com força a 1,06% em maio, depois de ter subido 0,29% no mês anterior.

As matérias-primas brutas registraram alta de 2,15% em maio, enquanto os bens intermediários subiram 1,03%, respectivamente de 0,24% e 0,72% no mês anterior.

"Entre as maiores influências positivas do IPA estão o minério de ferro, que passou de -4,78% para 8,18%; e o farelo de soja, que subiu de -2,32% para 9,58%", destacou em nota André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, avançou 0,44% em maio, de uma alta de 0,32% em abril.

No IPC, a alta do preço da gasolina aumentou de 0,30% para 1,70%, enquanto a passagem aérea passou de uma queda de 8,94% para subir 0,47%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir no período 0,59%, de uma alta de 0,41% em abril.

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Revisão da isenção das compras até US$ 50 é um passo ainda tímido, diz CNI

 

Decisão de manter alíquota para bens importados menor do que o percentual pago pela indústria nacional está na contramão do mundo e consagra a desigualdade tributária

Ricardo Alban
Ricardo Alban (Foto: CNI)

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entendem a dificuldade da negociação na Câmara dos Deputados para tributar as mercadorias importadas com valores abaixo de US$ 50 e acabar com a discriminação tributária contra os produtos nacionais. 

No entanto, a decisão de taxar em apenas 20% as compras internacionais não é suficiente para evitar a concorrência desleal, embora seja um primeiro passo bastante tímido em direção à isonomia tributária e sua equiparação com a produção nacional. 

“Não se pode garantir a preservação dos empregos. Os empregos vão sofrer, porque a indústria brasileira, comércio e agronegócio não têm condições equilibradas de tributação para competir com o produto importado, que entrará subsidiado no país. Vamos trabalhar para que os governadores entendam a importância de manter empregos nos seus estados e buscar a equalização do ICMS, além de continuar no esforço de sensibilizar o Congresso e o governo dessa real necessidade de equalização”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban. 

Importante destacar o apoio dos trabalhadores representados pelas Nova Central, Força Sindical, IndustriAll Brasil, Confederação Nacional de Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNMT), Central dos Sindicados Brasileiros (CSB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) à preservação de milhares de empregos e à isonomia tributária. 

Setor produtivo brasileiro seguirá no justo esforço para igualar as regras do jogo - Desta forma, o setor produtivo brasileiro seguirá no justo esforço para igualar as regras do jogo. Unidos na defesa do interesse nacional, empresários e trabalhadores alertam o Congresso para o tamanho do problema e as distorções causadas à economia brasileira pelas importações de até US$ 50, injustamente beneficiadas por uma tributação mais favorável.

Os setores mais afetados por essas importações de até US$ 50 vão continuar trabalhando na sensibilização dos parlamentares. São eles os fabricantes e trabalhadores de produtos têxteis, confecção de artefatos do vestuário e acessórios, calçados, artefatos de couro, produtos de limpeza, cosméticos, perfumaria e higiene pessoal, móveis e de produtos de indústrias diversas. 

Empresários e trabalhadores lembram que as importações sem tributação federal levariam a indústria e o comércio nacionais a deixar de empregar 226 mil pessoas. Agora, com a nova tributação, será necessário redimensionar o tamanho destas perdas. Mesmo assim, quem mais perde com a redução dos empregos nesses setores são as pessoas que ganham menos e, principalmente, as trabalhadoras mulheres. Mais de 80% das pessoas empregadas nos setores mais afetados pela isenção da tributação recebem até dois salários mínimos. As mulheres respondem por 65% do emprego nesses setores, ante a média nacional de 40%. Pesquisa do IPRI/FSB mostra que apenas 18% das pessoas que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.824) fazem compras em sites internacionais ante 41% da parcela da população que ganha mais de cinco salários mínimos (R$ 7.060). Ou seja, as importações beneficiam os consumidores de renda mais alta.

Fonte: Brasil 247

Desemprego no trimestre encerrado em abril fica em 7,5%, na menor taxa para o período desde 2014

 

Taxa ficou 0,1 ponto abaixo dos 7,6% do trimestre encerrado em janeiro e bem inferior aos 8,5% do trimestre até abril de 2023

Lula e Luiz Marinho
Lula e Luiz Marinho (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)

Por Roberto de Lira, Infomoney - A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em abril de 2024, sem variação estatisticamente significativa frente ao trimestre encerrado em janeiro de 2024, quando esse percentual estava em 7,6%, informou nesta quarta-feira (29) o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa ficou abaixo dos 8,5% registrados no mesmo trimestre móvel de 2023.

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, essa é a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em abril desde 2014, quando o indicador estava em 7,2%.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a análise anual revela a manutenção da tendência de redução desse indicador, que vem sendo observada desde 2023.

A população desocupada, ou seja, aqueles que não trabalhavam e estavam em busca de uma ocupação, ficou em 8,2 milhões de pessoas, sem variação significativa na comparação trimestral. Mas esse número mostra redução de 9,7% (menos 882 mil desocupados) ante o mesmo trimestre móvel de 2023.

Segundo a coordenadora do IBGE, a estabilização da desocupação, se deve, principalmente, à redução das perdas do comércio observada no primeiro trimestre e ao retorno da ocupação no segmento da educação básica pública no ensino fundamental.

Recorde de emprego formal

A PNAD Contínua mostrou ainda que a população ocupada chegou a 100,8 milhões. Mesmo sem variação significativa no trimestre, esse contingente cresceu 2,8% na comparação anual, o que equivale a mais 2,8 milhões de postos de trabalho frente ao mesmo trimestre móvel de 2023.

Com isso, o número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 38,188 milhões, um recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Da mesma forma, o contingente de trabalhadores sem carteira também foi recorde, chegando a 13,5 milhões.

Para a coordenadora de pesquisas domiciliares, a expansão da ocupação nos últimos trimestres vem ocorrendo por meio dos empregados, que superaram outras formas de inserção, como a dos trabalhadores por conta própria e os empregadores. “O conjunto dos empregados no setor privado, com ou sem a carteira assinada é o que mais tem contribuído para o crescimento da população ocupada no país”.

Salário e renda

O rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril foi de R$ 3.151, sem variação significativa no trimestre e com alta de 4,7% na comparação anual.

Com isso, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 313,1 bilhões, novo recorde da série histórica, mostrando estabilidade no trimestre e subindo 7,9% ante o mesmo período de 2023.

Segundo Adriana Beringuy, a massa de rendimento se manteve em patamar elevado, seja porque houve variação positiva da população ocupada em alguns segmentos, ou pela manutenção do valor do rendimento médio. “Com destaque, nesse trimestre específico, para o aumento do rendimento dos empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada”, explicou.

Na comparação trimestral, o rendimento ficou estável em todos os dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua.

Frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, houve altas nos rendimentos dos trabalhadores de quatro grupamentos: Indústria geral (8,5%), Comércio e reparação de veículos (4,6%), Transporte, armazenagem e correio (5,7%) e Administração Pública (4,0%).

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

 

Sebrae adere a programa que promove igualdade de gênero e raça no ambiente coorporativo

 

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça está na 7ª edição e teve a adesão de 102 novas empresas

A iniciativa é do governo federal por meio do Ministério das Mulheres e tem como objetivo transformar a cultura organizacional do país
A iniciativa é do governo federal por meio do Ministério das Mulheres e tem como objetivo transformar a cultura organizacional do país (Foto: Divulgação)

Agência Sebrae de Notícias - O Sebrae assumiu um compromisso público importante nesta terça-feira (28) ao aderir ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. A iniciativa é do governo federal por meio do Ministério das Mulheres e tem como objetivo transformar a cultura organizacional do país.

Segundo a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, 102 novas empresas se incorporaram ao programa. “Vocês não estão aderindo apenas a um programa, vocês estão aderindo a um processo civilizatório de mudança do mundo, partindo de um país chamado Brasil”, afirmou. Para ela, a iniciativa faz diferença para a vida das mulheres, dos homens, das crianças. “Nós estamos fazendo a diferença agora para o futuro.”

Quem assinou o termo de adesão à 7ª edição do programa Pró-Equidade de Gênero e Raça foi o gerente adjunto de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão, Eraldo Ricardo dos Santos. “Essa é uma iniciativa que vai ao encontro do posicionamento estratégico do Sebrae, de compromisso com a diversidade. Se para o nosso cliente a gente tem ações, para dentro da casa, a gente tem esse compromisso com o programa”, diz.

Para ele, a adoção de medidas afirmativas como essa é importante, pois torna os ambientes corporativos mais competitivos. “Criatividade e diversidade são grandes fontes de inovação e, consequentemente, uma melhoria nos ambientes da competitividade dos negócios. O Sebrae não poderia ficar de fora. Ter cada vez mais ambientes diversos e produtivos significa proporcionar uma entrega melhor para nossos clientes”, declara.

Conforme explicou a analista da UGP Jeniffer Ribeiro, a adesão das empresas a esse programa representa uma mudança na cultura organizacional. “Assinar um termo como esse faz com que o Sebrae se comprometa até 2026, que é o momento de entrega do selo, a de fato evoluir. O legal desse projeto é que não tem uma meta exata. As empresas têm que se desafiar a partir das suas próprias referências”, comentou. Ela destacou que processos com consciência podem trazer uma transformação nos ambientes, principalmente se houver “comprometimento com a intencionalidade”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Sebrae

Sobrinhos disputam herança de R$ 300 milhões de ex-vice presidente do Itaú

 

O ex-vice-presidente de operações da área de tecnologia da informação do banco Itaú, Renato Roberto Cuoco, faleceu em 2021

Itaú
Itaú

Sem deixar filhos, o ex-vice-presidente de operações da área de tecnologia da informação do banco Itaú, Renato Roberto Cuoco, faleceu em 2021, aos 77 anos de idade, em São Paulo, deixando uma grande fortuna, estimada em R$ 300 milhões, que neste momento encontra-se em disputa familiar.

De acordo com jornal O Globoos irmãos Aberto Renato Cuoco e Felipe Renato Cuoco, sobrinhos diretos do executivo, receberam toda a herança após a morte do tio. Eles são filhos do irmão de Renato. Andrea Costa Motta Salino é sobrinha por parte da ex-esposa de Renato, Letizia Cuoco, também já falecida, em 2013, e pede na Justiça o reconhecimento de paternidade socioafetiva com o engenheiro, para ser reconhecida como herdeira. O processo começou em 2022 e a última decisão, de 2023, negou o pedido de Andrea.

“Andrea jamais morou com os tios, sequer foi por eles criada, educada ou tratada como filha [...] (Renato) tratava-se de um homem culto, com pleno acesso à informação, inclusive, para elaborar um testamento. Se não o fez, foi porque quis, porque desejou que seu patrimônio fosse para seus legítimos herdeiros, seus sobrinhos consanguíneos”, diz a defesa da dupla.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo Lula e STF temem sobrecarga de estados e insegurança jurídica com o fim das saidinhas

 

Governo e Supremo temem rebeliões, sobrecarga nos estados e insegurança jurídica após derrubada de veto presidencial

(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Integrantes do governo do presidente Lula (PT) e do Supremo Tribunal Federal (STF) preveem judicialização e uma série de questionamentos à nova lei que proíbe as saídas temporárias de presos em datas comemorativas, como Natal e Páscoa, destaca o jornal Folha de S. Paulo. Na última terça-feira (28), o Congresso derrubou os vetos presidenciais à nova regra, gerando preocupações sobre possíveis rebeliões nos presídios e sobrecarga nos estados.

A expectativa no Palácio do Planalto e no Ministério da Justiça é que associações ou partidos levem o tema ao STF, argumentando que a nova legislação fere a Constituição. No entanto, o governo federal não pretende recorrer para evitar novos confrontos com o Parlamento.

Ainda de acordo com a reportagem, entidades ligadas ao sistema penitenciário e a Defensoria Pública da União (DPU) alertam que a nova lei pode criar instabilidade jurídica, especialmente pela falta de clareza sobre se a proibição se aplicará apenas a novos detentos ou também àqueles já cumprindo pena. A DPU destaca que o número de beneficiados pelas saídas temporárias é pequeno devido aos rigorosos requisitos legais.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Em um mês de enchentes no Rio Grande do Sul, governo Lula já anunciou mais de R$ 60 bilhões em ajuda aos gaúchos

 

A calamidade climática que devastou o estado gaúcho completa um mês nesta quarta-feira

Lula visita abrigo em São Leopoldo (RS)
Lula visita abrigo em São Leopoldo (RS) (Foto: Ricardo Stuckert)

 A calamidade climática que devastou o Rio Grande do Sul completa um mês nesta quarta-feira (29). Desde o início da crise, o governo do presidente Lula (PT) tem mobilizado uma série de ações para mitigar os impactos da tragédia, que resultou em 169 mortes e deixou 581 mil desabrigados, lembra a Folha de S. Paulo.

A resposta do governo começou já no feriado de 1º de Maio. Após participar da cerimônia do Dia do Trabalho em São Paulo, Lula realizou uma reunião de emergência no Palácio da Alvorada com ministros, incluindo o gaúcho Paulo Pimenta, para tratar da crise que assolava o estado, então já no terceiro dia consecutivo de chuvas intensas e inundações.

Visitas presidenciais e acordos cruciais

Em um intervalo de apenas quatro dias, Lula e sua comitiva visitaram o Rio Grande do Sul duas vezes. A segunda visita foi particularmente significativa, com a presença de figuras-chave como os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. Esse encontro foi fundamental para a centralização das medidas de auxílio ao estado.

Durante essa visita, Lula assinou um decreto reconhecendo o estado de calamidade, permitindo que os gastos emergenciais fossem descontados da meta fiscal do governo federal. A centralização das medidas no governo federal, através de créditos extraordinários e renúncias fiscais, garantiu uma resposta coordenada à crise.

Pacote de medidas e apoio à população

Ao longo do mês, Lula fez cinco grandes anúncios de medidas de apoio ao Rio Grande do Sul, totalizando R$ 62,5 bilhões em investimentos. As iniciativas incluem a suspensão da dívida estadual e a inclusão de 20 mil famílias no programa Minha Casa Minha Vida. Também foram anunciados um voucher de R$ 5.100 para famílias que perderam suas casas e a antecipação do FGTS.

Durante uma visita a São Leopoldo, Lula nomeou Paulo Pimenta como chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do estado, destacando a importância de um comando local forte para a execução das medidas de reconstrução.

Resposta e resgate

O balanço do governo destaca que 82,6 mil pessoas foram resgatadas e que houve uma rápida mobilização de recursos para os 47 municípios em estado de calamidade. Medidas emergenciais, como mudanças na lei de licitações e o uso do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), foram implementadas para acelerar a resposta à crise.

Anúncio de novo pacote de ajuda

Nesta quarta-feira (29), Lula anuncia um novo pacote de ajuda de R$ 15 bilhões destinado às empresas gaúchas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

No sul, desabrigados viram desempregados

 



Entre os demitidos algo em torno de 250 estavam desabrigados, após terem suas casas inundadas

Em abril, trabalhadores terceirizados do polo petroquímico reclamaram da falta de segurança no trabalho
Em abril, trabalhadores terceirizados do polo petroquímico reclamaram da falta de segurança no trabalho (Foto: Ivonei Arnt / Sindipolo)

A tragédia que atingiu os gaúchos e gerou a solidariedade de milhões de pessoas, inclusive de outros países, não impediu que duas empresas do Polo Petroquímico de Triunfo (RS) – PSV-Serviços e Soluções Automatizada Ltda. e Predial Axel Manutenção Industrial Ltda. (GPS/In Haus) – dispensassem cerca de 300 trabalhadores dos 2.500 trabalhadores terceirizados, que cuidam da manutenção do polo. Entre os demitidos algo em torno de 250 estavam desabrigados, após terem suas casas inundadas.

Além de demitirem esses 300 empregados essas duas empresas colocaram anteciparam de forma compulsória as férias de outros, alguns deles, inclusive, com data retroativa. Tudo com forme denunciaram à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-RS), órgão do Ministério do Trabalho, os presidentes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica de Triunfo – Sindipolo, Ivonei Arnt, e do Sindiconstrupolo, Julio Selistre, que representa os terceirizados. Ambos buscaram uma mediação com as empresas sem nenhum êxito até o momento.

O Sindiconstrupolo também apresentou queixa junto ao Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS), como admitiu na sexta-feira (24/05) ao Brasil Agora, da TV 247o procurador Luiz Alessandro Machado, presidente do Grupo de Trabalho Regional “Desastre Climático – Maio de 2024”, criado pelo MPT-RS para acompanhar as consequências da tragédia climática no mercado de trabalho. A denúncia feita está com os procuradores do trabalho da unidade de Santa Cruz do Sul. Segundo a assessoria do órgão, as empresas serão notificadas.

No ofício que Arnt, do Sindipolo, e Selistre, do Sindiconstrupolo, encaminharam à STE-RS eles alegam sequer conseguirem contabilizar o exato número de demissões por negligência de informações dos departamentos de Recursos Humanos e das diretorias das duas empresas.

Operadoras extrapolam na jornada - Também na sexta-feira (24/05), Arnt e Selistre estiveram no Boa Note da TV 247 quando denunciaram esses desmandos e arbitrariedades e a total falta de diálogo com as duas empresas. Desde a segunda-feira (27/05) o Blog busca contato com a PSV-Serviços e a Predial Axel, mas não teve sucesso. Até a edição dessa reportagem não houve nenhuma manifestação das mesmas.

No ofício encaminhado à STE-RS, os presidentes dos sindicatos acusaram ainda as operadoras do polo petroquímico – Braskem, Innova, Arlanxeo e Oxiteno – de conivência com as práticas das terceirizadas.

Denunciaram ainda que as operadoras extrapolam a jornada dos seus trabalhadores. Durante alguns dias o pólo esteve paralisado por conta da dificuldade de acesso. Ao retornarem, os trabalhadores passaram a gastar cerca de 2h30 no trajeto da residência ao pólo e vice-versa. Ainda assim as operadoras modificaram a jornada de trabalho de todos esticando-a para 12 horas de serviço, o que obriga os empregados a dispensarem 17 horas das 24 horas do dia ao trabalho.

Fonte: Brasil 247

Barroso dá 72 horas para governo Tarcísio se manifestar em ação que questiona edital de câmeras da PM

 

Novo edital estabelece que o acionamento das câmeras deverá ser feito pelo policial

PMs de São Paulo usando câmeras corporais
PMs de São Paulo usando câmeras corporais (Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, deu o prazo de 72 horas para que o governo de São Paulo se manifeste sobre o novo edital para contratação de 12 mil câmeras corporais para a Polícia Militar que foi lançado na semana passada. Na última segunda-feira (27), o STF recebeu um pedido de defensores públicos para rever o edital. O documento alegava risco de precarização do programa e solicita que um novo edital seja feito, tratando de temas como a garantia de que os equipamentos possam gravar de forma automática.

Segundo o G1, o ministro estabeleceu que a gestão de Tarcísio de Freitas precisará dar informações sobre existência de política pública que priorize a alocação das câmaras corporais para as unidades da Polícia Militar que realizam operações e a necessidade de que as gravações sejam feitas de forma ininterrupta. O edital estabelece que a gravação de vídeos deve ser feita de forma intencional, com o policial sendo o responsável pelo acionamento da câmera.

O despacho também pede manifestação do Ministério Público de São Paulo e da Procuradoria-Geral da República. A decisão ocorre após o Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgar na última terça-feira (28) as diretrizes para o uso de câmeras corporais por agentes de segurança no país. 

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Justiça manda Nego Di excluir postagens “sugestivas e debochadas” contra Felipe Neto

 

Nego Di deverá excluir postagem ofensiva a Felipe Neto. Fotomontagem

A 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca determinou, em caráter liminar, a remoção imediata das postagens feitas pelo influenciador e humorista gaúcho Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, contra o também influenciador digital Felipe Neto. Com informações de Ancelmo Gois, em O Globo.

Segundo o juiz responsável pelo caso, Nego Di fez “comentários sugestivos e debochados a respeito da orientação sexual” de Felipe, além de afirmar que o carioca tentou se promover em meio à tragédia no Rio Grande do Sul.

“É inegável que houve a imputação direta ao autor de atos que o difamam, com comentários sugestivos e debochados”, diz a liminar.

Veja uma das postagens que deu origem ao processo:


Fonte: DCM

CCJ não pauta PEC que pode privatizar as praias; Pacheco sinaliza freio à proposta


PEC das Praias voltou a ser discutida no Senado Federal. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

 A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal não pautou a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que transfere a propriedade dos terrenos do litoral brasileiro, atualmente sob propriedade da União, para estados, municípios e proprietários privados. A medida, que na prática libera a privatização de praias, voltou a ser discutida nesta última segunda-feira (27).

O texto é de autoria do ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA) e foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 2022 após passar pela CCJ da Casa. A PEC é relatada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A proposta exclui um trecho da Constituição que estabelece que os terrenos da marinha são de propriedade da União. Pela PEC, fica estabelecidos que as praias sejam transferidas a proprietários privados mediante pagamento.

“Passam ao domínio pleno dos Estados e Municípios as áreas afetadas ao serviço público estadual e municipal, inclusive as destinadas à utilização por concessionárias e permissionárias de serviços públicos”, diz trecho da PEC.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), é relator da PEC das Praias. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em seu parecer, Flávio afirmou que a PEC vai “extinguir os terrenos de marinha e estabelecer um regime patrimonial específico para esses bens”. Ele argumenta que essas áreas “causam prejuízos aos cidadãos e aos municípios”.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou que vai frear a discussão sobre o projeto e que não deve colocar a proposta em pauta. O tema foi discutido nesta segunda (27) em audiência pública na Casa Legislativa e se tornou alvo de protestos de ativistas e parlamentares.

Fonte: DCM

Eleições: saiba quem são os 317 deputados cúmplices das fake news


O veto à criminalização das fake news foi mantido com os votos de 317 deputados. Reprodução

O Congresso Nacional decidiu manter o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que impediu a punição para quem espalha fake news durante as eleições.

O veto foi mantido pelos deputados com 317 votos a favor, 139 contra e 4 abstenções.

Como o veto foi mantido pelos deputados, os senadores não precisaram votar.

Desde 2021, os vetos foram analisados apenas nesta terça-feira (28), quase três anos depois.

A decisão dos parlamentares impediu a reintrodução de uma pena de prisão de um a cinco anos e multa para “comunicação enganosa em massa”. O veto evitou a inclusão de uma lista de “crimes contra a democracia” no Código Penal.

A comunicação enganosa em massa era definida pelo texto como “promover ou financiar campanhas ou iniciativas para disseminar fatos que se sabe serem inverídicos e que sejam capazes de comprometer o processo eleitoral”.

Fonte: DCM

“Não é só a extrema-direita”, diz Natuza Nery sobre opção pró fake news do Congresso

 

Natuza Nery fez uma crítica contundente aos deputados que votaram a favor da manutenção do veto de Bolsonaro à criminalização das fake news. Reprodução

Natuza Nery, comentarista de política na GloboNews, disse nesta terça-feira (28) que 317 votos “a favor da fake news é um estrondo”.

A declaração ocorreu após o Congresso Nacional manter o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que barra a tipificação do crime de “comunicação enganosa em massa”.

“Trezentos votos a favor de fake news é um estrondo. Tem aí um sinal claro: não é só a extrema-direita nessa agenda, é a direita também, o centro-direita, é o que a gente chama de Centrão”, disse Natuza.

Para derrubar o veto, era necessário maioria absoluta na Câmara dos Deputados (257 votos) e no Senado (41 votos). No entanto, o dispositivo recebeu apenas 139 votos na Câmara, ficando abaixo do necessário.

A decisão barra a retomada de uma pena de até cinco anos de reclusão para quem espalhar informações falsas durante as eleições.

“Me lembrei daquela imagem da mitologia grega, que é um corpo de monstro e cabeça de serpente, que vai comer todos eles. Esse monstro vai engolir todos eles que não operam na indústria da fake news”, acrescentou.

Veja o vídeo:

Fonte: DCM

SBT investiga denúncia de sexo entre diretor e funcionário no camarim da emissora


Logo do SBT. Foto: Divulgação/SBT

 O departamento de compliance do SBT abriu uma investigação interna para apurar um caso envolvendo dois funcionários que teriam sido flagrados durante um momento íntimo em um camarim da emissora.

Os envolvidos são um diretor de conteúdo infantojuvenil do canal e um funcionário subordinado a ele, cujo cargo não foi revelado. Segundo o F5, o subordinado foi demitido após o incidente.

O caso teria ocorrido durante o horário de expediente. Eles teriam sido flagrados fazendo sexo por uma camareira, que denunciou o episódio.

Em nota, o SBT disse que está “averiguando a denúncia”, mas não deu detalhes sobre o caso. “Contudo, não pode divulgar publicamente nenhuma investigação, uma vez que tem o compromisso de confidencialidade do processo, para preservar os seus colaboradores”, afirmou uma porta-voz do canal.

Fonte: DCM 

Caso Marielle: Justiça condena ex-PM e advogada por atrapalhar investigações

 

O ex-PM Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, e a advogada Camila Nogueira. Foto: reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro condenou o ex-policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, e a advogada Camila Nogueira por obstrução das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.

Ambos foram sentenciados a 4 anos e 6 meses de prisão. Apesar de a pena permitir que começassem o cumprimento em regime semiaberto, o juiz ordenou que a pena fosse cumprida em regime fechado, conforme informações do G1.

O juiz explicou a decisão afirmando que a obstrução de uma investigação que envolvia uma organização criminosa e atrasou o inquérito policial por 8 meses em um caso de grande relevância nacional não pode ser considerada um “delito simples”.

Um relatório da Polícia Federal (PF) sobre a investigação das mortes de Marielle e Anderson revelou que Ferreirinha mentiu ao acusar, em depoimento à polícia, o miliciano Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, de ter planejado o crime junto com o vereador Marcelo Siciliano.

Vale destacar que, segundo a PF, Ferreirinha trabalhava como segurança de Orlando Curicica e temia por sua vida após romper com a milícia liderada por Curicica.

A trajetória de Orlando Curicica, o ex-PM que virou o principal suspeito da morte de Marielle - Jornal O GloboEx-PM e miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica — Foto: Reprodução

Além disso, Ferreirinha tinha a intenção de tomar para si os territórios dominados por Curicica, que estava preso por outro crime. Ao acusar Curicica de envolvimento na morte de Marielle, ele esperava que ele fosse transferido para um presídio federal de segurança máxima fora do Estado do Rio de Janeiro.

A investigação da PF também revelou que a advogada Camila Nogueira foi a responsável por fazer os primeiros contatos com a polícia para levar Ferreirinha a depor, já sabendo que ele apresentaria uma versão falsa dos fatos.

O inquérito da PF, concluído em 2019, ficou conhecido como “a investigação da investigação”. Em depoimento à corporação, Ferreirinha admitiu que mentiu ao acusar Curicica e Camila confessou ter arquitetado o plano junto com ele.

No entanto, ao serem interrogados na Justiça, ambos negaram as confissões feitas à PF. Mesmo assim, o juiz considerou que as provas apresentadas eram suficientes para condená-los.

Fonte: DCM com informações do G1