terça-feira, 28 de maio de 2024

Boulos lidera corrida eleitoral em São Paulo com 37,2%, ante 20,5% de Ricardo Nunes, diz pesquisa AtlasIntel

 

Segundo o levantamento, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes aparecem tecnicamente empatados em um eventual segundo turno

Guilherme Boulos e Ricardo Nunes
Guilherme Boulos e Ricardo Nunes (Foto: Brasil 247/Wikimedia)

 O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, lidera a corrida eleitoral, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (28) pelo instituto AtlasIntel, em parceria com a CNN Brasil. Com 37,2% das intenções de voto, Boulos mantém uma vantagem significativa sobre o atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que aparece com 20,5%. empresário Pablo Marçal (PRTB), que teve seu nome lançado pelo PRTB no último sábado, aparece em terceiro lugar, com 10,4% das intenções de voto.

Ainda conforme a pesquisa, a deputada federal Tábata Amaral (PSB) possui 9,9% das intenções de voto. José Luiz Datena, que trocou o PSB pelo PSDB em abril, e o deputado federal Kim Kataguiri, pré-candidato pelo União Brasil, aparecem empatados, com 7,9% da preferência do eleitorado. Os eleitores que disseram não saber em quem votar somaram 0,9% e os que declararam que iriam votar em branco ou nulo ficaram em 1,4%.

Ainda conforme o levantamento, Boulos e Nunes aparecem empatados em um eventual segundo turno da disputa pela prefeitura da capital. Segundo o levantamento, divulgado nesta terça-feira (28), Nunes possui 46% das intenções de voto ante 43,5% de Boulos. A fatia de eleitores que ainda não sabem em quem votar representa 2,1%, enquanto 8,3% declararam a intenção de votar nulo ou em branco.

O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-05357/2024. No total, 1.670 eleitores da capital paulista foram entrevistados por meio do Recrutamento Digital Aleatório (Atlas RDR) durante o período de 22 a 27 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

 

Brasil supera patamar pré-pandemia, com 56% de crianças alfabetizadas no 2º ano do Fundamental

 

Indicador é 20 pontos percentuais maior que o registrado no Saeb 2021. Governo Federal já investiu mais de R$ 1 bilhão na política

Crianças na escola
Crianças na escola (Foto: Agência Brasil)

Em 2023, 56% das crianças brasileiras atingiram o nível de alfabetização estabelecido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para o segundo ano do ensino fundamental. Esses dados, que sinalizam uma recuperação ao patamar anterior à pandemia de Covid-19, serão divulgados no 1º Relatório de Resultados do Indicador Criança Alfabetizada. A apresentação ocorrerá nesta terça-feira (28), durante uma reunião do presidente Lula (PT) com o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e governadores no Palácio do Planalto.

O avanço no índice de alfabetização foi uma meta traçada pelo Ministério da Educação (MEC) para o ano passado, como parte do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Este novo indicador representa um aumento de 20 pontos percentuais em relação ao desempenho registrado pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em 2021 e é 1 ponto percentual superior à avaliação de 2019, que estava em 55%.

O Indicador Criança Alfabetizada foi calculado a partir do alinhamento nacional dos dados coletados pelas avaliações aplicadas pelos estados em 2023, com a participação de 85% dos alunos das redes públicas brasileiras.

Metas Futuras

Para os próximos anos, o MEC definiu metas progressivas baseadas no padrão nacional de desempenho da criança alfabetizada. Esse padrão foi fixado em 743 pontos na escala do Saeb pela Pesquisa Alfabetiza Brasil, aplicada pelo Inep, para determinar o ponto de corte que indica a alfabetização de uma criança ao final do 2º ano do ensino fundamental.

Compromisso Nacional Criança Alfabetizada

O inédito alinhamento dos sistemas de avaliação dos estados ao Saeb é um resultado direto do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado pelo MEC em 2023. A política visa garantir que todos os estudantes estejam alfabetizados ao final do 2° ano do ensino fundamental e inclui esforços para recompor aprendizagens, com foco na alfabetização de crianças dos 3°, 4° e 5° anos afetadas pela pandemia. O Compromisso foi aderido por 5.558 dos 5.570 municípios brasileiros e pelos 27 estados, com um investimento superior a R$ 1 bilhão.

Além do alinhamento das avaliações, a estrutura do Compromisso inclui várias iniciativas atribuídas ao MEC e aos entes federados:

Política de Alfabetização

Ao aderir ao Compromisso, as redes estaduais devem elaborar suas políticas de alfabetização em colaboração com os municípios. Para apoiar essa elaboração, o MEC investiu R$ 38,2 milhões em bolsas para mais de sete mil profissionais da Rede Nacional de Articuladores de Alfabetização. Até o momento, dezenove estados já instituíram suas políticas de alfabetização e oito estão em fase de finalização.

Comitês Estratégicos

Uma das ações necessárias é a criação de Comitês Estratégicos Estaduais para coordenar iniciativas locais em prol da alfabetização. Atualmente, 25 comitês já foram estabelecidos, abrangendo 99,7% dos municípios brasileiros.

Formação de Professores

O MEC destinou R$ 667 milhões para a formação de professores e gestores, visando alcançar 1 milhão de profissionais. A formação dos professores da Educação Infantil é realizada em parceria com 34 Universidades Públicas.

Infraestrutura de Suporte

O Governo Federal investiu R$ 156 milhões na criação de 126 mil Cantinhos da Leitura em 38 mil escolas pelo país e R$ 218 milhões na distribuição de 10 milhões de materiais de apoio à alfabetização para docentes e estudantes.

Reconhecimento de Boas Práticas

Para incentivar boas práticas nas secretarias de educação, está prevista a criação do Selo Compromisso com a Alfabetização e uma premiação para as redes públicas com base no cumprimento das metas pactuadas.

Fonte: Brasil 247

Cresce o número de jovens que não trabalham, não estudam e não procuram emprego

 

O Brasil contava com 5,4 milhões de jovens nesta situação no primeiro semestre de 2024. Em 2023, esse número era de 4 milhões

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O número de jovens que não estudam, não trabalham e não procuram emprego cresceu no último ano, apontam dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira (28). O Brasil contava com 5,4 milhões de jovens nesta situação no primeiro semestre de 2024. Em 2023, esse número era de 4 milhões. O estudo também apontou que 60% desse grupo é formado por mulheres, a maioria com filhos pequenos, e 68% são negros, informa o G1.

Contando os jovens que não estudam e nem trabalham, mas estão procurando emprego, a chamada “geração nem-nem” consiste em 8,6 milhões de brasileiros. Para a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, que divulgou os dados, os números ainda refletem os impactos da pandemia. 

“Muitas mulheres ficaram um tempo fora do mercado na pandemia e encontraram outras alternativas. Muitas até anteciparam a gravidez. Elas cuidam de parentes, têm atividades que são socialmente valorizadas, mas não estão no mundo do trabalho”, disse Paula Montagner. sobre a situação das mulheres.

O estudo também mostrou características das ocupações exercidas pelos jovens no Brasil. Cerca de 45% trabalham na informalidade, e 12 milhões atuam em profissões de baixa qualificação ou remuneração. Além disso, os dados apontam que o número de aprendizes e estagiários cresceu nos últimos anos.

Fonte> Brasil 247 com informações do G1

Magda aposta em fertilizante: “Petrobras não rasgará dinheiro”

 

Presidente da empresa concedeu primeira entrevista após a posse

A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu nessa segunda-feira (27) que o desenvolvimento da indústria nacional de fertilizantes é de interesse da empresa. Ela comentou também o imbróglio envolvendo o contrato com o Grupo Unigel, que vem sendo questionado no Tribunal de Contas da União (TCU).

"O Brasil importa cerca de 80% dos fertilizantes que utiliza. Uma grande parte deles é de nitrogenados, feitos com gás natural. A Petrobras vende gás. Se ela tem um produto que faz sentido ser vendido para fazer fertilizante, nós queremos ajudar a desenvolver o mercado", afirmou Chambriard em sua primeira entrevista após tomar posse.

Segundo ela, as movimentações da Petrobras nessa direção se alinham ao planejamento estratégico da empresa e serão bastante estudadas. "Não é só desenvolver por desenvolver. A gente quer um mercado estruturado para colocar o nosso produto. Não vou fazer isso a qualquer preço. Vou fazer desde que dê lucro. Mas se eu precisar eventualmente abaixar um pouquinho o preço do gás para conquistar o mercado e garantir que possa se expandir, está valendo. Desde que dê lucro, desde que a empresa e seus técnicos entendam que isso é um negócio vantajoso", acrescentou.

O contrato com a Unigel foi firmado em dezembro de 2019. A Petrobras arrendou ao grupo duas fábricas de fertilizantes, localizadas em Camaçari (BA) e em Laranjeiras (SE), que estavam paralisadas porque tinham operações deficitárias. A Unigel reiniciou a produção nas unidades, mas interrompeu no ano passado por falta de sustentabilidade econômica.

No mês passado, a área técnica do TCU chegou a pedir a suspensão do contrato por entender que havia indícios de irregularidades. Um parecer indicou que Petrobras assumiu os riscos do negócio em um cenário desfavorável, calculando um prejuízo de R$ 487,1 milhões no prazo de oito meses. A estatal busca um acordo para evitar a suspensão do contrato. Há duas semanas, o TCU rejeitou pedido para mediar uma solução consensual entre as partes.

Magda Chambriard disse que a Petrobras não irá passar por cima de uma instituição respeitada como o TCU e que caberá à empresa mostrar que fertilizantes são um bom negócio. "Ninguém aqui vai rasgar dinheiro”, afirmou. Segundo ela, a contrato com a Unigel faz sentido. "Se eu tenho que desbravar mercados, começar por alguma coisa que já existe é sempre mais fácil. Mas tem que dar lucro. E se o TCU tem dúvida, nós vamos responder às dúvidas do TCU".

Fonte: Agência Brasil

PF prende homem que importava peças de armas ilegalmente dos EUA

 

Ele agora está em um presídio do Rio onde aguardará julgamento

Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam em flagrante, no Rio de Janeiro,  um homem responsável pela importação ilegal de peças de armas de fogo pelos Correios, quando a encomenda chegou na agência de Jacarepaguá, na zona oeste.

A abordagem foi realizada enquanto o homem aguardava na agência para retirar o material. Além do flagrante pelo contrabando, foi identificado que ele estava armado, resultando também em sua prisão por porte ilegal de arma de fogo.

A informação foi encaminhada pela Receita Federal à PF, indicando a chegada de uma remessa internacional dos Estados Unidos contendo peças de arma de fogo e outros produtos controlados pelo Exército.

Investigação

A prisão, realizada nessa segunda-feira (27), ocorreu após de uma investigação conjunta entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado e a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas da Polícia Federal.

O preso foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal e, após a formalização da prisão em flagrante, foi levado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal, aguardando julgamento.

Fonte: Ag~encia Brasil

Bancos não terão atendimento presencial ao público nesta quinta-feira

 Agências serão reabertas na sexta

Agências bancárias em todo o país não terão atendimento presencial ao público nesta quinta-feira (30), quando se celebra o Corpus Christi. O atendimento ao público nas agências será retomado na sexta-feira (31). 

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacou que compensações bancárias, incluindo TED, também não serão efetivadas. Já o PIX, que funciona 24 horas todos os dias, poderá ser feito normalmente.

“Em algumas localidades, as salas de autoatendimento estarão disponíveis aos clientes no dia do feriado, a critério da instituição”, destacou a Febraban no comunicado. 

“Como alternativa, é possível utilizar os canais digitais e remotos dos bancos, como sites e aplicativo, para a realização de transferências e pagamento de contas nos dias em que não houver expediente nas agências”, completou. 

Contas de consumo, incluindo água, energia e telefone, além de carnês com vencimento na quinta-feira, poderão ser pagos, de acordo com a federação, sem acréscimo, no dia útil seguinte. 

Ainda segundo a Febraban, boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser pagos por meio de Débito Direto Autorizado (DDA). 

Fonte: Agência Brasil

Deputados bolsonaristas vão aos EUA falar mal do país e pedem reembolso por ‘missão oficial’

 

Além de Eduardo Bolsonaro, outros deputados registraram a viagem como missão oficial e receberam pagamento de diárias

 

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) solicitou à Câmara dos Deputados o reembolso da passagem que comprou para uma viagem aos Estados Unidos no início do mês. O deputado federal fez parte da comitiva de parlamentares que foi ao Congresso americano, em Washington, para participar de uma audiência sobre o Brasil.

Durante o evento, lembra a colunista Bela Megale, do Globo, foram feitas críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, protagonizadas por bolsonaristas e seus aliados. Eduardo Bolsonaro recebeu o valor de R$ 8.692,11 como reembolso pela passagem aérea do trecho de Guarulhos (SP) a Washington. O parlamentar viajou em classe econômica.


Além dele, outros deputados bolsonaristas também registraram a viagem como missão oficial e receberam pagamento de diárias. Entre eles estão Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG). O valor total das diárias somou cerca de R$ 32 mil.


Fonte: Agenda do Poder

STF vai retomar análise de recurso de Collor contra condenação por lavagem de dinheiro e corrupção passiva

 

Decisão que condenou ex-presidente a oito anos e 10 meses de prisão passa por uma das últimas no processo

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará a análise de um recurso apresentado pelo ex-presidente Fernando Collor contra a decisão que o condenou a oito anos e 10 meses de prisão. Essa etapa é uma das últimas no processo.

O julgamento do recurso começou em fevereiro, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Nesta segunda-feira, Toffoli devolveu o caso, e o reinício da análise foi marcado para ocorrer entre os dias 7 e 14 de junho, no plenário virtual do STF.


Até o momento, dois votos foram registrados para manter a condenação de Collor e de outros dois réus. Votaram nesse sentido o relator, ministro Alexandre de Moraes, e o ministro Edson Fachin.


Os embargos de declaração estão sendo analisados, um tipo de recurso utilizado para esclarecer pontos de uma decisão. No entanto, para Moraes, os réus estão apenas tentando rediscutir pontos já decididos, em um “mero inconformismo”.


“Os embargantes buscam, na verdade, rediscutir pontos já decididos pela Suprema Corte no julgamento desta ação penal, invocando fundamentos que, a pretexto de buscar sanar omissões, obscuridades ou contradições, revelam mero inconformismo com a conclusão adotada”, escreveu Moraes em fevereiro.


O julgamento de Collor e de outros dois réus foi concluído em maio do ano passado pelo STF. Em setembro, após a publicação do acórdão, os três réus apresentaram embargos de declaração. A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a rejeição dos embargos.


Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um esquema envolvendo a BR Distribuidora, investigado pela Operação Lava-Jato. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, apontado como operador do esquema, foi condenado a quatro anos e um mês de prisão, enquanto Luis Amorim, diretor executivo da Organização Arnon de Mello, conglomerado de mídia do ex-presidente, recebeu uma pena de três anos e 10 dias. Os três negaram as acusações durante o julgamento.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.  

 

Abuso de poder: TSE julgará duas ações que podem prender Bolsonaro

 


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode enfrentar mais duas condenações ainda este ano. A partir de 3 de junho, a ministra Cármen Lúcia assumirá a presidência da Corte, sucedendo o ministro Alexandre de Moraes, e pautará duas ações contra o ex-capitão.

Como esta é a última semana do mandato de Moraes no comando do TSE e o tribunal não incluiu as ações na sessão desta terça-feira (28), elas serão decididas pela nova presidente, Cármen Lúcia.

As duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foram protocoladas pelo PT e PDT em relação às eleições de 2022, acusando Bolsonaro e seu então candidato a vice-presidente, general Walter Braga Netto, de abuso de poder político e econômico, uso indevido dos meios de comunicação e desvio de função.

As ações se referem ao uso do funeral da Rainha Elizabeth II, na Embaixada Brasileira em Londres, e da 77ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, como palanques políticos, onde Bolsonaro fez discursos com conotação eleitoral.

Bolsonaro visita o caixão e presta homenagem à rainha, em Londres | CNN BrasilJair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Silas Malafaia no Reino Unido para o velório da rainha Elizabeth II. Foto: reprodução

Os relatórios das ações já foram concluídos pelo relator, ministro Raul Araújo, e estão liberados para julgamento, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo. A expectativa é que Cármen Lúcia defina as datas das análises na próxima semana.

Vale destacar que, em ambos os casos, o ex-chefe do Executivo aproveitou viagens oficiais do governo brasileiro para promover iniciativas que seus adversários alegam terem representado campanha eleitoral irregular.

Além disso, nas duas ações, o Ministério Público Eleitoral opinou a favor da aplicação de multas, mas não concordou com a decretação da inelegibilidade do ex-presidente.

Fonte: DCM

STF nega por unanimidade ação que tentava impedir aumento para juízes e procuradores

 

Essas altas remunerações burlam o teto salarial do funcionalismo público e haviam sido contestadas por Instituto

 

A Primeira Turma do STF negou na última semana um pedido para suspender decisões que davam margem à criação de penduricalhos a juízes e procuradores, informa o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. A entidade que acionou o Supremo criticou regras recentes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

A ação do Instituto Observatório Político e Socioambiental havia sido rejeitada em março pelo ministro Cristiano Zanin, relator do caso. O instituto recorreu e levou o processo para julgamento virtual na Primeira Turma. Todos os ministros do colegiado seguiram Zanin: Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux.


Um estudo da Transparência Brasil citado pela entidade apontou que o CNJ e o CNMP cometeram “abuso” ao interpretarem o princípio de simetria entre as carreiras do Judiciário e do Ministério Público (MP) para aumentar os próprios salários.


Na prática, essas remunerações burlam o teto do salário do funcionalismo público, que hoje é de R$ 44 mil, o equivalente aos proventos dos ministros do Supremo. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, por exemplo, recebeu R$ 116 mil em fevereiro.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

 

PEC que pode privatizar praias retoma projeto bolsonarista de criar “Cancúns brasileiras” com alto risco ambiental

 

O relator, não por coincidência, é o senador Flavio Bolsonaro, filho “01” do ex-presidente

 

A movimentação do senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, para aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que dá margem à privatização de praias retoma uma obsessão do governo de Jair Bolsonaro. Cobranças do então presidente para criar “Cancúns brasileiras” mobilizaram ministérios e fizeram o ministro da Economia da época defender a venda de praias. As informações são do colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a principal da Casa, voltou nessa segunda-feira (27/5) a analisar uma PEC que pode privatizar áreas da União no litoral. Especialistas apontaram que o texto abre brechas na lei para criar praias privadas, além dos altos riscos ambientais. O relator, Flávio Bolsonaro, atua para aprovar o projeto. Como já teve o aval da Câmara, o texto vai à sanção presidencial caso seja endossado pelo plenário do Senado.


A gestão do litoral brasileiro é definida por uma lei de 1988, publicada às vésperas da promulgação da Constituição. O texto estabeleceu que “as praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas”.


Ainda durante a campanha presidencial de 2018, Bolsonaro já falava em transformar Angra dos Reis (RJ) em uma “Cancún brasileira”. A comparação insinuava que faltava ao Brasil a permissão para resorts e hotéis gigantes se instalarem em praias. Durante o governo, as falas foram ficando mais diretas.


“Nós podemos ser protagonistas de fazer com que a Baía de Angra seja uma nova Cancún. Temos um potencial enorme ali. Do que nós dependemos para começar a tirar esse sonho do papel? De uma caneta Bic, revogando um decreto, o decreto que demarcou a estação ecológica de Tamoios”, disse o então presidente em maio de 2019. Só naquele mês, ele abordou o assunto três vezes em público.


Em 2021, afirmou Bolsonaro: “Tenho proposta de um xeque [árabe] de investir US$ 1 bilhão ali [Angra dos Reis] para ser transformado em algo melhor que Cancún”. Naquele mesmo ano, o Ministério da Economia iniciou estudos para privatizar imóveis em praias. O projeto inicial foi batizado de “Praias do Brasil”, e teria participação também de outras pastas, a exemplo de Meio Ambiente, Infraestrutura e Turismo. Angra dos Reis estava na mira do projeto piloto, além de Maragogi (AL), Cairu (BA) e Florianópolis (SC).


A obstinação continuou no ano eleitoral de 2022. O então ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em um podcast em setembro daquele ano: “Tem um grupo de fora que quer comprar uma praia numa região importante do Brasil. Quer pagar US$ 1 bilhão. Aí você chega lá e pergunta: ‘Vem cá, vamos fazer o leilão dessa praia?’. ‘Não, não pode’. ‘Por quê?’. ‘Isso é da Marinha’”, afirmou Guedes, tido como um “superministro” de Bolsonaro. Alguns dias depois, o ministro recuou. Alegou que não queria vender praias, mas transferir ao setor privado terrenos da Marinha no litoral brasileiro — algo bastante similar na prática.


A menção constante de Jair Bolsonaro por Angra dos Reis envolve uma multa que o então deputado recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2012. Na época, Bolsonaro foi punido por pesca ilegal na região. Quando se tornou presidente, a multa foi anulada. O fiscal que aplicou a sanção afirmou que a anulação foi “açodada” e ocorreu num contexto “absolutamente atípico”.


Uma reportagem da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, mostrou em 2022 mais uma relação da família Bolsonaro com Angra dos Reis, cidade a 160 quilômetros da capital fluminense. O senador foi arrolado como testemunha numa disputa judicial pela posse de uma mansão de R$ 10 milhões na paradisíaca Ilha Comprida, em Angra dos Reis. A casa foi vendida em 2020 para a Sport 70, empresa do jogador da Seleção Brasileira Richarlison e de seu empresário.


Em maio de 2022, entretanto, uma decisão liminar transferiu a posse do imóvel ao advogado Willer Tomaz, um dos principais amigos de Flávio em Brasília e que, desde que o senador se encantou com a mansão, há dois anos, deu início a uma série de investidas para se tornar seu dono. No ano passado, a mansão alvo de disputas judiciais passou a ser alugada a partir de R$ 10 mil a diária. Para a alta temporada, o valor chegava a R$ 100 mil.


Em outra iniciativa que envolvia o litoral brasileiro, o governo Bolsonaro acionou o STF em 2022 para federalizar o arquipélago de Fernando de Noronha. “Sugeri a gente federalizar Fernando de Noronha. Virou ali uma ilha de amigos do rei. E o rei não sou eu”, queixou-se Bolsonaro à época. No ano passado, o governo federal e o governo pernambucano chegaram a um acordo para a gestão compartilhada do destino turístico.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles