segunda-feira, 27 de maio de 2024

APUCARANA: Projeto Futuro Integral é um dos maiores do Paraná


 O Projeto Futuro Integral, desenvolvido pelo Sesc com prefeituras e entidades, completou 15 anos de existência. Apucarana é uma das poucas cidades do Paraná em que o projeto é realizado unicamente com estudantes da rede municipal. “Essa é seguramente a maior experiência do projeto  com crianças do ensino fundamental, realizada 100% em escolas municipais”, frisou  o prefeito Junior da Femac, durante evento alusivo ao aniversário da iniciativa.

O prefeito salienta que os estudantes de Apucarana têm acesso a atividades complementares, que visam promover a educação integral. “A parceria com o Sesc é uma das inúmeras atividades desenvolvidas nas escolas municipais, como o ensino de Libras que foi premiado na semana passada entre as 10 melhores práticas inovadoras na educação do mundo”, reitera Junior da Femac.

O gerente do Sesc Apucarana, Ronaldo Romani Ficagno, afirma que o projeto Futuro Integral na Escola é gratuito e no Paraná ocorre em 31 municípios. “Cada município tem uma realidade. Há cidades em que o projeto é desenvolvido em instituições, associações, institutos, casas de apoio e ONGs. Em Apucarana, neste ano o formato que entendemos ser o melhor é o atendimento dos estudantes dentro da própria estrutura do Município”, explica Ficagno.

Em Apucarana, o projeto é desenvolvido através de uma parceria com a Autarquia Municipal de Educação (AME). “Os estudantes têm a oportunidade de desenvolver as habilidades de forma lúdica e prazerosa. Os conteúdos são repassados de maneira diferenciada, com dinâmicas e promovendo a inclusão de todos”, afirma Marli Fernandes, diretora-presidente da AME, acrescentando que o projeto atende cerca de 400 estudantes das escolas municipais Fernando José Acosta, Osvaldo Santos Lima, Juiz Luiz Fernando Araújo Pereira, Monsenhor Arnaldo Beltrame, Senador Marcos Freire e Fábio Henrique da Silva.

As ações do projeto ocorrem por meio de oficinas nos eixos de letramento, raciocínio lógico, arte-educação, expressão corporal e robótica. “O calendário deste ano prevê diversas atividades, como o Festival de Matemática, Sarau Literário e o Outubro Mágico. No evento que marcou os 15 anos e que integra o Festival de Matemática, além do bolo comemorativo, os estudantes ganharam lanche e participaram de diversas atividades, como o planetário e brinquedos gigantes infláveis”, cita Graziela Meireles Navas, coordenadora do projeto.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Ducci comemora decisão do PT e diz que apoio tem relação com “uma Curitiba mais social”

 

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O pré-candidato do PSB à prefeitura de Curitiba, deputado federal Luciano Ducci, comemorou a decisão da Executiva Nacional do PT de não lançar candidatura própria para apoiá-lo no pleito deste ano. “Eu estou muito feliz com a oficialização do apoio do Partido dos Trabalhadores (PT) à minha pré-candidatura. Este movimento mostra a confiança em um projeto mais humano para a cidade”, disse Ducci em nota distribuída por sua assessoria.

“Curitiba é maravilhosa, mas nos últimos anos, vimos o aumento rápido das ocupações irregulares, que segundo dados oficiais, já são mais de 300, das pessoas em situação de rua, da falta de uma política pública que enfrente a questão social como ela se apresenta. A saúde e a moradia são temas urgentes. E acredito que o apoio do PT e do governo federal tem relação com essa busca de uma Curitiba mais social”, segue a nota de Ducci.

Ducci ainda falou da militância: “Agora é hora de começarmos a trabalhar a mobilização da militância e buscarmos o apoio de outros partidos que tenham afinidade com o que pensamos para a cidade. Queremos apresentar nas eleições uma proposta de uma Curitiba mais criativa, social e melhor para todos”, finalizou.

Fonte: Bem Paraná com blog da Martha Feldens

PT decide: vai com Ducci; pré-candidatos vão recorrer

 


Reprodução

Por 15 votos a 7, a reunião do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT decidiu na manhã desta segunda-feira (27) fazer uma aliança com o PSB de Luciano Ducci na eleição municipal deste ano. A escolha era fazer a aliança já ou adiar essa decisão para mais à frente. Os três pré-candidatos do partido – Os deputados federais Zeca Dirceu e Carol Dartora e o advogado Felipe Mongruel, o Magal – participaram da reunião. 

“É muito importante essa construção de uma frente de partidos políticos que tenham uma relação com o presidente Lula e que a gente tenha uma time progressista reunido aqui para as eleições municipais”, disse ao blog o presidente estadual do PT, Arilson Chiorato após a reunião.


“É muito importante essa construção de uma frente de partidos políticos que tenham uma relação com o presidente Lula e que a gente tenha um time progressista reunido aqui para as eleições municipais”, disse ao blog o presidente estadual do PT, Arilson Chiorato após a reunião.

A decisão se deu por maioria simples. O advogado Felipe Mongruel disse em vídeo que vai consultar os estatutos e entrar com recurso ao diretório nacional. O deputado Zeca Dirceu também já está preparando o seu recurso.


A reunião foi aberta pela presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann. O presidente municipal do partido, Angelo Vanhoni assumiu em seguida dando o encaminhamento da pauta. Carol Dartora foi a primeira dos três pré-candidatos a falar. Depois falaram Zeca Dirceu e Magal. Os dois foram enfáticos na defesa da candidatura própria.


Fonte: Bem Paraná com informações do blog da Martha Feldens

Haddad é ministro de Lula com melhor avaliação dos deputados, mostra pesquisa Quaest

 

Rui Costa, da Casa Civil, tem a imagem mais negativa: 39% avaliam sua gestão como negativa, 29% como positiva e 27% como regular

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o auxiliar mais bem avaliado do presidente Lula (PT) entre os deputados federais, segundo pesquisa Genial/Quaest. Haddad recebeu avaliações positivas de 48% dos parlamentares entrevistados, enquanto 29% consideram sua atuação negativa e 20% a classificam como regular. Apenas 3% não souberam responder.

Entre os deputados da base governista, Haddad tem a aprovação de 82%, com apenas 3% desaprovando seu trabalho. Já na oposição, 66% o avaliam negativamente e 12% de forma positiva, informa Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.


Em contraste, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, possui a imagem mais negativa. No geral, 39% dos parlamentares avaliam sua gestão como negativa, 29% como positiva e 27% como regular, com 4% sem opinião formada. Entre os deputados da oposição, a reprovação de Costa chega a 75%, com apenas 5% aprovando sua atuação. Entre os governistas, 56% têm uma visão positiva e 13% negativa.


A ministra do Planejamento, Simone Tebet, foi avaliada positivamente por 39% dos entrevistados e negativamente por 28%. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, recebeu 33% de menções positivas e 35% negativas. Alexandre Silveira, da pasta de Minas e Energia, obteve 28% de avaliações positivas e 25% negativas.


A pesquisa, realizada entre 29 de abril e 20 de maio, ouviu 183 deputados federais por meio de entrevistas presenciais e online, com uma margem de erro de 4,8 pontos percentuais.


Fonte: Agenda do Poder com informações da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo

 

Ex-prefeitos de Porto Alegre criticam Sebastião Melo por incompetência no combate às enchentes

 

Alceu Collares, Olívio Dutra, Raul Pont, Tarso Genro e José Fortunati divulgaram manifesto conjunto

Sebastião Melo (MDB)
Sebastião Melo (MDB) (Foto: Mauricio Tonetto/Secom | Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

Os ex-prefeitos de Porto Alegre Alceu Collares (PDT), Olívio Dutra (PT), Raul Pont (PT), Tarso Genro (PT) e José Fortunati (PV) divulgaram um manifesto que critica a incompetência do atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), no combate às cheias na cidade. No texto, os políticos declaram apoio à Carta Pública redigida por engenheiros, ambientalistas e acadêmicos que acusa o atual prefeito de descaso na manutenção do sistema de proteção de cheias.

“Compartilhamos com os referidos firmatários da Carta, da sua crítica à indiferença demonstrada pelo prefeito atual, em relação aos alertas do competente corpo técnico do DMAE, que registrou claramente a possibilidade de ocorrência da catástrofe”, diz a nota. O manifesto também critica as respostas oferecidas por Melo, que, em entrevistas à imprensa, responsabilizou os demais prefeitos pelo agravamento das enchentes.

Os ex-prefeitos também manifestaram solidariedade a todas as famílias atingidas pela catástrofe climática no Rio Grande do Sul, “situação dramática que foi agravada pela falta de reparos e de manutenção dos aparatos de proteção da cidade e pela desorganização técnica e institucional dos seus serviços”.

Fonte: Brasil 247

Haddad diz que compensação à desoneração da folha deve ir ao Congresso nesta semana ou na próxima

 

"A compensação vai na forma de uma medida provisória", disse o ministro da Fazenda

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | Jefferson Rudy/Agência Senado)

Reuters - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que as medidas de compensação à desoneração da folha de pagamentos estão prontas e que o governo avalia se as enviará ao Congresso nesta semana, que é mais curta devido a um feriado na quinta, ou na semana que vem.

Em conversa com jornalistas em Brasília, Haddad disse que as medidas serão encaminhadas por meio de uma medida provisória.

"Estou vendo se é o caso de mandar nesta semana, que não tem sessão, ou se nós combinamos de mandar na semana que vem. Mas estão prontas as medidas", disse ele aos repórteres.

"A compensação vai na forma de uma medida provisória", acrescentou.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Brasil amplia para R$ 7,2 bi recursos para estimular importação de arroz após enchentes no RS

 

Produto a preços subsidiados será destinado ao varejo nacional, incluindo hipermercados e atacarejos, para limitar uma alta nos preços

Brasil vai importar arroz para segurar preço
Brasil vai importar arroz para segurar preço (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil )

Reuters - O governo brasileiro publicou medidas provisórias que ampliam os recursos destinados a viabilizar importações de até 1 milhão de toneladas de arroz, com vistas a ofertar o produto a preços subsidiados ao varejo nacional, incluindo hipermercados e atacarejos, para limitar uma alta nos preços do produto básico em meio às enchentes no Rio Grande do Sul.

Inicialmente, o governo havia separado cerca de 416 milhões de reais para uma primeira operação de compra de 104,03 mil toneladas de arroz importado, na tentativa de evitar uma escalada de preços do produto.

A aquisição das mais de 100 mil toneladas seria realizada na semana passada por meio de um leilão pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas o certame foi suspenso, enquanto o governo buscava aperfeiçoar o programa.

Com a definição do valor adicional de cerca de 6,7 bilhões de reais, conforme medida provisória publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite de sexta-feira, a expectativa é de que a Conab divulgue em breve as regras do edital do novo leilão, cujo volume inicial ainda não foi definido.

A ideia é de que a Conab compre o arroz importado por terceiros, e que estes comprovem que a importação tenha sido feita após definição do leilão, para que o governo tenha garantia do ingresso de oferta nova ao país.

O preço do arroz em casca posto na indústria do Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro do cereal, subiu quase 13% no acumulado do mês até a última sexta-feira, para 120,95 reais a saca de 50 kg, segundo indicador levantado pelo centro de estudos Cepea.

Com os estoques formados a partir das aquisições, a Conab venderá o arroz diretamente para "supermercados, hipermercados, atacarejos e outros estabelecimentos comerciais, incluindo equipamentos públicos de abastecimento, que disponham de ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas", segundo a MP.

Anteriormente, a Conab havia afirmado que o arroz viabilizado pelas operações do governo deveria chegar ao consumidor brasileiro por no máximo 4 reais o quilo.

No final de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou a intenção do governo de estimular a importação de arroz para manter a oferta interna, afetada pela tragédia climática no Rio Grande do Sul, e segurar os preços.

Ele citou que o preço do arroz no supermercado está "muito caro".

Para facilitar a importação, no último dia 20 o comitê gestor da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a redução a zero do imposto de importação de três tipos de arroz. Dois tipos de arroz não parboilizado é um tipo polido foram incluídos na lista de exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul.

DESNECESSÁRIO? - Para representantes do setor produtivo, a importação de arroz é desnecessária, considerando que o Rio Grande do Sul já havia colhido mais de 80% da safra quando as enchentes devastaram o Estado.

Por mais que alguns silos e lavouras tenham sido afetados pelas inundações, o Estado vinha colhendo uma safra com produtividade boa, argumentam os representantes dos produtores.

O consultor privado Carlos Cogo, cuja consultoria tem sede no Rio Grande do Sul, reafirmou nesta segunda-feira que o Estado tem condições de atender a demanda brasileira, apesar de algumas quebras registradas pelas enchentes.

"É muito dinheiro por uma operação completamente desnecessária", afirmou ele sobre a MP publicada pelo governo.

A definição do valor, contudo, não quer dizer que todo o montante será gasto. A Conab costuma fazer as operações dentro da necessidade do mercado.

Cogo acrescentou que, ao final, os supermercados estarão vendendo arroz a preços subsidiados e a preços inferiores aos custos de mercado. Isso pode desestimular produtores de arroz na próxima temporada, avaliou.

De acordo com previsão de maio da Conab, o Brasil deverá produzir 10,5 milhões de toneladas de arroz, alta de 4,6% ante a temporada passada, com a safra do Rio Grande do Sul crescendo 4,9%, para 7,2 milhões de toneladas.

A Conab revisou para baixo em apenas 200 mil toneladas os números da safra de arroz do Rio Grande do Sul, frisando em relatório no último dia 14 que os prejuízos pelas enchentes ainda estavam sendo mensurados.

O consumo interno é estimado pela Conab em 11 milhões de toneladas, com as importações e estoques mais do que suficientes para compensar a diferença em relação à safra, segundo os números da estatal.

A Conab havia estimado estoques iniciais de 1,8 milhão de toneladas na atual temporada, enquanto a estimativa de importação, após as enchentes, acabou sendo revisada para 2,2 milhões de toneladas. Já a previsão de exportação de arroz do país caiu para 1,2 milhão de toneladas, 300 mil abaixo da previsão de abril.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Conselho de Ética avalia acusação de rachadinha contra Janones nesta terça-feira

 

Deputado André Janones enfrenta análise de denúncia por suposto esquema em seu gabinete

André Janones
André Janones (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados analisará nesta terça-feira (28) o caso do deputado André Janones (Avante-MG), suspeito de promover um esquema de "rachadinha" em seu gabinete. A avaliação, que havia sido adiada na última quarta-feira (22), será baseada no parecer do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).

Boulos, que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, defende que Janones não era parlamentar na época em que foi gravado supostamente solicitando a devolução de parte dos salários de seus auxiliares. No entanto, o áudio da gravação sugere o contrário, contradizendo a defesa apresentada, diz o jornal Folha de S. Paulo.

O parecer de Boulos será submetido à votação no Conselho de Ética, onde os membros decidirão se o processo contra Janones prosseguirá ou não. A denúncia de "rachadinha" implica a prática de exigir a devolução de parte dos salários de funcionários do gabinete para uso pessoal do deputado, uma infração que, se comprovada, pode resultar em penalidades severas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Haddad critica polarização sobre tributação das compras internacionais: “não pode ser responsabilidade de uma pessoa”

 

Ministro da Fazenda espera que assunto que “vai acabar sendo planejado por mais do que um ator, para chegar a um denominador comum”

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Reprodução | Reuters/Ueslei Marcelino)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (27) que o debate sobre a tributação de compras internacionais está "polarizado". Segundo ele, a questão deve ser tratada em conjunto com o Congresso Nacional, onde tramita um projeto de lei que pode reintroduzir o Imposto de Importação para compras de até US$ 50 feitas por pessoas físicas.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou que a "tendência" é vetar o projeto, que deveria ter sido votado pela Câmara dos Deputados, mas foi adiado a pedido do governo. Haddad enfatizou a importância de um debate técnico e amplo sobre o tema.

"Isso não pode ser responsabilidade de uma pessoa. É um assunto que está polarizado, e o que nos importa é que o debate técnico se estabeleça, para saber o que é melhor para o país. Mas isso é um assunto que vai acabar sendo planejado por mais do que um ator, para chegar a um denominador comum", afirmou Haddad a jornalistas no Ministério da Fazenda.

A Receita Federal, que faz parte do Ministério da Fazenda, defende a manutenção da isenção dentro do programa Remessa Conforme, lançado em agosto de 2023, que zerou o Imposto de Importação para compras até esse valor.

O fim da isenção tem o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que já defendeu a medida em plenário, argumentando que não se trata de um "jabuti". Na semana passada, Lula afirmou que está aberto para discutir o assunto com Lira, mas destacou que o debate deve considerar as necessidades dos consumidores de baixa renda.

Fonte: Brasil 247

Juros recuam, mas rotativo do cartão sobe, atingindo 423,5% ao ano

 

Segundo o BC, mesmo com a entrada em vigor da lei que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dívida, a medida não afeta a taxa pactuada no momento da concessão do crédito

(Foto: Pexels - Pixabay)

Por Andreia Verdélio, repórter da Agência Brasil - A taxa média de juros das concessões de crédito para famílias teve pequena redução no mês de abril, enquanto os juros do cartão de crédito rotativo continuaram subindo, com aumento de 2,2 pp (pontos percentuais), atingindo 423,5% ao ano. Os dados são das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central (BC).

O crédito rotativo dura 30 dias e é tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão de crédito. Ou seja, contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar.

A modalidade é uma das mais altas do mercado. Segundo o BC, mesmo com a entrada em vigor, em janeiro, da lei que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dívida, a medida não afeta a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito. Como ela só se aplica a novos financiamentos, não houve impacto na apuração estatística de abril.

Por outro lado, considerando os 12 meses encerrados em abril, houve recuo de 23,8 pp nos juros do cartão rotativo.

Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. Nesse caso do cartão parcelado, os juros caíram 8,7 pp no mês e 18,5 pp em 12 meses, indo para 128% ao ano.

Crédito livre - No total, a taxa média de juros das concessões de crédito livre, para famílias, teve redução de 0,4 pp em abril e de 6,6 pp em 12 meses, chegando a 53% ao ano.

Também compõem essas estatísticas os juros do cheque especial, que subiram 1,8 pp no mês e caíram 3,6 pp em 12 meses, alcançando 129,9% ao ano. Contribuindo para a queda dos juros médios, houve reduções em menor magnitude no crédito consignado, aquisições de outros bens e arrendamento mercantil.

Já nas operações com empresas, os juros médios no crédito livre tiveram aumento de 0,4 pp em abril e redução de 2,2 pp em 12 meses, indo para 21,3% ao ano. Destacaram-se os aumentos das taxas de capital de giro com prazo superior a 365 dias (1 pp) e de cartão de crédito rotativo (39,7 pp).

No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já no crédito direcionado, as regras são definidas pelo governo, e se destina, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

Taxa média - No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas ficou em 9,9% ao ano em abril, aumento de 0,1 pp no mês e redução de 1,2 pp em 12 meses. Para as empresas, a taxa caiu 2 pp no mês e 3 pp em 12 meses, para 11,3% ao ano.

Com isso, considerando recursos livres e direcionados, para famílias e empresas, a taxa média de juros das concessões em abril diminuiu 0,2 pp no mês e 3,9 pp em 12 meses, alcançando 28% ao ano.

O comportamento dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, vem sendo reduzida. A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação e está definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Entretanto, a alta recente do dólar e o aumento das incertezas fizeram o BC diminuir o ritmo do corte de juros, que vinham sendo de 0,5 ponto percentual, para 0,25 ponto.

Além disso, com as expectativas de inflação acima da meta e, em meio a um cenário macroeconômico mais desafiador do que o previsto anteriormente, o Copom decidiu não prever novos cortes na Selic na última reunião, no início de maio.

Saldos das operações - Em abril, as concessões de crédito tiveram queda de 1,6%, chegando a R$ 562,2 bilhões, resultado da alta de 4% para as pessoas físicas e da queda de 8% para empresas.

Com isso, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,893 trilhões, um crescimento de 0,2% em relação a março. O resultado refletiu a redução de 0,9% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,249 trilhões) em contraposição ao incremento de 0,9% no de pessoas físicas (R$ 3,644 trilhões). Na comparação interanual, o crédito total cresceu 8,7% em abril.

Já o crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa), alcançou R$ 16,711 trilhões, com aumento de 0,9% no mês e 10,4% em 12 meses. O principal fator dessa alta foram os títulos da dívida pública e dos empréstimos externos, que subiram 1,4% e 2,2%, respectivamente.

Endividamento das famílias - Segundo o Banco Central, a inadimplência - atrasos acima de 90 dias - tem se mantido estável há bastante tempo, com pequenas oscilações e registrou 3,2% em abril. Nas operações para pessoas físicas, ela está em 3,6%, e para pessoas jurídicas em 2,6%.

O endividamento das famílias - relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses - ficou em 48% em março, aumento de 0,2 ponto percentual no mês e queda de 0,6% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,1% no quarto mês do ano.

Já o comprometimento da renda - relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período - ficou em 26,5% em março, aumento de 0,8 ponto percentual na passagem do mês e redução de 1,1% em 12 meses.

Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: Brasil 247

 

Auxílio Reconstrução: famílias devem confirmar dados a partir de hoje

 

Até o momento, estão contemplados com o auxílio 369 municípios gaúchos

Porto Alegre, RS, Brasil - 04/05/2024 - Prefeito Sebastião Melo realiza vistoria nos abrigos do Teatro Renascença e CETE. Fotos: Cesar Lopes/ PMPA

As famílias desalojadas e desabrigadas de 369 municípios do Rio Grande do Sul podem confirmar, a partir desta segunda-feira (27), as informações do responsável de cada uma das famílias cadastradas pelas prefeituras gaúchas no site do Auxílio Reconstrução.

O valor de R$ 5.100,00 será pago em uma única parcela pelo governo federal, limitado a um recebimento por família afetada pelas cheias. Esta ajuda financeira servirá para a compra de móveis, eletrodomésticos e utensílios que as famílias perderam em decorrência das enchentes.

Após a confirmação das informações pelo cidadão, os dados da família beneficiária serão enviados à Caixa Econômica Federal para conferência e pagamento, em 48 horas, na conta do responsável familiar cadastrado.

A previsão dada pelo governo federal é que o sistema para confirmação dos dados do responsável familiar cadastrado entre no ar nesta segunda-feira. Porém, até o fechamento desta reportagem, o site ainda não estava disponível. A assessoria de imprensa confirmou à Agência Brasil que a página virtual será ativada nesta segunda-feira, ainda sem horário previsto.

Passo a passo

As famílias contempladas são aquelas residentes em áreas urbanas e rurais atingidas pelas enchentes no estado e identificadas pelas prefeituras. O auxílio é destinado às que tiveram perdas de bens e/ou que deixaram suas casas, de forma temporária ou definitiva. O benefício não alcança proprietários de comércios que sofreram danos.

Até o momento, estão contemplados pelo Auxílio Reconstrução 369 municípios gaúchos, que tiveram o estado de calamidade pública ou a situação de emergência reconhecido pela Defesa Civil Nacional até 15 de maio, conforme a lista divulgada pelo órgão.

Se a família atender a estes critérios, o responsável por aquele núcleo familiar terá que acessar o site do Auxílio Reconstrução e clicar na aba Sou Cidadão e entrar com a conta registrada no do portal do governo federal Gov.br, com o login e senha cadastrados.

O responsável familiar deverá conferir e atestar os nomes completos e os CPFs [Cadastros de Pessoa Física] próprio e dos integrantes daquela família, endereço completo de residência e telefone de contato.

Caso haja erro de cadastro, os cidadãos deverão procurar com brevidade a prefeitura para corrigir dados, como CPF, endereço ou nome.

A agilidade do órgão municipal fará com que o Auxílio Reconstrução chegue mais rapidamente às famílias atingidas pela tragédia.

Pagamento

Com os dados conferidos, as informações serão cruzadas com outras bases de dados do governo federal, como as da Previdência e de programas de assistência social, para confirmar endereços e CPFs. Só então o pagamento será autorizado.

O governo federal estima que o repasse do valor emergencial ocorra em até 48 horas. O pagamento do benefício será realizado pela Caixa Econômica Federal (CEF).

As pessoas que têm conta poupança ou corrente na Caixa receberão o dinheiro nesta conta. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma conta poupança no nome do responsável pela família nesse mesmo banco, que acessará o dinheiro com o aplicativo Caixa Tem, disponível para smartphones nos sistemas Android e iOS, sem a necessidade de se digerir a uma agência bancária.

Para verificar se o pagamento único já foi liberado, o responsável pela família deve acessar periodicamente o link Auxílio Reconstruçãousando login e senha no site Gov.Br.  

Regras

Cada família pode ter apenas um Auxílio Reconstrução. O recebimento de mais de um deste benefício é considerado crime de falsidade ideológica, previsto no art. 299 do Código Penal, sujeito a sanções penais e cíveis cabíveis. O fraudador ainda terá que ressarcir à União o valor recebido irregularmente.

Em carta enviada aos prefeitos das cidades gaúchas, a Controladoria Geral da União (CGU) notificou que tanto o gestor municipal quanto o responsável familiar devem prestar informações verídicas.

Os beneficiários do programa federal Bolsa Família e quem estiver recebendo o Seguro-Desemprego que também tiveram residência atingida pelo desastre climático no Rio Grande do Sul poderão receber o Auxílio Reconstrução, pois não há restrição para acumular o benefício federal com outro auxílio federal ou estadual, nesta situação.

Dúvidas

As dúvidas da população sobre o processo de cadastro podem ser esclarecidas com o setor responsável da prefeitura daquele município ou no site do MIDR criado para isso.

Os procedimentos para concessão e acesso ao pagamento estão descritos na Medida Provisória nº 1.219/2024 e na Portaria nº 1.774/2024, ambas do governo federal

Fonte: Agência Brasil