domingo, 26 de maio de 2024

Ciro Gomes admite isolamento político e diz que é um ‘amante não correspondido’ do Brasil

 

Ciro nega intenção de voltar a disputar o governo do Ceará ou um mandato de deputado federal

 

Em entrevista ao Globo, o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes admitiu que está isolado politicamente, tendo rompido inclusive com seu irmão, o senador Cid Gomes (PSB). Candidato à Presidência por quatro vezes (1998, 202, 2018 e 2022) se definiu como um “um amante não correspondido pelo Brasil”.

Em um discurso na quinta-feira na sede do PDT, o senhor disse que era a primeira vez que saía da toca desde quando perdeu a eleição em 2022. Por que ficou recluso?


A eleição me chocou profundamente e matou em mim a crença no sistema democrático brasileiro. No minuto que perdi a eleição, senti uma espécie de deslegitimação do meu direito de participar.


Por causa dos 3% de votos que o senhor recebeu?


Os 3% foram a consumação desse processo. Nas outras eleições, tive 11%, 12%. Essa gente toda sucumbiu a uma onda fascista. Eu sabia que Lula não tinha a menor condição de entregar a tal esperança mistificadora que resumiu todo o drama para essa classe escolarizada de artistas e intelectuais. Como se o problema fosse nos livrarmos do Bolsonaro no primeiro turno, o que seria impossível. Bolsonaro não era um produto marciano, e sim do encontro trágico da pior crise econômica da história com o maior escândalo de corrupção (o petrolão) já visto. Fiz um detox. Estou tentando ver se encontro outros modos prazerosos de exercitar minha vocação. Não quero mais depender da aprovação ou da crítica sebosa de eleitor.


O senhor brigou contra a polarização, mas ela permanece. Foi derrotado?


O Brasil está derrotado, porque isso aniquila o nosso país. Isso só se resolverá quando Lula sair do jogo. Teve o 1º de maio vexaminoso, e a turma de Lula fica dizendo que organizaram errado. Não foi isso. Eles quebraram a lógica de representatividade da sociedade civil pela cooptação. O povo foi embora. E sabe quem está falando para eles? A direita. Não na agenda real, mas na de costumes. A esquerda brasileira capitulou.


O senhor tem criticado o governo, mas o presidente do seu partido, Carlos Lupi, virou ministro da Previdência e o seu irmão Cid Gomes foi para o PSB, partido aliado do PT. O senhor está ficando isolado?


Completamente. Mas minha posição não é anti-PT. É antimodelo. Não condeno ninguém. Lupi está se esforçando como ministro. E, repare, se ele não aceita, Lula tinha ido em cima de um pedetista qualquer e estilhaçado o partido. Não vejo problema em contribuir. Sou apaixonado pelo Brasil. Apenas sou um amante não correspondido.


Política envolve o convencimento de outros, mas o senhor não tem conseguido convencer os que estão ao seu lado. Virou uma batalha quixotesca?


Virou. Portanto, tenho que mudar de linguagem. Tenho clareza disso. É a minha grande frustração. Nunca tive a ilusão de que esse conjunto de ideias pudesse ser popular. Mas não quero mais submetê-las a essa coisa eleitoral. Sou isolado? Sou. Imagina quantos isolamentos sofreu Getúlio Vargas. Brizola também morreu completamente isolado.


O isolamento se reflete também nas ofensas dirigidas à senadora Janaína Farias (PT), que resultaram numa denúncia do Ministério Público contra o senhor por violência política de gênero?


Uma confusão que fizeram comigo, argumentando misoginia. Durante uma entrevista de 47 minutos, fiz uma denúncia contra o ministro da Educação (Camilo Santana) por dois minutos. Não foi contra a cidadã. Foi contra o ministro, que manipula de forma absolutamente patrimonialista e corrupta o Ceará. Um monstro que ajudei a criar. Ele nomeou a primeira suplente para uma dessas secretarias para dar passagem à segunda suplente (Janaína Farias). Faça quatro perguntas básicas a ela sobre geografia, economia, demografia do Ceará…Você vai ver. Se fosse um homem, seria a mesma coisa. Mas, por ser mulher, não pode.


O senhor disse que ela era assessora para “assuntos de cama” e a chamou de “cortesã”. Não é machismo?


Eu disse isso depois, porque é exatamente o que ela é. Falei que ela era incompetente e despreparada. Nessa entrevista, eu disse que não se faz uma obra pública no Ceará sem cobrança de propina. Falei do patrimonialismo do Camilo Santana. Por isso, veio a derivação para o sexismo. Então, a mulher entra na política e é imune? Ela é, hoje, uma cortesã portando um mandato de senadora. Ela está lá por um capricho do Camilo Santana ou porque ele está sendo chantageado. Não estou falando dela. Estou falando do Camilo.


O senhor ficou anos tentando afastar a pecha de ser machista após ter dito que a função da sua ex-mulher Patrícia Pillar era dormir com o senhor…


Sabe por que eu enchi o saco da política? Por isso. Aconteceu há 20 anos, já me desculpei. O filho do Lula acabou de espancar a mulher e está com medida protetiva do Tribunal de Justiça e esse assunto não está na imprensa. E a dona Gleisi do PT faz uma nota me condenando por misoginia. Sou um cara sério, respeitador das mulheres.


Outra crítica que o senhor teve de lidar em sua vida política foi a de ser brigão. Recentemente, o senhor brigou até com seu irmão…


Fui eu? Então, foi. Lancei o Cid como candidato e me tornei inelegível no Ceará por força da lei, aos 50 anos. Eu era unanimidade no estado. De repente, comecei a ter aresta. Todas para defender o Cid. Na última eleição, fui abandonado por todo mundo e por ele também. Fui eu quem briguei? Nunca briguei com ele. Nunca trocamos uma palavra áspera na vida.


Então, como foi o rompimento?


Simplesmente eu fui lá e pedi a ele: “Não faça isso, você está me abandonando, e eu estou sozinho”. Pedi para ele coordenar minha campanha, e ele disse que não.


Vocês nunca mais se falaram? É algo que pode ser emendado?


Não. Não quero mais. Traição e ingratidão, sabe?


Após rompimento com Cid, houve debandada no PDT. Agora, o prefeito de Fortaleza, que é aliado do senhor, deve enfrentar dificuldades para a reeleição. O senhor se tornou um cabo eleitoral frágil?


Isso é tudo bobagem. Essa debandada não é para o Cid, que está hospedado no partido (PSB) que é presidido pelo pai do Camilo, que é do PT. O destino de todos os políticos é o ocaso. A diferença minha é que eu sei disso e estou pronto. Sabe por quê? Porque sou desapegado.


O senhor diz que não pretende se candidatar a mais nada, mas Lupi falou na possibilidade de o senhor concorrer ao governo do Ceará, enquanto alguns dizem que o senhor pode ir para a Câmara dos Deputados…


Nem pensar. Não pretendo abandonar o fazer política. Estou escrevendo um livro, tenho me reencontrado prazerosamente com o Tasso Jereissati. Houve essa conversa de uma federação com o PSDB. Lupi acha que é necessário aprofundar um debate programático. Eu também acho.


Fonte: Agenda do Poder

 

‘Vão trabalhar’: Anitta ironiza deputados por moção de repúdio devido ao show de Madonna (assista ao vídeo)


O requerimento para a moção foi apresentado pelos deputados Chris Tonietto (PL-RJ), Allan Garcês (PP-MA), Cristiane Lopes (União Brasil-RO), Clarissa Tércio (PP-PE) e Julia Zanatta (PL-SC)

 

 

A cantora Anitta reagiu à aprovação de uma moção de repúdio por parte de deputados contra ela, Madonna e Pabllo Vittar. A Comissão de Família da Câmara aprovou o ato na quarta-feira (22), em decorrência de um show realizado pela artista norte-americana em 4 de maio, no Rio de Janeiro, no qual Anitta e Pabllo participaram.

Em um vídeo compartilhado em seu perfil no Instagram neste fim de semana, Anitta declarou: “Se for pra resolver um negócio sério não têm esse tempo, para essa babaquice tem um tempo… Vão trabalhar, gente.” Para ela, a comissão deveria direcionar seu tempo para ajudar as famílias do Rio Grande do Sul.


Além disso, a cantora ironizou o ato, afirmando ter acordado “arrasada, desolada” e “sem chão” por causa da moção. Em tom irônico, questionou: “Como eu vou viver daqui em diante? Cadê o propósito da vida? Acabou.”


O requerimento para a moção foi apresentado pelos deputados Chris Tonietto (PL-RJ), Allan Garcês (PP-MA), Cristiane Lopes (União Brasil-RO), Clarissa Tércio (PP-PE) e Julia Zanatta (PL-SC).


A manifestação da Casa legislativa não possui efeitos práticos. De acordo com o site da Câmara dos Deputados, a moção é uma forma de expressar a posição da Casa Legislativa em relação a um determinado fato, seja para repudiar, elogiar, apoiar, entre outras manifestações.


Com informações de Poder 360


 

Julgamento de Moro reacende no TSE discussão sobre regras claras para pré-campanha

 

“Nesta fase não se tem, rigorosamente, de maneira exaustiva e fechada, o que pode e o que não pode [fazer]”, afirmou Cármen Lúcia, futura presidente do TSE

O recente julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que livrou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) da cassação, reacendeu um debate crucial sobre a regulamentação do período de pré-campanha eleitoral e os gastos permitidos nessa fase.


A decisão, unânime, rejeitou as acusações de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação contra Moro, suscitando uma discussão mais ampla sobre a necessidade de regras claras para a pré-campanha.


As acusações, apresentadas pelo PL e pelo PT, argumentavam que os gastos de Moro no período pré-eleitoral foram desproporcionais, inicialmente voltados à sua candidatura à Presidência, gerando um desequilíbrio entre os concorrentes ao Senado.


A rápida conclusão do julgamento foi influenciada por pressões do Senado e pela intenção do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, de dar sinais de que deseja uma boa relação com o Legislativo. Contudo, essa decisão levantou preocupações sobre um possível relaxamento nos julgamentos futuros sobre gastos de pré-campanha, especialmente em um ano de eleição municipal.


A ministra Cármen Lúcia, que assumirá a presidência do TSE em junho, enfatizou que seu voto se baseou exclusivamente no caso de Moro, citando a falta de provas suficientes para caracterizar conduta irregular. Ela destacou a necessidade de regulamentação clara sobre o que é permitido ou proibido durante a pré-campanha.


“Este período de pré-campanha traz uma série de dificuldades, o que se mostra até na nossa jurisprudência”, disse a ministra. “Nesta fase não se tem, rigorosamente, de maneira exaustiva e fechada, o que pode e o que não pode [fazer]”, afirmou.


Alexandre de Moraes também defendeu a necessidade de regulamentar a pré-campanha, citando problemas causados pela falta de clareza nas regras atuais. Ele exemplificou situações de pré-candidatos beneficiados por eventos financiados por associações ou universidades, sugerindo que isso requer regulamentação mais rigorosa.


Sergio Moro, em um evento após a decisão do TSE, destacou a necessidade de acabar com a “incerteza jurídica” sobre as pré-campanhas. Ele sugeriu que essa discussão seja integrada ao novo Código Eleitoral, já aprovado pela Câmara dos Deputados e em revisão no Senado, com relatório a ser votado na Comissão de Constituição e Justiça no dia 5 de junho.


“A tentativa de cassação não era porque a gente tinha excedido gasto de campanha, não foi por caixa dois, mas foi questionamento em cima da pré-campanha, que no fundo está mal regulada”, afirmou Moro.


Desde a minirreforma eleitoral de 2015, as restrições às pré-campanhas foram flexibilizadas, permitindo anúncios de intenção de concorrer, discussões sobre projetos políticos, ideias e participação em eventos partidários. Contudo, a principal regra é a proibição de pedidos explícitos de voto.


Outros entendimentos da Justiça Eleitoral incluem a vedação a pedidos implícitos de voto e o uso de outdoors para promover qualidades pessoais dos candidatos, além da proibição de gastos excessivos que comprometam a igualdade do pleito.


Especialistas ressaltam a importância dessas regras, apesar da falta de regulamentação detalhada. Amanda Cunha, coordenadora da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), explica que, na pré-campanha, é permitido impulsionar conteúdos online e usar anúncios pagos, desde que identificados o CNPJ do partido ou CPF do pré-candidato, com moderação de gastos. “Impulsionar conteúdos online e usar anúncios pagos são permitidos, desde que identificados o CNPJ do partido ou CPF do pré-candidato e haja moderação de gastos”, diz Cunha.


Walber Agra, advogado eleitoral e membro da Abradep, argumenta que a prestação de contas na pré-campanha não é um “terreno sem leis”. Ele destaca que os gastos devem observar os impedimentos da campanha, ser moderados, proporcionais e transparentes.


A principal discussão atual é sobre a necessidade de estabelecer um teto para os gastos na pré-campanha. Fernando Neisser, advogado e professor de direito eleitoral, defende que, embora não haja necessidade de um sistema de prestação de contas tão detalhado quanto na campanha, um limite de despesas é essencial. “Um parâmetro de gastos é uma solução mais inteligente e menos burocrática”, afirma Neisser.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Em semana mais curta por causa de feriado, Congresso se prepara para votar vetos de Lula e Bolsonaro

 

A pauta de votação conta com 26 itens, incluindo vetos a pontos da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 e abertura de créditos para ministérios

Deputados e senadores estão se organizando para realizar a segunda sessão do Congresso deste ano na terça-feira (28), com a possibilidade de votação de vetos considerados sensíveis tanto para os bolsonaristas quanto para o governo.


A pauta de votação conta com 26 itens, incluindo vetos a pontos da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 e abertura de créditos para ministérios.


Na Câmara dos Deputados, o presidente Arthur Lira (PP-AL) estabeleceu a presença obrigatória dos parlamentares para a segunda-feira (27), o que pode contribuir para o alcance do quórum necessário para a sessão. Por outro lado, no Senado, não há previsão de estratégia semelhante. Em semanas de feriado, é comum que os parlamentares evitem retornar a Brasília para participar das votações.


Na última sessão, foi acordado que o veto do presidente Lula ao projeto de lei das saidinhas seria adiado para a próxima reunião. Ao vetar parte do texto, o Planalto permitiu saídas temporárias para que presos do regime semiaberto possam visitar familiares. Desde então, a bancada da segurança pública tem trabalhado para derrubar o veto, e não se espera um desfecho diferente, mesmo dentro do próprio Planalto.


Além disso, está prevista a análise de um veto de setembro de 2021, ainda do governo anterior, a um texto aprovado pelo Congresso que revoga a Lei de Segurança Nacional, criada durante a ditadura militar. Espera-se que esse item seja analisado na próxima terça-feira.


O então presidente Jair Bolsonaro vetou a tipificação da disseminação de fake news como crime de comunicação enganosa em massa, com pena de cinco anos de prisão, alegando que o dispositivo não deixava claro qual conduta seria objeto da criminalização. Ele também vetou artigos que previam punição para quem impedisse o livre exercício de manifestação e estabeleciam o aumento da pena para crimes contra o Estado de Direito cometidos por militares com violência ou grave ameaça.


Fonte: Agenda do Poder com informações da CNN Brasil

Debinha, Bruninha e Laís Estevam são convocadas para a seleção

 

Jogadoras participarão de amistosos contra a Jamaica

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou neste domingo (26) que as jogadoras Debinha, do Kansas City (Estados Unidos), Bruninha, do Gotham (Estados Unidos), e Laís Estevam, do Palmeiras, foram convocadas para disputarem os amistosos da seleção brasileira contra a Jamaica, que serão disputados nos dias 1º e 4 de junho.

As três atletas foram chamadas para substituírem Bia Zaneratto (que está se recuperando de uma lesão no pé), Fê Palermo (com uma lesão ligamentar no pé direito) e Priscila (que lesionou a panturrilha direita durante um treinamento).

As partidas, que serão disputadas nos dias 1º de junho, na Arena Pernambuco (em Recife), e 4 de junho, na Arena Fonte Nova (em Salvador), são parte da preparação do Brasil para o torneio de futebol feminino da próxima edição dos Jogos Olímpicos, que serão disputados em Paris (França).

Fonte: Agência Brasil

VÍDEO: Atriz dominicana é impedida de mostrar imagem de Jesus em vestido no Festival de Cannes

 


Atriz dominicana Massiel Taveras foi impedida de mostrar vestido com rosto de Jesus em Cannes. Foto: Reprodução

No último sábado (25), durante o Festival de Cannes, a atriz dominicana Massiel Taveras se envolveu em um desentendimento com a equipe de segurança ao tentar posar para fotógrafos enquanto subia as escadas que levavam a um dos cinemas.

Ela queria abrir a longa cauda do seu vestido, que exibia a imagem de Jesus Cristo, mas foi impedida pela segurança, que insistiu para que ela continuasse seguindo o percurso para não atrapalhar o fluxo das demais pessoas no local.

A reação de Massiel foi de irritação diante da negativa da segurança, que estendeu o braço na frente da atriz, prejudicando a captação de imagens pelos fotógrafos. A situação escalou quando a profissional acompanhou Massiel até a entrada da sala, como se a estivesse escoltando. Irritada, a dominicana a empurrou.

Confira o vídeo:

 pic.twitter.com/cdtwLHGZFv

Fonte: DCM