"Estamos com o nosso desejo de terminar este ano com as contas equilibradas", disse o ministro da Fazenda
Reuters - O ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, reiterou nesta quarta-feira que a equipe econômica
deseja terminar o ano com as contas públicas "equilibradas", e disse
que o primeiro quadrimestre de 2024 atendeu às expectativas do governo em relação
à inflação, ao crescimento e à área fiscal.
Falando em audiência na Comissão de Finanças e Tributação
da Câmara dos Deputados, Haddad argumentou que os indicadores econômicos
positivos deste ano se devem aos esforços e medidas do Executivo.
"Estamos com o nosso desejo de terminar este ano com as
contas equilibradas", disse o ministro.
"O primeiro quadrimestre cumpriu as nossas
expectativas, que eram consideradas exageradas até outro dia... Está
acontecendo aquilo que nós entendíamos que ia acontecer", acrescentou.
A Receita Federal informou na terça-feira que a arrecadação do
governo federal teve alta real de 8,26% em abril sobre o mesmo mês do ano
anterior, marcando o quinto recorde para o mês consecutivo. A meta do governo é
zerar o déficit primário ao fim do ano.
Mais tarde nesta quarta, o secretário de Orçamento
Federal, Paulo Bijos; o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron; e o
secretário da Receita Federal do Brasil, Robinson Barreirinhas, concederão
entrevista coletiva para apresentar o Relatório de Avaliação de Receitas e
Despesas Primárias do segundo bimestre.
Haddad também exaltou a trajetória de queda da inflação no país,
com elogios ao trabalho do Banco Central na gestão da política monetária. Ele
disse que a inflação de 2023 foi exacerbada pela desoneração dos combustíveis
estabelecida pelo governo anterior.
"O trabalho que foi feito de política monetária para
fazer a inflação cair foi muito melhor do que a gente imagina", afirmou o
ministro.
Ele indicou que um segundo projeto sobre a regulamentação da
reforma tributária do consumo deve ser enviado ao Congresso na próxima semana,
afirmando que a entrega depende ainda de negociações com Estados e municípios.
Haddad disse ainda que a equipe econômica do governo
federal deseja fazer ajustes na economia brasileira o mais rápido possível, mas
ponderou que esse ritmo muitas vezes depende da atuação do Congresso.
Ele apontou que está satisfeito com o
andamento da agenda econômica do governo, argumentando que todas as medidas
enviadas pelo Executivo ao Congresso receberam um tratamento digno.
Fonte: Brasil 247 com Reuters