terça-feira, 21 de maio de 2024

Mais de 9 milhões de MEIs ainda não entregaram declaração anual à Receita

 

O prazo final para a entrega da declaração é 31 de maio

Microempreendedora individual (MEI)
Microempreendedora individual (MEI) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 Dados da Receita Federal mostram que até o dia 20 de maio, 6.630.179 microempreendedores individuais (MEIs) já haviam enviado a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) à Receita Federal, referente ao ano-calendário de 2023. No entanto, no final do ano passado, o órgão contabilizou 15.719.345 CNPJs ativos como MEIs. Isso significa que ainda faltam cerca de 9 milhões de microempreendedores, ou 57,8% do total, para cumprir essa obrigação, informa reportagem do site Brasil 61. 

O prazo final para a entrega da declaração é 31 de maio. Esta medida é obrigatória e tem como objetivo informar os rendimentos anuais da empresa no exercício do ano anterior, neste caso, 2023. Quem não cumprir essa exigência ficará com pendências na Receita Federal e estará sujeito a uma multa de 2% por cada mês de atraso, limitada a 20% do valor total dos tributos declarados, com valor mínimo de R$ 50. Para os MEIs com matriz localizada em municípios do Rio Grande do Sul, o prazo para entregar a DASN-SIMEI foi prorrogado até 31 de julho, devido à situação de calamidade pública provocada pelas chuvas no estado.

Segundo a classificação do governo federal, para ser considerado um MEI, o empreendimento deve ter um faturamento anual de no máximo R$ 81 mil, pode contratar no máximo um funcionário, não pode ser sócio, titular ou administrador de outra empresa e não pode ter ou abrir uma filial.

Leia também matéria da Agência Brasil sobre o assunto:

Os microempreendedores individuais devem ficar atentos para não cometer erros no preenchimento da declaração anual de faturamento (DASN-SIMEI) à Receita Federal. O prazo para entrega obrigatória vai até o dia 31 de maio.

Na declaração, é preciso informar os ganhos obtidos em 2023, como vendas e prestações de serviços. O faturamento anual deve ser, no máximo, de R$ 81 mil ou proporcional ao mês de abertura da empresa.

No entanto, as receitas com comércio ou serviço devem ser registradas de forma separada, e não juntas. Outro erro comum é não informar a contratação do funcionário. Lembrando que 

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) alerta que a declaração errada pode levar à restrição ou cancelamento do CNPJ, ao bloqueio da emissão de notas fiscais e da conta bancária do microempreendedor e as contribuições ao INSS deixam de ser computadas.

O documento deve ser entregue pelo MEI que esteja com CNPJ em vigor, mesmo que não tenha tido faturamento em 2023. Caso o profissional autônomo tenha encerrado as atividades como MEI, também deve enviar a declaração

A declaração está disponível na página do Simples

Fonte: Brasil 247 com reportagem do site Brasil 61

 

Fundo dos EUA mira startups de impacto brasileiras e capta US$ 150 milhões

 

O EcoEnterprises foca em apoiar startups em estágio de crescimento que integrem em seu modelo de negócio um impacto positivo na natureza e na biodiversidade

(Foto: GOVMS)

 O EcoEnterprises, um fundo de impacto especializado em investimentos na América Latina, está se preparando para lançar seu quarto veículo de venture capital com uma meta ambiciosa: levantar US$ 150 milhões (cerca de R$ 750 milhões) até a COP16 da Biodiversidade, que ocorrerá na Colômbia em outubro, segundo o Reset.

Criado como um spin-off da ONG The Nature Conservancy, o EcoEnterprises tem um histórico de 25 anos e já investiu mais de US$ 160 milhões em quase 50 empresas, com 20% desses aportes destinados ao Brasil. O investimento mais recente no país foi na Smartbreeder, uma empresa de software preditivo para controle de pragas.

"Estamos observando um aumento significativo de startups nas áreas de clima e agro no Brasil, o que nos oferece oportunidades entusiasmantes," afirma Tammy Newmark, CEO e sócia do EcoEnterprises. "Com o lançamento do nosso quarto fundo, esperamos ver um número crescente de negócios brasileiros em nosso portfólio."

O fundo foca em apoiar startups em estágio de crescimento que integrem em seu modelo de negócio um impacto positivo na natureza e na biodiversidade. Além da Smartbreeder, a lista de investimentos inclui produtores orgânicos de cacau e camarão, empresas envolvidas em sistemas agroflorestais e gestão de resíduos.

No ano passado, o EcoEnterprises investiu US$ 4 milhões na mineira Nuu Alimentos, que utiliza práticas regenerativas na plantação de mandioca. A Sambazon, empresa californiana que vende produtos de açaí com operações na Amazônia, também faz parte do portfólio do fundo.

"Para o nosso próximo fundo, provavelmente teremos um foco maior no Brasil do que em qualquer outro país," destaca John McKenna, diretor administrativo do EcoEnterprises. A escolha pela América Latina se justifica pela presença de cinco dos países com maior biodiversidade do mundo: Brasil, Peru, México, Colômbia e Equador.

A maioria dos investidores do EcoEnterprises são bancos de desenvolvimento, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o FinDev, do Canadá, e o Banco Europeu de Desenvolvimento. Além deles, investidores-anjo, family offices e outras organizações também já contribuíram.

Desde o final dos anos 1990, o EcoEnterprises adota uma tese de investimento focada em aspectos sociais e ambientais, acompanhando métricas como benefícios para as comunidades e impacto no clima. A popularização do conceito de "fundo de impacto" nos últimos anos intensificou a demanda por transparência e padronização das informações de impacto, levando o fundo a ajudar as empresas investidas a desenvolver sistemas robustos de gestão ambiental e social.

Os investimentos do EcoEnterprises variam entre US$ 3 milhões e US$ 5 milhões, podendo alcançar até US$ 15 milhões em novas rodadas. "Não se trata apenas de capital," diz Newmark. "Nós oferecemos orientação técnica e assumimos uma postura opinativa nos conselhos de administração, buscando um impacto positivo a longo prazo."

Com uma posição de investimento que varia entre cinco e oito anos, o EcoEnterprises continua comprometido com o desenvolvimento sustentável na América Latina, olhando especialmente para o Brasil como um campo fértil para suas futuras iniciativas de impacto.

Fonte: Brasil 247

 

Nova presidente da Petrobras vai cuidar da política de preços e cumprir plano de investimentos, diz Silveira

 

Ministro afirmou que o nome de magda Chambriard está sendo analisado pela governança interna da Petrobras e que o "caminho natural" é que ele seja aprovado

(Foto: ABR)

Reuters - A próxima presidente da Petrobras, Magda Chambriard, vai cuidar da política de preços de combustíveis e petróleo e cumprirá rigorosamente o plano de investimentos já divulgado pela companhia, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Em entrevista à GloboNews, Silveira afirmou que o nome de Chambriard está sendo analisado pela governança interna da Petrobras e que o "caminho natural" é que ele seja aprovado pelo conselho de administração e que ela já tome posse do cargo.

O ministro não comentou, porém, se a aprovação de Chambriard poderá ocorrer em reunião de conselho já nesta sexta-feira.

"O que depender do presidente Lula, do conselho de administração, do ministro de Minas e Energia do Brasil, é sem barulho, com serenidade, cumprir aquilo que foi estabelecido, o plano de investimento", afirmou Silveira.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Espanha anuncia 'retirada definitiva' de sua embaixadora na Argentina

 

Tensão se deve ao fato do presidente argentino, o ultradireitista Javier Milei, se recusar a pedir desculpas por chamar a esposa do premiê espanhol, Pedro Sánchez, de "corrupta"

Milei | Pedro Sánchez
Milei | Pedro Sánchez (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian | Geert Vanden Wijngaert/Pool via REUTERS)

 A Espanha decidiu retirar "definitivamente" sua embaixadora na Argentina, após o presidente de ultradireita, Javier Milei, não se retratar por chamar a esposa do premiê espanhol, Pedro Sánchez, de "corrupta".  A decisão foi anunciada pelo ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (21), após uma reunião do conselho de ministros. A embaixadora espanhola em Buenos Aires, María Jesús Alonso Martínez, havia sido chamada de volta a Madrid para consultas na noite do domingo (19). 

"Anuncio que retiramos a nossa embaixadora em Buenos Aires" e que ela "ficará definitivamente em Madri", portanto a "Argentina continuará sem embaixadora", declarou Albares, de acordo com a AFP. Ainda segundo o chanceler, “a atividade da embaixada continuará ao nível do encarregado de negócios”. 

O Ministério das Relações Exteriores da Espanha já havia emitido uma nota oficial condenando as declarações de Milei e exigindo um pedido de desculpas formal, o que não ocorreu.

O anúncio ocorre em meio a um crescente conflito diplomático entre os dois países, desencadeado por declarações do presidente argentino, Javier Milei. Milei se recusou a pedir desculpas depois de acusar a esposa do chefe do Executivo espanhol de ser "corrupta".

Fonte: Brasil 247

Desenrola Brasil tem prazo de adesão prorrogado por mais 60 dias


Nova prorrogação foi aprovada pelo Congresso


As pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), que tenham dívidas de até R$ 20 mil, terão mais 60 dias para aderir ao Programa Desenrola Brasil. A Medida Provisória (MP) 1.211/2024, que trata do prazo para adesão da faixa 1 e já havia sido prorrogada em março, foi renovada por decisão do Congresso Nacional.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, 15 milhões de pessoas da faixa 1 já foram beneficiadas pelo programa, somando R$ 52 bilhões em dívidas. Os inadimplentes negativados entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022 tiveram acesso a descontos médios de 83%.

O programa permite que o saldo negociado seja quitado sem entrada e em até 60 parcelas. Também é possível reunir mais de uma dívida com diferentes credores em um único lado devedor para negociação.

A negociação pode ser feita pela plataforma do programa com uma conta gov.br. Outra opção possibilita a negociação pelos canais de atendimento de agentes financeiros credenciados como Serasa Limpa Nome, Itaú Unibanco, Santander e Caixa Econômica Federal.

Com o fim do prazo da MP nessa segunda-feira (20), a plataforma permaneceu na manhã desta terça (21) com a mensagem “O Programa Desenrola Brasil encerrou. Obrigado pelo seu interesse e participação.”

O Ministério da Fazenda foi procurado pela reportagem da Agência Brasil em busca de informação sobre quando as negociações voltarão a ser disponibilizadas. Até a hora da publicação desta matéria não houve resposta.

Fonte: Agência Brasil

Ministério da Educação anuncia isenção na inscrição do Enem para candidatos que moram no Rio Grande do Sul

 De acordo com o ministro Camilo Santana, cerca de 40 mil alunos serão contemplados com a medida

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta segunda-feira (20) que os candidatos do Rio Grande do Sul terão isenção na inscrição do Enem, mesmo aqueles que não atendem aos critérios tradicionais para o benefício.


De acordo com o ministro, cerca de 40 mil alunos serão contemplados com essa medida, resultando em um custo aproximado de R$ 3,5 milhões para o governo. Além disso, o Rio Grande do Sul terá um calendário exclusivo para novas inscrições. No entanto, será necessário aguardar a evolução da situação no estado, que enfrenta temporais e cheias desde 29 de abril, para implementar esse calendário.


O governo não estabeleceu uma data para a divulgação desse novo calendário. O anúncio foi feito após uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros no Palácio do Planalto, em Brasília.


As inscrições para o Enem 2024 estarão abertas de 27 de maio a 7 de junho em todo o Brasil, com as provas programadas para os dias 3 e 10 de novembro.


Contudo, o cronograma de inscrições para os candidatos do Rio Grande do Sul deve ser ajustado devido ao anúncio desta segunda-feira.


Camilo Santana também afirmou que o Ministério da Educação ainda não considera a possibilidade de realizar as provas em datas diferentes no Rio Grande do Sul. Segundo o ministro, como as provas estão previstas para novembro, ainda não é possível determinar se as cidades gaúchas terão condições de aplicar o exame.


Os resultados dos pedidos de isenção da taxa de inscrição (R$ 85) do Enem foram divulgados na última segunda-feira (13) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela realização do exame.


Quem tem direito à isenção?


  • Participantes que estão no último ano do ensino médio de escolas públicas;
  • alunos que estudaram durante todo o ensino médio na rede pública ou como bolsistas integrais da rede privada, desde que tenham renda familiar per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo (R$ 2.118);
  • cidadãos em vulnerabilidade social, com inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Além desses grupos, os moradores do Rio Grande do Sul também terão direito.


Fonte: Agenda do Poder com informações do G1. 

Ex-deputado estadual pelo PL do Rio é condenado pelo MP a pagar indenização por racismo (Vide foto)

 Em 2020, Freitas fez uma publicação no Twitter defendendo o porte de fuzil por “pessoas de bem” com base na cor da pessoa

A Justiça Federal condenou, nesta segunda-feira (20), Alexandre Freitas, ex-deputado estadual do Rio de Janeiro pelo Partido Liberal (PL), a pagar indenização de R$ 30 mil por danos morais coletivos devido a uma acusação de racismo. Freitas ainda tem o direito de recorrer da decisão.


Em agosto de 2020, enquanto exercia seu mandato pelo partido Novo, Freitas fez uma publicação no Twitter defendendo o porte de fuzil por “pessoas de bem” com base na cor da pessoa. O Ministério Público Federal (MPF) alegou que a publicação era ofensiva à honra e dignidade de grupos raciais e, por isso, entrou com uma ação civil pública contra o ex-deputado, que foi levada à Justiça Federal.


O contexto da publicação de Freitas era uma discussão sobre um ataque a manifestantes do movimento #BlackLivesMatter nos Estados Unidos. Segundo o MPF, o debate envolvia a conduta de um homem branco que atirou com um fuzil contra manifestantes que protestavam contra a violência policial contra a população negra.


Na decisão judicial, a juíza da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro determinou que Freitas praticou racismo recreativo. Ela acatou parcialmente o pedido do MPF, condenando Freitas a pagar uma indenização de R$ 30 mil por danos morais coletivos.


O UOL tentou entrar em contato com Alexandre Freitas e com o PL, mas não obteve resposta. Freitas foi expulso do Novo em agosto de 2021, um ano após a postagem no Twitter.


Na ocasião, o partido emitiu uma nota informando que a decisão foi tomada pela Comissão de Ética Partidária devido à reincidência de atitudes de Freitas que contrariaram o Estatuto e o Código de Conduta do Novo.


Em nota, o MPF informou que pretende recorrer para aumentar o valor da indenização. Segundo o órgão, o ex-deputado já entrou com recurso contra a decisão judicial.


“Discursos racistas não devem ser naturalizados. Por isso, a condenação é muito importante para mostrar que as redes sociais não são terrenos livres para manifestações discriminatórias e que a liberdade de expressão evidentemente não constitui salvo-conduto para conteúdos dessa natureza”, disse Jaime Mitropoulos, procurador Regional dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro.


Freitas tentou a reeleição para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em 2022, mas não foi eleito. Agora, ele é pré-candidato a vereador do Rio.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.

Aliados de Lula apostam em reforma ministerial após realização das eleições municipais deste ano

 Petistas expressam incertezas sobre retorno de Pimenta à Secom e enxergam essa troca como prenúncio de possível reforma ministerial

Aliados do presidente Lula (PT) indicam que ele deve realizar novas mudanças no governo até o fim do ano, após as eleições municipais de outubro. Uma das mudanças recentes foi o deslocamento do ministro Paulo Pimenta da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) para o Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, onde ele deve permanecer até fevereiro de 2025.


Petistas expressam incertezas sobre o retorno de Pimenta à Secom e enxergam essa troca como um prenúncio de uma possível reforma ministerial, já que o ministro tem sido alvo de críticas por sua atuação na pasta.


No entanto, a avaliação de três ministros e de uma pessoa próxima ao governo é que Lula irá aguardar os resultados das eleições municipais antes de definir outras alterações. A reorganização ministerial dependerá do resultado das urnas e da correlação de forças que surgirá.


A tendência, segundo o presidente indicou a seus auxiliares, é preparar o governo e o PT para as eleições gerais de 2026.


Um dos nomes cogitados para integrar o governo em uma possível troca de cargos ministeriais é o da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que encerra seu mandato na presidência do PT em fevereiro de 2025. Lula expressou o desejo de ter o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), como presidente do partido a partir do próximo ano.


Edinho também é mencionado como uma opção para substituir Pimenta na Secom, mas atualmente a tendência é que ele assuma a presidência do PT. Caso isso ocorra, a entrada de Gleisi no ministério de Lula é vista como certa por membros do partido.


Paulo Pimenta foi deslocado para o novo ministério por sua própria pressão, visando sua candidatura ao governo do Rio Grande do Sul em 2026. Em seu lugar, assumiu interinamente a Secom o jornalista Laércio Portela, que já atuou na pasta nos primeiros mandatos de Lula.


Nos bastidores, Pimenta tem afirmado que pretende implantar projetos para a reconstrução do Rio Grande do Sul em um prazo de quatro a seis meses. Em seguida, espera deixar a coordenação com os ministérios responsáveis por cada medida e então retornar para a Secom.


Além de uma possível troca definitiva na Secom, Lula pode substituir Wellington Dias (Desenvolvimento Social), já que manifestou a aliados sua insatisfação com o ministro. A principal queixa é que as ações do governo não estão sendo percebidas pela população, o que impacta na popularidade de Lula, considerado um problema de comunicação.


Entre os aliados de Lula, Gleisi é cotada para o cargo de Dias ou para a cadeira de Márcio Macêdo, na Secretaria-Geral da Presidência. Macêdo foi criticado publicamente pelo presidente e é alvo de reclamações de petistas, sendo um dos motivos de desgaste a participação de Lula em um ato esvaziado do 1º de Maio em São Paulo.


Outra possibilidade é que Pimenta assuma a Secretaria-Geral da Presidência, com Edinho Silva comandando a Secom. O amigo de Lula, Macêdo, poderia então presidir a Fundação Perseu Abramo, hoje ocupada por Paulo Okamotto, que assumiria a presidência do PT nessa equação.


Aliados de Lula mencionam a ministra do Planejamento, Simone Tebet, como cotada para o Desenvolvimento Social, responsável por programas como o Bolsa Família. Tebet, segundo afirmam, teria maior projeção à frente do Ministério do Desenvolvimento Social em relação ao Planejamento, que iria para Miriam Belchior.


Sílvio Almeida, na pasta de Direitos Humanos, é outro ministro que estaria aquém das expectativas, mas interlocutores do presidente levantam dúvidas sobre sua saída, dada a respeitabilidade conquistada nos movimentos sociais.


A determinação de Lula de evitar eventos oficiais em memória dos 60 anos do golpe militar levou o ministério comandado por Silvio Almeida a cancelar uma solenidade marcada para 1º de abril. Essas apostas para trocas ministeriais devem mudar após as eleições municipais. O tamanho dos partidos também influenciará a sucessão no Congresso, com impacto nos ministérios.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

PGR pede ao STF derrubada da lei que anistia multas aplicadas em SP na pandemia; Bolsonaro é um dos beneficiados

 Agora, cabe ao ministro Luiz Fux decidir sobre a manutenção ou não da anistia

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a derrubada da lei que anistia multas aplicadas em São Paulo durante a pandemia. A solicitação foi feita em ação movida pelo PT.


A lei, iniciativa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado e resultará na perda de arrecadação de R$ 72,1 milhões. A legislação perdoa todas as multas por violações aos decretos que impuseram quarentena, uso de máscaras em espaços públicos e suspensão de serviços não essenciais durante o período mais crítico da pandemia de covid-19. A anistia beneficia, entre outros, aliados bolsonaristas e Jair Bolsonaro (PL).


O procurador-geral Paulo Gonet, em parecer enviado ao STF, defendeu que a legislação é inconstitucional, alegando que viola o dever de proteção à vida e à saúde.


Gonet argumentou que a anistia “não apresenta causa minimamente suficiente que a faça vencer teste de razoabilidade” e que perdoar as multas “desmerece” aqueles que cumpriram as restrições impostas durante a pandemia e “desfigura” a finalidade das punições temporárias em momentos excepcionais, como foi a crise sanitária.


O parecer também afirma que motivos como o custo de cobrança das multas, a diminuição da gravidade da doença no sistema de saúde e o impacto financeiro da pandemia na população não são justificativas suficientes para a anistia. A Advocacia-Geral da União (AGU) também se posicionou contra a lei, considerando-a “condescendente com a impunidade”.


Agora, cabe ao ministro Luiz Fux decidir sobre a manutenção ou não da anistia.


Tanto o governador quanto a Assembleia Legislativa de São Paulo já prestaram informações ao STF. Tarcísio argumentou que, com o término do período crítico da pandemia, as multas poderiam ser perdoadas e que a cobrança das autuações estava sobrecarregando a estrutura administrativa do governo.


A Assembleia Legislativa, por sua vez, defendeu que não fazia sentido manter as penalidades impostas durante o período emergencial e que as multas não tinham como objetivo aumentar a arrecadação.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.