segunda-feira, 20 de maio de 2024

Valdemar diz que Tarcísio de Freitas vai migrar para o PL por volta de junho

 Dirigente partidário afirmou que tratou do assunto com governador em jantar há cerca de um mês

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, afirma que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) vai se filiar ao partido por volta de junho. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela Folha de S. Paulo.


Segundo Valdemar, a informação foi passada pelo próprio Tarcísio em jantar há cerca de um mês, em Brasília. A migração do Republicanos para o PL ocorrerá devido a um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diz o dirigente.


Aliados do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), esperam que a mudança leve o PL, que tem 99 deputados, a apoiá-lo na disputa pela sucessão de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara dos Deputados.


Pereira é um dos pré-candidatos na eleição pelo comando da Câmara, marcada para fevereiro do ano que vem.


Segundo Valdemar, porém, a troca não passa por negociações sobre as eleições da Casa.


“Não conversamos sobre a Câmara, somente sobre São Paulo. Ele [Tarcísio] quer sair bem com o Republicanos”, afirmou o presidente do PL à reportagem.


A assessoria de Tarcísio afirmou que o governador não descarta ir para o PL no futuro, mas que não há previsão para troca de partido nem movimentação do político nesse sentido.


Questionada sobre a afirmação de Valdemar de que o próprio Tarcísio teria dado o mês de junho como data da mudança, a assessoria voltou a afirmar que Tarcísio não está mudando de partido.


Em março, quando questionado a respeito da mudança, Tarcísio negou a possibilidade.


“Hoje nós temos um time, que tem Republicanos, tem PL, tem PSD, tem PP, tem MDB, tem Podemos. Esse time está unido, então vamos trabalhar em prol desse time para que a gente tenha, em outubro, uma eleição municipal muito bem-sucedida. Estamos trabalhando dentro do normal, do que está previsto hoje, sem nenhuma mudança à vista de curto prazo”, afirmou o governador durante evento em São Paulo.


Aliados do governador, no entanto, sempre afirmaram que ele não teria como negar um pedido do próprio Bolsonaro. A candidatura de Tarcísio ao governo paulista foi sugerida pelo ex-presidente, que se engajou na campanha.


Bolsonaro queria que o governador já tivesse disputado as eleições de 2022 pelo PL. Uma das preocupações dele era que o eleitor confundisse os partidos e deixasse de votar em Tarcísio porque ele não seria o número 22, como era o então candidato à Presidência.


No primeiro turno da eleição de 2022, mais de 500 mil eleitores votaram 22, número do PL, para governador, quando número de Tarcísio era 10 — o que levou à anulação desses votos.


Um acordo para que o Republicanos apoiasse a reeleição de Bolsonaro, porém, fez com que Tarcísio se filiasse ao seu atual partido.


Segundo aliados, o ex-presidente prefere que o governador seja do mesmo partido que o seu para ampliar a identificação dos eleitores e porque a legenda tem mais capilaridade.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

Câmara gasta R$ 32 mil para deputados bolsonaristas acompanharem audiência contra Moraes no Congresso dos EUA

 Durante a sessão, deputada republicana se referiu ao ministro do STF como “socialista” e “tolo”


A Câmara gastou ao menos R$ 32,7 mil com a viagem de três deputados bolsonaristas aos Estados Unidos para acompanhar uma audiência no Congresso do país sobre a suposta perseguição a lideranças de direita no Brasil.


Segundo informa o colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, o valor é referente a diárias requisitadas pelos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF), que registraram a ida a Washington como viagem oficial no sistema da Câmara.


Segundo dados do sistema da Casa, Gayer e Bia receberam cinco diárias de R$ 2.259,84, totalizando R$ 11,3 mil para cada deputado. Já Nikolas recebeu um total de R$ 10,1 mil, referentes a quatro diárias e meia.


Até o momento, nenhum dos três parlamentares bolsonaristas registrou gasto com passagem aérea referente a essa viagem aos Estados Unidos no sistema de viagens da Câmara.


Críticas a Moraes


A viagem ocorreu entre os dias 6 e 10 de maio e contou com a presença de outros deputados bolsonaristas. Entre eles, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Filipe Barros (PL-PR), atual líder da oposição na Casa.


Diferentemente dos colegas, Eduardo e Filipe Barros não solicitaram diárias nem passagem aérea pagas Câmara dos Deputados até o momento. À coluna, Barros disse ter bancado a viagem do próprio bolso.


A comitiva bolsonarista esteve nos EUA para participar de uma comissão no Congresso do país sobre supostas violações da liberdade no Brasil por ordens do ministro do STF Alexandre de Moraes.


Durante a sessão, a deputada estadunidense María Elvira Salazar, filiada ao partido Republicano, chegou a mostrar uma foto do ministro Alexandre de Moraes e o chamou de “tolo”.


“Não sabemos se o ministro é um socialista, ou se ele é um tolo, ou se ele é um tolo útil para os socialistas. Mas sabemos que ele está cerceando um dos direitos fundamentais”, disse a parlamentar republicana.


À Câmara, os deputados informaram ainda que também participaram e “reuniões de intercâmbio parlamentar organizadas pelo Conservative Caucus”, grupo de lobby de pautas ultraconservadoras.


Confira quanto cada deputado recebeu:


Nikolas Ferreira
Diárias: R$ 10.169,28

Gustavo Gayer
Diárias: R$ 11.299,20

Bia Kicis
Diárias:R$ 11.299,20

Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

Dino vota a favor da União e contra a TV Globo em casos de Carf e Receita

 Ministro discordou de Alexandre de Moraes e outros integrantes da Corte que vinham favorecendo a emissora


Em meio a uma série de decisões do STF favoráveis à TV Globo no âmbito da devassa da Receita Federal sobre contratos firmados entre a emissora e artistas por meio de pessoas jurídicas, um integrante da Corte se mostrou contrário ao entendimento dos colegas. Flávio Dino, o novato da STF, votou contra a emissora em um julgamento nessa semana.


Nos últimos anos, segundo informa Guilherme Amado em sua coluna no portal Metrópoles, o fisco aplicou autuações e multas a artistas da Globo por entender que eles sonegaram impostos por meio de contratos firmados entre suas empresas e emissora para prestação de serviços artísticos.


Como as pessoas jurídicas estão sujeitas a alíquotas de imposto de renda inferiores aos 27,5% das pessoas físicas com rendimentos mais elevados, a Receita considerou que os alvos das autuações deixaram de pagar tributos.


Flávio Dino votou contra a Globo ao avaliar recurso da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que pretende reverter uma decisão de Alexandre de Moraes favorável à emissora, tomada em fevereiro.


Moraes cassou na ocasião seis acórdãos de uma delegacia da Receita em São Paulo e uma decisão do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), tribunal que julga apelações contra cobranças do fisco, todos contrários à Globo e a artistas como Tony Ramos, Marcos Palmeira e Mateus Solano.


O recurso da PGFN contra a decisão de Alexandre de Moraes é analisado em julgamento virtual na Primeira Turma do STF. O julgamento havia começado em 26 de abril, quando Moraes reiterou seu posicionamento e votou por rejeitar o recurso. Ele reafirmou que a ação da Receita e as decisões do Carf sobre a Globo contrariaram entendimentos do STF, segundo os quais são permitidas a terceirização de atividades de empresas e a “pejotização”.


Após o voto de Moraes, Dino pediu vista do processo, ou seja, mais tempo para analisá-lo. O ministro devolveu o tema para julgamento no último dia 7 de maio e, assim, a análise do recurso no ambiente virtual recomeçou nessa sexta-feira (17/5), com a apresentação do voto dele.


Ao se manifestar, Dino se posicionou a favor do recurso da PGFN e contra o pedido da Globo na reclamação ao STF.


Ao contrário de Moraes, Dino avaliou que os precedentes do Supremo impedem “obstáculos” à terceirização de atividades das empresas, mas não impedem que a Justiça e órgãos da administração pública, como a Receita Federal, apurem “a real relação jurídica estabelecida entre as partes e constatar a existência de abusos ou desvirtuamentos na terceirização, como forma de burla ao cumprimento da legislação trabalhista”.


“A conclusão das autoridades fiscais reclamadas, baseada em robusta investigação e em evidência documental, apontou para a existência de relação de emprego e de elusão tributária”, afirmou Flávio Dino.


O ministro também sustentou que, para chegar a uma conclusão diferente, seria necessário avaliar provas dos casos fiscais, o que não é permitido no âmbito de ações como a da Globo, uma reclamação.


Ao votar contra a emissora, Dino contrariou não só Alexandre de Moraes, mas também os entendimentos aplicados pelos ministros Cristiano Zanin e André Mendonça em processos semelhantes. Nessas ações, a Globo questionou a ofensiva da Receita sobre contratos de “PJs” de nomes como Reynaldo Gianecchini, Deborah Secco, Maria Fernanda Cândido, Susana Vieira, Irene Ravache e Lázaro Ramos.


A decisão de Zanin, a propósito, já foi referendada na Primeira Turma com os votos de Moraes, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Um recurso da União à decisão de Mendonça está sendo analisado em julgamento virtual na Segunda Turma do STF. Há ainda uma quarta ação do tipo movida pela Globo, sob relatoria do ministro Edson Fachin.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

Premier da Espanha acusa Milei de não estar ‘à altura’ de laços bilaterais após presidente argentino chamar sua mulher de ‘corrupta’

 Pedro Sánchez exigiu uma ‘retificação pública’ e chancelaria espanhola não descarta possibilidade de romper relações com o país sul-americano

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, acusou nesta segunda-feira o presidente argentino Javier Milei de não estar “à altura” dos “laços de fraternidade” entre Espanha e Argentina e exigiu uma “retificação pública”, após o ultraliberal ter acusado Begoña Gómez, esposa de Sánchez, de ser “corrupta”. A fala do premier ocorreu pouco depois de Madri ter convocado o embaixador argentino na Espanha para exigir um novo pedido de desculpas de Milei. A chancelaria espanhola também não descartou a possibilidade de romper relações com Buenos Aires.


— Entre governos, os afetos são livres, mas o respeito é inalienável — afirmou Sánchez durante discurso no Fórum econômico CREO, organizado pela CíncoDías, acrescentando: — Tenho plena consciência de que quem falou ontem não o fez em nome do grande povo argentino.


O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, convocou o embaixador argentino em Madri, Roberto S. Bosch, para exigir um pedido público de desculpas após o presidente argentino ter chamado a esposa de Sánchez, Begoña Gómez, de “corrupta” em um evento de extrema direita em Madri, no domingo.


— Esta manhã foi convocado o embaixador da Argentina, vou transmitir a gravidade da situação e vou exigir mais uma vez um pedido público de desculpas de Javier Milei — declarou Albares à rádio Cadena Ser.


Questionado sobre a possibilidade de romper relações diplomáticas, Albares afirmou que o país não quer “exercer essas medidas”, mas destacou que cogitava esta opção caso não houvesse “um pedido público de desculpas” por parte de Milei.


Este episódio ocorre na primeira viagem de Milei à Espanha desde que assumiu em dezembro, visita em que não se encontrou com o rei Felipe VI nem com Sánchez, que apoiou o seu adversário Sergio Massa nas eleições.


‘Fora de tom’


O presidente da CEOE (Confederação Espanhola de Organizações Empresariais, que tem grandes interesses na Argentina), Antonio Garamendi, criticou as declarações “fora de tom” de Milei. À rádio Cadena Ser, Garamendi disse que “rejeitamos profundamente” algumas declarações “fora de tom”, que constituem um “ataque (…) sem sentido algum”.


A Espanha é o segundo país que mais investe na Argentina, atrás apenas dos Estados Unidos, com um aporte superior a 15 bilhões de euros (R$ 83,8 bilhões na cotação atual), segundo o Instituto Espanhol de Comércio Exterior (ICEX).


O líder do partido de oposição conservador Partido Popular (PP), Esteban González Pons, considerou a declaração de Milei como uma “intromissão” na política nacional e um espetáculo “chocante”, declarou na rádio COPE. No domingo, o chanceler espanhol convocou a embaixadora da Espanha em Buenos Aires, María Jesús Alonso Jiménez, e exigiu um pedido de desculpas do presidente argentino.


Durante um discurso em uma reunião em Madri de líderes de extrema direita organizada pelo partido espanhol Vox, Milei se referiu à Begoña Gómez como uma “mulher corrupta”. Embora não tenha identificado Sánchez ou sua esposa pelo nome, a alusão do líder argentino ao período de reflexão que ele levou para decidir se renunciaria devido aos ataques à sua esposa permitiu que o casal fosse identificado.


— As elites globais não percebem o quão destrutivo pode ser implementar as ideias do socialismo (…), mesmo que você tenha a esposa corrupta, digamos, suja-se [sic] e tire cinco dias para pensar sobre isso — disse ele.


O Governo argentino, por outro lado, considerou que era Sánchez quem deveria pedir desculpas.


— Nenhum pedido de desculpas é necessário. Pelo contrário, acredito que deveria haver vários pedidos de desculpas do governo espanhol pelas coisas que disseram sobre o presidente Milei — declarou o ministro do Interior argentino, Guillermo Francos, ao canal TN.


O novo desentendimento entre Madri e Buenos Aires se soma ao que ocorreu recentemente devido a declarações do ministro dos Transportes da Espanha, Óscar Puente, que cometeu o “erro” — de acordo com seu próprio pedido de desculpas posterior — de afirmar que Milei havia ingerido “substâncias” antes de um discurso.


Na sexta-feira, a número três do governo Sánchez, Yolanda Díaz, acusou o presidente argentino de semear o “ódio”.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Lula lamenta morte de presidente do Irã e chanceler: “Minhas condolências aos familiares de todas as vítimas, ao governo e ao povo iraniano”

 Itamaraty também comentou o ocorrido em nota, dizendo que recebeu com ‘consternação’ a notícia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou nesta segunda-feira a morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi. Pelas redes sociais, Lula disse que soube da notícia com “pesar” e desejou condolências aos familiares e ao povo iraniano.


“Com pesar soube da confirmação da morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi e do seu chanceler, Hossein Amir Abdollahian e de todos os passageiros e tripulação, após a queda de seu helicóptero. Minhas condolências aos familiares de todas as vítimas, ao governo e ao povo iraniano”.


O Itamaraty também lamentou o ocorrido por nota nesta segunda-feira. No texto, o Ministério das Relações Exteriores afirma que o governo recebeu com “consternação” a notícia e que “estende aos familiares do Presidente Raisi, do Chanceler Abdollahian e das demais vítimas, e ao governo e povo iranianos os mais sinceros sentimentos de solidariedade e pesar pelas irreparáveis perdas”.


O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morreu aos 63 anos, após a queda de um dos três helicópteros de seu comboio presidencial, no domingo. A morte foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores iraniano, que confirmou que o chanceler Hossein Amir Abdollahian também está entre as vítimas.


O helicóptero que transportava o presidente caiu em uma parte remota do país, de acordo com a mídia estatal iraniana, pondo em marcha uma grande operação de busca e resgate em meio ao mau tempo e neblina espessa. Mais cedo, a agência de notícias oficial IRNA havia afirmado que a aeronave havia feito um “pouso forçado”, mas posteriormente uma autoridade reconheceu à agência Reuters que a vida de Raisi estava “em risco” após a “queda” em uma região de montanha perto da fronteira com o Azerbaijão.


Em um comunicado, o governo estendeu suas condolências ao líder supremo Ali Khamenei e à nação iraniana e disse que continuaria a operar “sem interrupções”, de acordo com a Press TV. O gabinete do presidente também elogiou Raisi como um líder “trabalhador e incansável” que serviu ao povo do Irã para ajudar a avançar e progredir o país: “Cumpriu sua promessa e sacrificou sua vida pela nação”, diz o comunicado, que afirma, ainda, que “não haverá a menor perturbação” na administração do Irã após o acidente mortal. O vice-presidente Mohammad Mokhber liderou uma reunião de gabinete de emergência, após a notícia da localização dos destroços do helicóptero, segundo publicou o “Guardian”.


O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian; o governador da província do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati; e o representante do líder supremo do Irã no Azerbaijão Oriental, o aiatolá Mohammad Ali Ale-Hashem, também estavam com outras cinco pessoas na aeronave, uma de três que viajavam em um comboio presidencial — as outras aterrissaram sem problemas em Tabriz, nordeste do Irã.


Tudo indica que o mau tempo causou o acidente, que ocorre poucos dias depois de autoridades graduadas estadunidenses e iranianas terem mantido conversações por meio de intermediários para tentar conter a ameaça de um conflito mais amplo no Oriente Médio. O Departamento de Estado dos EUA disse que acompanhava de perto os relatórios sobre o acidente, e a Casa Branca afirmou que o presidente Joe Biden foi informado.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Mercado financeiro eleva projeção para Selic e inflação neste ano

 

Projeção para a taxa básica de juros avançou de 9,75% para 10%. A estimativa do IPCA para este ano subiu de 3,76% para 3,80%

Logo do Banco Central na sede da instituição, em Brasília 15/01/2014
Logo do Banco Central na sede da instituição, em Brasília 15/01/2014 (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

Reuters - Analistas consultados pelo Banco Central voltaram a elevar a projeção para a taxa básica de juros ao final deste ano, com perspectiva de inflação mais alta e menos crescimento, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a Selic este ano agora é de 10,0%, de 9,75% antes, na terceira semana seguida de elevação. Para 2025 a projeção continua sendo de 9,0%.

A revisão se dá na esteira de uma redução no ritmo de afrouxamento monetário pelo Comitê de Política Monetária do BC, que fez este mês um corte de 0,25 ponto percentual na Selic, para 10,50% ao ano, após seis quedas consecutivas de 0,50 ponto na taxa. Também foi abandonada a indicação para passos futuros da política monetária.

Na semana passada, a ata desse encontro mostrou que todos os diretores defenderam uma política monetária mais contracionista, cautelosa e sem indicação futura sobre os juros, apesar da divisão no colegiado sobre a intensidade do corte na Selic.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda elevação na estimativa para a inflação a 3,80% em 2024 e 3,74% em 2025, de 3,76% e 3,66% antes. Para os dois anos seguintes a conta para a alta do IPCA segue em 3,50%.

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Por outro lado, a perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano caiu 0,04 ponto percentual, a 2,05%, mas para 2025 foi mantida em 2,0%.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Prefeituras de SC e SP são investigadas por expulsar moradores de rua para outras cidades

 Cidades como Balneário Camboriú, Blumenau, Criciúma, Chapecó, São José e Rio do Sul, em SC, e Sorocaba, em SP, estão sendo investigadas pela prática

Cidade de Balneário Camboriú
Cidade de Balneário Camboriú (Foto: Prefeitura de Balneário Camboriú/Divulgação)

Prefeituras de cidades de Santa Catarina e São Paulo estão sendo investigadas por expulsar moradores de rua e enviá-los para outros municípios contra a própria vontade. Entre os municípios citados estão Balneário Camboriú (SC), Blumenau (SC), Criciúma (SC), Chapecó (SC), São José (SC), Rio do Sul (SC) e Sorocaba (SP). As pessoas em situação de vulnerabilidade social “ganham” passagens de ônibus e são obrigadas a embarcar por guardas municipais.

Em Santa Catarina, as investigações começaram após a capital do estado, Florianópolis, registrar um aumento significativo no número da população de rua. Ao formar um grupo de trabalho para investigar as causas, o Ministério Público (MP-SC) identificou que ao menos cinco municípios da região transferiam os moradores de rua para fora de seus territórios.Em Balneário Camboriú, cidade conhecida pelo turismo de luxo, essa ação teria ocorrido com o uso da força policial. 

Na cidade de São Paulo, funcionários da equipe de acolhimento da prefeitura afirmaram ter notado um crescimento no número de pessoas em situação de vulnerabilidade provenientes de Santa Catarina. Os municípios do estado que realizam essa prática estão sendo alvos de inquéritos civis para aprofundamento das investigações.

No entanto,  isso não ocorre apenas nas cidades catarinenses. Ouvido pelo jornal O Globo, o ex-motorista Higor de Souza, de 40 anos, relatou ter sido acordado de forma ríspida em um albergue na cidade de Sorocaba. Segundo ele, guardas municipais expulsaram todos que estavam alí e “não eram da cidade”. “A GCM (Guarda Civil Metropolitana) chegou com cachorro, acordando todo mundo e pondo quem não era de Sorocaba para fora, porque (o abrigo) estava muito cheio e eles queriam esvaziar. Me tiraram de lá a contragosto, com a justificativa de que eu não era da cidade. Me senti como se fosse um lixo", diz Higor.

Fonte: Brasil 247

 

Promotor do Tribunal Penal Internacional pede mandado de prisão contra Netanyahu por crimes de guerra

 

Karim Khan, promotor-chefe do TPI, também pede que o tribunal emita mandados de prisão para o ministro da Defesa de Israel e líderes do Hamas

Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel
Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)

Promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan pediu que o tribunal emita mandados de prisão contra o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade relacionados aos ataques de 7 de outubro a Israel e à guerra subsequente em Gaza.

Em entrevista a Christiane Amanpour, da CNN, nesta segunda-feira (20), Khan disse que também está buscando mandados para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, bem como para dois outros líderes de alto escalão do Hamas: Mohammed Diab Ibrahim al-Masri, líder das Brigadas Al Qassem, mais conhecido como Mohammed Deif, e Ismail Haniyeh, líder político do Hamas.

Os mandados contra os políticos israelenses marcam a primeira vez que o TPI visa o líder máximo de um aliado próximo dos Estados Unidos. Um painel de juízes do TPI agora considerará a solicitação de Khan para os mandados de prisão.

Khan disse que as acusações contra Sinwar, Haniyeh e al-Masri incluem “extermínio, assassinato, tomada de reféns, estupro e agressão sexual em detenção". “O mundo ficou chocado no dia 7 de outubro quando pessoas foram arrancadas de seus quartos, de suas casas, dos diferentes kibutzim em Israel", disse Khan a Amanpour, acrescentando que “as pessoas sofreram enormemente.”

As acusações contra Netanyahu e Gallant incluem “causar extermínio, causar fome como método de guerra, incluindo a negação de suprimentos de ajuda humanitária, e deliberadamente alvejar civis em conflito,” disse Khan a Amanpour.

Quando surgiram relatos no mês passado de que o promotor-chefe do TPI estava considerando essa ação, Netanyahu disse que quaisquer mandados de prisão do TPI contra altos funcionários do governo e militares israelenses “seriam um ultraje de proporções históricas,” e que Israel “tem um sistema jurídico independente que investiga rigorosamente todas as violações da lei".

Questionado por Amanpour sobre os comentários de Netanyahu, Khan disse: “ninguém está acima da lei". Ele disse que se Israel discordar do TPI, “eles são livres, não obstante suas objeções à jurisdição, para levantar um desafio perante os juízes do tribunal e é isso que eu os aconselho a fazer".

Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI. No entanto, o TPI afirma ter jurisdição sobre Gaza, Jerusalém Oriental e Cisjordânia depois que líderes palestinos concordaram formalmente em estar vinculados pelos princípios fundadores do tribunal em 2015.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN