segunda-feira, 20 de maio de 2024

Um em cada quatro eleitores do Paraná não vota em ninguém

 

Nas últimas seis eleições, 26% dos eleitores não escolheram candidato ou nem foram votar

Votação: abstensão é de 17,95% (Marcelo Camargo/ABr)

A cada eleição realizada no Paraná, um em cada quatro eleitores prefere não escolher um candidato ou simplesmente deixa de comparecer ao pleito. É o que revela um levantamento exclusivo feito pelo Bem Paraná, o qual aponta que nas últimas seis eleições (primeiros turnos de 2012, 2014, 2016, 2018, 2020 e 2022) para definição de chefes do Poder Executivo (prefeito, governador e presidente) mais de 25% dos eleitores acabaram votando branco, nulo ou se abstendo no primeiro turno.

Conforme dados extraídos do sistema de estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nos seis pleitos considerados pelo levantamento o eleitorado apto no Paraná somou 72.499.522 eleitores, sendo que 59.485.549 (82,05% do total) acabaram comparecendo às urnas, efetivamente.


Contudo, dentro do contingente de pessoas que foram votar, 3.504.721 eleitores que acabaram votando nulo e outros 2.244.889 que votaram em branco. Ou seja, 5,89% dos eleitores anularam o voto e outros 3,77% preferiram não declarar preferência por qualquer dos candidatos.

Além disso, 13.013.973 dos eleitores (17,95% do eleitorado apto nos seis pleitos) simplesmente não compareceram para votar — a chamada abstenção.


Assim sendo, nas últimas eleições 25,88% dos eleitores acabaram não votando em qualquer candidato para prefeito, governador ou presidente, sendo que 17,95% dos eleitores aptos se abstiveram (não compareceram às urnas), 5,89% votou nulo e 3,77%, em branco.


Contudo, dentro do contingente de pessoas que foram votar, 3.504.721 eleitores que acabaram votando nulo e outros 2.244.889 que votaram em branco. Ou seja, 5,89% dos eleitores anularam o voto e outros 3,77% preferiram não declarar preferência por qualquer dos candidatos.

Além disso, 13.013.973 dos eleitores (17,95% do eleitorado apto nos seis pleitos) simplesmente não compareceram para votar — a chamada abstenção.


Assim sendo, nas últimas eleições 25,88% dos eleitores acabaram não votando em qualquer candidato para prefeito, governador ou presidente, sendo que 17,95% dos eleitores aptos se abstiveram (não compareceram às urnas), 5,89% votou nulo e 3,77%, em branco.


Contudo, 649.738 eleitores acabaram votando nulo e outros 411.625, em branco. Além disso, 2.060.500 eleitores simplesmente não foram votar.

Assim sendo, temos que 6,63% dos eleitores curitibanos acabaram votando nulo nos últimos pleitos; que 4,20% votou em branco; e que 17,36% se abstiveram.


Ou seja, 26,31% dos eleitores curitibanos votaram nulo, em branco ou se abstiveram nas disputas pela chefia do Poder Executivo realizadas em primeiro turno desde 2012.

O que acontece com quem não vota?

No Brasil, o voto é obrigatório para quem tem entre 18 e 70 anos. E isso significa, também, que quem deixa de votar pode estar sujeito a sanções, que vão desde multa até a suspensão de direitos civis.


No dia do pleito, é possível justificar a ausência em qualquer seção eleitoral do país por meio do Requerimento de Justificativa Eleitoral. Também é possível, para quem está fora dos limites geográficos do domicílio eleitoral, justificar a ausência pelo sistema do celular no e-Título.


Depois da eleição, o eleitor terá 60 dias para justificar a ausência, o que pode ser feito pelo e-Título, pelo site do TSE ou em qualquer cartório eleitoral. Para tanto, é preciso apresentar os documentos exigidos pela Justiça (como declaração do trabalho ou atestado médico).

Já quem não votar e não justificar a ausência na forma e prazos previstos estará sujeito a multa da Justiça Eleitoral.


O valor (atualmente de R$ 3,51 para cada pleito) é definido pela Resolução nº 23.659/2021, do TSE.


E se o cidadão não votar em três eleições consecutivas, não justificar sua ausência ou não quitar a multa eleitoral, terá sua inscrição cancelada e, como consequência, não poderá obter passaporte ou carteira de identidade; não poderá inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se neles; não poderá renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo, entre outras sanções.

É possível uma eleição ser anulada porque muita gente deixou de votar?


Ainda tem gente que acredita que os votos em branco ou nulos de uma eleição são usados para alguma finalidade e que podem alterar o resultado da votação. A verdade é que a única utilidade desses votos é registrar a insatisfação do eleitorado com as alternativas de candidatos que foram ofertadas pelos partidos. Só isso. E para que fique ainda mais claro: votos em branco não são somados aos votos de quem está ganhando, e votos nulos não podem cancelar uma eleição.


Outra fantasia que costuma rondar a questão dos votos em branco ou nulos é a de que, se eles forem mais da metade dos votos de uma eleição, o pleito terá de ser cancelado, e uma nova votação terá de ser reconvocada. Isso também não é verdade.

Na realidade, só no caso dos votos anulados somarem mais da metade dos dados em uma eleição que o Código Eleitoral prevê a realização de um novo pleito.


Voto anulado não é igual a voto nulo. O voto anulado é aquele que foi dado a algum candidato de maneira regular, mas que, por algum motivo posterior, foi invalidado por força de decisão judicial. São anulados, por exemplo, os votos dados a candidatos que tiveram o registro de candidatura indeferido ou cassado; ou, ainda, em eleições em que tenha havido fraude comprovada juridicamente, o que não ocorre no Brasil desde a implantação do voto eletrônico, em 1996.

Qual a diferença entre voto branco, nulo e abstenção?

Muitas pessoas se confundem sobre a definição e as consequências dos votos em branco e nulo, bem como em relação às abstenções em cada eleição.

  • As abstenções representam o número de eleitores que não compareceram para votar – e que devem justificar a sua ausência, para não ficar com situação irregular perante a Justiça Eleitoral (o que pode acarretar uma série de problemas).
  • Já os votos em branco e nulo dizem respeito a quem efetivamente compareceu às urnas e invalidou seu voto.
  • O voto em branco acontece quando o eleitor aperta a tecla “branco” na urna e depois confirma. Segundo TSE, é aquele voto em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Já o voto nulo ocorre quando o eleitor digita um número inexistente entre os candidatos ou partidos (no caso do voto em legenda) disponíveis para serem votados, confirmando em seguida.

Na prática, não há diferença entre eles, sendo ambos desconsiderados para fins de se obter quem venceu. Ou seja, se o cidadão votar em branco ou votar nulo serão computados seus votos, mas essas escolhas não interferem na soma que elege quem obtiver mais votos válidos, porque os votos válidos são os dedicados a alguém ou a algum partido. As opções “branco” ou “nulo” servem apenas para fins de estatística.

Fonte: Rodolfo Luis Kowalski no Bem Paraná

 

Documentário de Oliver Stone sobre Lula é aclamado em estreia em Cannes


Oliver Stone e Lula

 “Lula”, o documentário sobre o presidente, preparado há anos pelos cineastas Oliver Stone e Rob Wilson, foi finalmente apresentado ao público.

A estreia ocorreu durante o Festival de Cannes, na mostra “Sessões Especiais”, atraindo uma plateia diversificada e entusiasmada, que não era majoritariamente brasileira, na sala Agnès Varda.

Oliver Stone, notável por sua abordagem crítica e politizada no cinema, como visto em “Platoon” e “JFK”, também se dedica a documentários que exploram questões significativas, como em “Ao Sul da Fronteira”. Em “Lula”, ele examina a trajetória única de Luiz Inácio Lula da Silva, desde sua origem humilde até sua ascensão política.

Stone e sua equipe foram calorosamente recebidos com aplausos e agradecimentos ao final da exibição. O filme contextualiza a política brasileira para uma audiência global, enquanto Stone reitera sua perspectiva em cada cena, não esquivando-se de criticar a interferência dos EUA na política brasileira, conforme evidenciado por depoimentos.

Stone descreve Lula como um líder da classe trabalhadora, destacando sua luta e capacidade de superação. Ele apela ao público para não odiar Lula, enfatizando sua “alma maravilhosa”.

“Este filme é sobre uma pessoa muito especial no mundo hoje. Acho que ele é um dos únicos líderes que é da classe trabalhadora, que veio da base, que aprendeu a ler tarde. Ele realmente lutou para ser quem ele é. E ele luta mais ainda no filme. Por favor, eu admiro este homem profundamente. E eu sei que muita gente o odeia. Eu não acho que vocês o odeiam. Por favor, não o odeiam muito porque ele tem uma alma maravilhosa”, falou.

O documentário traça um retrato didático, começando pela infância de Lula em Pernambuco, sua mudança para São Paulo, e seu envolvimento crescente no sindicalismo até fundar o PT. Apesar das adversidades políticas recentes no Brasil, “Lula” é descrito pelos produtores como um “feel good movie”.

O documentário também critica a grande mídia brasileira por seu papel na desinformação, descrita por Stone como oligárquica e conservadora.

Fonte: DCM

VÍDEO: Grupo bloqueia avenida e incendeia dois ônibus em Porto Alegre (RS)

 

Ônibus incendiado em Porto Alegre (RS). Foto: Carla Mello/GZH

Um grupo de aproximadamente 50 pessoas bloqueou a Avenida Princesa Isabel, em Porto Alegre (RS), e incendiou ao menos dois ônibus na noite deste domingo (19). As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros.

Segundo a Brigada Militar, que atendeu a ocorrência, foi lançado um artefato incendiário contra os ônibus, provavelmente um coquetel molotov. Ninguém ficou ferido.

A corporação não informou qual seria a motivação do ataque, mas testemunhas sugerem que o protesto estaria relacionado com a morte de um morador de um condomínio próximo ao local.

Veja o vídeo:

Fonte: DCM

Polícia prende 130 pessoas em meio ao caos da tragédia no RS

Policiais militares e grupos táticos atuam no Rio Grande do Sul. Foto: André Avila/Agência RBS

 As forças de segurança do Rio Grande do Sul prenderam 130 pessoas em meio às enchentes que atingem o estado. As prisões ocorreram entre os dias 2 e 18 de maio, segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública.

Do total de presos, 49 foram detidos em abrigos e 48 por crimes patrimoniais, como roubos e furtos em áreas afetadas pelas cheias. As demais prisões não foram detalhadas.

As ações foram realizadas pelas equipes da Brigada Militar e da Polícia Civil. O governo gaúcho informou que atua para combater crimes como furtos nas ruas, em comércios e nas casas esvaziadas.

Nas aéreas inundadas, o patrulhamento das equipes da Brigada Militar é feito com auxílio de botes e barcos. Mais de 76 mil pessoas estão em abrigos.

Vítimas das chuvas no RS em abrigo improvisado em centro esportivo da capital Porto Alegre. Foto: Nelson Almeida/AFP

O governo do Rio Grande do Sul disse ainda que todo o contingente de equipe está disponível. No total, 27,5 mil servidores estão atuando no estado.

As forças de segurança gaúchas contam com o apoio da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Receita Federal, das Forças Armadas, da Força Nacional e de servidores da segurança pública de todas as 26 unidades federativas.

Fonte: DCM

RS: 18 escolas públicas de Porto Alegre retomam aulas na segunda-feira


Até quarta-feira, 36 instituições da rede municipal vão reabrir


Estudantes de 36 escolas de Porto Alegre (RS) devem retomar às aulas nessa semana, três semanas após o início das fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul. De acordo com a prefeitura, 18 escolas da rede municipal devem retomar as aulas nesta segunda-feira (20), outras 14 unidades retomarão as atividades regulares na terça-feira (21) e quatro escolas na quarta-feira (22).

A Secretaria Municipal determinou o retorno das aulas em todas as escolas que não foram diretamente atingidas pelas cheias e que contam com abastecimento de água e energia elétrica. Clique aqui e confira a lista das escolas.

“Além da retomada das nossas unidades próprias, mais de 100 escolas de educação infantis conveniadas à prefeitura também entram em funcionamento na segunda-feira. Cerca de 50% dos nossos alunos retornarão às aulas normalmente”, acrescentou o secretário de Educação, José Paulo da Rosa.

Os servidores diretamente afetados pelas enchentes não precisarão retornar ao trabalho nesse primeiro momento. “Assim como alinhamos a abertura das escolas que estão em condições, contamos com a atuação dos servidores que estão aptos a atuar neste momento de acolhimento”, completou o secretário.

A orientação da secretaria é que, nesse primeiro momento, as escolas realizem atividades lúdicas e recreativas e garantam o acolhimento e as refeições dos estudantes. A ausência de alunos poderá ser justificada no caso dos atingidos pelas cheias.

“Praticamente todas as 99 escolas próprias e as 219 parceirizadas foram atingidas; 14 escolas próprias e 12 da rede conveniada estão total ou parcialmente alagadas, com registros de grande perda de infraestrutura; e outras 11 próprias e 53 conveniadas têm danos como destelhamentos parciais e infiltrações”, informou a prefeitura, acrescentando que três escolas próprias estão funcionando como abrigos.

Estaduais

Do total de 2.340 escolas estaduais, 1.680 já voltaram às aulas, o que representa (71,7%), outras 660 (28,3%) continuam sem aulas, sendo 491 sem nem mesmo data prevista para o retorno, segundo boletim do estado publicado neste domingo (19)

O governo do Rio Grande do Sul (RS) informou que 1.058 escolas foram afetadas pelas chuvas em 248 municípios. Ao todo, 378 mil estudantes estão impactados e 570 escolas foram danificadas pelas enchentes. As escolas danificadas somam 219 mil alunos matriculados. Outras 86 escolas estaduais foram transformadas em abrigos.

Devido a essa situação, o Ministério da Educação (MEC) dispensou as escolas de ensino fundamental, médio e de educação superior de cumprir o mínimo de dias efetivos de trabalho nas escolas, desde que cumpram a carga horária mínima anual. Já a educação infantil foi dispensada de cumprir os dias efetivos e a carga horária mínima.

Fonte: Agência Brasil

Fátima Bernardes irá dançar com Antonio Banderas na final da Dança dos Famosos

 

Apresentadora Fátima Bernardes e o ator espanhol Antonio Banderas. Foto: Reprodução

A apresentadora Fátima Bernardes, de 61 anos, aceitou o convite de Luciano Huck para dançar com Antonio Banderas, de 63 anos, na final da “Dança dos Famosos”. A apresentação está prevista para ocorrer no dia 7 de julho.

Fátima foi jurada do quadro neste domingo (19), quando foi desafiada a dançar tango com o ator espanhol. A jornalista, no entanto, perguntou se o ritmo poderia ser um bolero, que ela considera ser “mais fácil”.

A apresentadora já foi professora de balé na juventude.

Veja o vídeo:

Fonte: DCM

Fake news dominam discussões sobre chuvas no RS nas redes, diz pesquisa


Vista aérea de Porto Alegre. Foto: Ricardo Stuckert

 Um levantamento realizado pela Escola de Comunicação Digital da FGV Rio, a pedido da coluna de Malu Gaspar, do Globo, revela uma mudança no debate em torno do desastre no Rio Grande do Sul e da solidariedade às vítimas. Agora, as discussões estão focadas na circulação de fake news e desinformação.

Analisando cerca de 8 milhões de tuítes, especialmente no X (antigo Twitter), observou-se um aumento expressivo na média diária de menções a termos relacionados ao assunto.

Entre os dias 1º e 6, essa média era de 10.825 tuítes por dia, enquanto entre os dias 7 e 10 saltou para 115.775 por dia, um aumento de dez vezes. Foram considerados conteúdos com termos como “fake news”, “notícias falsas”, “mentiras” e “desinformação”.

Nuvem de termos mais citados sobre as chuvas no RS no X (ex-Twitter) entre 1º e 15 de maio de 2024 — Foto: FGV ECMI

Nuvem de termos mais citados sobre as chuvas no RS no X (ex-Twitter) entre 1º e 15 de maio de 2024 — Foto: FGV ECMI 

Os dados dos 200 grupos de debate político no WhatsApp monitorados pela FGV também confirmam essa tendência. O volume de mensagens contendo termos associados à desinformação aumentou 16 vezes na comparação entre os dois períodos pesquisados.

Vale destacar que enquanto os perfis oficiais do governo brasileiro e militantes buscavam desmascarar conteúdos enganosos, outros perfis, especialmente os da direita, propagavam narrativas que misturavam críticas à suposta inação do estado com falsas alegações sobre falta de atendimento. Isso provocou, em muitos casos, indignação contra as instituições envolvidas nos esforços de resgate no estado gaúcho.

O levantamento também elaborou uma nuvem de palavras, uma representação dos termos ou nomes mais citados pelas publicações sobre as chuvas no RS no X durante um período mais amplo, de 1º a 15 deste mês. O recurso facilita a identificação dos assuntos que protagonizam o debate tipicamente fragmentado das redes.

Os três temas mais citados foram fake news, Paulo Pimenta, então chefe da Secom e atual ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do RS, e Pablo Marçal, coach bolsonarista apontado pelo governo Lula como responsável por iniciar a disseminação de fake news sobre o desastre gaúcho.

Fonte: DCM

Tony Ramos passa por nova cirurgia após formação de hematomas na cabeça


Ator Tony Ramos. Foto: Divulgação/TV Globo

 O ator Tony Ramos, de 75 anos, foi submetido a uma nova cirurgia neste domingo (19) no Hospital Samaritano Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após apresentar novos hematomas intracranianos.

Segundo o boletim médico, o artista “encontra-se bem, acordado e respirando sem o auxílio de aparelhos”.

“O Hospital Samaritano Botafogo informa que o ator Tony Ramos foi submetido a uma nova cirurgia pelo Dr. Paulo Niemeyer, na data de hoje (19/05), após apresentar distúrbios de coagulação que resultaram na formação de novos hematomas intracranianos. O paciente encontra-se bem, acordado e respirando sem o auxílio de aparelhos”, informou o hospital.

Na última quinta-feira (16), Tony passou pela primeira cirurgia no cérebro, quando precisou drenar um hematoma subdural (sangramento intracraniano). No sábado (18), o ator foi transferido para a Unidade Semi-intensiva após receber alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI).

Fonte: DCM

Após RS, enchentes atingem SC e deixam mais de 900 desabrigados

 

Rio do Sul, em Santa Catarina, decreta situação de emergência após enchentes. Foto: SDC/Divulgação

As fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul agora atingem Santa Catarina. Segundo a Secretaria da Proteção e Defesa Civil (SDC) do estado catarinense, 20 municípios entraram em estado de alerta devido às inundações.

Em Rio do Sul, cidade mais atingida, a prefeitura decretou situação de emergência após o nível do Rio Itajaí-Açu atingir 9,06 metros. Em 48 horas, choveu 217 milímetros – mais da metade da chuva prevista para o mês.

Além de Rio do Sul, adotaram a medida as cidades de Passo de Torres, Sombrio, São João do Sul, Balneário Gaivota, Jacinto Machado, Maracajá e Araranguá.

Mais de 900 pessoas estão desabrigadas. Cinco abrigos foram abertos na cidade para atender a população.

As autoridades alertaram para o alto risco de deslizamentos e orientam os moradores a estarem atentos a sinais como rachaduras no solo e trincas em paredes. Nesse caso, a prefeitura recomenda a evacuação imediata do imóvel.

Outras regiões do estado catarinense, como o Meio-Oeste, Planalto Sul, Litoral Sul e Grande Florianópolis também tiveram chuvas intensas.

O governador de Santa Catarina, Jorgino Mello (PL), determinou a ativação do Centro Integrado de Operações da Defesa Civil estadual para monitorar o nível dos rios.

Fonte: DCM

Cidades em que Bolsonaro teve mais votos tiveram mais mortes por Covid


O ex-presidente Jair Bolsonaro.

 Municípios onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve mais votos nas eleições presidenciais de 2018 e 2022 tiveram mais mortes durante os picos da pandemia de Covid-19 no Brasil. As informações foram divulgadas em um estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública nesta segunda-feira (20).

A pesquisa analisou a relação entre o excesso de mortalidade registrado em 2020 e 2021 e o percentual de votos obtido por Bolsonaro no primeiro turno desses pleitos.

Na crise sanitária, o ex-chefe de estado brasileiro contrariou as recomendações de autoridades de saúde e se opôs a medidas de isolamento social e uso de máscaras. O trabalho identificou que cada aumento de 1% nos votos municipais para Bolsonaro em 2018 e 2022 esteve associado a uma alta de 0,48% a 0,64%, respectivamente, no excesso de mortes dos municípios durante os picos da pandemia.

“Houve uma fidelidade enorme no eleitorado. Um núcleo de eleitores continuou a votar nele. A expectativa era que ele seria penalizado eleitoralmente, que a rejeição aumentasse. Isso não ocorreu”, explica Everton Lima, docente e pesquisador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Lima, um dos autores do estudo, disse que a pesquisa mostra uma associação entre um maior excesso de mortes e mais votos em Bolsonaro, não uma relação de causa e efeito.

Segundo o pesquisador, não é possível dizer que as pessoas que se opunham ao uso de máscaras e ao isolamento social votaram em Bolsonaro porque ele empunhava essas bandeiras. Tampouco concluir que elas se identificavam com o então mandatário e, por isso, adotaram esses comportamentos. Já a descrença nos impactos da pandemia, a resistência ao uso de máscaras e a demora na implementação de uma campanha de imunização podem explicar essa associação, apontou o trabalho.

Mesmo assim, os dados podem refletir, por exemplo, medidas de saúde inadequadas implementadas por governos municipais onde Bolsonaro obteve mais votos.

Jair Bolsonaro segura uma caixa de cloroquina do lado de fora do Palácio da Alvorada

Vale destacar que o estudo teve colaboração ainda de Lilia da Costa, da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Rafael Souza, Cleiton Rocha e Maria Ichihara, todos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Voto ideológico

Os autores utilizaram os resultados do primeiro turno das eleições para capturar melhor o voto ideológico. O excesso de mortalidade compara a média mensal de mortes entre 2015 e 2019 com o número de mortes durante os picos da pandemia.

“É um termômetro para dizer que está acontecendo algo diferente”. De acordo com a pesquisa, a oposição a Bolsonaro, representada pelos votos no PT, mostrou uma correlação negativa com o excesso de mortalidade nos municípios, ou seja, quanto maior o percentual de votos verificado nos candidatos petistas, menor foi o número de mortes.

“Há uma fidelidade até certo ponto cega”, diz Lima. “Estamos polarizados em um nível político que é o nós contra eles. Você acaba sendo alimentado por informações de dentro do seu grupo. Não conversa com o outro lado.”

Fonte: DCM com informações divulgadas em um estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública nesta segunda-feira (20).