segunda-feira, 20 de maio de 2024

Fake news dominam discussões sobre chuvas no RS nas redes, diz pesquisa


Vista aérea de Porto Alegre. Foto: Ricardo Stuckert

 Um levantamento realizado pela Escola de Comunicação Digital da FGV Rio, a pedido da coluna de Malu Gaspar, do Globo, revela uma mudança no debate em torno do desastre no Rio Grande do Sul e da solidariedade às vítimas. Agora, as discussões estão focadas na circulação de fake news e desinformação.

Analisando cerca de 8 milhões de tuítes, especialmente no X (antigo Twitter), observou-se um aumento expressivo na média diária de menções a termos relacionados ao assunto.

Entre os dias 1º e 6, essa média era de 10.825 tuítes por dia, enquanto entre os dias 7 e 10 saltou para 115.775 por dia, um aumento de dez vezes. Foram considerados conteúdos com termos como “fake news”, “notícias falsas”, “mentiras” e “desinformação”.

Nuvem de termos mais citados sobre as chuvas no RS no X (ex-Twitter) entre 1º e 15 de maio de 2024 — Foto: FGV ECMI

Nuvem de termos mais citados sobre as chuvas no RS no X (ex-Twitter) entre 1º e 15 de maio de 2024 — Foto: FGV ECMI 

Os dados dos 200 grupos de debate político no WhatsApp monitorados pela FGV também confirmam essa tendência. O volume de mensagens contendo termos associados à desinformação aumentou 16 vezes na comparação entre os dois períodos pesquisados.

Vale destacar que enquanto os perfis oficiais do governo brasileiro e militantes buscavam desmascarar conteúdos enganosos, outros perfis, especialmente os da direita, propagavam narrativas que misturavam críticas à suposta inação do estado com falsas alegações sobre falta de atendimento. Isso provocou, em muitos casos, indignação contra as instituições envolvidas nos esforços de resgate no estado gaúcho.

O levantamento também elaborou uma nuvem de palavras, uma representação dos termos ou nomes mais citados pelas publicações sobre as chuvas no RS no X durante um período mais amplo, de 1º a 15 deste mês. O recurso facilita a identificação dos assuntos que protagonizam o debate tipicamente fragmentado das redes.

Os três temas mais citados foram fake news, Paulo Pimenta, então chefe da Secom e atual ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do RS, e Pablo Marçal, coach bolsonarista apontado pelo governo Lula como responsável por iniciar a disseminação de fake news sobre o desastre gaúcho.

Fonte: DCM

Tony Ramos passa por nova cirurgia após formação de hematomas na cabeça


Ator Tony Ramos. Foto: Divulgação/TV Globo

 O ator Tony Ramos, de 75 anos, foi submetido a uma nova cirurgia neste domingo (19) no Hospital Samaritano Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após apresentar novos hematomas intracranianos.

Segundo o boletim médico, o artista “encontra-se bem, acordado e respirando sem o auxílio de aparelhos”.

“O Hospital Samaritano Botafogo informa que o ator Tony Ramos foi submetido a uma nova cirurgia pelo Dr. Paulo Niemeyer, na data de hoje (19/05), após apresentar distúrbios de coagulação que resultaram na formação de novos hematomas intracranianos. O paciente encontra-se bem, acordado e respirando sem o auxílio de aparelhos”, informou o hospital.

Na última quinta-feira (16), Tony passou pela primeira cirurgia no cérebro, quando precisou drenar um hematoma subdural (sangramento intracraniano). No sábado (18), o ator foi transferido para a Unidade Semi-intensiva após receber alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI).

Fonte: DCM

Após RS, enchentes atingem SC e deixam mais de 900 desabrigados

 

Rio do Sul, em Santa Catarina, decreta situação de emergência após enchentes. Foto: SDC/Divulgação

As fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul agora atingem Santa Catarina. Segundo a Secretaria da Proteção e Defesa Civil (SDC) do estado catarinense, 20 municípios entraram em estado de alerta devido às inundações.

Em Rio do Sul, cidade mais atingida, a prefeitura decretou situação de emergência após o nível do Rio Itajaí-Açu atingir 9,06 metros. Em 48 horas, choveu 217 milímetros – mais da metade da chuva prevista para o mês.

Além de Rio do Sul, adotaram a medida as cidades de Passo de Torres, Sombrio, São João do Sul, Balneário Gaivota, Jacinto Machado, Maracajá e Araranguá.

Mais de 900 pessoas estão desabrigadas. Cinco abrigos foram abertos na cidade para atender a população.

As autoridades alertaram para o alto risco de deslizamentos e orientam os moradores a estarem atentos a sinais como rachaduras no solo e trincas em paredes. Nesse caso, a prefeitura recomenda a evacuação imediata do imóvel.

Outras regiões do estado catarinense, como o Meio-Oeste, Planalto Sul, Litoral Sul e Grande Florianópolis também tiveram chuvas intensas.

O governador de Santa Catarina, Jorgino Mello (PL), determinou a ativação do Centro Integrado de Operações da Defesa Civil estadual para monitorar o nível dos rios.

Fonte: DCM

Cidades em que Bolsonaro teve mais votos tiveram mais mortes por Covid


O ex-presidente Jair Bolsonaro.

 Municípios onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve mais votos nas eleições presidenciais de 2018 e 2022 tiveram mais mortes durante os picos da pandemia de Covid-19 no Brasil. As informações foram divulgadas em um estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública nesta segunda-feira (20).

A pesquisa analisou a relação entre o excesso de mortalidade registrado em 2020 e 2021 e o percentual de votos obtido por Bolsonaro no primeiro turno desses pleitos.

Na crise sanitária, o ex-chefe de estado brasileiro contrariou as recomendações de autoridades de saúde e se opôs a medidas de isolamento social e uso de máscaras. O trabalho identificou que cada aumento de 1% nos votos municipais para Bolsonaro em 2018 e 2022 esteve associado a uma alta de 0,48% a 0,64%, respectivamente, no excesso de mortes dos municípios durante os picos da pandemia.

“Houve uma fidelidade enorme no eleitorado. Um núcleo de eleitores continuou a votar nele. A expectativa era que ele seria penalizado eleitoralmente, que a rejeição aumentasse. Isso não ocorreu”, explica Everton Lima, docente e pesquisador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Lima, um dos autores do estudo, disse que a pesquisa mostra uma associação entre um maior excesso de mortes e mais votos em Bolsonaro, não uma relação de causa e efeito.

Segundo o pesquisador, não é possível dizer que as pessoas que se opunham ao uso de máscaras e ao isolamento social votaram em Bolsonaro porque ele empunhava essas bandeiras. Tampouco concluir que elas se identificavam com o então mandatário e, por isso, adotaram esses comportamentos. Já a descrença nos impactos da pandemia, a resistência ao uso de máscaras e a demora na implementação de uma campanha de imunização podem explicar essa associação, apontou o trabalho.

Mesmo assim, os dados podem refletir, por exemplo, medidas de saúde inadequadas implementadas por governos municipais onde Bolsonaro obteve mais votos.

Jair Bolsonaro segura uma caixa de cloroquina do lado de fora do Palácio da Alvorada

Vale destacar que o estudo teve colaboração ainda de Lilia da Costa, da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Rafael Souza, Cleiton Rocha e Maria Ichihara, todos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Voto ideológico

Os autores utilizaram os resultados do primeiro turno das eleições para capturar melhor o voto ideológico. O excesso de mortalidade compara a média mensal de mortes entre 2015 e 2019 com o número de mortes durante os picos da pandemia.

“É um termômetro para dizer que está acontecendo algo diferente”. De acordo com a pesquisa, a oposição a Bolsonaro, representada pelos votos no PT, mostrou uma correlação negativa com o excesso de mortalidade nos municípios, ou seja, quanto maior o percentual de votos verificado nos candidatos petistas, menor foi o número de mortes.

“Há uma fidelidade até certo ponto cega”, diz Lima. “Estamos polarizados em um nível político que é o nós contra eles. Você acaba sendo alimentado por informações de dentro do seu grupo. Não conversa com o outro lado.”

Fonte: DCM com informações divulgadas em um estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública nesta segunda-feira (20).


Piauí sedia reunião do G20 como exemplo de combate à fome nos últimos 20 anos

 

Com a implementação de programas sociais, o estado deu um salto nas últimas duas décadas, saindo da categoria de baixo desenvolvimento humano para a de alto, segundo o IDH

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 O Piauí, que sedia nesta semana discussões internacionais para o combate à fome e à pobreza no mundo, viveu um período de profunda transformação social nas últimas duas décadas, impulsionada por programas sociais como o Bolsa Família, que completou 20 anos em 2023. É o que mostra o estudo “Mapeamento dos índices de desenvolvimento social”, desenvolvido pelo pesquisador Antônio Claret. A pesquisa será lançada na íntegra nesta segunda (21), em Teresina (PI). 

“É uma combinação de fatores e de políticas que tiveram um papel muito relevante no estado, na indução desses processos. A atuação de múltiplos atores: atores sociais, atores empresariais. Os investimentos que foram feitos no estado, o objetivo do estudo é mostrar quais foram as políticas públicas que nós podemos citar como políticas públicas de sucesso nesse período”.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado, que mede o bem-estar da população, passou de 0,48 em 2000 para 0,71 em 2020, um crescimento de 48%. Esse avanço coloca o Piauí na faixa de desenvolvimento humano "alto", segundo a classificação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A pesquisa tem origem em um processo de cooperação internacional entre o estado do Piauí, por meio da Secretaria de Planejamento (Seplan), e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). “A perspectiva é mostrar aos outros países os avanços que nós tivemos no Piauí para que as políticas públicas de sucesso, que foram adotadas no Brasil e no estado, possam servir de referência para outros países no mundo, em patamares semelhantes de desenvolvimento humano”, explica Claret.

Renda: crescimento e redução da desigualdade - O crescimento do PIB, a participação do estado no PIB nacional e a redução da desigualdade de renda foram fatores determinantes para o aumento do IDH. A renda média do piauiense, medida pelo PIB per capita, cresceu 64% entre 2002 e 2022, enquanto a diferença entre a média nacional e a do estado diminuiu significativamente.

Claret explica que ocorreu no período a universalização de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, em todo o país, o que foi determinante também no estado: “Nesses 25 anos, o aumento da cobertura de programas como o Benefício de Prestação Continuada e do Bolsa Família foi importante para esse processo de enfrentamento da pobreza e de avanço do desenvolvimento humano”.

Guaribas (PI), município que em 2003 foi o primeiro do Brasil a receber o Fome Zero, iniciativa que abarcava uma série de políticas públicas, é um exemplo emblemático do impacto positivo dessas iniciativas. O Índice de Gini, que mede a concentração de renda, caiu de 0,61 em 2010 para 0,52 em 2021, indicando uma distribuição mais justa da riqueza. A pobreza também recuou consideravelmente: o percentual da população em situação de pobreza e extrema pobreza caiu 70% entre 2000 e 2013.

Educação: avanços em todos os níveis - O Piauí também obteve resultados expressivos na área da educação. O analfabetismo caiu pela metade entre 2000 e 2021, enquanto a taxa de conclusão do ensino fundamental pela população adulta mais que dobrou. O estado lidera o ranking nacional de crianças na escola desde 2019, com 97% das crianças de 5 a 6 anos frequentando a escola.

O desempenho dos estudantes também melhorou consideravelmente. O Piauí ultrapassou a média da região Nordeste nos anos iniciais do ensino fundamental e está acima das projeções do Ministério da Educação. Nos anos finais do ensino fundamental, a nota geral do estado também supera a média regional e acompanha as projeções oficiais.

Saúde: progresso com desafios - A expectativa de vida no Piauí cresceu seis anos entre 2000 e 2010, mas ficou estagnada nos anos seguintes. Com a pandemia de Covid-19, o indicador recuou 2,5 anos. A mortalidade infantil apresentou uma queda significativa de 58% entre 2000 e 2019. No entanto, a pandemia também impactou este indicador, que subiu em 2020 e 2021. Claret aponta que a estratégia de saúde da família, que leva a atenção básica e acompanhamento do estado nutricional de vacinação e pré-natal das mulheres, foi uma política revolucionária para o país no início dos anos 2000: “nós tínhamos já essa política sendo implementada, mas a criação das unidades básicas de saúde. As equipes multiprofissionais, baseadas em território, que fizeram a expansão desse programa acontecer. Isso é um exemplo de política pública que dá e que deu certo, que funcionou no nosso país e que a gente pode mostrar ao mundo como um exemplo a ser seguido”.

Fonte: Brasil 247

 

A importância dos votos de legenda nas eleições proporcionais

 

Qual será o motivo de alguns serem bons “puxadores” de votos de legenda e outros não?

(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli | Fábio Pozzebom/Agência Brasil)

Os votos de legenda podem significar mais cadeiras conquistadas pelos partidos e mais uma chance para um candidato se eleger. A quantidade desse tipo de sufrágio muitas vezes pode ser equiparada à votação de vários candidatos ou até mesmo a de um bom “puxador” de votos. É como se aquele partido concorresse com mais candidatos do que o permitido por lei.

Por isso, é sempre bom estudarmos a lógica envolvida em sua constituição.

Há partidos que estão sempre conquistando muitos votos dessa categoria, outros quase nunca. – Qual será o motivo de alguns serem bons “puxadores” de votos de legenda e outros não?

Pesquisando durante anos sobre esta questão, concluímos que os partidos que disputam uma eleição tendo em sua chapa um dos principais candidatos ao cargo majoritário, aquele que agrega a maioria dos partidos em torno de sua candidatura, são geralmente campeões em votos de legenda. Vejam o quadro abaixo.

grafico

O gráfico nos mostra os partidos e as vagas conquistadas até agora por votos de legenda em todas as eleições para vereador realizadas nesta primeira quarta parte (2004-2020) do século XXI. Embora não exista fração de vagas na Câmara, não desprezei os décimos porque neste caso eles significam sobras de votos que podem ser importantes na conquista de mais uma vaga para o partido na fase dos cálculos das médias.

Em 2004, os votos de legenda deram quatro vagas ao PSDB, provavelmente, também quatro vagas (3,78) para o PT e uma para o PP (1,17). Naquela ocasião, o PSDB tinha José Serra como seu candidato a prefeito, e um grande número de partidos em seu redor. O PT, concorreu com Marta Suplicy, que conquistou uma votação próxima ao primeiro colocado e também tinha uma boa coligação em torno de seu nome. O terceiro que recebeu mais votos de legenda, o PP, concorreu com Paulo Maluf, um forte concorrente nas eleições paulistanas. A soma dos votos de legenda somente dos três primeiros colocados, em 2004, ficou em 80% do total geral desta modalidade.

Em 2008, os partidos dos três primeiros colocados, Gilberto Kassab (DEM), Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), também somaram quase 80% do votos válidos na disputa proporcional. A lógica de aglutinar grande quantidade de apoiadores em torno dos nomes principais também se repetiu naquele ano. A mesma lógica foi observada nas eleições de 2012, 2016 e 2020.

Para ajudar as coisas a acontecerem dessa forma, temos a ordem de votação das eleições que estabelece que primeiro se vota no vereador. Como tudo indica que, na cabeça da maioria dos eleitores, o cargo de Prefeito é mais importante do que o de Vereador, alguns eleitores já vêm para as urnas pensando no número com o qual o seu candidato a Prefeito está concorrendo. Dessa forma, quando esse eleitor digita os dois dígitos referentes ao número do candidato majoritário e dá o enter, a urna eletrônica confirma o voto de legenda para o partido do candidato a prefeito escolhido pelo eleitor.

Fonte: Brasil 247

 

"Assange mereceria um prêmio – e não prisão", diz Gleisi Hoffmann

 

Presidente do PT se une ao movimento para evitar a extradição de Julian Assange aos Estados Unidos

 Nesta segunda-feira, um tribunal britânico pode tomar uma decisão final sobre a extradição de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, para os Estados Unidos, encerrando 13 anos de batalhas legais e detenções. A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann, fez uma declaração contundente em apoio a Assange, criticando fortemente esta situação.

Hoffmann, em sua declaração, afirmou que "Assange mereceria um prêmio e não prisão", destacando os graves fatos expostos pelo fundador do WikiLeaks, incluindo as mentiras do governo estadunidense que levaram às invasões do Iraque e do Afeganistão, a espionagem da CIA contra empresas e líderes de outros países, incluindo a ex-presidente Dilma Rousseff e a Petrobras. Segundo Hoffmann, "já são 14 anos de luta contra a vingança, pela liberdade de imprensa e pelo direito à verdade". Ela reiterou que o PT continuará apoiando Assange "até o fim da injustiça e da perseguição".

O julgamento de Assange no Tribunal Superior de Londres é crucial, podendo decidir se ele será extraditado para os EUA, onde enfrenta 18 acusações sob a Lei de Espionagem. A equipe jurídica de Assange argumenta que ele corre o risco de ser extraditado rapidamente após a decisão, mas também existe a possibilidade de que ele seja libertado ou que o caso se prolongue ainda mais. Stella Assange, esposa de Julian, afirmou que "qualquer coisa pode acontecer neste estágio".

Desde 2010, Assange tem estado em várias formas de detenção, incluindo sete anos refugiado na embaixada do Equador em Londres e, desde 2019, na prisão de segurança máxima de Belmarsh. As autoridades americanas acusam Assange de ações imprudentes que teriam prejudicado a segurança nacional e colocado vidas em risco. No entanto, muitos apoiadores de Assange veem a acusação como um ataque à liberdade de imprensa e uma retaliação por expor crimes e práticas controversas dos EUA.

A declaração de Hoffmann alinha-se com a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já expressou que Assange deveria ser reconhecido por suas contribuições em vez de ser punido. Grupos de direitos humanos, órgãos de mídia e líderes políticos, incluindo o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, também pedem o arquivamento do caso contra Assange.

Se o tribunal decidir a favor da extradição, os advogados de Assange planejam apelar ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos para bloquear a deportação. Em contrapartida, se os juízes rejeitarem as submissões dos EUA, Assange poderá apelar de sua extradição, o que poderia adiar o processo por mais tempo. Em qualquer cenário, Stella Assange afirmou que continuará lutando pela liberdade de seu marido, destacando a crueldade da situação e o risco de suicídio que ele enfrenta.

A declaração de Hoffmann reflete uma visão amplamente compartilhada por defensores da liberdade de imprensa e de direitos humanos, que consideram o caso de Assange um marco na luta contra a repressão e pela transparência governamental. A decisão do tribunal britânico é aguardada com grande expectativa, podendo definir os rumos da vida de Assange e impactar significativamente o debate sobre liberdade de expressão no contexto global.

Fonte: Brasil 247

 

Reconstrução do RS precisa priorizar rodovias e moradias, dizem especialistas

 

É o primeiro passo a partir do qual o foco deverá ser diecionado para os equipamentos públicos de saúde e educação

Catástrofe climática no Rio Grande do Sul
Catástrofe climática no Rio Grande do Sul (Foto: Agência Brasil)

 Especialistas destacam que, a curto e médio prazo, o governo deve centrar seus esforços na construção de moradias e na recuperação de rodovias e pontes, afetadas pelas enchentes. A  partir de então, o foco deverá ser direcionado aos equipamentos públicos de saúde e educação. A opinião foi publicada no Painel da Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (20).

Um dos entrevistados foi Luiz Afonso dos Santos Senna, engenheiro e professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Segundo ele, “recuperar as redes de rodovias [regionais, estaduais e federais], assim como pontes e cabeceiras, significa a ligação entre os territórios. É um primeiro passo para recompor o sistema de circulação das pessoas e de mercadorias", afirma 

Senna estima que, a médio e longo prazo, o governo também deverá se preocupar com as estradas que ficaram alagadas por vários dias, mas voltaram a operar. 

A arquiteta Clarice Misoczky de Oliveira, co-presidente da IAB-RS (Instituto de Arquitetos do Brasil) e professora da UFRGS, também afirma que a reconstrução do estado só será possível a partir da reabilitação das rodovias.

Fonte: Brasil 247 com informações do Painel da Folha de S. Paulo

 

Leite fala em liderar reconstrução e chama Pimenta de "preposto de Lula"

 

Depois de dizer que sua gestão não investiu como deveria em prevenção de desastres em razão da "questão fiscal", governador defende o "protagonismo" de seu governo na reconstrução

Paulo Pimenta e Eduardo Leite
Paulo Pimenta e Eduardo Leite (Foto: Secom/PR)

Além de afirmar que sua gestão não investiu como deveria em prevenção de desastres porque "o governo vive outras agendas" e a pauta "que se impunha era a questão fiscal", o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também disse à Folha de S. Paulo que cabe à sua administração liderar o processo de reconstrução do estado gaúcho, duramente atingido por chuvas e enchentes históricas. "Por uma decisão que a sociedade tomou, pelo voto popular. Então, o que o ministério que o presidente Lula criou tem no nome, e entendo deva ser o que orienta a sua ação: é uma secretaria extraordinária para apoio à reconstrução. Todo apoio é bem-vindo. O apoio do setor privado, o apoio dos voluntários, o apoio das doações, o apoio da sociedade civil de diversas formas, o apoio do governo federal é bastante importante nesse processo".

De acordo com Leite, "o governo do estado tem um protagonismo que não é por vaidade ou interesse pessoal do governador, é pelo que o voto popular conferiu".

Ele ainda chamou o ministro Paulo Pimenta (PT), nomeado chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, de "preposto" de Lula. "O meu papel como governador não é o de fazer análises políticas, é de resolver o problema. Para resolver o problema, precisamos juntar as forças de todos, inclusive a do governo federal. O presidente apresentou o seu preposto para esta missão de apoiar a reconstrução, vamos trabalhar com ele, vamos juntar as forças para poder atender a população".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Folha passa vexame ao cobrar "espaço para oposição" no documentário de Oliver Stone sobre Lula


O documentário foi aclamado na noite deste domingo durante sua exibição no Festival de Cannes

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A Folha de S. Paulo virou piada nas redes sociais nesta segunda-feira (20) ao cobrar "espaço para oposição" no documentário feito sobre o presidente Lula (PT) pelo cineasta Oliver Stone. A obra foi aclamada na noite deste domingo (19) durante sua exibição no Festival de Cannes. Stone, conhecido por obras politizadas como "Platoon" e "JFK", apresentou o filme destacando a trajetória única de Lula. “Ele é um dos poucos líderes que veio da classe trabalhadora, que aprendeu a ler tarde e que luta intensamente por suas opiniões”, afirmou o cineasta. Stone expressou profunda admiração por Lula, mencionando que o documentário oferece uma visão apaixonada e crítica sobre o presidente.

Nos comentários da publicação da Folha, um internauta rebate: "uma pesquisa rápida no Google e vocês aprenderiam a diferença entre reportagem e documentário". Outro provoca: "a oposição que lute por espaço". Um usuário ainda lembrou do amplo "espaço para oposição" na imprensa brasileira: "mas, Folha, o espaço é grande, gigante, alguns falam até que é infinito. Para a oposição, o que não falta é espaço: Folha, Estadão, CNN Brasil, Veja, GloboNews. Basta querer e ir".




 


Fonte: Brasil 247

Confira as primeiras imagens do helicóptero em que morreram o presidente e o chanceler do Irã

Aeronave bateu na montanha antes de cair como resultado de condições climáticas severas e neblin

Helicóptero iraniano em que morreu Ebrahim Raisi
Helicóptero iraniano em que morreu Ebrahim Raisi (Foto: Reprodução X)

O presidente iraniano Ebrahim Raisi foi morto no acidente de helicóptero de ontem. Relatórios dizem que o helicóptero atingiu a montanha antes de cair como resultado de condições climáticas severas e neblina. Confira as imagens:

Fonte: Brasil 247


Eduardo Leite diz que não investiu em prevenção de desastres em razão da "questão fiscal"

 

Governador alterou 480 normas ambientais em 2020. Enchentes já mataram mais de 150 pessoas no estado

Eduardo Leite
Eduardo Leite (Foto: Maurício Tonetto/Secom)

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nega que a mudança em cerca de 480 normas ambientais adotadas por ele em 2020 tenha relação com a crise climática vivida no estado e com a tragédia que até agora matou 157 pessoas devido a enchentes. "Sobre as 480 mudanças na legislação, na forma como se apresenta essa afirmação, ela naturalmente tenta induzir de que o que nós estamos vivendo no Rio Grande do Sul se relaciona a uma mudança legislativa de 2019, o que é absurdamente equivocado, para dizer o mínimo".

Leite também afirma que não investiu mais recursos na prevenção porque "o governo também vive outras agendas" e que a pauta "que se impunha era a questão fiscal". 

Em entrevista concedida à Folha de S.Paulo e publicada nesta segunda-feira, o governador gaúcho defende em tese os esforços conjuntos com o governo federal, mas reivindica protagonismo próprio. "A questão política em todo esse processo é o que mais me preocupa desde o início dele. Porque a dimensão que tem essa tragédia exige uma coordenação de esforços, um alinhamento entre forças políticas, empresariais, sociedade civil, que é especialmente difícil nos tempos atuais, de polarização, de disputas, de divisões, de redes sociais com opiniões para todos os lados, com força e virulência tentando destruir reputações. Mas é o esforço pelo qual, entendo, a gente deve canalizar aqui as nossas energias. Naturalmente, o governo do estado tem um protagonismo que não é por vaidade ou interesse pessoal do governador, é pelo que o voto popular conferiu".

Leite considera que cabe ao governo estadual liderar o processo de reconstrução. Segundo sua opinião, esta liderança está relacionada à "decisão que a sociedade tomou, pelo voto popular." 

Leite diz que o ministério que o presidente Lula criou "tem no nome, e entendo deva ser o que orienta a sua ação: é uma secretaria extraordinária para apoio à reconstrução". Ele dilui o apoio do governo Lula à reconstrução do estado: "Todo apoio é bem-vindo. O apoio do setor privado, o apoio dos voluntários, o apoio das doações, o apoio da sociedade civil de diversas formas, o apoio do governo federal é bastante importante nesse processo".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo