sexta-feira, 17 de maio de 2024

“Transformação do Brasil na fazenda do mundo reduz nossa proteção contra as mudanças climáticas”, diz pesquisadora do INPE

 

Luciana Gatti alerta sobre o impacto do agronegócio e a necessidade de transição para modelos sustentáveis em meio à tragédia dos alagamentos no Rio Grande do Sul

(Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução)

 Em entrevista ao programa Boa Noite 247, Luciana Gatti, cientista de mudanças climáticas e coordenadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), fez críticas ao modelo econômico predominante no Brasil e seu impacto nas mudanças climáticas. Em meio ao contexto devastador das enchentes no Rio Grande do Sul, Gatti alertou sobre as consequências da atual política ambiental e agrícola do país.

“A transformação do Brasil na fazenda do mundo reduz nossa proteção contra as mudanças climáticas”, afirmou Gatti, destacando a relação direta entre o avanço do agronegócio e a degradação ambiental. “Estamos perdendo o nosso airbag”, declarou, explicando que a destruição das florestas e outros ecossistemas naturais está diminuindo a capacidade do Brasil de mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

A cientista não poupou críticas ao setor agroindustrial. “A destruição causada pelo agronegócio está cobrando seu preço”, disse, relacionando o aumento de desastres naturais à intensificação da exploração agrícola e pecuária. Segundo Gatti, o atual modelo econômico está acelerando as mudanças climáticas no Brasil. “O nosso problema é o modelo econômico do Brasil, esse projeto de 'Brasil fazenda do planeta' está acelerando as mudanças climáticas no Brasil, não eram assim antes do Bolsonaro”, afirmou, referindo-se ao aumento do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa durante o governo de Jair Bolsonaro.

Para Gatti, a solução passa por uma transição urgente para modelos mais sustentáveis. “Está na hora de cientistas de várias áreas, bolarem um plano de transição e começar a fazer a conversão desse modelo de agronegócio para a agrofloresta para o turismo ecológico, a gente tem tantos outros modelos, depende de nós, temos direito à vida.” A cientista defende que é possível aliar desenvolvimento econômico com sustentabilidade, utilizando os vastos recursos naturais do Brasil de maneira mais equilibrada e menos destrutiva.

A urgência da situação também exige responsabilização, segundo Gatti. “Esse modelo está levando a morte, esses caras têm que ser responsabilizados, a gente está vendo o número de mortes crescendo, eles estão agressivos no Congresso, nós também temos que ser agressivos e começar a falar em 'justiça climática', começar a fazer um movimento por leis que comecem a punir prefeitos e governadores.” A cientista chamou atenção para a necessidade de um movimento político forte que pressione por mudanças legislativas que promovam a justiça climática e responsabilizem aqueles que contribuem para a degradação ambiental.

Assista: 

Fonte: Brasil 247

 

TRE considera adiar eleições municipais no RS

 

500 urnas eletrônicas foram perdidas e outras 15 mil estão inacessíveis

Urna eletrônica
Urna eletrônica (Foto: José Cruz/Arquivo/Agência Brasil)

 O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) está considerando a possibilidade de adiar as eleições municipais por conta das enchentes que atingem o estado. Até o momento, 500 urnas eletrônicas foram perdidas e outras 15 mil, que correspondem a 52% das urnas do estado, estão em um local que está inacessível pelo avanço das águas. O prédio do TRE-RS também está alagado.

O adiamento das eleições já estava sendo defendido por lideranças políticas, que afirmam que não haveria “ambiente” para a realização de campanha eleitoral. Além disso, muitos locais de votação, como escolas, foram destruídos com as inundações Os eleitores do RS têm até o dia 23 de maio para pedir emissão, regularização, transferência e alteração de dados cadastrais. O prazo original era dia 8 de maio, mas foi alterado.

Ouvidos pelo jornal O Globo, líderes dos partidos no estado divergem sobre o assunto. O presidente estadual do PL, Giovani Cherini, é favorável ao adiamento para o primeiro semestre de 2025. Já Juçara Dutra, presidente do PT-RS, afirma que o partido ainda não trabalha com essa hipóteses, já que ainda é impossível prever a velocidade da reconstrução das cidades atingidas. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), e o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), ainda não estão convictos sobre o assunto.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Não posso adiantar novos cortes da Selic, diz presidente do Banco Central

 

Roberto Campos Neto, disse que é uma prerrogativa da autarquia mudar sua orientação futura sobre a taxa básica de juros

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo publicada nesta sexta-feira que não pode antecipar novos cortes na taxa de juros e afirmou que é uma prerrogativa da autarquia mudar sua orientação futura.

Na entrevista, Campos Neto disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) tinha entendido que haveria tempo para explicar sua divisão no encontro mais recente do colegiado sobre o ritmo de corte da Selic, e afirmou que a reunião foi baseada em aspectos técnicos.

Em seu último encontro, o BC reduziu o ritmo de corte de juros para 0,25 ponto percentual, com dissidência de todos os quatro diretores indicados pelo governo atual, que votaram por manutenção do ritmo anterior de 0,50 ponto.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Fundo de recuperação do RS que vai a votação na próxima semana foi elaborado pelas bancadas do PT e PCdoB

 

A proposta cria o Plano Rio Grande, programa de Reconstrução, Adaptação e Resiliência Climática Rio Grande do Sul

(Foto: Foto Débora Beina - PT Assembleia)


Por Guilherme Zanini, para o 247 - Em reunião recente da bancada de deputados estaduais do PT e do PCdoB com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, foi apresentada uma proposta para a recuperação do estado. A iniciativa foi acolhida pelo Executivo gaúcho, que ajudou na redação final, e protocolou o projeto na Assembleia Legislativa do RS.

A proposta cria o Plano Rio Grande, programa de Reconstrução, Adaptação e Resiliência Climática Rio Grande do Sul. Dentro desse plano está prevista a criação de um fundo no qual estarão reunidos todos os recursos enviados ao Estado durante o período de recuperação da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul. A iniciativa da criação desse “fundão” partiu dos parlamentares de esquerda e que fazem parte da oposição ao governo Leite.

Um dos deputados presentes no encontro entre as bancadas do PT e do PCdoB com Eduardo Leite foi Adão Pretto Filho. Ele acredita que um fundo único destinado à recuperação do RS permite maior transparência e compreensão sobre a gestão dos recursos que chegarem ao Estado.

“Entendo que esse é um momento de diálogo em prol das vítimas da tragédia. Nossa bancada faz uma oposição combativa, mas também propositiva. Estamos unidos em prol do povo gaúcho. A maior prova do compromisso do nosso partido com o Rio Grande do Sul é o investimento que o governo Lula está fazendo em nosso estado, com auxílio reconstrução de R$5100, por família atingida e compromisso de reerguer cada casa destruída na tragédia”, ressalta o parlamentar, que também fez a solicitação para a derrubada do decreto do governo Leite que aumentou o preço de itens da cesta básica no início de maio.

A proposta da criação do Plano Rio Grande deve ser votado pelos deputados estaduais do Rio Grande do Sul na próxima semana.

Fonte: Brasil 247

Sobe para 154 número de mortes provocadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul

 

Segundo a Defesa Civil, as cheias afetaram 2.281.830 pessoas em todas as regiões do estado

Rio Grande do Sul atingido por temporais
Rio Grande do Sul atingido por temporais (Foto: Amanda Perobelli / Reuters)

O número de mortos no Rio Grande do Sul aumentou para 154, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil nesta sexta-feira (17). Segundo o órgão, 98 pessoas seguem desaparecidas.

Outras 78.165 pessoas estão em abrigos em todo o estado. Além disso, existem 540.192 desalojados e 806 feridos. Até o momento, 461 municípios foram afetados pelas inundações causadas pelas fortes chuvas. As cheias afetaram 2.281.830 pessoas em todas as regiões do estado gaúcho.

Fonte: Brasil 247

Taxa de alfabetização chega a 93% da população brasileira, revela IBGE


Em seis décadas, percentual subiu quase 20 pontos percentuais


No Brasil, das 163 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos, 151,5 milhões sabem ler e escrever ao menos um bilhete simples e 11,4 milhões não têm essa habilidade mínima. Em números proporcionais, o resultado indica taxa de alfabetização em 93%, em 2022 e, consequentemente, a taxa de analfabetismo foi 7% do contingente populacional.

Os dados são do Censo Demográfico 2022 – Alfabetização: Resultados do universo, divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, observa-se uma tendência de aumento da taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais ao longo dos censos. Em 1940, menos da metade da população era alfabetizada, 44,%. Após quatro décadas, em 1980, houve aumento de 30,5 pontos percentuais na taxa de alfabetização, passando para 74,5% e, finalmente, depois de mais quatro décadas, o país atingiu um percentual 93% em 2022, representando um aumento de 18,5 pontos percentuais em relação a 1980.

“A comparação dos resultados de 2000 com os de 2010 e os de 2022 indica que a queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias, refletindo, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 1990, e a transição demográfica que substituiu gerações mais antigas e menos educadas por gerações mais novas e mais educadas”, diz o instituto.

De acordo com o IBGE, em 2022, o grupo de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa de analfabetismo (20,3%).

“A elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação, tanto para escolarização das crianças, quanto para a garantia de acesso a programas de alfabetização de jovens e adultos por uma parcela das pessoas que não foram alfabetizadas nas idades apropriadas, conforme almejado pela Constituição de 1988”, diz o órgão.

Em 2022, a taxa de analfabetismo de pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais era de 4,3% e de 2,5%, respectivamente, enquanto a taxa de analfabetismo de pretos, pardos e indígenas na mesma faixa etária era de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.

Segundo o IBGE, as mulheres tendem a apresentar melhores indicadores educacionais do que os homens, inclusive melhores taxa de alfabetização. Em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era 93,5%, enquanto o de homens era 92,5%.

Essa vantagem das mulheres foi verificada em praticamente todos os grupos etários analisados, exceto entre os mais velhos de 65 anos ou mais de idade. A maior diferença em pontos percentuais a favor das mulheres foi no grupo de 45 a 54 anos, atingindo 2,7 pontos percentuais, ainda que as mulheres pertencentes aos grupos de idade abaixo de 45 anos sigam apresentando maiores taxas de alfabetização comparadas aos homens dos mesmos grupos de idade. Somente na faixa etária de 65 anos ou mais, os homens apresentavam uma proporção maior de pessoas que sabiam ler e escrever, de 79,9%, comparado ao de 79,6% das mulheres.

A Região Sul se mantém com a maior taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais. O percentual passou de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em seguida, com maiores taxas, vem a Região Sudeste, que variou de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022.

O percentual de alfabetização da Região Nordeste permaneceu o mais baixo do país, embora tenha apresentado aumento – de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segunda menor taxa de alfabetização foi encontrada na Região Norte tanto em 2010 quanto em 2022. Nessa região, o indicador seguiu a tendência nacional, passando de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, situando-se um pouco mais próximo do índice da Região Centro-Oeste, que passou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.

População indígena

A taxa de alfabetização das pessoas indígenas – incluindo as que se consideram indígenas pelo critério de pertencimento –, foi 85% em 2022. De 2010 para 2022, a taxa de analfabetismo dessa população caiu de 23,4% para 15,1%. A queda mais expressiva foi observada na região Norte (de 31,3% para 15,3%).

A queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas ocorreu em todas as faixas etárias, com as maiores reduções nas faixas de 35 a 44 anos (de 22,9% para 12%), 55 a 64 anos (de 38,3% a 27,4%) e 25 a 34 anos de idade (de 17,4% para 6,7%). Os homens indígenas de 15 anos ou mais têm taxa de alfabetização de 85,7%, 1,4 p.p. acima da taxa de alfabetização das mulheres indígenas (84,3%).

Fonte: Agência Brasil

Desemprego recua no 1º trimestre e alcança o menor patamar em dez anos, diz IBGE

 

Taxa de desocupação registrada nos três primeiros meses do ano foi de 7,9%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua)

Presidente Lula e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho
Presidente Lula e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)

 O nível de desemprego no Brasil recuou em 21 estados e no Distrito Federal durante o primeiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse movimento fez com que a taxa de desocupação encerrasse os três primeiros meses do ano em 7,9%, menor patamar para o período dos últimos dez anos.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os estados que apresentaram redução no desemprego foram o Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Goiás e o Distrito Federal. 

A desocupação aumentou em Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Em Santa Catarina, a taxa de desemprego permaneceu estável em 3,8%, indicando uma situação de pleno emprego. Rondônia e Mato Grosso também estão entre os estados com menores níveis de desocupação, registrando taxas de 3,7%.

Fonte: Brasil 247

Pacheco convida Anitta para discutir as ações do Congresso na política ambiental

 

Anitta com roupa prateada e óculos escuros na cabeça, fazendo carão para fotoAnitta em clique recente – Reprodução/Instagram

A cantora Anitta confirmou na quarta-feira (15) que foi convidada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para discutir a atuação do Congresso em relação às políticas ambientais. Recentemente, no dia 10 de maio, a artista criticou publicamente tanto o senador quanto o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP), associando a tragédia climática no Rio Grande do Sul às ações do Legislativo federal.

Em seu perfil no Instagram, a Poderosa confirmou que o parlamentar se mostrou disponível para conversar sobre o assunto. “Rodrigo Pacheco me procurou, se colocou à disposição para falar sobre o assunto. Eu disse que sim, tenho interesse em encontrá-lo se for para falar e resolver”, afirmou a cantora.

Anitta ressaltou que não tem paciência para discussões improdutivas, mas expressou gratidão por se sentir ouvida e respeitada. “Espero que não fique só nisso (conversa)”, disse. Ela está tentando agendar a reunião em meio ao início de sua turnê mundial, que começará no sábado (18) e se estenderá até 8 de julho. Até o momento, a cantora não recebeu resposta de Arthur Lira.

“Eu não sou política, sou cantora. Mas se eu fui em minhas redes sociais cobrar alguma coisa e ele se colocou a disposição, eu acho importante. Espero que a gente consiga fazer algo. Eu entendo que política é assim, que uma pessoa sozinha não consegue salvar o mundo, mas uma pessoa sozinha com muita coragem pode conseguir balançar as estruturas”, declarou Anitta.

Na semana passada, a dona do hit Envolver postou um vídeo em sua conta do Instagram responsabilizando o Congresso brasileiro por aprovar leis que permitem ações prejudiciais ao meio ambiente. Com legendas em português e inglês, o vídeo ultrapassou 320 mil curtidas e alcançou mais de 12 milhões de visualizações.

“Enquanto o RS está embaixo d’água, tem deputado e senador querendo se aproveitar e passar a boiada. Está em curso um movimento no Congresso Nacional para acabar com as políticas de proteção da natureza,” escreveu Anitta na legenda da publicação.

Fonte: DCM

TRE julga processo que pode cassar Cláudio Castro nesta sexta-feira


O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Foto: reprodução

 O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) inicia, nesta sexta-feira (17), o julgamento que pode resultar na cassação do governador Cláudio Castro (PL), do vice Thiago Pampolha (MDB) e do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil).

O Ministério Público Eleitoral (MPE) acusa o uso de cargos “secretos” do governo para fins eleitorais em 2022. A avaliação é que o desfecho na Corte é imprevisível, podendo resultar em uma decisão apertada, conforme informações do Globo

A principal acusação envolve uma “folha de pagamento secreta” que conta com 27 mil cargos na Fundação Ceperj e 18 mil na Uerj, conforme revelou o portal Uol. O objetivo das nomeações seria o uso da máquina estatal para obter benefícios eleitorais.

De acordo com o MPE, os saques em dinheiro realizados por esses funcionários ultrapassaram R$ 220 milhões, com testemunhas confirmando que essas pessoas trabalharam em prol de campanhas eleitorais.

Cláudio Castro defende “oposição responsável” do PL a LulaCláudio Castro (PL). Foto: reprodução

Além dos três líderes, outros políticos com cargos eletivos também são alvos de pedidos de perda de direitos políticos. Entre eles estão: Aureo Ribeiro (deputado federal pelo Solidariedade), Max Lemos (deputado federal pelo PDT), Léo Vieira (deputado estadual pelo Republicanos), Bernardo Rossi (secretário estadual de Ambiente), Gutemberg de Paula Fonseca (suplente de deputado federal pelo PL) e Marcos Venissius da Silva Barbosa (suplente de deputado federal pelo Podemos).

Segundo o MPE, todos esses políticos praticaram abuso de poder político e econômico, utilizando a máquina pública para obter vantagens financeiras ilícitas e garantir sucesso na reeleição ao Governo do Estado nas Eleições Gerais de 2022.

A previsão é que o julgamento não seja concluído hoje. Após o voto do relator Peterson Barroso Simão (desembargador e corregedor do TRE), os outros seis magistrados precisam votar. Existe a possibilidade de um deles pedir vista, o que prolongaria a análise do processo.

Fonte: DCM

VÍDEO – Pimenta desmente fake news de Bia Kicis sobre RS: “mal intencionada”

 

Paulo Pimenta e Bia Kicis. Foto: reprodução

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, desmentiu, durante uma entrevista à Rádio Guaíba na última quinta-feira (16), uma fake news espalhada pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF).

Pimenta afirmou que a simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é uma pessoa “mal intencionada”, pois possui as informações corretas, mas opta por espalhar mentiras.

“Eu vi que a deputada Bia Kicis botou assim: ‘prefeito que brigou com o Ministro Paulo Pimenta foi retirado da lista da calamidade’. Ela diz isso não por desinformada, ignorante, porque ela é da carreira do judiciário, ela é mal intencionada, mesmo”, iniciou o ministro.

Em seguida, o recém-nomeado secretário de apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul explicou como funciona a lista de calamidade pública nos estados, desmontando o argumento da bolsonarista.

“Na realidade, quem faz a lista de emergência é o governo do estado. O cara briga comigo, o governo estadual tira ele da lista de calamidade e a culpa é minha? Eu não tenho nada que ver com isso, gente. O governo federal não tem nada a ver com isso. Quem define se um município está em situação de calamidade ou de emergência é o governo do estado, com critérios técnicos”, ressaltou.

Pimenta assumiu o cargo de ministro de Estado da Secretaria Extraordinária de Apoio para Reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes que devastaram o estado gaúcho.

Na última quarta-feira (15), ele publicou um vídeo do momento em que assina o decreto de sua nova atribuição e escreveu um agradecimento ao mandatário. “Obrigado, presidente Lula, pela confiança ao me convidar para o maior desafio da minha vida”, afirmou no post.

“Aceito com honra a missão de, ao lado da nossa gente, reconstruirmos tudo o que foi perdido. Não será um caminho fácil, mas como é sabido, o povo gaúcho não tem vocação para se abater nem se conformar. Vamos juntos e juntas, com fé, com determinação e com união. Nós vamos voltar a sorrir”.

Fonte: DCM

Bolsonaro recebe alta após 12 dias internado em SP


O ex-presidente Jair Bolsonaro em foto publicado após receber alta de hospital em SP. (Foto: Reprodução)

 Nesta sexta-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta após 12 dias internado em São Paulo para tratar erisipela, uma infecção bacteriana na pele e dor abdominal. Ele cancelou todas as agendas de maio após a internação. A notícia da alta foi compartilhada pelo próprio ex-mandatário em seu perfil no X, antigo Twitter.

O político saiu do hospital Vila Nova Star e rumou para Brasília. Segundo seu advogado, Fabio Wajngarten, espera-se que em uma semana sua saúde esteja “normal”.

Bolsonaro foi transferido para São Paulo após ser internado em Manaus em 5 de maio para tratar os sintomas de erisipela, além de apresentar sintomas de obstrução intestinal. Ele já havia tratado este quadro no mesmo hospital em setembro de 2023.

Fonte: DCM

Conflito de interesses: empresa de manutenção antienchente de Porto Alegre tem ex-fiscal da prefeitura como sócio

 

Thierri Moraes, ex-funcionário do DMAE, tornou-se diretor e sócio da Bombas Sinos, empresa que fiscalizava

(Foto: Divulgação/Dmae)

 Uma das empresas responsáveis pela manutenção do sistema de contenção de inundações de Porto Alegre, a Bombas Sinos, conta entre seus sócios com Thierri Moraes, um ex-funcionário da prefeitura que, há dois anos, era responsável pela fiscalização da empresa. Moraes trabalhou no Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) entre 2017 e outubro de 2020, onde, entre outras funções, fiscalizava os contratos da Bombas Sinos, fornecedora que detém os maiores contratos de manutenção do sistema antienchente da cidade, totalizando mais de R$ 6 milhões, revela reportagem do The Intercept Brasil.

Em 2020, Moraes deixou a prefeitura e passou a trabalhar para a Bombas Sinos. A empresa foi multada pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio Grande do Sul (CREA-RS) no ano passado, devido a falhas na fiscalização de serviços de manutenção nas casas de bombas do sistema de proteção contra cheias. A multa foi aplicada enquanto Moraes ainda era o fiscal responsável.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul investiga possíveis falhas na manutenção do sistema de proteção contra cheias, que contribuíram para a enchente histórica recente na cidade. A Bombas Sinos afirma que as falhas se devem a problemas de concepção do projeto original, e não à manutenção prestada.

Thierri Moraes assumiu um cargo comissionado no DMAE em 2017, durante a gestão de Nelson Marchezan Jr. Em 2019, foi nomeado titular fiscal do contrato com a Bombas Sinos pelo então secretário de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário. Moraes deixou a prefeitura em outubro de 2020 e, um mês depois, passou a ser diretor comercial da Bombas Sinos. Em dezembro de 2023, tornou-se sócio da empresa.

A Bombas Sinos, além dos contratos de manutenção do sistema de proteção contra cheias, também possui outros contratos com a prefeitura, incluindo um acordo de R$ 1,5 milhão para fornecimento e instalação de comportas automáticas nas estações de bombeamento de esgoto pluvial misto.

A gestão do DMAE tem sido alvo de críticas e denúncias de precarização, apontadas como parte de uma estratégia para justificar a privatização do departamento. A redução no número de funcionários e nos investimentos ao longo dos anos tem comprometido a capacidade técnica e operacional do órgão.

Fonte: Brasil 247 com informações do The Intercept Brasil

 

 

Zanin suspende processo sobre desoneração no STF e consulta Congresso sobre possibilidade de acordo

 

Ministro do STF Cristiano Zanin consultou o Congresso Nacional sobre a possibilidade de Legislativo e Executivo chegarem a um acordo sobre o tema em 60 dias

Cristiano Zanin
Cristiano Zanin (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

Reuters - O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu na noite de quinta-feira a ação direta de inconstitucionalidade movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) contra a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e consultou o Congresso Nacional sobre a possibilidade de Legislativo e Executivo chegarem a um acordo sobre o tema em 60 dias.

Zanin atendeu a pedido feito pela própria AGU, que havia obtido do ministro uma liminar suspendendo a lei aprovada pelo Congresso que prorrogou a desoneração da folha até 2027.

Também na noite de quinta, após se reunir com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (AP), o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que já há acordo com o governo em relação à desoneração da folha de pagamento de 17 setores econômicos, que será levado ao STF, e que ainda busca-se um consenso para a desoneração da folha de municípios.

Segundo o senador, o projeto que já tramita na Casa sobre o tema deve ser votado nos próximos dias sob a relatoria do senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado.

Pacheco disse ainda que, nas conversas entre Executivo e Legislativo, busca-se um amplo acordo e um pacote robusto em benefício do municipalismo brasileiro.

A prorrogação da desoneração da folha tem sido um ponto de atrito entre o Congresso, que defende a manutenção do benefício, e o governo, que luta para evitar medidas que piorem a arrecadação. O Congresso não poupou críticas ao acionamento do STF contra a decisão do Legislativo.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Pimenta: 'tempo de reconstrução vai depender do tempo de cada cidade, quando a água baixar'

 

"Alguns municípios já começam essa nova fase, o rio já começou a baixar. Inicia-se aquilo que a gente chama de restabelecimento", disse o ministro

Paulo Pimenta | Sobrevoo em Porto Alegre e Região Metropolitana, dia 15 de maio.
Paulo Pimenta | Sobrevoo em Porto Alegre e Região Metropolitana, dia 15 de maio. (Foto: Reprodução/Youtube | Mauricio Tonetto/Secom)

O ministro da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, disse que o tempo necessário para reerguer os municípios gaúchos afetados pelas chuvas que assolam o estado dependerá de cada cidade. “Essa pergunta é uma pergunta que tem que ser feita para os prefeitos, para o governador, porque vai depender de cada cidade”, disse Pimenta à CNN Brasil nesta sexta-feira (16).

Na entrevista, Pimenta destacou a complexidade do processo de reconstrução, que varia conforme o estágio das enchentes em diferentes municípios. "Alguns municípios já começam essa nova fase, o rio já começou a baixar. Inicia-se aquilo que a gente chama de restabelecimento", explicou. “Em outras regiões a chuva ainda está em um estágio de crescimento da enchente, especialmente na região sul do estado, próximo a Pelotas, Rio Grande, São Lourenço. […] Não tem como as pessoas irem para aqueles locais até o rio baixar”, ressaltou em seguida. 

Questionado sobre a entrega de  moradias para a população afetada pelas chuvas, o ministro afirmou que existe “um estoque de residências que já estão prontas. A partir do momento que as prefeituras cadastrarem as pessoas e identificarem os imóveis, elas já podem ser adquiridas. Agora, esse é um trabalho que envolve as prefeituras e o governo do estado”, completou o ministro. Ainda segundo ele, “o governo federal vai garantir o recurso. Na medida em que os imóveis [perdidos em área alagada] forem identificados, o governo federal vai disponibilizar um recurso para que ele seja comprado”.

Pimenta também destacou a dimensão da tragédia no Rio Grande do Sul e a logística necessária para atender os desalojados. "Nós ainda temos mais de 100 pessoas desaparecidas, por conta disso as operações, o trabalho de resgate não pode parar. Temos cerca de 80 mil pessoas em abrigos, o que exige uma grande logística de abastecimento, de água potável, remédios, itens de higiene pessoal. E também temos 500 mil pessoas fora de casa", disse. 

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

 

Vacinas contra o câncer estão em desenvolvimento e devem ser aprovadas até 2030

 

No Brasil, a Fiocruz já segue os estudos nessa tecnologia, e está trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra o câncer de mama

Aplicação de vacina em Bangkok - 05/01/2023
Aplicação de vacina em Bangkok - 05/01/2023 (Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha)

As vacinas de RNA mensageiro (RNAm), as mesmas que entraram pra história na pandemia de Covid-19, estão em fase de desenvolvimento para combater diferentes tipos de câncer. Especialistas ouvidos pelo jornal O Globo apontam que a primeira aplicação de uma dose terapêutica para tratamento de um tumor deve ser aprovada ainda nesta década.

As empresas que tiveram sucesso na criação dos imunizantes de RNAm contra o coronavírus já estavam trabalhando no desenvolvimento das vacinas contra o câncer, mas precisaram redimensionar os esforços durante a pandemia.

Até o momento, a vacina mais avançada é contra o melanoma, câncer de pele mais agressivo. A dose foi desenvolvida pela Moderna em parceria com a MSD, está na última fase de testes clínicos e recebeu o status de ‘terapia inovadora’ nos Estados Unidos. Alguns dados já analisados apontaram que a vacina proporcionou uma redução de 49% no risco de morte ou recorrência, e de 62% no de morte ou metástase.

Outro laboratório que lidera a criação de imunizantes de RNAm é o alemão BioNTech, que já está desenvolvendo doses avançadas contra o melanoma e o câncer de pulmão de células não pequenas, além de aplicações para carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço, câncer colorretal e adenocarcinoma ductal pancreático. No Brasil, a Fiocruz já segue os estudos nessa tecnologia, e está trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra o câncer de mama.  

Alguns representantes da Moderna e da BioNTech já afirmaram que essas vacinas podem se tornar uma realidade até 2030. Os especialistas ouvidos pelo O Globo vão no mesmo sentido a citam um cenário positivo a partir dos estudos iniciais. “Como os estudos clínicos já estão acontecendo, e os primeiros resultados levam cerca de três anos de acompanhamento, em meados de 2026, 2027, já podemos sim ter uma aprovação, então é uma previsão realista. E o potencial dessas vacinas é imenso, vai ser um novo divisor de águas na oncologia”, afirma o oncogeneticista Bruno Filardi, pós-doutor em Imunopatologia Celular pela USP.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo