"Alguns municípios já começam essa nova fase, o rio já começou a baixar. Inicia-se aquilo que a gente chama de restabelecimento", disse o ministro
O ministro da
Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo
Pimenta, disse que o tempo necessário para reerguer os municípios gaúchos
afetados pelas chuvas que assolam o estado dependerá de cada cidade. “Essa
pergunta é uma pergunta que tem que ser feita para os prefeitos, para o
governador, porque vai depender de cada cidade”, disse Pimenta à CNN Brasil nesta sexta-feira (16).
Na entrevista, Pimenta destacou a complexidade do processo
de reconstrução, que varia conforme o estágio das enchentes em diferentes
municípios. "Alguns municípios já começam essa nova fase, o rio já começou
a baixar. Inicia-se aquilo que a gente chama de restabelecimento",
explicou. “Em outras regiões a chuva ainda está em um estágio de crescimento da
enchente, especialmente na região sul do estado, próximo a Pelotas, Rio Grande,
São Lourenço. […] Não tem como as pessoas irem para aqueles locais até o rio baixar”,
ressaltou em seguida.
Questionado sobre a entrega de moradias para a população
afetada pelas chuvas, o ministro afirmou que existe “um estoque de residências
que já estão prontas. A partir do momento que as prefeituras cadastrarem as
pessoas e identificarem os imóveis, elas já podem ser adquiridas. Agora, esse é
um trabalho que envolve as prefeituras e o governo do estado”, completou o
ministro. Ainda segundo ele, “o governo federal vai garantir o recurso. Na
medida em que os imóveis [perdidos em área alagada] forem identificados, o
governo federal vai disponibilizar um recurso para que ele seja comprado”.
Pimenta também destacou a dimensão da tragédia no Rio
Grande do Sul e a logística necessária para atender os desalojados. "Nós
ainda temos mais de 100 pessoas desaparecidas, por conta disso as operações, o
trabalho de resgate não pode parar. Temos cerca de 80 mil pessoas em abrigos, o
que exige uma grande logística de abastecimento, de água potável, remédios,
itens de higiene pessoal. E também temos 500 mil pessoas fora de casa",
disse.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil