quinta-feira, 16 de maio de 2024

Desmatamento no Sul, especialmente para plantio de soja, pode ter agravado inundações

 Perda de vegetação nativa, florestas ‘artificiais’ e urbanização ao longo de décadas são fatores problemáticos apontados por cientistas


As inundações que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas já levaram à morte de pelo menos 148 pessoas e deixaram outras 538 mil desalojadas.


A chuva não vem dando trégua, os boletins meteorológicos e hidrológicos apontam para um possível recrudescimento da situação na região nos próximos dias e as enchentes já são consideradas o pior evento climático da história do Rio Grande do Sul e um dos piores do Brasil.


A dimensão da tragédia, as perdas de vidas humanas e a destruição de comunidades inteiras têm despertado uma discussão sobre os fatores que levaram a essa catástrofe ou que poderiam ter ajudado a diminuir sua intensidade.


Um dos aspectos apontados por especialistas ouvidos pela BBC News Brasil é o possível impacto da redução da vegetação nativa no Estado.


Dados produzidos pelo MapBiomas e obtidos pela BBC News Brasil mostram que, entre 1985 e 2022, o Rio Grande do Sul perdeu aproximadamente 3,5 milhões de hectares de vegetação nativa.


Isso é o equivalente a 22% de toda cobertura vegetal original presente no Estado em 1985 formada por florestas, campos, áreas pantanosas e outras formas de vegetação nativa.


Os dados mostram ainda que ao mesmo tempo em que isso acontecia, houve um aumento vertiginoso de lavouras de soja, silvicultura e da área urbanizada do Estado.


Cientistas ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que a perda de cobertura vegetal original pode ter contribuído para as dimensões das inundações que afetaram o Estado porque a vegetação nativa:


  1. diminui a velocidade com a qual a enxurrada chega ao leito dos rios;
  2. aumenta a quantidade de água infiltrada no solo, o que diminui a quantidade de água disponível para inundações;
  3. protege o solo diminuindo a quantidade de sedimentos que assoreiam os rios da região.

Procuradas, as assessorias de imprensa da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul e do governo do Estado não responderam às questões enviadas pela reportagem.


Cidades e florestas ‘artificiais’


A relação entre a perda de vegetação nativa e os impactos das inundações no Rio Grande do Sul começou a ser feita por pesquisadores que estudam a ocupação do solo no Estado gaúcho há décadas.


Um deles é o pesquisador do MapBiomas Eduardo Vélez, um dos responsáveis pelo levantamento feito pela organização.


O MapBiomas é uma iniciativa que reúne organizações não-governamentais e empresas de tecnologia, e que utiliza imagens de satélite para estudar a mudança nos padrões de uso do solo em todo o Brasil.


Vélez explica que o levantamento tomou como ponto de partida o ano de 1985 porque é o primeiro ano da série histórica do conjunto de satélites Landsat.


“Para estudar esse fenômeno, a gente precisa de dados comparáveis de longo prazo”, explica Vélez.


O pesquisador explica que o levantamento comparou as coberturas vegetais de diferentes categorias ao longo dos anos para estimar a quantidade de vegetação nativa perdida e o que ocupou o seu lugar no Rio Grande do Sul.


Vélez diz que a perda de vegetação nativa no Rio Grande do Sul atingiu o Estado como um todo, mas quase um terço dela se deu na bacia hidrográfica do Guaíba, uma das mais afetadas.


Lá, a perda de vegetação nativa foi de 1,3 milhão de hectares.

“O Rio Grande do Sul tem um bioma diferente da Amazônia, por exemplo. Temos algumas florestas nativas, mas a maior perda não se deu pelo desmatamento de florestas. Essa perda se deu, na maior parte, nas formações campestres”, diz Vélez.


As formações campestres do Rio Grande do Sul são um tipo de vegetação adaptada ao clima sub-tropical do Estado composta, em sua maioria, por gramíneas e arbustos de pequeno porte.


Em geral, ela vem sendo utilizada historicamente nas atividades de pecuária extensiva, preservando, segundo especialistas, suas características originais biológicas e suas funções ambientais em relação à chuva e ao solo.


De acordo com o MapBiomas, o Estado perdeu 3,3 milhões de hectares em formações campestres entre 1985 e 2022, quase a totalidade de tudo o que o Estado perdeu em vegetação nativa no período.


Trata-se de uma perda de 32% em relação ao que havia desse tipo de vegetação em 1985.


O MapBiomas também mostra qual o destino dado às áreas onde a vegetação nativa foi suprimida.


Os dados apontam que houve um crescimento de 366% no total da área destinada à lavoura de soja no período.


Em 1985, o Estado tinha uma área de 1,3 milhão de hectares ocupada pela soja. Em 2022, essa área saltou para 6,3 milhões. O crescimento foi de 4,99 milhões de hectares.


Essa área é maior do que o total da perda de vegetação nativa porque, segundo Vélez, além de crescer sobre as áreas naturais do Estado, a soja também avançou sobre outras atividades como pastagens.


De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Rio Grande do Sul era, em junho de 2023, o terceiro maior produtor de soja do Brasil, atrás de Paraná e Mato Grosso.


Outra atividade cuja área cresceu mudando a configuração do solo do Rio Grande do Sul é a silvicultura.


A silvicultura consiste na plantação de florestas novas ou no manejo de florestas nativas para a sua exploração comercial.


No Rio Grande do Sul, a principal forma de silvicultura é a plantação de florestas novas de espécies como eucalipto, pinus e outras espécies que são usadas para a produção de madeira, lenha e celulose.


De acordo com o MapBiomas, a área destinada à silvicultura no Estado saltou de 79 mil hectares para 1,19 milhão de hectares, um crescimento de 1.399%.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul é o quinto maior Estado do Brasil em silvicultura, atrás de Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.


O levantamento também mostra que houve um crescimento de 145% nas áreas urbanizadas do Estado no período estudado.

Em 1985, as áreas urbanizadas saíram de 97 mil hectares para 238.607 em 2022.


De acordo com o IBGE, a população do Estado era de 8,4 milhões em 1985. Em 2022, a população estimada era de 10,8 milhões.


Freio, reservatório e contenção


O professor do Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador de uma rede de pesquisadores sobre os campos do Sul do país, Valério Pillar, disse à BBC News Brasil que a redução na área de vegetação nativa e sua substituição podem ter contribuído para o agravamento dos impactos das inundações.


“A mudança no uso da terra provavelmente aumentou o impacto negativo dessas chuvas”, afirma o professor à BBC News Brasil.


Ele explica que há três motivos pelos quais isso aconteceria.

O primeiro é que a vegetação nativa funcionaria como uma espécie de “freio” para a água da chuva.


“A vegetação nativa nas margens dos córregos, riachos e rios cria mais obstáculos para a água da chuva em seu caminho até os leitos dos rios. Esses obstáculos diminuem a velocidade do escorrimento da água e reduzem a força com que ela chega às áreas mais baixas do território, como aquelas afetadas pelas enchentes”, explicou o professor.


Pillar diz ainda que, mesmo após um rio transbordar, a vegetação nativa nas margens de um curso d’água funciona como um freio para a drenagem da água, diminuindo a velocidade com que ela atinge as áreas rio abaixo.


O segundo motivo é que a vegetação nativa funcionaria como uma espécie de “dreno” para parte da água da enxurrada.


“A vegetação nativa e suas raízes mantêm o solo mais permeável e assim ajudam a infiltrar a água da chuva no solo, reduzindo a quantidade que fluiria diretamente para os leitos dos rios”, disse o professor.


O terceiro motivo é o fato de que a vegetação nativa teria a capacidade de mitigar a erosão do solo e o assoreamento dos rios da região.


“A supressão da vegetação nativa, sobretudo dos campos nativos nessa região, expõe o solo à erosão causadas pelas chuvas. Quando a chuva cai com intensidade, ela carrega uma enorme quantidade de terra pro leito dos rios. Isso causa o assoreamento, que diminui a profundidade do rio. Assim, fica mais fácil para haver uma inundação porque o rio comporta menos água”, disse o professor.


“Se você vir as imagens de satélite, vai notar que a cor barrenta das inundações. Tudo isso é sedimento carregado pela água de áreas rio acima”, afirmou.


A agrônoma e doutora em Ciências do Solo pela UFRGS Bruna Winck disse à BBC News Brasil que apesar de a soja cobrir o solo e consumir água durante o seu crescimento, ela não teria as mesmas condições de reter água e o solo durante as chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul.


“O sistema de raízes da vegetação nativa é mais diverso quanto à sua capacidade de captação de água no solo, podendo fazer isso em diferentes profundidades”, explica ela.


“Na cultura da soja, há etapas em que o solo está menos protegido, como o preparo do solo e na fase inicial de crescimento das plantas. Mesmo que haja palha sobre o solo, ela apenas favorece a infiltração de água, mas não a sua absorção”, explicou.


‘Boom’ nas commodities e mudanças legislativas


Para Bruna Winck, um dos motivos por trás da redução na área de vegetação nativa e a sua transformação em lavouras de soja se deu, possivelmente, por conta do “boom” no preço das commodities, no início dos anos 2000.


“Como o Rio Grande do Sul tem solos de boa qualidade, férteis, bem drenados na parte norte, isso fez com que essa expansão se acelerasse nessa região. O preço teve um papel fundamental nessa aceleração”, disse a pesquisadora.


Para Valério Pillar, essa diminuição da área de vegetação nativa aconteceu por conta de um histórico de permissividade de sucessivos governos estaduais.


“Em 2015, houve um decreto estadual que permitiu que pecuaristas cujas propriedades fossem em áreas de vegetação campestre pudessem declarar essas fazendas como áreas de uso consolidado. Isso reduziu uma série de exigências para o desmate dessa vegetação. Em 2019, essa mudança foi consolidada no Código Florestal do Estado”, afirmou o professor.


Para o presidente da Associação dos Servidores da Sema-RS, Pablo Pereira, a perda de vegetação nativa no Rio Grande do Sul foi agravada por decisões políticas.


“Esta perda das formações naturais foi acentuada, respaldada e incentivada por mudanças na legislação ambiental e também por procedimentos e decisões das gestões estaduais e municipais que dificultam a devida proteção da vegetação nativa e de áreas de grande interesse ecológico”, disse uma nota assinada por ele enviada à BBC News Brasil.


Na semana passada, o jornal Folha de S. Paulo publicou uma reportagem mostrando que o governo de Eduardo Leite (PSDB) alterou 480 normas ambientais desde que assumiu o comando do Estado pela primeira vez, em 2019.


Em resposta ao jornal, o governo do Estado enviou uma nota dizendo que as alterações teriam apenas atualiazado a legislação ambiental local.


“A atualização alinhou a lei estadual à legislação federal. A modernização acompanhou as transformações da sociedade, tornando a legislação aplicável, priorizando a proteção ambiental, a segurança jurídica e o desenvolvimento responsável”, diz um trecho da nota.


A BBC News Brasil enviou questionamentos sobre o assunto à Sema-RS, mas nenhuma resposta foi enviada até a publicação desta reportagem.


A reportagem também enviou questões à Associação de Produtores de Soja do Rio Grande do Sul (Aprosoja-RS), mas também não recebeu nenhuma resposta.


Futuro incerto


Bruna Winck, Eduardo Vélez e Valério Pillar concordam ao afirmar que a redução na vegetação nativa não seria a causa das inundações no Rio Grande do Sul.


Segundo eles, as causas são as mudanças climáticas causadas pela ação humana sobre o meio ambiente com a liberação de CO₂ na atmosfera a partir da queima de combustíveis fósseis e outras atividades como o desmatamento.


“A previsão para o Rio Grande do Sul é de aumentos de extremos climáticos, incluindo o de chuvas. Mesmo um solo bem drenado, com vegetação nativa, pode ser completamente saturado, o que pode levar a aumentos de água nos leitos de rios”, diz a pesquisadora.


Ela, no entanto, defende que a vegetação nativa do Estado seja recomposta.


“Essas mudanças do clima devem-se sobretudo aos aumentos de CO₂ na atmosfera. E para reduzir isso, a única maneira é aumentar o seqüestro do CO₂ pela vegetação e pelo solo. E diversos estudos já mostram que as vegetações nativas são mais eficazes na captura do CO₂ e os solos sob essa vegetação geralmente estocam mais carbono”, disse Winck.


Na nota enviada pela associação de servidores da Sema, a necessidade de recomposição da vegetação nativa do Estado também foi mencionada.


“O Governo do Estado até hoje não institucionalizou as metas de recuperação de vegetação nativa previstas no Plano Nacional de recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg), que prevê, minimamente a recuperação de 300 mil hectares de áreas degradadas no Bioma Pampa, sem contar a porção de Mata Atlântica subtropical do Rio Grande do Sul”, disse um trecho da nota.


Questionados pela reportagem sobre os planos de recomposição da mata nativa, a Sema-RS e o governo gaúcho não enviaram resposta até a publicação desta reportagem.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Integrantes do governo elogiam Janja por sua atuação na catástrofe do RS

 Avaliação é de que a primeira-dama, depois de Lula, foi quem mais teve sucesso em comunicar ações federais em meio às fake news

Alvo constante de fogo amigo no governo, Janja passou a angariar elogios de boa parte dos ministros por sua postura na catástrofe do Rio Grande de Sul. Isso inclui alguns que não têm boa relação com a primeira-dama, revela a colunista Bela Megale, do jornal O GLOBO.


A avaliação de integrantes do Palácio e de membros da cúpula petista é que Janja, depois de Lula, é quem mais tem sucesso em comunicar as ações federais em meio às fake news que tomam as redes sociais.


Entre ministros palacianos, a atuação da primeira-dama foi descrita como “ponto de virada”. Para eles, o episódio mostrou que Janja tem se mostrado “mais madura” no posto.


A primeira-dama se engajou diretamente no contato com empresas para arrecadar e transportar doações para o RS. Janja também se envolveu em resgates de animais, como o do cavalo Caramelo. Na primeira das quatro visitas que fez ao RS, adotou uma cadela vítima da enchente. Ela foi batizada de Esperança.


Um levantamento feito pela consultoria Bites mostrou que Lula e Janja se destacaram como os agentes públicos que conseguiram atrair mais a atenção da opinião pública digital na primeira semana da catástrofe.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo

Conab: arroz importado chegará ao mercado por R$ 4 o quilo

 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou que o arroz importado pelo governo para estabilizar os preços no Brasil será vendido aos consumidores por no máximo R$ 4 o quilo.

A aquisição será realizada por meio de leilões públicos com parceiros do Brasil no Mercosul, como Paraguai, Uruguai e Argentina, sendo destinada inicialmente para sete estados.

A iniciativa, parte de uma medida provisória emitida após as enchentes no Rio Grande do Sul, tem como objetivo evitar especulações de preços e reabastecer os estoques públicos do país.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reiterou que não há intenção de competir com os produtores gaúchos e que a medida visa a prevenir a escassez de arroz no Brasil.

Os leilões da Conab estão programados para iniciar na próxima semana, e o arroz será distribuído em embalagens de 2kg nos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Itaqui (MA).

Embora as chuvas tenham causado perdas significativas de arroz no estado, a safra já colhida no Rio Grande do Sul deve garantir o abastecimento do país por pelo menos 10 meses, segundo a Federação da Agricultura e Pecuária local.

Fonte: DCM

STF manda intimar Eduardo Bolsonaro em ação de Daniela Mercury


Daniela Mercury e Eduardo Bolsonaro. Foto: reprodução

 O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou um pedido da cantora Daniela Mercury e determinou nesta quarta-feira (15) que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja notificado por meio de edital público para apresentar uma resposta a uma queixa-crime movida pela artista.

A cantora acusa o filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de difamação por disseminar informações falsas sobre ela por meio de um vídeo em 2022. O registro tentava sugerir que Daniela afirmou que Jesus Cristo “era gay, gay, muito gay, muito bicha, muito veado, sim!”.

Na realidade, as declarações da cantora, feitas em julho de 2018, em um show em Pernambuco, referiam-se ao cantor e compositor Renato Russo, de quem Daniela era amiga.
Nunes Marques manda, enfim, notificar Eduardo Bolsonaro em ação de Daniela Mercury
Daniela Mercury e Eduardo Bolsonaro. Foto: reprodução


Desde fevereiro de 2023, o STF tenta, sem sucesso, notificar Eduardo para responder à queixa. Oficiais de Justiça buscaram o parlamentar em diversos endereços em Brasília e São Paulo, incluindo seu gabinete na Câmara.

Em fevereiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido da defesa de Daniela Mercury para que Eduardo fosse notificado por meio de edital.

Vale destacar que esse tipo de intimação é previsto por lei em casos em que o paradeiro do acusado é desconhecido ou se ele cria obstáculos para a notificação oficial.

Fonte: DCM

Morre aos 69 anos o jornalista esportivo Antero Greco, da ESPN

 

Antero Greco, jornalista da ESPN, morto aos 68 anos em São Paulo. Fotomontagem

Nesta quinta-feira (16), o mundo do jornalismo esportivo perdeu um de seus ícones, Antero Greco, aos 69 anos. O jornalista estava internado no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, desde junho de 2022, quando foi diagnosticado com um tumor cerebral.

A despedida de Antero será no Cemitério do Redentor, em São Paulo, ao meio-dia desta quinta-feira. E o enterro às 16h.

Antero Greco ficou conhecido por seu bom humor tanto na televisão quanto nas redes sociais. Ele trabalhava na ESPN desde a década de 1990, sendo um dos apresentadores do SportsCenter, ao lado do jornalista Paulo Soares, o “Amigão”.

Segundo Soares, em uma publicação no UOL na última sexta-feira (11), Greco estava em um sono profundo e sereno, não acordava nem falava mais, se alimentava por sonda, mas seus sinais vitais ainda respondiam bem. A família estava presente, com exceção de Cris, que reside em Paris e estava para chegar na terça-feira.

Paulo Soares e Antero Greco na apresentação do SportsCenter, na ESPN. Foto: Divulgação

Antero Greco, nascido em 2 de junho de 1955 em São Paulo (SP), filho de italianos e ex-lateral-direito, tinha o sonho de ser padre e jogador de futebol, mas acabou se tornando jornalista.

Sua carreira teve início em 1974, aos 19 anos, como revisor no O Estado de S.Paulo. Três anos depois, foi promovido a repórter de Esportes, onde desempenhou diversas funções, incluindo chefe de Reportagem, repórter especial e editor assistente.

Em 1989, deixou o jornal para integrar a Agência Estado, retornando ao “Estadão” em 1992 como editor de Esportes, cargo que ocupou até o final de 1993.

Além disso, teve passagens pelo extinto Popular da Tarde (em julho de 1989), pela Folha de S.Paulo (entre setembro e novembro de 1989) e pela TV Bandeirantes, onde participou das primeiras transmissões do Campeonato Italiano em 1983, ao lado do narrador Edgard de Mello Filho e do comentarista Pedro Luiz Paoliello.

Entre janeiro de 1994 e dezembro de 2000, trabalhou no Diário Popular (atual Diário de S.Paulo), desempenhando funções como chefe de Reportagem, editor assistente e colunista. Antero retornou ao Estadão no final de 2000 como colunista e entre setembro de 2006 e dezembro de 2009 foi novamente editor de Esportes do jornal.

Em 1994, começou a comentar as transmissões de futebol da TVA Esportes, duas semanas após a criação do canal, que posteriormente se tornou a ESPN Brasil. Em 2000, passou a apresentar o SportsCenter ao lado de Paulo Soares.

A parceria entre Antero Greco e Paulo Soares se destacou na televisão esportiva, transformando o “SportsCenter” em um programa de referência para os amantes do esporte, com análises profundas e debates acalorados sobre as principais modalidades esportivas.

Relembre 10 momentos que levaram seus fãs aos risos:


Fonte: DCM

VÍDEO: Eliane Cantanhêde compara roubo de suas joias ao sofrimento das vítimas do RS


Eliane Cantanhêde durante “exercício de empatia” com os desabrigados do RS. Reprodução

 A jornalista Eliane Cantanhêde chamou a atenção nesta quarta-feira (15) ao fazer o que talvez pretendesse ser um exercício de empatia com as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul.

Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, registrado durante uma intervenção da profissional no “Em Pauta”, da GloboNews, ela comparou a perda suportada pelos gaúchos atingidos pelas águas com o roubo de suas joias, ocorrido no Natal de 2023.

“Você se coloca na posição dessas pessoas que perderam tudo”, iniciou Eliane. “Roubaram as minhas joias no Natal de 2023. Foi dolorosíssimo. Eu fico imaginando quem perdeu tudo. A sua casa… Imagina uma pessoa que deu um duro danado para comprar uma geladeira, um fogão, a sua cama… E não tem mais nada, com a casa debaixo d’água”.

Nas redes sociais, a comparação foi ironizada pelos internautas. Confira algumas reações:

Fonte: DCM

TCU determina que Exército cancele registros de CACs de condenados, mortos ou investigados

 

Um relatório do Exército revelou que 19.479 pessoas com processos de execução penal em aberto possuíam registro ativo para posse de armas

Armas
Armas (Foto: KACPER PEMPEL/REUTERS)

 O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira (15) que o Exército adote 180 medidas para revogar registros de CACs (Caçadores, Atiradores esportivos e Colecionadores de armas) que tenham sido condenados, estejam mortos ou sejam alvos de mandados de prisão.

As ordens, deliberadas pelo plenário do tribunal, tiveram como base uma auditoria da própria corte de contas sobre o controle de armas conduzido pelo Exército de 2019 a 2022. O relatório revelou que 2.579 mortos tinham registro ativo no sistema de armamento do Exército, sem informações sobre onde estaria o arsenal.

O documento ainda aponta que 19.479 pessoas com processos de execução penal em aberto possuíam registro ativo para posse de armas, assim como outras 9.387 pessoas que eram alvos de mandados de prisão.

Dentre as falhas identificadas na auditoria, foi constatado que 38.142 CACs estão com o registro vencido ou cancelado, mas seguem em posse dos armamentos. Segundo o TCU, um dos fatores que contribuiu para os problemas de fiscalização  foi o aumento no número de registros de CACs durante o governo do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL).

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha