Discussão entre os parlamentares de GO Gustavo Gayer e Sylvie Alves. Reprodução
Os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Silvye Alves (União Brasil-GO) discutiram nesta terça-feira (14) no plenário da Câmara dos Deputados. Durante o bate-boca, o parlamentar do PL chamou a colega de “surtada”, “doida” e disse que “falta amor” na vida dela.
Pré-candidato à prefeitura de Goiânia (GO), Gayer divulgou nas redes sociais o nome dos deputados federais de Goiás que votaram a favor da urgência do Projeto de Lei (PL) 8889/2017, apelidado na extrema-direita de “PL da Globo”, e incluiu na lista o nome da parlamentar.
Silvye acusou Gayer de divulgar informações falsas sobre ela e pediu que ele desmentisse o caso, o que gerou a confusão no plenário da Casa Legislativa. Entretanto, votar pela urgência não significa concordar com a aprovação do texto – a medida apenas garante que a matéria seja analisada de forma mais célere.
Datena havia se filiado ao partido, a princípio, para ser vice na chapa de Tabata Amaral
Na última reunião entre o comando do PSDB — Marconi Perillo e Aécio Neves à frente — com José Luiz Datena, o apresentador foi novamente convidado a ser o candidato do partido à prefeitura de São Paulo, informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO.
Originalmente, Datena havia se filiado ao PSDB para ser candidato a vice na chapa de Tabata Amaral. No encontro, ocorrido no início deste mês, Datena disse sim à proposta do alto comando tucano.
Cuidadoso, um dos presentes fez a pergunta óbvia, dado o histórico de desistências de Datena nas eleições passadas:
— Mas você vai até o fim?
Datena devolveu:
— Desta vez, vou até o fim. Se não for assim, nunca mais posso ser candidato a nada.
Fonte: Agenda do Poder com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo
André Janones responde por “rachadinha” e Chiquinho Brazão é acusado de ter mandado matar Marielle Franco
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados vota nesta quarta-feira (15/5) os pareceres sobre os pedidos de cassação de André Janones e Chiquinho Brazão. Relatores, os deputados Guilherme Boulos e Jack Rocha, respectivamente, farão a leitura dos argumentos para o arquivamento dos processos ou perda dos mandatos dos parlamentares. As informações são da coluna de Paulo Cappelli, no portal Metrópoles.
Caso o parecer pela cassação seja aprovado, o relatório deverá ser levado ao plenário da Câmara para votação aberta. Para que a perda do mandato seja confirmada, a punição deve ser aprovada pela maioria absoluta do plenário, ou seja, 257 votos favoráveis.
Caso Marielle Franco
No caso de Brazão, a expectativa é de que a relatora Jack Rocha, também do Rio de Janeiro, recomende a cassação do mandato do deputado. O deputado é alvo de requerimento apresentado pelo PSol depois da operação da Polícia Federal que apontou sua participação na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Brazão foi preso em março e levado à Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Após a prisão, antes de saber que seria relatora do caso no Conselho de Ética, ela fez várias postagens em suas redes sociais defendendo a punição dos suspeitos.
Em uma das postagens, a deputada segura uma placa com o nome da rua Marielle Franco dentro do plenário da Câmara. A defesa de Brazão solicitou ao presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Junior, um novo sorteio do relator do caso. O pedido, porém, foi negado.
De acordo com as investigações da PF, a morte da vereadora teria sido encomendada após Chiquinho, vereador do Rio na época, ter embates com ela em decorrência de um projeto para regularização de áreas em territórios dominados pela milícia.
Além do deputado, foram presos o irmão de Brazão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.
Rachadinha
André Janones responde a uma representação do PL apresentada após as denúncias de “rachadinha” em seu gabinete. O deputado foi gravado em 2019 pedindo parte dos salários de servidores para recompor seu patrimônio, “dilapidado” em campanhas eleitorais anteriores. O aúdio foi divulgado pela coluna em novembro.
“Eu perdi uma casa de R$ 380 mil, um carro, uma poupança de R$ 200 mil e uma previdência de R$ 70 [mil]. Eu acho justo que essas pessoas também participem comigo da reconstrução disso. Então, não considero isso uma corrupção”, afirmou Janones.
No aúdio, Janones também sugere a criação de um “vaquinha” entre os servidores para juntar dinheiro para as próximas campanhas. “Eu pensei de a gente fazer uma vaquinha entre nós, e aí nós vamos decidir se vai ser R$ 50, se vai ser R$ 100, R$ 200, se cada um dá proporcional ao salário. Se cada um der R$ 200 na minha conta, vai ter mais ou menos R$ 200 mil para a gente gastar nessa campanha”, disse o deputado.
Na defesa apresentada ao Conselho de Ética, Janones alegou que os servidores faziam “contribuições espontâneas” e disse estar sendo vítima de “perseguição política”.
“As acusações de ‘rachadinha’ foram feitas com base em um áudio editado e descontextualizado, não de um parlamentar com seus assessores, mas de um grupo político, que visava se fortalecer para disputar eleições, não se tratava de devolver salários, mas de contribuições espontâneas, com a participação do parlamentar, sem quaisquer obrigação ou valores definidos, como fica claro no áudio apresentado”, afirmou Janones.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
Ex-vereador do RJ pelo PL está detido desde novembro de 2022 sob suspeita de estupro
O ministro Cristiano Zanin, do STF, rejeitou um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro, do PL, preso preventivamente desde novembro de 2022 sob suspeita de estupro e réu na Justiça do Rio de Janeiro. A decisão do ministro, em um recurso em segredo de Justiça, foi tomada nessa terça-feira (14/5), informa Guilherme Amado em sua coluna no portal Metrópoles.
O recurso do bolsonarista chegou ao STF na segunda-feira (13/5), depois de a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar, em abril, um habeas corpus para que ele deixasse a cadeia.
A defesa alegou “excesso de prazo” na prisão preventiva imposta ao ex-vereador carioca, citou demora no cumprimento de diligências pedidas pelos defensores no processo e pediu que o bolsonarista fosse colocado em liberdade, ainda que com medidas cautelares.
Em sua decisão no recurso, no entanto, Cristiano Zanin entendeu não estar ocorrendo “violação do princípio da razoável duração do processo”.
O ministro do STF pontuou que a demora na conclusão da instrução de ações penais só configura “constrangimento ilegal”, como alegou a defesa, quando há evidente “desídia”, ou seja, indolência e “inércia” da Justiça, do Ministério Público ou “outra situação incompatível com o princípio da razoável duração do processo”.
No processo da Justiça do Rio de Janeiro que tem Gabriel Monteiro como réu, para Zanin, “os autos marcham de maneira regular, com destaque para as especificidades do caso concreto, as quais foram detalhadas no acórdão recorrido e demonstram não haver desídia por parte do Poder Judiciário e nem tampouco do órgão de acusação a caracterizar constrangimento ilegal”.
O ministro sustentou ainda que “pelo que se depreende, estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para o correto processamento da ação penal, sem perder de vista a celeridade que se é possível dar a processo com réu preso”.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
"O reerguimento do comércio fica
dificultado na medida em que você tem uma série de itens que estão vindo de
outros lugares do país", afirmou o governador em entrevista à BandNews
O governador do Rio Grande do
Sul, Eduardo Leite, causou controvérsia ao expressar preocupações sobre o
impacto das doações vindas de outras regiões do país no comércio do estado,
durante uma entrevista à BandNews nesta terça-feira (14).
Leite afirmou que, embora as doações sejam bem-vindas e
recebidas de forma positiva, há uma preocupação legítima sobre os efeitos delas
no comércio local. Ele argumentou que a chegada de um volume considerável de
doações físicas ao estado pode prejudicar o reerguimento do comércio local, que
já está impactado pelas recentes enchentes e desastres naturais.
"Um dos pontos que eu pedi à nossa equipe é que ajude a
estruturar ferramentas e canais para que aquelas pessoas de outros locais que
queiram fazer doações possam fazê-las ajudando o comércio local, que está
impactado", declarou o governador. "Porque, na verdade, quando você
tem um volume tão grande de doações físicas chegando ao estado, há um receio
sobre o impacto que isso terá no comércio local. Você tem uma cidade e um
comércio que foram impactados, e o reerguimento desse comércio fica dificultado
na medida que você tem uma série de itens que estão vindo de outros lugares do
país", acrescentou.
Entretanto, Leite enfatizou que não deseja ser mal
interpretado como alguém que está desprezando as doações, mas sim como alguém
que está buscando soluções para minimizar os impactos negativos no comércio
local.
As declarações de Leite surgem em meio a
uma crise sem precedentes no Rio Grande do Sul, causada pelas intensas chuvas
que têm assolado o estado nas últimas semanas. Até o momento, o número de
mortes confirmadas em decorrência das enchentes subiu para 149, com 112 pessoas
ainda desaparecidas e mais de 538 mil desalojados, segundo informações da
Defesa Civil do Estado.
A situação é agravada pela escassez de
alimentos e outros suprimentos básicos, devido à dificuldade de acesso às áreas
afetadas pelas enchentes. Neste contexto, entidades e instituições de todo o
país promovem doações para a região.
Elizabeth Bagley diz que EUA comprarão
minerais estratégicos do Brasil e aponta papel central de Lula na transição da
Venezuela
Os Estados Unidos vão
anunciar uma integração na cadeia de suprimentos de minerais críticos do Brasil
e na transição energética, afirmou a embaixadora americana Elizabeth Bagley em entrevista à
Folha de S. Paulo. Minerais como nióbio, grafite (grafeno), níquel e terras
raras, essenciais para equipamentos de alta tecnologia, serão foco dessa
iniciativa. O anúncio, planejado para coincidir com a presidência do Brasil no
G20, pode aumentar as tensões com a China, que compete com os EUA pelo
fornecimento desses recursos.
A embaixadora destacou o papel do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva na diplomacia, tanto regional quanto global, especialmente
durante o bicentenário das relações bilaterais entre Brasil e EUA. "Vemos
Lula como um líder importante do Sul Global", declarou Bagley. Ela também
mencionou o apoio dos EUA à integridade das eleições brasileiras de 2022, com
visitas do conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e do secretário de
Defesa, Lloyd Austin, para garantir a participação democrática das instituições
brasileiras.
Bagley afirmou que o Brasil é parte dos esforços americanos de
nearshoring, que busca utilizar fornecedores de países aliados ou
geograficamente próximos. "Fernando Haddad e Janet Yellen têm discutido
intensamente sobre minerais críticos", revelou a embaixadora,
acrescentando que se reuniu com ministros brasileiros para debater a transição
energética e a cadeia de suprimentos desses minerais.
Apesar de o Brasil ainda não fazer parte da Parceria para
Infraestrutura e Investimento Global, Bagley indicou que há negociações em
andamento com o Departamento de Estado e do Tesouro dos EUA. Enquanto isso, a
China tenta atrair o Brasil para a Iniciativa Cinturão e Rota. "Nosso
investimento direto estrangeiro no Brasil é enorme e continuará a
crescer", disse ela, comparando os US$ 192 bilhões investidos pelos EUA
com os US$ 30 bilhões da China.
A expansão do Brics também foi abordada. Bagley comentou que é
difícil prever os objetivos do bloco, mas enfatizou que os EUA não veem o Brics
como concorrente. Em relação à tecnologia, expressou preocupações sobre a
presença de empresas chinesas como Huawei e TikTok no Brasil, alertando para
questões de segurança e privacidade. "Negociem com cuidado e com os olhos
abertos", aconselhou.
Bagley também mencionou a contribuição prometida pelos EUA
ao Fundo Amazônia e discutiu temas internacionais como Gaza e Ucrânia. Ela
destacou o papel do Brasil na pressão por eleições livres na Venezuela e na
gestão da crise na Guiana. "O presidente Lula tem uma influência
significativa sobre Maduro e tem pressionado por eleições justas", afirmou
a embaixadora.
Em fevereiro e em abril de 2023, o Ibama
e o Ibram (Instituto Brasília Ambiental) apreenderam 55 aves do criadouro que o
ex-ministro tinha em casa
A Justiça do Distrito Federal
optou por arquivar processo contra o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública
de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito
Federal, Anderson Torres, que apurava supostas irregularidades relacionadas a
um plantel de aves que ele mantinha em casa. De acordo com R7, Anderson Torres e a mãe
dele, Amélia Gomes da Silva Torres, eram acusados criminalmente por adulteração
de anilhas das aves, o que esconde a origem do animal, maus tratos e falsidade
ideológica.
Em fevereiro e em abril de 2023, o Ibama e o Ibram
(Instituto Brasília Ambiental) apreenderam 55 aves do criadouro que o
ex-ministro tinha em casa. A Polícia Federal investigou o caso e constatou que
algumas estavam em situação irregular e com fragilidades.
No entanto, tal processo é apenas um dos
problemas que Anderson enfrenta com a Justiça. De acordo com Metrópoles, o governador do Distrito Federal, Ibaneis
Rocha (MDB), disse que caso a viagem de Anderson Torres para os Estados Unidos
(EUA) não tivesse acontecido, as coisas poderiam ser diferentes no 8 de
Janeiro. Ibaneis prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) como
testemunha, nesta segunda-feira (13/5), no processo em que sete membros da alta
cúpula da Polícia Militar do DF (PMDF) são réus.
Medida é uma reação à renovação de
medidas coercitivas unilaterais contra o país pela União Europeia (UE)
A Assembleia Nacional
(AN) da Venezuela propôs um projeto de resolução em repúdio à renovação de
medidas coercitivas unilaterais contra o país pela União Europeia (UE) e
sugeriu ao Poder Eleitoral retirar o convite aos observadores desse bloco para
as eleições presidenciais de 28 de julho, informa a Telesur.
A proposta foi apresentada pelo presidente do Legislativo,
deputado Jorge Rodríguez.
O vice-presidente
Geraldo Alckmin, responsável pelo Ministério da Indústria e Comércio, foi
designado pelo presidente Lula para negociar com empresas no Rio Grande do Sul
ou que fornecem produtos para o estado, visando conter aumentos de preços e
garantir o abastecimento. A notícia foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo,
da Folha de S.Paulo.
O governo está preocupado que a concessão de um voucher de
cerca de R$ 5.000 a 100 mil famílias desabrigadas pelas cheias no estado,
destinado à compra de eletrodomésticos e material de construção, provoque um
aumento imediato na demanda, enquanto o comércio local pode não ter estoque
suficiente para atender a essa demanda.
A Federação das Indústrias do Estado do
Rio Grande do Sul (Fiergs) prevê uma "década perdida" para o estado
devido aos danos causados pelas cheias. A situação é mais crítica para empresas
localizadas em áreas ainda alagadas, cujos funcionários, muitas vezes, moram em
regiões próximas e estão desabrigados ou abrigados em casas de parentes.
Fonte: Brasil 247 com informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo
A próxima presidente da Petrobras, Magda
Chambriard, esteve com Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos dias
A próxima presidente
da Petrobras, Magda Chambriard, esteve com Luiz Inácio Lula da Silva nos
últimos dias e conversou com o chefe do executivo sobre importantes projetos da
estatal que foram interrompidos.De acordo com a jornalista Malu Gaspar, em sua
coluna no jornal O Globo, “ela prometeu acelerar projetos que o governo
considera"estruturantes", como a retomada da refinaria Abreu e Lima e
o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, além de investimentos em gás e
fertilizantes. “O presidente quer ainda que a petroleira aposte na construção
de navios em estaleiros nacionais, à semelhança do que foi feito - e deu errado
– em seus governos anteriores”.
Saiba mais - A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, é diretora da
Assessoria Fiscal da Assembleia Legislativa do Rio, desde a gestão do petista
André Ceciliano, atual secretário de Assuntos Federativos do governo federal.
Foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre
2012 e 2016. Antes de ingressar na ANP, foi funcionária de carreira da
Petrobras, onde trabalhou por 22 anos. Engenheira, atua como consultora na área
de energia e petróleo.
Ela também é sócia da empresa Chambriard Engenharia e
Energia desde janeiro de 2018.
Jean Paul Prates saiu do comando da Petrobras acusando os
ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) de uma
ação de "regozijo" após ser demitido pelo presidente Lula.
De acordo com apuração do jornal Folha de S.Paulo, logo após o encontro,
Prates mandou uma mensagem comunicando a demissão a assessores próximos.
"Minha missão foi precocemente abreviada na presença regozijada de
Alexandre Silveira e Rui Costa. Não creio que haja chance de reconsideração.
Vão anunciar daqui a pouco".
Novas chuvas nos últimos dias levaram a
um novo aumento do nível das águas do Guaíba, aumentando o receio de que o lago
ultrapassará recordes anteriores
Reuters - As ruas de
Porto Alegre ainda devem continuar a sofrer com enchentes por semanas, disseram
especialistas, agravando as dificuldades em um Rio Grande do Sul onde mais de
meio milhão de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas inundadas por
chuvas recordes no Estado.
As águas do lago Guaíba, que transbordou e inundou a
capital gaúcha, subiram a 5,22 metros na terça-feira, bem acima do nível de
enchente de 3 metros e perto do pico histórico de 5,33 metros alcançado na
semana passada. O lago recebe as águas de diversos rios da região que foram
sobrecarregados por temporais.
Especialistas e pesquisadores climáticos do Instituto de
Pesquisas Hidráulica (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), afirmaram que as águas podem se estabilizar ou continuar a subir,
dependendo da chuva. Mas eles concordam que o nível das águas levará cerca de
um mês para baixar.
As enchentes devastaram dezenas de cidades do interior do
Rio Grande do Sul e alagaram diversos pontos de Porto Alegre, onde a região
central permanece debaixo de água. O número de mortos na tragédia subiu na
terça-feira para 149, e 112 pessoas permanecem desaparecidas.
Uma previsão inicial do IPH dizia que as águas do Guaíba
demorarão 35 dias para voltar aos níveis normais, com base na pior enchente
anterior, em 1941, quando atingiram 4,76 metros. Rio acima, as águas podem
recuar mais cedo nos cinco afluentes.
O Guaíba deve voltar lentamente a ficar abaixo dos níveis
de enchentes dentro de semanas ou mesmo até meados de junho, afirmou o
professor do IPH Rodrigo Paiva, mas ele acrescentou que isso dependerá de
chover mais ou não.
Segundo Fernando Fan, hidrólogo e pesquisador do IPH, o Guaíba
deve voltar a 4 metros entre 19 e 21 de maio. Ele acrescentou, no entanto, “que
isso pode atrasar, se chover mais".
"Em 1941 nós não tivemos o rebote que temos agora”,
disse ele à Reuters.
Novas chuvas nos últimos dias levaram a um novo aumento do nível
das águas do Guaíba, aumentando o medo de que o lago ultrapassará recordes
anteriores e levando as autoridades a alertarem os moradores a não retornarem
para suas casas em áreas inundadas.
Às margens da estrada RS-448, a comunidade de pescadores
da praia do Paquetá observa de perto cada movimento das águas que tomou conta
do local e acabou com o sustento das famílias.
“Estamos esperando baixar. A gente estava contente que estava
baixando, agora começou a subir de novo... vai levar dois meses pelo menos”,
disse Cristiano André Pastoriza, de 45 anos.
A comunidade vive da pesca no rio Jacuí, um dos principais
afluentes do Guaíba. No dia 1º de maio, depois de dois dias de chuvas intensas,
uma barreira se rompeu e a água chegou de uma vez só na região.
“Só deu para sair com a roupa do corpo e os documentos”, contou
Cristiano.
No que parece ser agora um enorme rio, só se vê os
telhados das casas. A estrada que levava à comunidade termina na água.
Moacir Oliveira Lopes, de 58 anos, disse que nunca viu o
rio assim durante toda sua vida passada na localidade.
“Vai demorar muito para voltar, dois, três meses. E o
peixe volta quando a água voltar para o leito. Tem que escoar essa água ruim
toda, aí vem a nova e aí os peixes voltam”, disse "Seu Cira", como é
conhecido.
Os pescadores da comunidade também usaram seus barcos para
resgatar moradores na cidade vizinha de Canoas, que ficou gravemente inundada.
“Quando falaram que invadiu Mathias (Velho, bairro de
Canoas mais afetado pela enchente) saí por aqui por dentro correndo de barco.
Quando cheguei lá me desesperei. Quando eu vi aquele povo em cima do telhado,
criança pequena, eu chorei, me cortou o coração. A gente está pegando uns e
outros pedindo socorro”, contou.
O aeroporto de Porto Alegre está inundado
desde o início de maio, quando as enchentes no Rio Grande do Sul se agravaram
Infomoney - A Fraport, operadora do aeroporto de Porto
Alegre, deverá renovar a suspensão de voos no Salgado Filho por, pelo menos,
mais 90 dias, segundo o colunista Jocimar Farina, do jornal Zero Hora.
O aeroporto de Porto Alegre está inundado desde o início
de maio, quando as enchentes no Rio Grande do Sul se agravaram. Nesta
terça-feira (14), o nível de água é superior a 1,70 metros de altura.
O prazo de reabertura do aeroporto já foi prorrogado pela
Fraport quatro vezes, segundo o colunista.
Ainda não é possível avaliar o tamanho dos danos sofridos
na pista, equipamentos e nas edificações do Salgado Filho. Somente quando a
água diminuir poderá ser feito um levantamento para avaliar os danos e o
investimento necessário para restaurar o aeroporto.
Com o novo prazo, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) determinou
que as companhias aéreas suspendam as vendas de passagens que estavam abertas
para os meses de julho a setembro.
No sábado (11), três companhias aéreas (Gol, Latam e Azul)
operaram com voos para os municípios gaúchos de Passo Fundo, Santo Ângelo e
Caxias do Sul. Na última segunda-feira (13), os voos foram para Passo Fundo,
Santa Maria, Uruguaiana e Caxias.
A malha aérea
emergencial do Rio Grande do Sul irá funcionar da seguinte forma:
Aeroporto
de Caxias do Sul (RS) | 25 voos semanais
Aeroporto
de Santo Ângelo (RS) | 2 voos semanais
Aeroporto
de Passo Fundo (RS) | 16 voos semanais
Aeroporto
de Pelotas (RS) | 5 voos semanais
Aeroporto
de Santa Maria (RS) | 2 voos semanais
Aeroporto
de Uruguaiana (RS) | 3 voos semanais
Base
aérea de Canoas (RS) | 35 voos semanais
Aeroporto
de Florianópolis (SC) | 21 voos semanais
Aeroporto
de Jaguaruna (SC) | 7 voos semanais
Aeroporto
de Chapecó (SC) | aumento de capacidade da aeronave