terça-feira, 14 de maio de 2024

Curitiba: vice-prefeito desponta na liderança e Requião pode chegar ao 2º turno, diz pesquisa

 

Esta é a primeira pesquisa com o nome do ex-governador do Paraná, após ele deixar o PT e se juntar ao Mobiliza

Eduardo Pimentel e Roberto Requião
Eduardo Pimentel e Roberto Requião (Foto: Ricardo Marajó/SMCS | Eduardo Matysiak/Divulgação)

 Uma nova pesquisa divulgada pelo instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira (14) trouxe um panorama atualizado das eleições para a prefeitura de Curitiba. O levantamento apontou o aumento da vantagem do atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD-PR), em relação aos concorrentes, mas também constatou que o ex-governador do Paraná, Roberto Requião (Mobiliza-PR), vem surgindo como um potencial nome para disputar um eventual segundo turno. 

Na pesquisa estimulada, que apresenta ao entrevistado uma lista de candidatos, Eduardo Pimentel lidera com 22,9% das intenções de voto. Em seguida, aparecem Luciano Ducci com 13,1%, Ney Leprevost com 12,8%, e Roberto Requião com 11%. Esta é a primeira pesquisa com o nome de Requião, após o ex-governador deixar o PT e se juntar ao Mobiliza. Ele aparece tecnicamente empatado (dentro da margem de erro) com Ducci e Leprevost, o que deixa a disputa pelo segundo lugar em aberto.

A pesquisa também revelou que uma parcela dos entrevistados ainda não decidiu seu voto ou optou por não responder (5,4%), enquanto um conjunto de 10% do eleitorado afirmou que votará nulo ou branco. 

Já na pesquisa espontânea, em que os entrevistados respondem sem a influência de uma lista pré-determinada, Eduardo Pimentel mantém uma posição de destaque, alcançando 6,5% das menções. O nome do prefeito Rafael Greca surge em segundo lugar com 5,4%, enquanto Luciano Ducci figura com 2,1%. Roberto Requião aparece com 1,3%. Nesse caso, 71,8% dos entrevistados não souberam responder e outros 5,8% disseram que votarão nulo. Confira os outros cenários (estimulados):

Cenário 2

  • Eduardo Pimentel – 26,4%
  • Luciano Ducci – 14,5%
  • Ney Leprevost – 14,5%
  • Roberto Requião – 11,6%
  • Beto Richa – 8,4%
  • Goura – 5,8%
  • Luizão Goulart – 1,6%
  • Não sabe/ Não respondeu – 5,8%
  • Nenhum/ Branco/ Nulo – 11,5%

Cenário 3

  • Eduardo Pimentel – 28,5%
  • Luciano Ducci – 19,9%
  • Ney Leprevost – 19,3%
  • Beto Richa – 10,6%
  • Luizão Goulart – 2,1%
  • Não sabe/ Não respondeu – 6,3%
  • Nenhum/ Branco/ Nulo – 13,4%

Cenário 4

  • Eduardo Pimentel – 34,4%
  • Luciano Ducci – 24,1%
  • Beto Richa – 13,9%
  • Luizão Goulart – 2,6%
  • Não sabe/ Não respondeu – 7,1%
  • Nenhum/ Branco/ Nulo – 17,9%

Cenário 5

  • Eduardo Pimentel – 30,4%
  • Luciano Ducci – 22,9%
  • Ney Leprevost – 22,8%
  • Luizão Goulart – 2,5%
  • Não sabe/ Não respondeu – 15,0%
  • Nenhum/ Branco/ Nulo – 6,5%

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o n.º PR-01291/2024 para o cargo de Prefeito. De maneira presencial, entre os dias 8 e 13 de maio, foram entrevistados 800 eleitores, amostra representativa do município de Curitiba que atinge um grau de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 3,5 pontos percentuais para os resultados gerais.

Fonte: Brasil 247

Quem são os condenados do 8/1 que quebraram tornozeleira e fugiram do país


Atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro do ano passado. (Foto: Reprodução)

 Pelo menos dez bolsonaristas condenados ou investigados por participarem dos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro do ano passado, quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram do Brasil.

O levantamento realizado pelo Uol aponta que ao menos 51 pessoas suspeitas de participar de atos golpistas após as eleições presidenciais de 2022 têm mandados de prisão em aberto ou fugiram após quebrar as tornozeleiras eletrônicas.

Entre elas, a reportagem identificou dez pessoas que fugiram para o exterior neste ano pelas fronteiras de SC e RS. Os destinos delas foram a Argentina e o Uruguai.

Um dos fugitivos faz até campanha em redes sociais para financiar sua permanência no exterior. O pedreiro Daniel Bressan tenta vender produtos e já ofereceu até uma rifa de um Fiat Uno 2015.

Os advogados dos investigados e réus seguem negando que seus clientes tenham realizado os atos terroristas contra os prédios públicos ou participado de tentativa de golpe. Alguns chegaram a afirmar que estavam nos prédios dos Três Poderes apenas para se protegerem de bombas lançadas por agentes de segurança.

Os fugitivos

Ângelo Sotero

Ângelo Sotero é um músico de 59 anos de Blumenau (SC), condenado a 15 anos e meio de prisão por tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada no 8 de Janeiro.

Ângelo Sotero Lima.

Raquel de Souza

A PGR (Procuradoria-Geral da República) diz que ela destruiu bens. Raquel nega. Em abril, ela fugiu para a Argentina, segundo investigadores e testemunhas.

Raquel de Souza Lopes, 51 anos, de Joinville (SC)

Gilberto Ackermann

Também fugiu Gilberto Ackermann, corretor de seguros, 50 anos, de Balneário Camboriú (SC), que pegou 16 anos de prisão por participar do 8 de Janeiro invadindo o Palácio do Planalto.

Gilberto Ackermann.

Luiz Fernandes

Outro fugitivo é Luiz Fernandes Venâncio, empresário, 50 anos, de São Paulo (SP), que é réu em ação penal no STF pelos ataques golpistas do 8 de Janeiro.

Luiz Fernando Venâncio.

Alethea Verusca

Entre as mulheres fugitivas, destaca-se Alethea Verusca Soares, 49 anos, de São José dos Campos (SP), condenada a 17 anos de prisão por tentar um golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Alethea Verusca Soares.

Daniel Luciano Bressan

Daniel Luciano Bressan, pedreiro e vendedor, 37 anos, de Jussara (PR), réu em ação penal, foi acusado pela PGR de participar dos ataques golpistas do 8 de Janeiro e também fugiu para a Argentina.

Daniel Luciano Bressan.

Fátima Aparecida Pleti

Fátima Aparecida Pleti, empresária, 61 anos, de Bauru (SP), foi condenada a 17 anos de prisão por tentar dar um golpe de Estado e tentar abolir o estado democrático de direito. Ela quebrou sua tornozeleira e está foragida desde o início de abril.

Fátima Aparecida Pleti.

Flávia Cordeiro

Ela responde a investigações relacionadas a ataques contra o resultado das eleições de 2022. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, Flávia “se utiliza de passaporte internacional para ingressar e sair do país sem se submeter às autoridades nacionais”. A acusada está foragida desde fevereiro, segundo indica o mandado de prisão em aberto.

Flávia Cordeiro Magalhães Soares.

Rosana Maciel

Rosana foi condenada a 14 anos de prisão. Ela é acusada de participar de atos de depredação no 8 de Janeiro, mas nega as acusações, alegando que entrou no Palácio do Planalto devido aos helicópteros que lançavam bombas de gás.

Após ser presa e solta em liberdade condicional com tornozeleira, segue foragida desde 15 de janeiro, quando não compareceu ao juízo. Fugiu para o Uruguai pela fronteira em Santana do Livramento (RS), a 2.145 km de seu endereço, e posteriormente chegou à Argentina. Ela entrou na Argentina em 12 de abril. Por conta da fuga, o STF confiscou suas contas bancárias.

Rosana Maciel Gomes.

Jupira Silvana

Jupira foi condenada em setembro a 14 anos de prisão por tentar um golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa, segundo o MPF. Embora tenha entrado no Palácio do Planalto, ela nega as acusações de quebrar vidros e objetos.

Em janeiro deste ano, Jupira fugiu para o Uruguai, utilizando a fronteira seca de Santana do Livramento (RS), conforme informações da PF.

A defesa de Jupira optou por não prestar esclarecimentos à reportagem

Jupira Silvana da Cruz Rodrigues.
Fonte: DCM

VÍDEO – “Já matei seu pai, agora é sua vez”, diz homem que assassinou ex-namorada

 

O mecânico João Carlos matou Yasmin Santos de Queiroz e o pai dela, Francisco Xavier Marques de Queiroz a tiros. Foto: reprodução

O mecânico João Carlos, indiciado por matar a ex-namorada e o pai dela a tiros em Miracatu (SP), foi flagrado em vídeo empurrando a jovem antes de disparar contra ela. As vítimas, Yasmin Santos de Queiroz, de 25 anos, e seu pai, Francisco Xavier Marques de Queiroz, de 60, foram assassinadas em casa.

“Já matei seu pai, agora é você”, disse o mecânico antes de efetuar os disparos contra a ex-namorada. Entre os sons dos tiros, também é possível ouvir João Carlos se desculpando.

O delegado Carlos Eduardo Eiras Alves informou que o assassino alegou não se lembrar dos eventos. A Polícia Civil solicitou a prisão temporária de João Carlos, que foi encontrado e conduzido à delegacia para depoimento. A arma do crime não foi localizada.

Alves também mencionou que o suspeito não apresentou a motivação do crime, afirmando apenas que eles tinham reatado o relacionamento, violando uma medida protetiva anteriormente imposta. “Ele foi indiciado por feminicídio, homicídio qualificado, no descumprimento da medida protetiva e vamos analisar uma agressão contra a mãe dela que ele praticou lá”, disse o delegado.

Fonte: DCM

7 deputados bolsonaristas são denunciados por fake news sobre o RS; veja quem são

 

Parlamentares bolsonaristas no Congresso. Foto: reprodução

Na segunda-feira (13), deputados do PSOL formalizaram uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete parlamentares bolsonaristas, acusando-os de disseminação de fake news sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul.

Os psolistas solicitam que esses deputados federais sejam denunciados pela PGR e processados por crimes relacionados à vida e à saúde da população atingida, além de crimes contra a honra de autoridades e omissão de socorro.

Entre os alvos da representação, cinco são do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro: Filipe Martins (PL-TO), Gilvan da Federal (PL-ES), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Caroline de Toni (PL-SC) e General Girão (PL-RN). Os outros dois são do União Brasil, Coronel Assis (União-MT) e Coronel Ulysses (União-AC).

A representação visa impedir que parlamentares usem a tribuna da Câmara para divulgar informações falsas sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. Segundo a ação movida, alguns deputados reproduziram desinformação sobre o transporte terrestre de doações para o estado, prejudicando o fluxo da ajuda humanitária.

Um dos pontos destacados da denúncia é a afirmação falsa feita por Bilynskyj de que uma clínica médica que oferecia atendimento gratuito teria sido fechada pela Vigilância Sanitária, o que foi negado pelo órgão. O bolsonarista também insistiu em divulgar que a distribuição de medicamentos estava sendo interrompida, o que foi negado pela Anvisa.

A ação foi proposta pela deputada federal gaúcha Fernanda Melchionna. Ela e os colegas de partido argumentam que as fake news disseminadas pelos deputados têm impactos graves, incluindo a difusão de pânico, a inibição das doações e a desorganização nos processos de distribuição dos donativos, além de expor a riscos os servidores públicos envolvidos no resgate e socorro das vítimas.

A representação destaca ainda outras informações falsas disseminadas na sessão da Câmara do dia 8 de maio, envolvendo descontextualização de falas da ministra do Planejamento, Simone Tebet, exploradas por alguns dos deputados denunciados.

Em resposta à disseminação dessas notícias falsas, o governo federal lançou uma campanha de conscientização. Na semana anterior, o governo já havia solicitado à Polícia Federal que abrisse inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o coach bolsonarista Pablo Marçal por suas mentiras sobre as chuvas.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou que o presidente Lula (PT) tomou medidas apenas quatro dias após o início das chuvas. Essa afirmação foi feita três dias depois de o governo reconhecer o estado de calamidade e iniciar a alocação de recursos.

Por outro lado, Cleitinho e Marçal afirmaram em suas postagens que as doações destinadas ao estado não estavam sendo entregues devido à falta de nota fiscal. Essa informação foi desmentida pelo secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lemos.

Fonte: DCM

Rio Grande do Sul confirma 148 mortes pelas chuvas


Dois em cada dez moradores foram afetados pelos temporais


A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou mais uma morte decorrente das fortes chuvas que caem no estado, e o número de mortos chega a 148.

De acordo com o boletim atualizado ao meio dia desta terça-feira (14), o estado tem, ainda, 124 pessoas desaparecidas.

O total de desalojados pelas enchentes chega a quase 540 mil (538.545) pessoas. E os efeitos dos temporais já são sentidos por dois em cada dez moradores do Rio Grande do Sul. 

O mais recente boletim aponta que 2.124.203 de pessoas são afetadas pelas chuvas, do total de 10,88 milhões de habitantes do estado, conforme apurado no Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que corresponde a 19,47% da população.

Em todo o estado, 89,7% do total de 497 municípios sofrem direta ou indiretamente com as consequências dos eventos climáticos. O número chega a 446 cidades atingidas.

Nesta manhã, os mais de 700 abrigos criados no estado acomodavam 76.884 pessoas que tiveram que abandonar seus imóveis temporariamente ou em definitivo, devido ao comprometimento das estruturas locais ou falta de acesso. O número é ligeiramente inferior ao número de pessoas que estavam em alojamentos nesta segunda-feira (13), conforme o boletim das 18h, divulgado pela Defesa Civil estadual. Naquele momento, eram 77.405 pessoas fora de suas casas.

Resgate

Um efetivo de 27,6 mil agentes das forças de segurança federais, estaduais e municipais e civis voluntários resgataram mais de 76,4 mil vítimas e aproximadamente 11 mil animais domésticos e silvestres. Nessas ações, estão sendo empregadas mais de 4,4 mil viaturas, 41 aeronaves, entre helicópteros e aviões, e 340 embarcações, desde navios da Marinha do Brasil, que levam toneladas de doações às vítimas, a jet skis, pequenos barcos e botes de voluntários empregados em operações de salvamento por água de vítimas das enchentes no estado.

Como pedir socorro

Em caso de necessidade de resgate ou assistência durante as enchentes, o cidadão pode pedir ajuda pelos telefones de emergência, nos municípios atingidos: Brigada Militar: 190;   Corpo de Bombeiros: 193; Defesa Civil estadual: 199.

Ao entrar em contato, o Corpo de Bombeiros orienta que sejam repassadas informações que ajudem na localização da ocorrência e servirão para o deslocamento das equipes.

Em um primeiro momento, os dados necessários são a localização - com as coordenadas geográficas, se for possível -, número de pessoas a serem resgatadas e tipo de resgate se por água ou ar.

Além disso, há também a possibilidade de entrar em contato com as prefeituras e defesas civis municipais para obter orientações específicas, como rotas de fuga, abrigos e outros dados para recebimento de assistência pelas autoridades da região.

Fonte: Agência Brasil

Fake news prejudicam tomada de decisão por afetados em catástrofe


Cidadãos assustados podem tomar decisões irracionais, diz pesquisadora


As redes sociais têm sido usadas como um instrumento de disseminação de fake news (notícias falsas) diversas sobre a tragédia provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Desde teorias da conspiração sobre o motivo do desastre, até boatos estapafúrdios, de cunho fundamentalista religioso, relacionando a apresentação de uma cantora pop internacional no Rio de Janeiro à perda de vidas nas enchentes de várias cidades gaúchas.

Mas alguns dos principais alvos da campanha de desinformação promovida nas redes sociais são as instituições públicas. São notícias falsas que, desde os primeiros momentos da tragédia, buscam desacreditar governos e órgãos públicos.

São fake news sobre caminhões sendo impedidos de entrar no estado com donativos às vítimas, sobre a demora do governo federal em agir no RS e sobre alguns empresários estarem atuando mais que governos em prol dos gaúchos.

A pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Thaiane Moreira de Oliveira é parte de um grupo de pesquisadores dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) que acompanha a divulgação de mensagens sobre o desastre climático do Rio Grande do Sul nas redes sociais.

O levantamento ainda não foi concluído, mas já é possível perceber um padrão nas fake news sobre a tragédia. “[Nesta tragédia] a desinformação diz respeito sobretudo a discussões políticas, acusações contra o governo federal, contra o governo estadual. Principalmente, e aí eu acho que é um ponto extremamente preocupante, a questão da contestação da eficácia e da atuação das instituições. A gente tem visto o quanto as instituições, que têm sido muito atuantes, estão sendo descredibilizadas nesse processo”, afirma Thaiane.

De acordo com a pesquisadora, as redes sociais permitiram que qualquer pessoa se tornasse uma “autoridade” em qualquer assunto e opiniões baseadas apenas no achismo passassem a ser valorizadas pelo público.

“Antes das redes sociais, a gente tinha alguns atores que eram legitimados para apresentar uma informação que fosse considerada de credibilidade. Eram jornalistas, comunicadores públicos, divulgadores científicos, agentes públicos. Com as mídias sociais e a reconfiguração da forma como nos comunicamos, hoje em dia, emitir uma opinião é motivo de autoridade. Qualquer um que tenha uma certa visibilidade nas redes sociais ganha uma certa autoridade, emitindo sua opinião apenas baseado nas suas experiências pessoais e no achismo”, destaca a pesquisadora.

Com a credibilidade das instituições públicas sendo questionadas por notícias falsas, as pessoas afetadas pelo desastre ficam sem referência para tomar decisões.

“Se a gente vê um conjunto de desconfianças nas instituições e uma população amedrontada, sem saber em quem confiar e acionar, isso é um problema muito grave para nossa sociedade. A gente sabe que quando uma um cidadão está assustado, ele pode tomar algumas decisões que não sejam necessariamente racionais”, explica Thaiane.

Não há apenas um risco para a democracia, segundo a pesquisadora, mas também para a própria segurança e saúde das vítimas.

“Há um conjunto de influenciadores digitais indicando tratamentos médicos, quimioterápicos por exemplo, para poder se prevenir de doenças como leptospirose, então é um risco para a saúde pública. E a gente está num momento em que a população está muito vulnerável”, afirmou a pesquisadora.

Caminhões levam 200 toneladas de doações para vítimas das chuvas


Donativos chegam também por via aérea, ferroviária e marítima


Duas carretas dos Correios e dez caminhões do Exército brasileiro partiram da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, na manhã desta terça-feira (14), transportando 200 toneladas em donativos para as vítimas das chuvas que estão atingindo o Rio Grande do Sul. O destino final será a Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. O percurso tem a extensão de 1.093 quilômetros.

Por via terrestre, chegam às famílias atingidas pelos temporais alimentos não perecíveis, água mineral, itens de higiene pessoal, roupas de cama, colchões e cobertores, itens de vestuário, material de limpeza, rações para pets e outros produto. O transporte até o Rio Grande do Sul é feito sem custos para os doadores.

A remessa terrestre de doações pelas carretas e caminhões complementa o transporte por mais três modais: aéreo, ferroviário e marítimo.

Campanhas

Segundo a Força Aérea Brasileira, as doações recebidas por meio da campanha Todos Unidos pelo Sul, coordenada pela Força Aérea Brasileira (FAB), iniciada em 30 de abril, já arrecadou mais de 368 toneladas de donativos, conforme balanço atualizado na manhã de domingo (12), disponível no site criado para acompanhamento dos militares no Rio Grande do Sul.

Os Correios também fazem campanha de arrecadação de donativos e recebem, em agências de nove estados, doações de voluntários.

Como doar?

Diante da situação, mais de 2 mil agências dos Correios têm recebido doações para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. A ação envolve unidades da empresa em São Paulo, no Paraná, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Santa Catarina, na Bahia, em Pernambuco, no Distrito Federal e em parte do Rio Grande do Sul.

Os municípios gaúchos em condições de receber doações nas respectivas agências centrais municipais são: Santo Ângelo, São Borja, Santa Rosa, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Parobé, Taquara, Montenegro, Pelotas, Rio Grande, Camaquã, Bagé, Jaguarão, São Lourenço do Sul, Anta Gorda, Arvorezinha, Butiá, Cachoeira do Sul, Charqueadas, Estrela, Fontoura Xavier, Guaporé, Ilópolis, Mato Leitão, Nova Bréscia, Pântano Grande, Rio Pardo, Salto do Jacuí, Santa Cruz do Sul, Sobradinho, Teutônia, Taquari, Venâncio Aires e Vera Cruz. Em Porto Alegre, a arrecadação ocorre nos centros de distribuição domiciliar Vila Jardim, Antônio de Carvalho, Restinga e Cavalhada.

A maioria das agências dos Correios funciona das 8h às 17h.

Já a campanha Todos Unidos pelo Sul concentra o recebimento de ajuda humanitária em três bases aéreas militares no país: de Brasília, Galeão, no Rio de Janeiro, e São Paulo, em Guarulhos. Toneladas de itens recebidos de diversas instituições, empresários e integrantes da sociedade civil têm como destino principal a Base Aérea de Canoas para distribuição direta aos mais de 700 abrigos de pessoas afetadas pelas fortes chuvas no estado.

Para quem preferir doar em dinheiro, o governo do Rio Grande do Sul disponibilizou a chave Pix: CNPJ 92.958.800/0001-38. O nome que aparecerá na transação bancária é SOS Rio Grande do Sul. A conta da campanha de doação é vinculada ao Banrisul.

O governo gaúcho informa que os recursos serão integralmente revertidos para o apoio humanitário a vítimas das enchentes, como famílias desabrigadas ou desalojadas e residentes nos municípios que tiveram situação de calamidade reconhecida pela Defesa Civil. O comitê gestor do fundo de doação via pix já institui a concessão de auxílio financeiro, em parcela única, no valor de R$ 2 mil para cada família atingida pela crise.

Fonte: Agência Brasil