Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secom e o prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin. Reprodução
O governo do Rio Grande do Sul não declarou estado de calamidade pública para o município de Farroupilha. Com informações do Metrópoles.
O prefeito da cidade, Fabiano Feltrin, do PP, ganhou destaque nacional após divulgar uma conversa telefônica com Paulo Pimenta, ministro da Secom, que ligou para ele na semana passada para esclarecer uma postagem em que Feltrin reclamava da falta de recursos do governo federal para ajudar os desabrigados.
Pimenta telefonou a pedido de Lula. Durante a ligação, Feltrin, de maneira agressiva, não abordou a alegada solicitação dos municípios gaúchos não atendida e procurou iniciar uma discussão.
Pimenta permaneceu calmo, gravou também a conversa e insistiu na oferta de assistência e na tentativa de esclarecimento. Relembre os vídeos do caso:
O recurso que será apreciado pelos
ministros do TSE foi apresentado pela coligação Juntos pelo Povo de Minas Gerais
Romeu Zema. Foto: Divulgação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga,
nesta terça-feira (14), um recurso contra decisão que rejeitou ação que cita o
governador de Minas Gerais, o bolsonarista Romeu Zema (Novo) e outros gestores
da administração por abuso de poder político durante as Eleições Gerais de 2022.
De acordo com o Metrópoles, a ação de investigação judicial eleitoral
(Aije) acusa o governador de divulgação de propaganda institucional em sites
oficiais durante período vedado pela legislação eleitoral. O Tribunal Regional
Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) saiu em defesa do governo e considerou que a
divulgação não afetou o pleito e julgou a ação improcedente. O recurso que será
apreciado pelos ministros do TSE foi apresentado pela coligação Juntos pelo
Povo de Minas Gerais, coletivo que inclui PSD, Federação Brasil da Esperança (PT,
PCdoB e PV) e PSB.
Plano para construir terminal em uma área
de 2,1 mil hectares em Portão, na região de Nova Santa Rita, foi apresentado em
2015. Local não foi afetado pelas chuvas dos últimos dias
Avião de carga em aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre 7/5/2024 REUTERS/Wesley Santos (Foto: REUTERS/Wesley Santos)
A suspensão das
operações do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, Rio Grande
do Sul, devido às inundações que deixaram partes da pista submersas,
ressuscitou discussões sobre a necessidade da construção de um aeroporto
internacional alternativo na região metropolitana da capital gaúcha.
As imagens de um avião isolado em meio à inundação, com
água atingindo até 2,5 metros em alguns pontos do aeroporto, levantam a
possibilidade de que o local fique fechado por meses, o que abriu as discussões
sobre a viabilidade e a necessidade de um plano de contingência para garantir a
conectividade aérea da região.
“Por conta disso, um plano antigo de criar um aeroporto em Nova
Santa Rita pode ser revisitado. Em 2015, o ministro de Aviação Civil, Eliseu
Padilha, chegou a aventar a ideia com o então governador do Rio Grande do Sul,
José Ivo Sartori (MDB). Na época, a solução foi ampliar o Salgado Filho. A área
de 2,1 mil hectares pensada para um aeroporto em Portão, na região de Nova
Santa Rita, não foi afetada pela chuva dos últimos dias”, destaca o jornalista Ricardo Noblat, em sua coluna no
Metrópoles.
Na segunda-feira (13), a Infraero (Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária) e a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil)
indicaram a possibilidade de utilizar a Base Aérea de Canoas para voos
comerciais para mitigar os impactos do fechamento do Salgado Filho.
De acordo com o Ministro de Portos e
Aeroportos, Silvio Costa Filho, está prevista a operação de cerca de 116 voos
semanais no Estado. Embora a maioria desses voos seja redirecionada para o
Aeroporto de Caxias do Sul, municípios como Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas,
Santa Maria e Uruguaiana também devem receber voos extras como parte do plano
emergencial.
O número de pessoas que sofreram um AVC
em 30 anos aumentou à medida que a população envelheceu; pesquisadores explicam
que só o envelhecimento não explica o aumento de casos
CFM alerta sobre importância da prevenção do AVC
Fernanda Bassette, da Agência Einstein - Um estudo publicado na revista científica Neurology aponta
que só em 2019 mais de meio milhão de pessoas morreram devido a um AVC
(Acidente Vascular Cerebral) associado a temperaturas extremas – muito calor ou
muito frio, sendo o excesso de calor o principal responsável. Os resultados são
mais um alerta sobre os perigos das mudanças climáticas na saúde da população e
reforçam a necessidade de ações para mitigar os riscos.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram
temperaturas e casos de AVC em 204 países entre 1990 e 2019. Eles observaram
que o número de pessoas que sofreram um AVC nos 30 anos analisados aumentou à
medida que a população envelheceu – o envelhecimento foi um fator-chave para o
problema –, mas eles ressaltaram que o envelhecimento populacional não explica
todo o aumento de casos: as “temperaturas não ideais”, muito quentes ou muito
frias, fizeram a diferença. O estudo aponta que, em 2019, ocorreram 6,55
milhões de mortes devido ao AVC, segundo dados do Global Burden of Disease
(GBD). Desse total, 521 mil mortes e 9,4 milhões de anos de vida ajustados por
incapacidade são atribuíveis ao AVC devido à temperatura não ideal.
É importante destacar que as temperaturas mais altas já estão
acontecendo e sendo percebidas dia após dia. O ano passado foi considerado o
mais quente da história e espera-se que as temperaturas continuem alcançando
níveis cada vez mais altos. Neste ano, por exemplo, o observatório europeu
Copernicus anunciou que o mês de março foi o mais quente já registrado na
Terra, com a temperatura 1,58 oC acima da média da era pré-industrial, no
século 19.
“Os resultados desse estudo são extremamente importantes
porque destacam a relação entre as condições climáticas extremas e a incidência
de AVC, uma conexão não tão enfatizada na prática clínica. Isso traz uma nova
perspectiva, que pode influenciar a prevenção e a preparação para períodos de
temperaturas extremas, visando reduzir o risco desses eventos. Tais informações
podem surpreender alguns profissionais, especialmente aqueles em regiões onde
as mudanças climáticas têm sido menos perceptíveis”, avalia a neurologista
Gisele Sampaio, do Hospital Israelita Albert Einstein.
De acordo com a médica, as altas temperaturas podem dificultar a
capacidade do corpo de regular a sua temperatura interna (que é em torno de 36
oC), levando à desidratação e ao aumento na viscosidade do sangue, o que pode
aumentar o risco de formação de coágulos. Além disso, explica a neurologista, o
estresse térmico pode ocasionar alterações hemodinâmicas e inflamatórias,
aumentando ainda mais o risco de AVC. “Há ainda algumas pesquisas que apontam
os efeitos diretos das altas temperaturas sobre a pressão arterial e a função
cardiovascular, ambos fatores de risco de AVC”, diz.
O estudo atesta ainda que, nesse momento, as mortes por
AVC associadas a temperaturas extremas estão desproporcionalmente concentradas
em partes do mundo com níveis mais elevados de pessoas que vivem na pobreza e
onde os sistemas de saúde são frágeis, como na África. O AVC é uma das
principais causas de morte e de incapacidade no mundo e tem um impacto
importante em países de baixa e média renda, onde os sistemas de saúde muitas
vezes não estão equipados para prevenir, diagnosticar ou tratar eficazmente essa
condição.
“As regiões com maior pobreza e sistemas de saúde frágeis sofrem
particularmente com as consequências de temperaturas extremas, o que pode
exacerbar ainda mais a incidência e a gravidade dos casos de AVC”, diz
O trabalho aponta ainda que não é só o calor extremo que
pode levar ao AVC, mas o frio extremo também. Segundo a médica do Einstein,
isso acontece porque o frio leva ao aumento da pressão arterial e ao
estreitamento dos vasos sanguíneos, além de induzir respostas inflamatórias que
podem predispor a eventos cerebrovasculares. Além disso, o frio pode agravar
condições cardíacas existentes, aumentando o risco de eventos cardíacos e
vasculares cerebrais.
Esse não é o primeiro trabalho a apontar o impacto das
temperaturas extremas na saúde cardiovascular. Outro estudo, publicado em 2022
na revista Nature,
concluiu que as temperaturas extremas (frio e calor) foram responsáveis por
quase 6% das mortes em cidades da América Latina. O estudo “Salud Urbana em
América Latina (Salurbal)” teve a participação da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) e da Universidade de São Paulo (USP), analisou mais de 15 milhões
de óbitos e comparou-os com as temperaturas ambientais diárias nas cidades
pesquisadas.
Uma das conclusões é de que as temperaturas extremas
estavam relacionadas com a mortalidade por doenças cardiovasculares e
respiratórias, especialmente entre idosos e crianças, que são o grupo mais
vulnerável. Segundo a pesquisa, em dias muito quentes, o aumento de 1 oC esteve
relacionado ao aumento de 5,7% nas mortes. Ao mesmo tempo, cerca de 10% das
mortes por infecções respiratórias foram atribuídas ao frio intenso.
A médica ressalta que, diante das evidências de que as mudanças
climáticas estão afetando a saúde, as políticas de saúde pública devem incluir
ações preventivas para o AVC focadas na mitigação das mudanças climáticas e na
melhoria da resiliência das comunidades a extremos climáticos.
“Isso inclui melhorar a infraestrutura de saúde, aumentar
a conscientização sobre os riscos associados às temperaturas extremas e
desenvolver estratégias específicas para ajudar as populações vulneráveis a se
adaptarem e responderem a essas condições”, completa. Além disso, ela explica
que é crucial promover estilos de vida saudáveis e o controle rigoroso de
fatores de risco modificáveis, como hipertensão e diabetes, e implementar
programas de educação sobre os sinais de alerta e a importância da resposta rápida
ao AVC.
Família de “patriota” preso pelo 8/1, que morreu na Papuda, havia feito uma queixa-crime contra o ministro
Ministro do STF, Dias Toffoli negou seguimento a uma representação que pede a prisão de Alexandre de Moraes, informa o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles. Protocolada pela família do “patriota” Clériston da Cunha, morto no presídio Papuda, a queixa-crime assinada pelo advogado Tiago Pavinatto atribuía a Moraes as práticas de abuso de autoridade, maus-tratos, tortura e prevaricação. Somadas, tais penas chegariam a 31 anos de prisão.
Conhecido como Clezão, Clériston foi detido durante o 8 de Janeiro e morreu aos 46 anos na Papuda após passar mal, em novembro de 2023. A peça protocolada pela família do empresário destacava um parecer da Procuradoria-Geral da República favorável à soltura dois meses antes do óbito, bem como laudos médicos que apontavam problemas de saúde. A manifestação da PGR não chegou a ser apreciada por Moraes, relator da ação dos atos antidemocráticos.
A queixa-crime protocolada pela família de Clezão apontava “omissão dolosa” por parte de Alexandre de Moraes. Ao analisar a peça, Dias Toffoli afirmou:
“O juízo hipotético que se realiza (se A tivesse acontecido, então B não teria acontecido) deve ser rigoroso, sob pena de se incorrer responsabilização criminal a partir de nexo causal especulativo. Ora, mesmo que tivesse sido apreciado o pedido de liberdade provisória, (1) não necessariamente teria sido revogada ou concedida a prisão domiciliar e, ainda, (2) não necessariamente teria sido evitado o falecimento de Cleriston”.
Outro ponto abordado por Pavinatto e contestado por Toffoli é o fato de a prisão de Cleriston não ter sido reavaliada após 90 dias, como determina o Código de Processo Penal (CPP). Ao analisar o tema, afirmou o ministro:
“Quanto à alegação de que a prisão não teria sido reavaliada no prazo de 90 dias, o Plenário desta Corte, nos autos do Suspensão de Liminar 1.395, firmou entendimento no sentido de que a falta de reavaliação da prisão preventiva, a cada 90 dias, nos termos do artigo 316, parágrafo único, do CPP, não gera direito à revogação automática da prisão preventiva.”
Ao negar seguimento à petição contra Moraes, Toffoli disse ainda que a petição era “amparada unicamente em ilações e acusações infundadas, com breves intersecções com a realidade e despida de fundamentação jurídica correlata aos fatos e provas”. E classificou a representação como “panfletária”.
Sigilo
O caso em questão não é o único no qual Dias Toffoli analisa pedidos feitos contra Alexandre de Moraes. Toffoli também é relator do episódio envolvendo o empresário Roberto Mantovani no aeroporto internacional de Roma, na Itália.
Moraes afirma que seu filho, Alexandre Barci, foi agredido pelo empresário. Mantovani nega e pede que as imagens da confusão, já repassadas pelas autoridades italianas ao STF, sejam liberadas ao público. Toffoli, porém, determinou que o vídeo fique sob sigilo.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
O governo também anunciou pagamento
unificado, no primeiro dia do cronograma, para todos os beneficiários do Bolsa
Família e do Auxílio Gás, o que ajudará cerca de 583 mil famílias
Lula sobrevoa áreas afetadas por enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Agência Gov – O
Governo Federal já destinou mais de R$ 60 bilhões em resposta à catástrofe
socioclimática causada pelos temporais no Rio Grande do Sul. Até a noite de
domingo (12/5), nove em cada dez municípios gaúchos haviam sido afetados pelas
chuvas mais fortes da história do Estado.
Segundo boletim da Defesa Civil Nacional, há 143 mortes
confirmadas, 125 desaparecidos e 806 feridos no Estado. Estima-se que haja 81
mil pessoas em abrigos, 538 mil desalojados e mais de 2,1 milhões de afetados.
Mais de 76 mil pessoas e 10 mil animais foram resgatados.
Na noite de sábado (11/5), o Governo Federal anunciou crédito
extraordinário de R$ 12,2 bilhões, liberados pela Medida Provisória nº
1.218/2024. A verba custeará ações emergenciais no Estado de diferentes órgãos
federais.
O recurso autorizado pela MP financiará ações da Defesa
Civil e atendimentos de emergência da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária
Federal e da Força Nacional. Permitirá também repasse de R$ 72 milhões para
alimentação, limpeza e reforma de escolas afetadas pelas enchentes e
reconstrução de infraestrutura rodoviária, por exemplo.
A medida prevê também mais de R$ 861 milhões para apoio e
assistência na saúde, com reposição de remédios perdidos em enchentes,
atendimento em postos e hospitais e garantias para atividades de saúde digital.
O MP autoriza linhas ainda de crédito bilionárias que
compõem o pacote econômico de R$ 50,9 bilhões anunciado pelo presidente Lula na
quinta-feira, além de medidas de apoio à segurança alimentar, abrigo e serviços
de saúde primária, especializada e epidemiológica. Viabiliza também parcelas
extras do seguro-desemprego e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
“Eu estive lá duas vezes para dizer ao governador, ao povo
gaúcho, ao povo brasileiro, que estamos 100% comprometidos com a ajuda ao Rio
Grande do Sul. Não haverá falta de recursos para atender às necessidades”,
afirmou Lula, em nota. “Nós temos que nos preparar porque a gente vai ter o
tamanho da grandeza dos problemas quando a água baixar e quando os rios
voltarem à normalidade.”
O pacote anunciado pelo presidente tem 12 medidas, que
beneficiarão 3,5 milhões de pessoas. Entre elas, abono salarial com antecipação
do cronograma de pagamentos para 705 mil trabalhadores com carteira assinada,
medida com impacto de R$ 758 milhões.
Haverá também liberação de duas parcelas adicionais do
seguro-desemprego a quem já recebia o benefício antes da decretação de
calamidade, medida que beneficiará cerca de 140 mil pessoas de maio a outubro.
Cerca de 1,6 milhão de contribuintes da região também terão prioridade no
pagamento da restituição do Imposto de Renda.
O governo federal também anunciou pagamento unificado, no
primeiro dia do cronograma, para todos os beneficiários do Bolsa Família e do
Auxílio Gás, o que ajudará cerca de 583 mil famílias. Fundos de estruturação de
projetos para que bancos públicos apoiem e financiem redes de estruturadores de
projetos de reconstrução de infraestrutura e reequilíbrio econômico receberão
cerca de R$ 200 milhões para beneficiar o Estado e municípios.
Foi divulgada criação de força-tarefa para acelerar a análise de
crédito para 14 municípios, além de aporte de R$ 4,5 bilhões em recursos do
Fundo Garantidor de Operações. Isso permitirá concessão de garantias e estímulo
ao crédito no total de R$ 30 bilhões para micro e pequenas empresas do Programa
Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Haverá ainda aporte de R$ 1 bilhão para concessão de desconto em juros de
créditos garantidos pelo Pronampe.
Serão alocados outros R$ 500 milhões para concessão de
garantias a partir do Fundo Garantidor de Investimentos para estimular micro,
pequenas e médias empresas no Programa Emergencial de Acesso ao Crédito de até
5 bilhões. O presidente anunciou também prorrogação de ao menos três meses dos
prazos de recolhimento de tributos federais e Simples Nacional a cerca de 203
mil empresas.
Medidas adicionais incluem dispensa de apresentação de certidão
negativa de débito para empresas e produtores rurais nas contratações e
renegociações de crédito com instituições financeiras públicas e R$ 1 bilhão
para desconto de juros para empréstimos concedidos no Pronaf e no Pronamp até o
limite de R$ 4 bilhões.
20 mil servidores
Até este domingo, mais de 20 mil servidores do governo
federal atuam no RS. Além do resgate de pessoas e animais, trabalham em frentes
como reestabelecimento de energia e telecomunicações, recuperação de estradas e
estruturas, acolhimento e estruturação de abrigo, no atendimento em saúde e na
garantia da segurança de instalações, entre outras.
Há apoio de mais de 5 mil equipamentos, como viaturas,
embarcações, equipamentos de engenharia, hospitais de campanha, caminhões,
tratores, escavadeiras, aeronaves, helicópteros, geradores e navios.
Outras ações incluem envio de kits emergenciais, insumos e
medicamentos, como vacinas e insulina, que são repostos de forma imediata. Na
semana passada, o RS recebeu 30 mil frascos de insulina, 287 mil canetas e 1,8
milhão de agulhas de aplicação.
Nesta segunda (13/5), está prevista a chegada a Porto
Alegre de mais 43 mil frascos, 330 mil canetas e 1 milhão de agulhas.
Mais três hospitais de campanha serão montados no Estado,
além dos dois já existentes. Dois serão instalados na capital gaúcha e um, na
cidade de São Leopoldo.
Trabalhadores de mais 12 municípios do Estado já podem
solicitar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por
calamidade. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220,00 por conta vinculada,
limitado ao saldo da conta. Mais informações no site da Caixa Econômica Federal.
Já a Telebras enviou mais 14 maletas com antenas de
internet via satélite, e outras oito chegarão nos próximos dias. A estatal
também pretende instalar 390 antenas de pontos fixos de internet via satélite,
em locais onde há energia elétrica.
Mais de 31 mil clientes tiveram a energia restabelecida no
Estado no domingo. Ao todo, 269 mil clientes permanecem sem energia,
principalmente por questões de segurança: em muitos pontos, a rede elétrica
está submersa ou na área de atuação das forças de salvamento.
Também há cofinanciamento para desabrigados, em que o
governo federal repassa para a assistência social de Estados e municípios R$ 20
mil a cada grupo de 50 pessoas desabrigadas e acolhidas pelo setor público. Os
recursos podem ser usados para comprar alimentos, água, colchões, roupa de
cama, cobertores, roupas, produtos de higiene e limpeza. Para ter acesso, o
gestor da assistência social deve solicitar o cofinanciamento pelo e-mail: emergencianosuas@mds.gov.br .
Empresas sofrem com alagamentos em locais
de produção e problemas de logística devido ao fechamento de estradas e
aeroporto
Ruas alagadas em Porto Alegre (Foto: REUTERS/Renan Mattos)
As enchentes no Rio
Grande do Sul afetaram praticamente todas as empresas da região, que podem não
se recuperar mais e causar o empobrecimento do estado, informa a Folha de São Paulo. A
Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande Sul (Fiergs) afirma que 91%
das fábricas do estado estão debaixo d´água e prevê uma década perdida para a
unidade da federação que representa 6% do PIB nacional.
A entidade também informou que os municípios atingidos
pela catástrofe representam pelo menos 83% do recolhimento do ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), principal fonte de arrecadação do
estado. Alguns espaços de produção das empresas foram alagados, enquanto outros
sofrem com problemas de logística, já que boa parte das estradas estão fechadas
e o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está completamente inundado e sem
previsão para a retomada das operações.
Algumas empresas sequer sabem o tamanho
do prejuízo causado pelas inundações, já que o nível das águas permanece alto e
ainda não permitiu o ingresso nas instalações afetadas. O presidente em
exercício da Fiergs, Arildo Bennech Olivera, afirmou em entrevista à Folha que
a crise deve ter impacto na economia nacional e que terá uma reunião com o
governo federal para apresentar uma série de demandas. Entre elas, está a
suspensão de impostos das indústrias por três anos e financiamentos do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) diretamente às empresas,
sem bancos intermediários, com bom tempo de carência.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
Órgão cita ainda 25 projetos de lei e
três PECs que o Observatório do Clima diz carregarem risco de “ampliação da
destruição ambiental do país”
Tribunal de Contas da União (TCU) (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)
O subprocurador-geral
do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU), Lucas Rocha
Furtado, solicitou que o tribunal analise se o que ele descreveu como
"desmonte" das legislações ambientais no Rio Grande do Sul pode ter
sido o fator que impulsionou a tragédia enfrentada pelo estado após as fortes
chuvas. As informações são da revista Veja.
“Legislações ambientais não podem ser afrouxadas em prol
de supostos benefícios econômicos. De certo, as exportações do agronegócio do
Rio Grande do Sul estavam em alta devido às mudanças legislativas. Contudo,
qual preço disso tudo?”, questiona Furtado, ao citar 25 projetos de lei e três
PECs que o Observatório do Clima diz carregarem risco de “ampliação da
destruição ambiental do país”.
O número de mortes confirmadas em
decorrência das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul subiu para 147,
ante 143 relatadas no dia anterior, com 127 pessoas ainda desaparecidas, disse
a Defesa Civil do Estado em balanço nesta segunda-feira (13).
Nunes Marques ressaltou que ‘não há nos autos qualquer manifestação de interesse ou ciência do paciente autorizando a defesa técnica apresentada pelo impetrante’
O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a tomar uma decisão nesta semana sobre a aceitação ou rejeição de um pedido de habeas corpus apresentado pelo advogado Djalma Lacerda, que solicita um salvo-conduto para Jair Bolsonaro. O objetivo desse pedido é garantir que o Poder Judiciário impeça qualquer tentativa de prisão relacionada a uma suposta conspiração para um golpe de Estado. É importante ressaltar que Djalma Lacerda não é representante oficial do ex-presidente.
Bolsonaro está sendo investigado por suspeita de incitar um golpe de Estado, no contexto de um inquérito conduzido pelo STF que investiga os eventos ocorridos em 8 de janeiro. No entanto, até o momento não há acusações formais contra o ex-presidente, tampouco há um pedido de prisão.
O julgamento desse habeas corpus está em curso no plenário virtual desde o dia 10 de maio e tem prazo para ser concluído até a próxima sexta-feira. O ministro Nunes Marques é o relator do caso e já emitiu uma decisão liminar contrária ao pedido de habeas corpus. Agora, a posição de Marques precisa ser referendada pelo plenário da Corte.
No pedido de habeas corpus, Djalma argumentou que Bolsonaro está enfrentando “severas investigações conduzidas contra sua pessoa”.
Em sua decisão liminar negando o pedido, o ministro Marques destacou a ausência de manifestação oficial por parte de Bolsonaro e sua defesa em relação a esse pedido. Ele ressaltou que “não há nos autos qualquer manifestação de interesse ou ciência do paciente autorizando a defesa técnica apresentada pelo impetrante”.
Um estudo da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) indica que o Guaíba pode ultrapassar o pico de 5,35m
entre esta terça (14) e quarta-feira (15)
Área inundada ao redor da prefeitura de Porto Alegre (RS) (Foto: Diego Vara / Reuters)
O nível do Rio Guaíba, em Porto
Alegre (RS) infelizmente subiu novamente nesta madrugada de terça-feira (14) e
pode quebrar recordes mais uma vez. Segundo informações da Agência Nacional de
Saneamento Básico (ANA), a medição feita às 4h15 apontava 5,17 metros. Porém,
de acordo com o portal GZH, às 5h15, a medicação no Cais Mauá já estava em 5,19
metros.
Saiba mais - Instituto de Pesquisa Hidráulicas (IPH) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estima que o nível do Guaíba,
principal via fluvial que abastece a capital Porto Alegre, pode atingir um novo
pico entre terça e quarta-feira. As cheias no Guaíba são consequência do
escoamento da água do interior do estado. O nível do Lago Guaíba bateu a marca
de 5 metros na tarde desta segunda-feira (13). Segundo o Centro Integrado de
Coordenação de Serviços, o nível do Guaíba está em 5,01 metros.Hidrólogo do
Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden),
Leandro Casagrande avalia em declaração ao jornal O Globoque, após o impacto da
segunda onda de chuvas e o pico do Guaíba, a altura da água deve começar a
baixar a partir desta quarta, em um processo de esvaziamento que deve levar,
pelo menos, de 20 a 30 dias.
As postagens originais dessas fake news
alcançaram 13,46 milhões de visualizações, segundo dados das plataformas
Jorginho Mello (Foto: Reprodução)
Duas semanas após o início das
fortes chuvas no Rio Grande do Sul, autoridades e a sociedade civil enfrentam,
além dos danos físicos, o desafio da desinformação. Conforme reportagem do
jornal O Globo, pelo menos vinte notícias falsas circularam durante este
período, sendo amplificadas por políticos e artistas, quase todos ligados à
extrema direita. As postagens originais dessas fake news alcançaram 13,46
milhões de visualizações, segundo dados das plataformas.
Na última segunda-feira, na Câmara dos Deputados, sete
deputados federais foram alvo de uma representação judicial movida pelo PSOL
por propagação de fake news durante uma sessão na Casa. Entre os deputados
citados estão Filipe Martins (PL-TO), Gilvan da Federal (PL-ES), Paulo
Bilynskyj (PL-SP), Caroline de Toni (PL-SC), General Girão (PL-RN), Coronel
Assis (União-MT) e Coronel Ulysses (União-AC). Letícia Capone, pesquisadora do
Grupo de Pesquisa em Comunicação, Internet e Política da PUC-Rio, destacou que as
fake news podem causar pânico, dificultar operações de resgate e colocar a
segurança pública em risco.
Para combater a desinformação, o governo federal lançou no
domingo uma campanha de conscientização. Na semana anterior, já havia
solicitado que a Polícia Federal abrisse inquérito contra o deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o
influenciador Pablo Marçal por suas publicações sobre as chuvas. Eduardo
Bolsonaro afirmou que Lula só tomou providências quatro dias após o início das
chuvas, apesar do governo ter reconhecido a calamidade e começado a destinar recursos
três dias após as chuvas começarem. Cleitinho e Marçal alegaram que as doações
ao estado não estavam chegando devido à falta de nota fiscal, informação
desmentida pelo secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lemos.
Outros políticos também disseminaram informações falsas. O
governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), declarou que caminhões
estavam sendo multados, embora a Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) tenha negado essa informação um dia antes. O deputado Gilvan da Federal
(PL-ES) afirmou na Câmara que barcos e motos aquáticas estavam sendo parados
para verificação de documentação, mas o coronel Douglas Soares, subcomandante
geral da Brigada Militar, desmentiu a informação.
Uma das fake news mais divulgadas foi do
deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que afirmou que somente o Ministério da
Saúde poderia repor medicamentos em falta no estado, destacando a insulina. A
Anvisa já havia esclarecido que não há obstáculos para doações de medicamentos.
Deputados como Gustavo Gayer (PL-GO) e Paulo Bilynskyj (PL-SP) também fizeram
alegações falsas sobre médicos impedidos de trabalhar e falta de vacinas no
estado, ambas desmentidas por autoridades. A ministra da Saúde, Nísia Trindade,
afirmou que não há desabastecimento de vacinas no Rio Grande do Sul.
Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Globo
Governo pretende importar até 1 milhão de
toneladas do produto, assegurando que o pacote de 5 quilos seja vendido por R$
20 para o consumidor final
Brasil vai importar arroz para segurar preço (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil )
O governo federal
está implementando medidas para evitar aumentos significativos no preço do
arroz, em meio às recentes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, estado
responsável por 70% da produção nacional do cereal. Segundo o jornalO Globo, para garantir estabilidade nos
preços, o governo pretende importar até 1 milhão de toneladas do produto,
assegurando que o pacote de 5 quilos seja vendido por R$ 20 para o consumidor
final. A estimativa é que será necessário um subsídio médio de R$ 5 por pacote
para alcançar esse objetivo. Atualmente, os preços nos supermercados estão na
faixa de R$ 29 para o mesmo volume.
“Na primeira fase, serão importadas 100 mil toneladas de
arroz, descascado e empacotado de países do Mercosul, que têm vantagem de
isenção tributária. A maior parte deve vir do Paraguai, que já é o maior
vendedor de arroz ao Brasil”, destaca a reportagem. Outros mercados como
Tailândia e Vietnã serão explorados para alcançar a meta de um milhão de
toneladas.
O governo planeja lançar dois editais: um para a importação do
produto pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e outro para sua
distribuição. A expectativa é de que o primeiro edital seja divulgado ainda
nesta semana para iniciar os embarques na próxima. Grandes redes de
supermercados, que já estão importando arroz de países como a Tailândia, não
devem necessitar de apoio.
As inundações no Rio Grande do Sul vêm impactando não
apenas a produção, mas também a logística de escoamento do cereal. Antes das
chuvas, a previsão era de uma safra de 7,4 milhões de toneladas no estado, com
78% da área já colhida. No entanto, as tempestades deixaram as lavouras
submersas, inviabilizando as atividades agrícolas e dificultando o transporte
do arroz.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
“Ainda fico assustada com a falta de
evolução do ser humano", diz ela
(Foto: Reprodução)
O lançamento do videoclipe de
Anitta intitulado “Aceita”, que indica elementos do Candomblé, foi recebido com
comentário de intolerância religiosa e boicote nas redes sociais da cantora,
que já perdeu 200 mil seguidores no Instagram.
“Ainda fico assustada com a falta de evolução do ser
humano. Fico assustada com como o tempo está passando, e o ser humano está mais
intolerante. Para essas pessoas que pararam de seguir ou que comentaram com
repúdio, acho importante manter lá para as pessoas verem que existe [o
preconceito]”, disse a cantora em uma live.
“Eu mostro a religião de todos os envolvidos na produção. O
Gabriel do Borel, por exemplo, que é evangélico, tem a religião dele [no
clipe]”, elucidou.
“Quem é meu fã sabe que sou do Candomblé por conta do meu
pai, Mauro. Mas meu pai também tem suas coisinhas de Umbanda. Eu frequento de
tudo… Xamanismo. Tenho uma playlist no Spotify só de música gospel, católica.
Como todo mundo sabe, eu cantava na igreja quando era pequena, minha mãe é
super católica. Eu ando na minha bolsa com um terço. Faço Constelação Familiar,
faço Kundalini, Yoga. Acredito no Hinduísmo”, destacou.