sábado, 11 de maio de 2024

Impacto financeiro da PEC do Quinquênio pode ser quatro vezes maior do que custo para reconstruir o RS

 A PEC institui um adicional salarial para juízes e procuradores que aumenta em 5% os vencimentos a cada cinco anos de serviço

Rio Grande do Sul atingido por temporais
Rio Grande do Sul atingido por temporais (Foto: Amanda Perobelli / Reuters)

 A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio, que aumenta os salários de juízes e procuradores, pode ter um custo até quatro vezes maior do que o estimado para reconstruir o Rio Grande do Sul após a crise climática que assola o estado desde a última semana.

De acordo com a Consultoria de Orçamento do Senado, a PEC pode ter um impacto financeiro de até R$ 82 bilhões até 2026. Proposta pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a medida institui um adicional salarial que aumenta em 5% os vencimentos a cada cinco anos de serviço, com o limite de 35% da remuneração do integrante do Judiciário.

Por outro lado, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou na quinta-feira (9) que serão necessários R$ 19 bilhões para realizar o plano de reconstrução do estado gaúcho. O valor divulgado pelo peessedebista é baseado no quanto foi gasto na região do Vale do Taquari, atingida por temporais em 2023.

“Pelas necessidades que observamos até o momento, esse é o montante que será necessário para financiar as políticas públicas e restabelecer lugares e vidas que foram afetados”, afirmou Leite. “O Estado vai ser especialmente demandado em estradas, habitação, crédito subsidiário e ações sociais para atender as pessoas atingidas”.

Dos R$ 19 bilhões totais, R$ 218,6 milhões serão direcionados para ações de resposta à crise, mais de R$ 7,2 bilhões para políticas de recuperação, quase R$ 2,5 bilhões para assistência e cerca de R$ 9 bilhões para ações de reconstrução.

Fonte: Brasil 247 com informações do Congresso em Foco

Quaest: 76% dos brasileiros rejeitam a PEC do Quinquênio

 

PEC de Rodrigo Pacheco prevê reajustes de 5% a cada cinco anos para juízes, procuradores e defensores públicos e poderia causar um rombo de até R$ 81 bilhões nas contas públicas

Rodrigo Pacheco
Rodrigo Pacheco (Foto: Pedro França/Agência Senado)

 Pesquisa realizada pela Genial/Quaest e divulgada pelo jornal O Globo neste sábado (11) trouxe à tona a rejeição massiva dos brasileiros em relação à Proposta de Emenda Constitucional do Quinquênio, que prevê aumentos salariais para carreiras jurídicas. Segundo o levantamento inédito, 76% dos entrevistados se posicionaram contrários à proposta, enquanto apenas 13% expressaram apoio à medida. Ainda, 11% dos participantes optaram por não responder ou indicaram não saber sobre o assunto.

O estudo revela que a aversão à PEC é generalizada, com três em cada quatro entrevistados se posicionando contra a medida. Aprofundando a análise, os pesquisadores notaram uma tendência curiosa no recorte por renda: os respondentes de renda mais baixa demonstraram ser mais favoráveis à proposta do que aqueles de renda mais alta. Entre os entrevistados que recebem até dois salários mínimos, 17% expressaram apoio à PEC, comparados a 9% entre os que ganham mais de cinco salários. Por sua vez, aqueles que têm uma renda intermediária, de dois a cinco salários mínimos, registraram uma taxa de apoio de 12%.

Outro dado relevante revelado pela pesquisa é a diferença de opinião entre os eleitores do presidente Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022: 17% dos entrevistados que votaram em Lula demonstraram apoio à proposta, enquanto 70% se mostraram contrários. Por outro lado, entre os eleitores de Bolsonaro, 9% manifestaram apoio à medida, com 86% sendo contrários.

A PEC do Quinquênio foi apresentada e explicada durante as entrevistas pelos profissionais da Quaest. O formulário lido aos entrevistados mencionava que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), havia pautado o projeto, destacando o bônus de 5% a cada cinco anos. A pesquisa, que ouviu 2.045 pessoas entre os dias 2 e 5 de maio, possui uma margem de erro estimada de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

Em vídeo, Malafaia ensina a tomar dinheiro de fiéis

 "Ou dá a oferta porque ama ou dá a oferta porque é constrangido. Azar o dele", diz o pastor-empresário

Silas Malafaia
Silas Malafaia (Foto: Reprodução/X/@AndradeRNegro2)

 Em um vídeo que circula nas redes sociais neste sábado (11), o pastor-empresário Silas Malafaia ensina os métodos que utiliza para tirar dinheiro dos fiéis que frequentam suas igrejas: "eu já testei todos os processos de tirar oferta, e vou dizer qual é o processo mais eficaz", diz ele antes de listar alguns métodos e inclusive dar números sobre a rentabilidade de um deles: "o pastor fala da oferta e manda o pessoal levar lá na frente. Eu nunca vi um processo tão vagabundo como esse. Esse processo costuma 20% a 30% do povo ofertar e 70% não oferta".

Em seguida, Malafaia diz qual maneira é "mais eficaz", baseada no constrangimento dos fiéis: "ou dá a oferta porque ama ou dá a oferta porque é constrangido. Azar o dele".

Fonte: Brasil 247


"Segurança pública sem direitos humanos é barbárie", dizem Silvio Almeida e Walfrido Warde em artigo

 

O ministro e o jurista também apontam que "direitos humanos desacoplados de uma política de segurança pública convertem-se em discurso vazio e moralismo barato"

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 Em artigo publicado no jornal O Globo neste sábado (11), o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e o jurista Walfrido Warde estabelecem uma conexão entre direitos humanos e segurança pública, temas que representam "um dos dilemas centrais do país, envolto por distorções promovidas a partir de uma pendularidade simplista, que oscila entre a necropolítica, de um lado, e uma espécie de comiseração, de outro, para abandonar a construção de uma urgente e indispensável política nacional de segurança pública, democrática e, sobretudo, voltada à concreção dos direitos humanos".

Eles apontam que não há incompatibilidade entre direitos humanos e segurança pública. O artigo aponta que os dois assuntos, somados, serão responsáveis nos próximos anos pela "estabilidade democrática" do país "e até de nossa soberania, sob a ameaça do crime organizado, que se infiltra no Estado, nos mercados e em toda a sociedade". 

"É falsa a ideia de que direitos humanos e segurança estão em contradição", dizem Almeida e Warde. "Só há segurança pública se houver respeito aos direitos humanos; e só há respeito aos direitos humanos onde existe uma política eficiente e democrática de segurança pública. Segurança pública sem respeito aos direitos humanos é barbárie e, acrescentemos, absolutamente ineficiente; direitos humanos desacoplados de uma política de segurança pública convertem-se em discurso vazio e moralismo barato".

Ao longo do texto, os autores ainda apontam que a ausência dos direitos humanos, observada, por exemplo, na desigualdade econômica e racial, é o que leva a uma sobrecarga do sistema de segurança. "Um país desigual está fadado ao aumento da violência e da desesperança e assistirá ao avanço do crime organizado, a que se oporão soluções fáceis, como construir mais presídios, encarcerar em massa ou armar a população. Essas são soluções que, ao fim e ao cabo, atingem apenas pobres, negros e moradores de periferia. Nem de longe arranham a criminalidade organizada".

Almeida e Warde pedem, por fim, uma união entre governos federal, estaduais e municipais na consolidação de uma "segurança pública cidadã e pautada pelos direitos humanos".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Polícia Federal recupera fake news postadas e apagadas por bolsonaristas sobre o Rio Grande do Sul

 

A PF já trabalha no inquérito que apura postagens falsas sobre as enchentes no estado. Entre os investigados estão Eduardo Bolsonaro, Cleitinho Azevedo e Pablo Marçal

(Foto: Reuters/Sergio Moraes)

 A Polícia Federal (PF) iniciou a primeira fase das investigações em um inquérito que busca elucidar a disseminação de informações falsas relacionadas às enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. O foco inicial dos investigadores foi a recuperação de mensagens deletadas pelos suspeitos, bem como a preservação de todas as manifestações que possam conter conteúdo criminoso, segundo Bela Megale, do jornal O Globo.

O inquérito foi instaurado por determinação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na quarta-feira (8). Entre os investigados estão o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o influenciador bolsonarista Pablo Marçal. Ainda não há uma data prevista para o interrogatório dos investigados. Contudo, membros da PF sugerem que, à medida que o inquérito avance, algumas contas nas redes sociais dos suspeitos podem ser bloqueadas por ordem judicial.

Além das investigações conduzidas pela PF, a Advocacia-Geral da União (AGU) também está empenhada em identificar os responsáveis por disseminar mentiras que prejudicam os esforços no Rio Grande do Sul. O primeiro indivíduo a ser acionado judicialmente foi o influenciador Pablo Marçal, que compartilhou informações falsas sobre a atuação das Forças Armadas durante a catástrofe.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Ajuda ao Rio Grande do Sul não altera meta de déficit zero em 2025, diz Haddad

 Ele explicou que os gastos relacionados à recuperação após uma calamidade, embora significativos, não comprometerão a estabilidade fiscal almejada

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assegurou que a ajuda financeira de quase R$ 51 bilhões ao Rio Grande do Sul não terá impacto na meta do governo de alcançar um resultado primário zero no próximo ano, de acordo com reportagem do Valor. Ele explicou que os gastos relacionados à recuperação após uma calamidade, embora significativos, não comprometerão a estabilidade fiscal almejada. Haddad fez essa declaração durante o anúncio do pacote de auxílio ao estado gaúcho, que ocorreu no mesmo dia em que o governo Lula divulgou medidas para injetar R$ 50,9 bilhões na economia local.

Enquanto isso, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, estima em cerca de R$ 19 bilhões o montante necessário para reconstruir o estado após os recentes desastres naturais. Este valor, no entanto, pode aumentar à medida que novas demandas surgirem. Haddad concordou com essa possibilidade durante um evento em São Paulo, afirmando que o total destinado à recuperação do Rio Grande do Sul, incluindo a ajuda federal, pode ser revisto nas próximas semanas.

É importante ressaltar que o ministro enfatizou que a assistência ao estado não será contabilizada para cumprir as metas fiscais estabelecidas pelo governo, pois os eventos de calamidade têm uma contabilidade separada. Ele também destacou que essa contabilidade terá supervisão do Tribunal de Contas da União (TCU), garantindo transparência e controle sobre os recursos destinados à reconstrução do Rio Grande do Sul.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do Valor

"Arregou": acionado na Justiça por fake news, Pablo Marçal pede que seguidores deixem de atacar o governo Lula

 

O bolsonarista Pablo Marçal gravou vídeo ao lado do influenciador fitness Renato Cariani, indiciado por tráfico equiparado, lavagem de dinheiro e associação para tráfico de drogas

Renato Cariani e Pablo Marçal
Renato Cariani e Pablo Marçal (Foto: Reprodução/X/@vinicios_betiol)

 Após disseminar a informação falsa de que caminhões com donativos estavam sendo barrados a caminho do Rio Grande do Sul e de tentar constranger o governo Lula (PT) com um pedido de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar doações arrecadadas em Portugal - viagem que não se justificaria economicamente -, o influenciador bolsonarista Pablo Marçal deu um passo atrás e pediu, em vídeo, que seus seguidores deixem de atacar a administração federal.

No vídeo, Marçal aparece ao lado do influenciador fitness Renato Cariani, indiciado pela Polícia Federal, em dezembro de 2023, por tráfico equiparado, lavagem de dinheiro e associação para tráfico de drogas. 

O pedido de Marçal vem após a Advocacia-Geral da União (AGU) acionar a Justiça Federal com um pedido de resposta contra o 'coach' em razão de suas postagens com informações falsas sobre a atuação das Forças Armadas na prestação de auxílio à população gaúcha. Outra iniciativa do governo federal foi, por meio do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT), solicitar que a Polícia Federal investigue a disseminação de desinformação e fake news relacionadas à tragédia no Rio Grande do Sul. Marçal consta entre os citados como disseminadores de mentiras.

Fonte: Brasil 247

Com tumor cerebral, Antero Greco está em seus 'dias finais'


Segundo Paulo Soares 'amigão', companheiro de bancada do jornalista esportivo, Greco "lutou desde junho de 22, mas agora não há mais o que fazer"

Antero Greco
Antero Greco (Foto: Reprodução/Instagram)

 O apresentador Paulo Soares, amigo e colega de bancada de Antero Greco, 68, no programa SportsCenter da ESPN Brasil, informou neste sábado (11) que Greco está em seus "dias finais". Greco foi diagnosticado com o tumor em junho de 2022 e desde então tem sido submetido a tratamentos médicos. Atualmente, encontra-se sedado e recebendo alimentação por sonda no Hospital Beneficência Portuguesa Mirante, em São Paulo. Segundo Soares, Antero não está mais em condições de comunicação.

"Amigos, infelizmente o meu grande amigo e de todos nós, Antero Greco, está em seus dias finais. Tumor cerebral. Lutou desde junho de 22, mas agora não há mais o que fazer. Está no Mirante da Beneficência Portuguesa. Dorme um sono profundo, sereno. Não acorda e não fala mais. Se alimenta por sonda. Sinais vitais ainda respondem bem. Família presente, apenas Cris, que vive em Paris, ainda não está. Chega na terça. Hoje fui com Alex Tseng, João Simões e Roberto Salim, me despedir dele. Muito triste e difícil. Imaginávamos ainda voltar à bancada do SportsCenter. Nosso sonho acabou. Vamos enviar luz e paz para que seja uma passagem tranquila. Um amigo doce, querido, divertido e muito inteligente. Antero, 'my friend', seu cabeçudo, acorda!", publicou Soares, emocionado.

Fonte: Brasil 247

Operação especial leva 427 toneladas de doações de Brasília ao Rio Grande do Sul

 

Com transporte de donativos via aérea, rodoviária, férrea e marítima, objetivo é entregar a totalidade desses suprimentos até 15 de maio

Envio de donativos ao Rio Grande do Sul a partir da Base Aérea de Brasília
Envio de donativos ao Rio Grande do Sul a partir da Base Aérea de Brasília (Foto: Vinicius Neves/Secom/PR)

 Resultado da campanha "Todos Unidos pelo Sul", a Força Aérea Brasileira (FAB), Exército e diversos voluntários deram início neste sábado (11) a uma operação especial com o intuito de enviar 427 toneladas de donativos, incluindo roupas, colchonetes, água potável e alimentos, ao Rio Grande do Sul, a partir da Base Aérea de Brasília.

O esforço coordenado abrangeu diversos meios de transporte, desde aéreo até terrestre e marítimo. Dois cargueiros KC-390 da FAB, juntamente com um avião da Latam, partiram às 7h30 com 40 toneladas de itens doados cada, em direção à Base Aérea de Canoas (RS). Além disso, 19 caminhões, entre veículos do Exército e de empresários voluntários, foram carregados com 380 toneladas de suprimentos, formando parte do esforço terrestre.

O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, expressou sua admiração pelo ineditismo da operação, ressaltando a colaboração de diversas entidades e indivíduos. "Nunca se viu neste país algo parecido. Estamos testemunhando uma demonstração sem precedentes de solidariedade e organização", declarou.

A estratégia logística envolveu múltiplos estágios, desde o transporte terrestre até a distribuição final dos donativos. O general Ricardo Carmona, Comandante Militar do Planalto, destacou a urgência da operação e a mobilização da tropa nos moldes de uma situação de guerra. "É uma situação de calamidade, em que esse material tem que chegar o mais rápido possível e com segurança ao Rio Grande do Sul", ressaltou o general.

Desde o lançamento da campanha no dia 30 de abril, mais de 1,5 mil toneladas de donativos foram recebidos nas bases aéreas de Brasília, Galeão e São Paulo. A participação da comunidade tem sido fundamental, com a doação de itens essenciais como água, alimentos não perecíveis e materiais de higiene.

Os Correios também têm desempenhado um papel crucial na coleta e distribuição de doações, ampliando os pontos de recebimento para agências em todo o Brasil. Mais de 10 mil unidades estão recebendo itens prioritários, como água, alimentos e produtos de higiene, contribuindo para a arrecadação de mais de 1,5 mil toneladas de donativos.

Além disso, os Correios estão recrutando voluntários para auxiliar na triagem e distribuição dos donativos, com pontos de apoio em diferentes estados do país.

A campanha "Todos Unidos pelo Sul" continua recebendo doações nas bases aéreas de Brasília, São Paulo e Galeão, das 8h às 18h. A solidariedade e o apoio da comunidade são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pela recente catástrofe no Rio Grande do Sul.

Fonte: Brasil 247

 

Governo Lula estuda distribuir vouchers às famílias atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul

 

Objetivo seria auxiliar na compra de eletrodomésticos de maior necessidade, como geladeira e fogão. O valor e o público-alvo da medida ainda não foram definidos

Renan Filho, Paulo Pimenta, Lula e Rui Costa
Renan Filho, Paulo Pimenta, Lula e Rui Costa (Foto: Mauricio Tonetto/Secom)

 O governo Lula (PT) debate a implementação de um sistema de vouchers para auxiliar as famílias afetadas pela recente tragédia das enchentes no estado do Rio Grande do Sul. A proposta visa possibilitar que essas famílias possam substituir móveis e eletrodomésticos perdidos durante o desastre, segundo a Folha de S. Paulo. O valor e a abrangência desse auxílio estão atualmente em discussão, sendo que uma reunião entre representantes do Ministério da Fazenda e do Palácio do Planalto está agendada para a próxima segunda-feira (13), para tratar do assunto.

De acordo com especialistas do governo, a ideia principal é conceder um pagamento único por família, visando facilitar a aquisição de itens essenciais, como geladeira, fogão, entre outros, que foram danificados ou levados pelas águas das enchentes. Inicialmente, havia a intenção da equipe econômica de lançar uma linha de crédito para esse fim. Contudo, considerações técnicas levantaram a possibilidade de que o modelo de vouchers possa ser mais economicamente viável. Essa decisão se baseia na análise de que, mesmo que haja recursos para subsidiar os financiamentos, o custo de operacionalização seria significativo, especialmente considerando o risco de crédito envolvido, dado o impacto da tragédia nas finanças e no patrimônio das famílias afetadas. Ao invés de subsidiar os juros cobrados pelas instituições financeiras para viabilizar os financiamentos, parte do governo considera mais adequado realizar o pagamento direto aos beneficiários.

A viabilidade e o custo desse programa estarão diretamente relacionados ao número de famílias contempladas, uma variável sujeita a incertezas. No entanto, dados do Cadastro Único de programas sociais indicam que há 938,3 mil famílias de baixa renda no Rio Grande do Sul, das quais 628,9 mil estão em situação de pobreza. Dada a complexidade da situação, a avaliação preliminar sugere a necessidade de estabelecer um novo cadastro, mais abrangente que o do Bolsa Família, para identificar os beneficiários. Isso implicaria em uma colaboração entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, a Caixa Econômica Federal e as prefeituras.

Entre os desafios destacados está a necessidade de evitar a fragmentação artificial de famílias em busca de maiores benefícios, assim como garantir a capacidade operacional para montar o cadastro, especialmente considerando as dificuldades enfrentadas em regiões ainda alagadas.

O presidente Lula prometeu na quinta-feira (9) anunciar novas ações voltadas para as famílias gaúchas na próxima terça-feira (14).

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Cerca de 1/3 das publicações no X sobre crise no RS tenta descredibilizar poder público, afirma estudo

 As postagens aderem a um discurso de que o governo e entidades governamentais não estariam agindo em prol da população

Elon Musk
Elon Musk (Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters I Reuters)

 Um novo estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP) revela que aproximadamente um terço (31%) das publicações feitas entre as 10h e 14h desta sexta-feira (10) na plataforma X, rede social do bilionário Elon Musk, abordam a crise climática no Rio Grande do Sul com o intuito de desacreditar as ações do poder público.

Segundo o autor da pesquisa, o professor de gestão de políticas públicas Pablo Ortellado, tais postagens aderem a um discurso de que o governo e entidades governamentais não estariam agindo em prol da população gaúcha, chegando até mesmo a criar obstáculos para o fornecimento de equipamentos de resgate e doações.

'É um volume muito grande, de quase um terço das publicações sobre o tema e nos parece que a situação no Twitter/ X não é diferente de outras plataformas de mídias sociais ou de aplicativos de mensagens", disse Ortellado em entrevista à GloboNews.

O estudo analisa apenas se a publicação adere ao discurso de descredibilização do governo, não entrando no mérito se a informação é verdadeira ou falsa. Muitas das pautas levantadas, porém, já foram desmentidas por agências de checagem e instituições envolvidas com operações de resgate no estado gaúcho.

Na sexta-feira, o advogado-geral da União, Jorge Messias, esteve com representantes de plataformas digitais para discutir estratégias de combate à desinformação. Segundo o advogado-geral, a maioria das empresas presentes demonstrou interesse em colaborar com a causa.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

"É a maior operação logística que a empresa já fez", diz Fabiano Silva, presidente dos Correios, sobre envio de donativos ao RS

 

Operação não seria possível se a empresa tivesse sido privatizada: "se tivéssemos sócios privados, como iríamos explicar uma ação como essa?", questiona o presidente

Coordenador do Prerrogativas Fabiano Silva é aprovado para comandar Correios
Coordenador do Prerrogativas Fabiano Silva é aprovado para comandar Correios (Foto: Arquivo Pessoal | ABR)

 Em entrevista à TV 247 neste sábado (11), o presidente dos Correios, Fabiano Silva, afirmou que a entrega de donativos ao Rio Grande do Sul "é a maior operação logística que a empresa já fez", em resposta a um cenário "desolador" que assola o estado, castigado por fortes chuvas, enchentes e, a partir deste final de semana, pelo frio.

Segundo Silva, tão logo tomaram conhecimento da gravidade da situação do Rio Grande do Sul, "nós, nos Correios, tomamos medidas imediatas. Todas as nossas agências foram colocadas à disposição para captar doações. Já arrecadamos 3 mil toneladas de doações e já entregamos 1,4 mil toneladas em cinco dias".

O presidente contou que, além da solidariedade do povo brasileiro, que "tem este sentimento muito latente", os servidores dos Correios têm apresentado um "total" comprometimento com a causa. Ele relatou que motoristas dos Correios sediados no Nordeste têm se oferecido para ir até São Paulo para, depois, levar carretas com donativos ao povo gaúcho. Além disso, disse Silva, servidores aposentados têm se apresentado como voluntários para ajudar na logística. "O nível de engajamento é impressionante", classificou.

Fabiano Silva também falou sobre o papel dos Correios diante de situações como esta: "os Correios têm uma função social. Somos o agente integrador nacional. É a única empresa que teria a capacidade de realizar tal tarefa. Não podemos perder tempo. Nós entregamos cidadania para o povo brasileiro".

Ele ainda comentou acerca da sanha privatista que avançou sobre os Correios nos últimos anos, e salientou que uma operação como a atual, de socorro às vítimas do Rio Grande do Sul, não seria possível se a empresa tivesse sido vendida. "Se tivéssemos sócios privados, como iríamos explicar uma ação como essa?", questionou. "A empresa é estratégica e ligada à segurança nacional" e, por isso, não pode ser privatizada, opinou. De acordo com o presidente, os Correios, que vinham sendo "sucateados" pelo governo Jair Bolsonaro (PL), ganharam no governo Lula (PT) a missão de se modernizar.

Ainda sobre a operação de envio de ajuda ao Rio Grande do Sul, Fabiano Silva afirmou que esta não tem data para acabar, elogiou o trabalho feito "em muita harmonia" com as Forças Armadas e criticou as fake news: "estão atrapalhando demais".

Ele garantiu que a empresa busca meios para "ampliar a ajuda" à população gaúcha, mas salientou que os caminhões carregados com donativos "têm uma carga limite e isso tem de ser respeitado".

Fonte: Brasil 247

Enchentes no Rio Grande do Sul levam o MST a perder 50% da produção de arroz orgânico

 

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra estima que a perda possa chegar a 10 mil toneladas de arroz

Arroz Terra Livre pode ser comprado nas lojas do Armazém do Campo espalhadas pelo país
Arroz Terra Livre pode ser comprado nas lojas do Armazém do Campo espalhadas pelo país (Foto: Divulgação)

As chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desencadearam um cenário de preocupação para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), especialmente em relação à sua produção de arroz orgânico, que é um dos pilares da política agroecológica do grupo. De acordo com estimativas do próprio movimento, as perdas podem chegar a até 10 mil toneladas de arroz, o que representa cerca de 50% da produção total. Na safra 2022/2023, foram colhidas 16 mil toneladas, mas em anos anteriores esse número chegou a 20 mil toneladas, informa a Folha de S. Paulo.

A situação é crítica nos oito assentamentos do MST localizados na região metropolitana de Porto Alegre. Em sete deles, a produção foi totalmente afetada pelas enchentes, enquanto o assentamento de Viamão ainda está avaliando os danos. Em três desses assentamentos, todas as casas dos assentados foram atingidas.

A espera agora é pelo recuo das águas para avaliar o que ainda pode ser preservado da colheita e também para mensurar os estragos em equipamentos e instalações.

Para a safra 2023/2024, a previsão inicial era de colher 280 mil sacas de arroz orgânico, sendo 150 mil apenas na região metropolitana de Porto Alegre. Contudo, com as perdas significativas, essa meta se torna incerta.

É importante destacar que mais de 4.000 hectares da produção de arroz orgânico estão em assentamentos do MST, de acordo com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), órgão vinculado ao Governo do Rio Grande do Sul. Isso contrasta com menos de 1.000 hectares dos demais produtores do estado, que concentram 70% da produção nacional do grão.

Além dos prejuízos na produção de arroz, as cheias também impactaram as hortas dos sem-terra e representam uma ameaça aos produtores de leite vinculados ao MST, ampliando os desafios enfrentados pela comunidade rural.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

AGU monta escritório de combate às fake news sobre crise no RS

 

De acordo com o advogado-geral da União, Jorge Messias, a desinformação tem atrapalhado as ações do poder público no estado

Advogado-geral da União, Jorge Messias
Advogado-geral da União, Jorge Messias (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O governo federal estabeleceu, com coordenação da Advocacia-Geral da União (AGU), um escritório de guerra contra as desinformações que estão sendo divulgadas sobre a crise climática que assola o Rio Grande do Sul. A informação foi publicada pelo g1 nesta sexta-feira (10).

A equipe é formada por representantes da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, AGU, Polícia Federal e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“As fake news têm atrapalhado, primeiramente, a ação do poder público, porque a população tem recebido informações inautênticas e inverídicas em relação a ações que estão em andamento agora mesmo no Rio Grande do Sul.” diz o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Na sexta-feira, Messias esteve com representantes de plataformas digitais para debater estratégias de combate à desinformação. Segundo o advogado-geral, a maioria das empresas demonstrou interesse em cooperar com a causa.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Marina Silva: é preciso sair da lógica de gerenciar apenas o desastre

País precisa trabalhar na prevenção e na mitigação das causas que provocam catástrofes como a que o Rio Grande do Sul vive há mais de uma semana

Ministra Marina Silva
Ministra Marina Silva (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 Em entrevista nesta sexta-feira (10) ao telejornal Repórter Brasil Noite (RBN), da TV Brasil, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que é preciso sair da "lógica de gerenciar apenas a o desastre" e passar a gerenciar ativamente também a "urgência climática".

Ela afirmou que eventos extremos continuarão ocorrendo, em razão do aquecimento global, e que, por isso, além de prestar socorro às suas vítimas, é preciso trabalhar na prevenção e na mitigação das causas que provocam catástrofes como a que o Rio Grande do Sul vive há mais de uma semana. 

"Vamos ter que trabalhar, continuando a mitigar o que leva a esses eventos extremos, que é reduzir a emissão de CO2, reduzir o desmatamento, e fazer a agenda de adaptação, saindo da lógica de gerenciar apenas a o desastre - que é necessário, como estamos fazendo -, para o gerenciamento da urgência climática, tratando medidas de médio e longo prazo para que esses eventos, que vão continuar acontecendo, quando acontecerem, causem o menor prejuízo possível para a vida das pessoas e para as atividades produtivas", explicou.

Fonte: Brasil 247


Brasileiro: Flamengo e Corinthians medem forças no Maracanã


O Flamengo recebe o Corinthians, a partir das 16h (horário de Brasília) deste sábado (11) no estádio do Maracanã, com o objetivo de tentar retomar o caminho das vitórias para tentar apaziguar as críticas que está sofrendo de sua torcida. A Rádio Nacional transmite a partida ao vivo.

O Rubro-Negro da Gávea chega a este jogo em um momento complicado da temporada, após somar a terceira partida pelo Brasileiro sem vitória (dois empates e uma derrota) e chegar ao segundo revés seguido pela Copa Libertadores. Os resultados negativos levaram a protestos da torcida da equipe da Gávea.

Ocupando a 7ª posição do Brasileiro com oito pontos, o Flamengo deve colocar o que tem de melhor dentro de campo para tentar somar os três pontos. A maior expectativa fica em torno da escalação, ou não, de Arrascaeta na equipe titular. O meia uruguaio está em fase final de recuperação de uma lesão na coxa direita e tem grandes chances de jogar. Porém, se ele não entrar em campo, o jovem Lorran pode receber uma oportunidade.

Com isso, a equipe comandada pelo técnico Tite pode entrar em campo com a seguinte formação: Rossi; Varela, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Allan, De La Cruz e Arrascaeta (Lorran); Everton Cebolinha, Gerson e Pedro.

O Corinthians também não caminha bem no Brasileiro, ocupando a 14ª posição com apenas cinco pontos. Por outro lado, o Timão começa a dar sinais de melhora na Copa Sul-Americana, após derrotar o Nacional (Paraguai) por 2 a 0 na última semana.

Para esta partida o técnico português António Oliveira deve realizar algumas mudanças. A primeira será a saída do volante Raniele, suspenso por acúmulo de cartões amarelos. Além disso, o comandante do Timão não poderá contar com os lesionados Diego Palácios e Pedro Henrique. Quem deve retornar é o meio-campista argentino Rodrigo Garro.

Desta forma, o Corinthians deve entrar em campo com: Carlos Miguel; Fagner, Félix Torres, Cacá e Hugo; Paulinho, Breno Bidon e Rodrigo Garro; Wesley, Romero e Yuri Alberto.

Transmissão da Rádio Nacional

Rádio Nacional transmite Flamengo e Corinthians com a narração de Rodrigo Campos, comentários de Bruno Mendes e reportagem de Rodrigo Ricardo. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:


Fonte: Agência Brasil