quinta-feira, 9 de maio de 2024

"Crime contra o País", diz Gleisi, sobre decisão de Campos Neto e do Copom na taxa de juros


Presidente do PT afirmou que, a despeito da queda da inflação, o presidente do Banco Central reduziu o ritmo de redução dos juros no País

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto
Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: ABr)

Por Gleisi Hoffmann, no X – É um crime contra o país a decisão do Copom, de cortar apenas 0,25 ponto da maior taxa de juros do planeta. Não há fundamento econômico para isso e houve divergência de 4 diretores nessa decisão. A inflação está sob controle e em queda, o ambiente de investimentos melhora, os empregos também. O nome disso é sabotagem. Contra o desenvolvimento, contra o Brasil. Esta é a consequência da "autonomia" do BC, que permitiu o prolongamento do mandato de uma direção bolsonarista, que faz política e oposição ao governo eleito pelo povo.

Saiba mais:

Agência Brasil – A alta recente do dólar e o aumento das incertezas fizeram o Banco Central (BC) diminuir o ritmo do corte de juros. Por 5 votos a 4, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 10,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros .

Essa foi a sétima vez consecutiva que o Copom reduziu a Selic. No entanto, a velocidade dos cortes diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, desempatou a decisão ao votar por um corte de 0,25 ponto. Além de Campos Neto, votaram por essa redução os seguintes diretores Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes, indicados pelo governo anterior. Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros: Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, indicados pelo atual governo.

Em comunicado, o Copom informou que o cenário internacional se agravou e que a inflação subjacente, que elimina preços mais voláteis, está acima da meta de inflação. Além disso, o comunicado defendeu que o arcabouço fiscal aprovado no ano passado tenha credibilidade. Ao contrário das últimas reduções, o Banco Central não deu nenhuma indicação sobre o que fará nos próximos encontros.

“O comitê acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal e seus impactos sobre a política monetária. O comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, destacou o texto.

A taxa está no menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,75% ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas, quando começou a ser reduzida.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic estava em 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em março, o indicador ficou em 0,16% e acumula 3,93% em 12 meses. Após um repique em fevereiro, a inflação desacelerou em março, por causa de alimentos, bebidas e transporte.

O índice em 12 meses está exatamente no teto da meta de inflação. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a estimativa de que o IPCA fecharia 2024 em 3,5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de junho.

As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,73%, abaixo portanto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 3,76%.

Crédito mais barato

A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2024.

O mercado projeta crescimento um pouco melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,05% do PIB em 2024.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Fonte: Brasil 247

Polícia Federal prende mais dois suspeitos de participação no assassinato de Marielle

 

Foram presos nesta quinta-feira (9) Robson Calixto da Fonseca, o 'peixe', assessor de Domingos Brazão, e o policial militar Ronald Alves de Paula, conhecido como Major Ronald

Ronald Paulo Alves Pereira, o Major Ronald, e Robson Calixto, o Peixe
Ronald Paulo Alves Pereira, o Major Ronald, e Robson Calixto, o Peixe (Foto: Reprodução)

 A Polícia Federal do Rio de Janeiro cumpriu dois mandados de prisão nesta quinta-feira (9) relacionados ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. Os alvos foram identificados como Robson Calixto da Fonseca, conhecido como "Peixe", assessor do político Domingos Brazão, e o policial militar Ronald Alves de Paula, conhecido como "Major Ronald", apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste do Rio, informa o g1.

Calixto da Fonseca foi detido pela Polícia Federal, enquanto Ronald já estava cumprindo pena em uma prisão federal. Os mandados foram emitidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

As prisões ocorreram após a PGR apresentar um documento ao Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo os nomes de Peixe e Ronald entre os acusados pelo crime. Além disso, o documento denunciou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, juntamente com o ex-chefe da polícia civil do Rio, Rivaldo Barbosa, como os principais suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Após um processo de análise da investigação conduzida pela Polícia Federal, a PGR concluiu que os irmãos Brazão e Barbosa devem ser processados e condenados pelo crime. No documento entregue ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, a PGR acusa os irmãos Brazão de serem os mandantes do homicídio e de integrarem uma organização criminosa. O ex-delegado civil também foi denunciado como mandante do crime.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

 

Deputados bolsonaristas apresentam projeto de lei com base em fake news sobre o Rio Grande do Sul


Parlamentares apresentam projeto baseado em notícias falsas de que o governo estaria dificultando operações de resgate e a chegada de doações e ajuda ao estado gaúcho

Pessoas são resgatadas de enchentes em Canoas, no Rio Grande do Sul 05/05/2024
Pessoas são resgatadas de enchentes em Canoas, no Rio Grande do Sul 05/05/2024 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

 Um grupo de 25 deputados federais bolsonaristas e de extrema direita, representantes de partidos como PL, União Brasil, PP, MDB e PSD, assinou um projeto de lei elaborado com base em fake news relacionado à tragédia climática que assola o estado do Rio Grande do Sul. O projeto, protocolado pelo deputado Coronel Meira (PL-PE), tem como base uma série de informações falsas que circulam na internet.

As fake news alegam uma suposta cobrança de impostos sobre doações e uma exigência de habilitação para o uso de barcos e jet skis por parte de voluntários que participam de operações de resgate durante as enchentes.

O projeto de lei, que menciona nominalmente as fake news, propõe classificar como crime a criação de obstáculos nos serviços de combate ao perigo, socorro ou salvamento, bem como na entrega de donativos e resgate às vítimas.

“O que estamos vendo, no entanto, é uma série de casos em que voluntários proprietários de barcos ou jet skis, na tentativa de entregar suprimentos ou oferecer o resgate às vítimas das enchentes, acabam sendo impedidos ou cobrados de autorização, documentação ou habilitação para transitar com os veículos”, diz um trecho do projeto de lei, segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles. 

Ainda segundo a reportagem, um outro trecho do PL destaca que “outros relatos apontam que caminhões com donativos estão sendo barrados na entrada do estado sob a exigência de nota fiscal ou por ultrapassarem em poucos quilos a tolerância de peso na balança rodoviária. Para agravar a situação, até o fornecimento de medicamentos estão sofrendo óbices e embaraços para chegar a quem precisa (sic)”. A informação foi desmentida pela pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 

Diante da disseminação das notícias falsas e das alegações de que estaria prejudicando as operações de resgate e a continuidade das doações no Rio Grande do Sul, o governo federal solicitou à Polícia Federal que inicie uma investigação sobre as fake news relacionadas à tragédia no estado. “Pedi que o ministro [Ricardo] Lewandowski desse uma entrevista, hoje, para a imprensa, anunciando que vai pedir à Polícia Federal que abra procedimento e que a Advocacia-Geral da União, junto ao Ministério da Justiça, deverá acionar os órgãos competentes para a consequente ação de responsabilização judicial dessas pessoas", disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Saiba quem são os parlamentares que assinaram o projeto elaborado com base em fake news:

  • Coronel Meira (PL-PE)
  • Carla Zambelli (PL-SP)
  • Marco Feliciano (PL-SP)
  • Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
  • Silvia Waiãpi (PL-AP)
  • Sargento Gonçalves (PL-RN)
  • Coronel Ulysses (União-AC)
  • Delegado Caveira (PL-PA)
  • André Fernandes (PL-CE)
  • Julia Zanatta (PL-SC)
  • General Girão (PL-RN)
  • Zucco (PL-RS)
  • Zé Trovão (PL-SC)
  • Filipe Martins (PL-TO)
  • Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP)
  • Evair de Melo (PP-ES)
  • Mauricio Marcon (Podemos-RS)
  • Mario Frias (PL-SP)
  • Dr.Jaziel (PL-CE)
  • Sargento Fahur (PSD-PR)
  • Delegado Palumbo (MDB-SP)
  • Marcos Pollon (PL-MS)
  • Gustavo Gayer (PL-GO)
  • Daniel Freitas (PL-SC)
  • Coronel Chrisóstomo (PL-RO)

 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Deputado do PL que chama o aquecimento global de "farsa" agora lamenta enchentes no Rio Grande do Sul

 

Para Giovanni Cherini, o aquecimento global e as mudanças climáticas são "uma grande farsa inventada no mundo"

Giovanni Cherini
Giovanni Cherini (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

 O deputado federal Giovanni Cherini (PL-RS) tem causado polêmica com suas declarações sobre a recente enchente no Rio Grande do Sul. Enquanto muitos especialistas apontam a tragédia como uma manifestação das mudanças climáticas provocadas pela ação humana, Cherini insiste em afirmar que não há relação com o aquecimento global, relata a Folha de S. Paulo.

Em declarações recentes, o deputado, que é presidente do PL no estado, tem usado o plenário da Câmara dos Deputados para combater o que chama de "grande farsa" do aquecimento global. Ele sustenta sua posição mesmo diante da tragédia no Rio Grande do Sul.

Cherini argumenta que um indício de que não há relação com o aquecimento global é o fato de uma grande enchente ter ocorrido em Porto Alegre em 1941. "Você tem certeza que é efeito estufa e aquecimento global? Se em 1941 aconteceu algo igual?", questiona o deputado.

Suas declarações vão contra o consenso científico sobre o aquecimento global, fenômeno amplamente aceito pela comunidade científica. Na Câmara dos Deputados, Cherini já fez inúmeros discursos contra o aquecimento global, chamando-o de "uma grande farsa inventada no mundo".

Fonte: Brasil 247

 

Exército já está mobilizado para salvar cavalo "caramelo", informa Janja

 

“Vamos torcer para que o Caramelo tenha resistido essa noite”, disse a primeira-dama em suas redes

(Foto: Reprodução)

 Uma força-tarefa é montada para salvar o cavalo que ficou conhecido como “Caramelo”, que está há cinco dias preso num telhado na cidade de Canoas e virou um símbolo de resistência em meio às enchentes que afetam o Rio Grande do Sul. 

“Acabo de conversar com o General Hertz, Comandante das Operações no RS, e ele já mobilizou equipes para localizar e fazer o resgate do cavalo em Canoas. Os veterinários do Exército devem acompanhar. Vamos torcer para que o “Caramelo” tenha resistido essa noite”, diz Janja. 

 

O youtuber Felipe Neto também promove ações para tentar salvar o cavalo.

Governo federal recebe nesta quinta primeiros pedidos de reconstrução de casas destruídas pelas enchentes no RS

 

Ministro das Cidades, Jader Filho, comandará uma reunião com prefeitos e secretários para compreender a extensão dos estragos

Casas destruídas pelas enchentes em Jacarezinho (RS)
Casas destruídas pelas enchentes em Jacarezinho (RS) (Foto: Reuters/Diego Vara)

 O Rio Grande do Sul, estado castigado por intensas chuvas e enchentes, busca apoio do governo federal para reconstruir casas danificadas ou destruídas. Com 417 municípios afetados, o desafio requer medidas emergenciais e estratégicas para a recuperação das comunidades atingidas.

O Ministério das Cidades será o ponto central dessa operação, recebendo a partir desta quinta-feira (9), segundo o g1, pedidos de prefeituras para a reconstrução de residências urbanas e rurais através do programa "Minha Casa, Minha Vida", na modalidade "calamidades". Com um investimento estimado em até R$ 170 mil por unidade habitacional, o governo federal pretende enfrentar os estragos causados pelas intempéries.

Neste cenário, o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), lidera esforços para dimensionar os custos e viabilizar as obras necessárias. Em uma reunião virtual com prefeitos e secretários nesta quinta, ele buscará compreender a extensão dos estragos e garantir que as áreas reconstruídas estejam fora de risco de novas enchentes.

Além disso, o governo federal está considerando a criação de linhas de crédito com juros subsidiados para famílias cujas residências excedam o limite estabelecido pelo programa "Minha Casa, Minha Vida". Essa medida visa abranger aqueles que necessitam de apoio financeiro para reconstruir moradias de valor superior.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) estima que mais de 61,4 mil residências foram afetadas, resultando em prejuízos que ultrapassam os R$ 3,4 bilhões.

Fonte: Brasil 247

Lira e Pacheco são os políticos com as maiores taxas de desaprovação, afirma pesquisa Atlas


A atual gestão presidencial aumentou a aprovação em quatro pontos percentuais

Rodrigo Pacheco e Arthur Lira
Rodrigo Pacheco e Arthur Lira (Foto: Agência Senado)

 O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), são os parlamentares que possuem maior rejeição entre os brasileiros, revela pesquisa Atlas divulgada nesta terça-feira (7), publicada no jornal Estado de S.Paulo.

65% dos entrevistados relataram ver Lira negativamente, enquanto apenas 12% alegam vê-lo positivamente. Com uma avaliação de 55% negativa e 18% positiva, Pacheco segue como penúltimo colocado. Respectivamente, 23% e 27% não souberam responder à pergunta. A pesquisa perguntou: “você tem uma imagem positiva ou negativa desses líderes?".

De acordo ainda com a pesquisa, os cinco que receberam as porcentagens mais altas de “imagem positiva” foram: Lula (PT) 48%, Tarcísio de Freitas (Republicanos) 48%, Jair Bolsonaro (PL) 45% e Fernando Haddad (PT) 43%.

A atual gestão presidencial aumentou a aprovação em quatro pontos percentuais em relação a março, passando de 47% para 51%.

A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais e para menos.

Fonte: Brasil 247 com informações publicadas no jornal Estado de S. Paulo

Lula agradece apoio do Uruguai na busca por desaparecidos no Rio Grande do Sul

 

Em fake news grotesca, a Folha de S. Paulo acusou o governo de recusar ajuda dos uruguaios nas operações de resgate no RS. Governo não somente aceitou como agradeceu o aporte

Lula sobrevoa áreas afetadas por enchentes no Rio Grande do Sul
Lula sobrevoa áreas afetadas por enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou suas redes para agradecer o apoio da Força Aérea Uruguaia na busca por desaparecidos no Rio Grande do Sul. A fala de Lula apenas coloca em descrédito uma fake news grotesca disparada pelo jornal Folha de S. Paulo, que acusou o governo brasileiro de recusar ajuda dos uruguaios nas operações de resgate. O governo não somente aceitou, como agradeceu o aporte. 

“O Brasil agradece o apoio dos irmãos uruguaios neste momento", comentou Lula em uma das postagens que mostra um militar da força aérea do país vizinho em um helicóptero, sobrevoando Porto Alegre.

Entenda o caso -  A Folha de S. Paulo disseminou uma gravíssima fake news na noite de ontem, ao acusar o governo de Lula de mentir sobre uma proposta de ajuda do governo uruguaio. Ao contrário do que foi dito pelo jornal paulista, o governo brasileiro recebeu a ajuda uruguaia e agradeceu pelo apoio. Leia, abaixo, a nota da Secom:

Nota Secom – Em texto publicado na noite desta quarta-feira (8), sem ouvir nenhum representante do governo, o jornal Folha de S.Paulo faz uma acusação grave. Afirmou que o "governo mente ao afirmar que não dispensou oferta de ajuda do Uruguai ao RS".

Para sustentar essa afirmação, o jornal compara uma nota da assessoria de comunicação do Ministério Defesa com uma nota da Secom sobre o mesmo tema como se fossem contraditórias. Não são.

A nota do Ministério da Defesa afirma que "o Comando Militar conjunto declinou da oferta da aeronave [do Uruguai] por restrições de pistas disponíveis para pouso em Porto Alegre".

A segunda nota, elaborada para combater uma avalanche de fake news em torno do assunto (como a de que o governo estaria recusando ajuda do Uruguai por motivações ideológicas), informa que o Brasil não recusou ajuda do Uruguai, cita um helicóptero cedido pelo país vizinho já em operação, mostra a imagem dessa aeronave gentilmente emprestada e explica que, no caso do avião, constatou-se inadequação do equipamento para o tipo de operação exigida no Rio Grande do Sul nesse momento.

Qual é a mentira? Qual é a contradição? Inexiste.

O governo brasileiro não recusa auxílio do Uruguai. O Brasil recebeu do país vizinho, e é grato por isso, o empréstimo de um helicóptero, tripulação, manifestações de solidariedade, manutenção da oferta do avião e outros equipamentos em caso de necessidade. São todas ofertas muito bem-vindas.

Há uma distância não desprezível entre a reestruturação da oferta às necessidades específicas da operação e a afirmação, falsa, de que o Brasil recusa ajuda do Uruguai.

Fonte: Brasil 247

 

Câmara aprova projeto que obriga aéreas a rastrear transporte de pets


Texto vai para votação no Senado

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8) um projeto de lei que obriga as companhias aéreas a ofertar serviço de transporte cães e gatos na cabine das aeronaves. Pelo projeto, os animais de estimação poderão viajar junto com os passageiros em voos domésticos.

Para entrar em vigor, a matéria ainda precisa ser aprovada pelo Senado e ser sancionada pela Presidência da República.

O projeto ainda prevê que as empresas deverão oferecer serviço de rastreamento dos animais transportados. Aeroportos com circulação superior a 600 mil passageiros por ano deverão contar com veterinários para acompanhar o procedimento de embarque, desembarque e acomodação dos pets.

Caso Joca

Na semana passada, diversos aeroportos do país registram manifestações a favor da regulamentação do transporte aéreo de animais.

A mobilização ocorreu após a morte de Joca, um golden retriever de quatro anos que morreu durante um voo operado pela Gol.

No mês passado, Joca foi despachado pelo tutor em São Paulo com destino a Sinop (MT). No entanto, a caixa de transporte foi colocada em um voo para Fortaleza. Em seguida, o cão foi mandado de volta para São Paulo. No trajeto de volta, Joca não suportou o total de oito horas de viagem e morreu.

Após o episódio, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Polícia Civil de São Paulo passaram a investigar o caso.

Em nota divulgada após o episódio, a Gol se solidarizou e lamentou a perda do animal. A empresa também anunciou a suspensão, por 30 dias, do transporte aéreo de animais. 

Fonte: Agência Brasil

Políticos e entidades criticam corte de 0,25 ponto da Selic


Para setor produtivo, redução tímida prejudica recuperação econômico


A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir em 0,25 ponto percentual a Taxa Selic, juros básicos da economia, recebeu críticas de políticos e do setor produtivo. Na avaliação deles, a diminuição do ritmo de cortes prejudica a recuperação da economia.

Em postagem na rede social X (antigo Twitter), a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffman (PR), classificou de crime a diminuição dos juros em apenas 0,25 ponto. Gleisi Hoffman também criticou a autonomia do Banco Central (BC) e a manutenção de membros deste banco indicados pelo governo anterior.

“É um crime contra o país a decisão do Copom, de cortar apenas 0,25 ponto da maior taxa de juros do planeta. Não há fundamento econômico para isso e houve divergência de quatro diretores nessa decisão.  A inflação está sob controle e em queda, o ambiente de investimentos melhora, os empregos também. O nome disso é sabotagem. Contra o desenvolvimento, contra o Brasil. Esta é a consequência da ‘autonomia’ do BC, que permitiu o prolongamento do mandato de uma direção bolsonarista, que faz política e oposição ao governo eleito pelo povo”, postou a parlamentar.

Setor produtivo

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão do Copom não reflete o cenário atual de inflação, que está em queda e desacelerou em março. Nesta semana, a CNI tinha pedido que o BC cortasse os juros básicos da economia em 0,5 ponto percentual.

“Essa decisão é incompatível com o atual cenário de inflação controlado e torna impraticável continuar o projeto de neoindustrialização do país com altos níveis de taxa de juros. Reduzir o ritmo de corte da taxa básica tira a oportunidade de o Brasil alcançar mais prosperidade econômica, aumento de emprego e de renda”, afirmou em comunicado o presidente da entidade, Ricardo Alban.

Para a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a queda reduzida não está alinhada com o atual cenário econômico do Brasil. Em nota, a Firjan apontou  que o processo de desinflação segue em curso, com a inflação cheia ao consumidor dentro da margem de tolerância da meta, como mostram dados recentes. A nota acrescenta que a manutenção da taxa de juros em níveis elevados “tem afetado a confiança dos empresários na economia brasileira, prejudicando o investimento, essencial para o crescimento econômico sustentável”.

A entidade destaca que em um cenário de instabilidade externa, marcado pelo acirramento de conflitos geopolíticos e por juros altos, o alinhamento entre as políticas fiscal e monetária é fundamental. “A recente mudança das metas fiscais para 2025 e 2026, ao adiar o ajuste fiscal necessário para estabilizar a dívida pública, influenciou as expectativas dos investidores e aumentou o risco-país”, mencionou. Nesse contexto, a Firjan considera crucial reforçar a credibilidade fiscal, através de um esforço para a contenção de despesas. “Esse caminho abrirá mais espaço para juros baixos, promovendo, assim, um ambiente propício ao crescimento sustentável da atividade econômica”, conclui a nota.

Já a Associação Paulista de Supermercados (Apas) lembra que fatores internacionais, como o atraso na diminuição dos juros nos Estados Unidos, levaram à diminuição da velocidade do corte. A entidade avalia que a medida ajudará a segurar a inflação, mas que pode prejudicar a atividade econômica. “A expectativa da Apas é que essa decisão do Copom produza um efeito tanto no controle inflacionário, mas, por outro lado, tenha um efeito sobre o ritmo de atividade doméstica”, destacou o economista-chefe da entidade, Felipe Queiroz.

Centrais sindicais

A diminuição no ritmo de cortes também recebeu críticas das centrais sindicais. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a desaceleração da queda da Selic aprofunda a carga pesada de juros sobre o governo e a população.

“Como nós sempre denunciamos, os juros extorsivos praticados pelo Banco Central impactam no desenvolvimento do país, sob o argumento de que é preciso controlar a inflação. Mas a inflação segue sob controle, inclusive segue em queda, ainda que lenta”, destacou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

Para a Força Sindical, a queda de apenas 0,25 ponto é pequena e insuficiente. Em nota, o presidente da entidade, Miguel Torres, disse que o Banco Central frustra os trabalhadores e se curva aos especuladores, beneficiando os rentistas.

“Vale destacar que juros altos sangram o país e inviabilizam o desenvolvimento. O pagamento de juros, por parte do governo, consome e restringe consideravelmente as possibilidades de crescimento do país, bem como os investimentos em educação, saúde e infraestrutura, entre outros”, destacou Torres.

Fonte: Agência Brasil

Supremo tem cinco votos para validar Lei das Estatais


Julgamento da constitucionalidade da norma será retomado nesta quinta


O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou, nesta quarta-feira (8), ao placar de 5 votos a 2 para validar a constitucionalidade da Lei das Estatais, norma aprovada em 2016 para proibir indicações de políticos para a diretoria de estatais.

Apesar do placar formado, ainda não há maioria de votos para declarar a constitucionalidade da lei. O julgamento será retomado na sessão desta quinta-feira (9). 

A Corte decide se referenda a liminar proferida em março do ano passado pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski.

Antes de se aposentar e deixar a Corte, Lewandowski atendeu ao pedido de liminar do PCdoB e suspendeu o trecho da norma que impedia ministros de Estado e secretários estaduais e municipais de atuar nas diretorias e nos conselhos de administração de estatais.

Pela liminar, continuou proibida a indicação de pessoas que ainda participam da estrutura decisória de partidos ou que têm trabalho vinculado às legendas e campanhas políticas. Contudo, se o interessado deixar a função partidária, poderá ser nomeado para o cargo. O período de 36 meses de quarentena para ingresso nas empresas públicas também foi suspenso pelo ministro. 

Se a maioria dos ministros concluir pela validade de lei, as restrições para indicações de políticos às estatais deverão ser retomadas. 

Pelos votos já encaminhados, políticos que entraram em cargos de estatais durante a vigência da liminar de Lewandowski, que flexibilizou a norma, poderão permanecer nos cargos. Contudo, a decisão final será proferida somente amanhã.

Votos

Durante a sessão, o ministro Flavio Dino criticou a "demonização da política" para barrar indicações políticas para estatais. Ele seguiu o entendimento de Lewandowski. "É falsa a ideia de que qualquer indicação técnica resultará no padrão mais alto de probidade do que em uma indicação política. Este tribunal se defrontou com graves casos de corrupção na Petrobras. Dezenas de agentes ímprobos eram servidores do quadro", afirmou.

Alexandre de Moraes votou pela validade da lei disse que a criação da norma objetivou manter princípios e regras de gestão e fiscalização que são adotadas internacionalmente. Para o ministro, o Congresso pode estabelecer requisitos legais para o comando de estatais. "Se você quer ser indicado para o conselho de administração e é ministro do Estado, você faz uma opção. Eu deixo de ser ministro de Estado e vou para conselho da Petrobras, por exemplo", exemplificou.

O mesmo entendimento foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, André Mendonça, Nunes Marques e Luís Roberto Barroso.

Fonte: Agência Brasil

Balança comercial tem superávit de US$ 9,041 bilhões em abril


Petróleo e açúcar puxaram volume exportado no mês passado


Apesar da queda de preços da soja, do ferro e do petróleo, o superávit da balança comercial subiu em abril. No mês passado, o país exportou US$ 9,041 bilhões a mais do que importou, divulgou nesta quarta-feira (8) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O resultado representa alta de 13,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e é o segundo melhor para meses de abril, só perdendo para o recorde de abril de 2021, de US$ 9,963 bilhões.

A balança comercial acumula superávit de US$ 27,736 bilhões nos quatro primeiros meses de 2024. Esse é o maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. O valor representa alta de 17,7% em relação aos mesmos meses do ano passado.

Em relação ao resultado mensal, as exportações cresceram em ritmo maior do que as importações. Em abril, o Brasil vendeu US$ 30,92 bilhões para o exterior, aumento de 5,7% em relação ao mesmo mês de 2023. As compras do exterior somaram US$ 21,879 bilhões, alta de 2,2%. Parte dessa alta se deve ao maior número de dias úteis em abril deste ano, porque, em 2024, o feriado prolongado da Semana Santa caiu em março.

Do lado das exportações, a alta no volume de petróleo, de açúcar e de combustíveis foram os principais fatores para a alta. Esse aumento ajudou a compensar a queda na exportação de soja, cuja safra terminou, e de veículos automotores, afetados pela crise na Argentina.

Do lado das importações, o recuo nas aquisições de fertilizantes e derivados e de compostos químicos foi o principal responsável por conter a alta nas compras externas.

Após baterem recorde em 2022, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuam desde a metade de 2023. O preço do minério de ferro, que vinha subindo há alguns meses, caiu por causa da desaceleração econômica da China, a principal compradora do produto.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 22,5%, puxados pelo maior número de dias úteis e pelo petróleo, enquanto os preços caíram 6,8% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 24,8%, impulsionada pela recuperação da economia, mas os preços médios recuaram 8,1%.

Rio Grande do Sul

Em relação às enchentes no Rio Grande do Sul, o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Herlon Brandão, explicou que o desastre climático só se refletirá na balança comercial a partir de maio. Segundo ele, como a maior parte da safra de soja foi colhida, os efeitos ainda precisam ser avaliados, não só de produtos afetados como do impacto sobre a estrutura de escoamento das exportações do estado.

Brandão destacou que o Rio Grande do Sul é o sexto maior estado exportador do país, representando 6,6% de todo o valor vendido pelo Brasil ao exterior no ano passado. O produto mais exportado pelo Rio Grande do Sul é a soja, que concentra 18% do total vendido ao exterior.

Estimativa

Em abril, o governo revisou para baixo a projeção de superávit comercial para este ano. A estimativa caiu de US$ 94,4 bilhões para US$ 73,5 bilhões, queda de 25,7% em relação a 2023. A próxima projeção será divulgada em julho.

Segundo o MDIC, as exportações cairão 2,1%, encerrando o ano em US$ 332,6 bilhões. As importações subirão 7,6% e fecharão o ano em US$ 259,1 bilhões. As compras do exterior deverão subir por causa da recuperação da economia, que aumenta o consumo, num cenário de preços internacionais menos voláteis do que no início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

As previsões estão mais pessimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 79,75 bilhões neste ano.

Fonte: Agência Brasil

Estragos das chuvas já atingiram 85% dos municípios gaúchos


Enchentes causaram 105 mortes e 130 pessoas estão desaparecidas


O número de mortes em decorrência das chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul chegou a 105 no fim desta quarta-feira (8). Mais de 1,47 milhão de pessoas foram afetadas em 425 municípios do estado, o que corresponde a 85,5% das 497 cidades gaúchas. 

Segundo dados da Defesa Civil estadual, 130 pessoas estão desaparecidas e 163 mil estão desalojadas, ou seja, pessoas que tiveram, em algum momento, que buscar abrigo nas residências de familiares ou amigos. Nos abrigos mantidos pelas prefeituras e pela sociedade civil, estão 67,4 mil pessoas. 

Há previsão da chegada de um ciclone extratropical no extremo sul do estado, com com chuvas de mais de 100 milímetros.

A partir desta quinta-feira (9), a previsão é de tempo frio e seco na maior parte do estado. As temperaturas devem cair, chegando a 4 graus Celsius (ºC) nas regiões mais frias. Em Porto Alegre, a mínima deve ser de 12ºC, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Fonte: Agência Brasil