quarta-feira, 8 de maio de 2024

Mãe de Isabella Nardoni critica decisão judicial que libertou Alexandre: "lamentável e absurdo"

 

Condenado pela morte da filha, Alexandre Nardoni continuará cumprindo pena de 31 anos em regime aberto após deixar a prisão

(Foto: Divulgação/Netflix)

 Após decisão controversa da Justiça de São Paulo, que concedeu liberdade ao condenado pelo assassinato da própria filha, Isabella Nardoni, a mãe da vítima, Ana Carolina Oliveira, não poupou críticas à determinação judicial, classificando-a como "um absurdo". Alexandre Nardoni deverá cumprir o restante de sua pena, que totaliza 31 anos de prisão, em regime aberto.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, Ana Carolina expressou sua profunda decepção com a decisão judicial: "Minha filha não vai voltar, e ele está em total liberdade de fazer o que quiser, de continuar a vida, de estar aí pelas ruas, assim como eu, assim como você. Então, é doloroso para quem é da família, é triste, é lamentável ver que a nossa Justiça permite que isso aconteça."

A mãe enlutada também lamentou a possibilidade de se deparar com Alexandre ou a ex-madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, nas ruas, já que ambos estão agora em regime aberto. "Saber que posso andar na rua e posso encontrar com ela, saber que a pessoa que matou a minha filha está aí, livre. E a minha filha nunca vai voltar. Nunca vou ter esse privilégio de poder ir à formatura dela", desabafou.

Durante a entrevista, Ana Carolina questionou as disposições legais que permitem a progressão de regime e defendeu veementemente que os condenados pela morte de Isabella deveriam cumprir a totalidade da sentença em regime fechado. "Lamentável, um absurdo. Acho que hoje o mínimo que a gente tem que fazer, que é a minha luta, que é o que penso e idealizo, é você pegou uma pena, precisa cumpri-la, pelo menos o período que você foi condenado", afirmou.

A decisão judicial de conceder a progressão para o regime aberto foi embasada na boa conduta de Nardoni na prisão, conforme afirmou o juiz José Loureiro Sobrinho. Segundo o magistrado, o réu cumpriu mais da metade da pena, além de ter usufruído das saídas temporárias do regime semiaberto, sempre retornando à unidade prisional conforme estabelecido desde 2019.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

Ex-prefeito tucano de Porto Alegre extinguiu órgão essencial e perdeu verbas para prevenir enchentes

 O Departamento de Esgotos Pluviais foi extinto durante a gestão Marchezan, que também não cumpriu prazos e perdeu R$ 122 milhões que seriam destinados a obras de prevenção a cheias

Nelson Marchezan Jr
Nelson Marchezan Jr (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

 Há cinco anos, a Prefeitura de Porto Alegre, sob o comando, à época, do tucano Nelson Marchezan Júnior, perdeu R$ 121,9 milhões que seriam destinados a obras cruciais de prevenção a cheias. O financiamento, proveniente do governo federal, tinha como objetivo primordial a reforma de 13 casas de bombas, essenciais para conter as águas que adentram a cidade, e também a dragagem do Arroio Moinho, vital para comunidades periféricas da zona leste de Porto Alegre. O contrato para a alocação dos recursos foi firmado em 2012, porém, a Caixa Econômica Federal anunciou em 2019 o rompimento dos acordos com as empresas encarregadas das obras devido à perda de prazos por parte da prefeitura, segundo o jornal Matinal.

Atualmente, Porto Alegre e o Rio Grande do Sul enfrentam cheias históricas. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou que o número de mortos em decorrência dos temporais que atingem o estado subiu para 95, com 4 óbitos ainda sob investigação. Além disso, há 131 desaparecidos e 372 feridos. Mais de 200 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, sendo 48,8 mil em abrigos e 159 mil hospedadas temporariamente em casas de familiares ou amigos.

As casas de bomba desempenham um papel fundamental no sistema de drenagem da cidade, direcionando as águas de volta para fora da área urbana. Quando inoperantes, as cheias se infiltram nos bairros através das tubulações subterrâneas.

O projeto interrompido na gestão Marchezan, intitulado DrenaPOA, destinava-se a aprimorar significativamente a capacidade de resposta da cidade a eventos extremos de inundação. O dinheiro fazia parte do PAC Prevenção, que se baseava em propostas apresentadas pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), extinto também no período da administração de Marchezan. 

As funções do DEP foram absorvidas pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), que não tinha funcionários para atender à demanda e passou a contar com orçamentos cada vez mais baixos. Segundo o Sul21, a extinção do DEP fazia parte da reforma administrativa proposta por Marchezan, que reduzia o número de secretarias municipais de 37 para 15.

A capacidade do Dmae para lidar com as atribuições anteriormente realizadas pelo DEP foi questionada, especialmente à luz de um relatório do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), que destacou um passivo de 12 mil protocolos de serviço e a necessidade de mais de 400 funcionários para manter a operação eficiente. Embora o Dmae tenha herdado as responsabilidades do DEP, os investimentos realizados após a fusão foram consideravelmente menores em comparação com os anos anteriores. Em 2021, foram investidos apenas R$ 93,68 milhões, enquanto em 2020 o valor foi de R$ 97,27 milhões, significativamente abaixo dos cerca de R$ 206,93 milhões em 2011 e R$ 239,72 milhões em 2012.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Matinal

 


Chuvas no RS: tributos do Simples Nacional são prorrogados para empresas do estado

 

Sebrae também se mobiliza para arrecadar doações entre os colaboradores com o objetivo de atender as vítimas das fortes chuvas nos municípios gaúchos

Enchente no Rio Grande do Sul
Enchente no Rio Grande do Sul (Foto: Concresul/Divulgação)

Agência Sebrae - Os microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) do Rio Grande do Sul que estão no Simples Nacional terão um prazo maior para pagar os seus tributos. O Comitê Gestor do Simples Nacional prorrogou o prazo para pagamento dos encargos dos meses de abril e maio. Com a medida, os empresários vão ter a oportunidade de quitar os débitos em junho e julho, respectivamente. Estima-se que, no total, empreendedores de 336 municípios se beneficiarão com a iniciativa. Até o momento, 364 cidades foram impactadas pelas fortes chuvas no estado.

Entre os tributos incluídos na decisão está o recolhimento do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) do microempreendedor individual (MEI), que vence no próximo dia 20. Os contribuintes que emitiram a guia desses períodos podem efetuar nova apuração no Programa Gerador ou no aplicativo MEI para celular com a nova data de vencimento. A prorrogação do prazo não implica direito à restituição ou compensação de quantias que já foram recolhidas. 

A prorrogação ameniza a situação dos empresários em relação ao recolhimento dos seus tributos enquanto não conseguem abrir seus estabelecimentos, explica o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima. Em nome da instituição, o dirigente se solidariza com as famílias e empresas afetadas pelas fortes chuvas e destaca o empenho dos governos federal, estadual e municipais, além do apoio de toda a sociedade neste momento tão difícil. “Vamos tomar também todas as providências para proteger aqueles bravos homens e mulheres do Rio Grande do Sul que sempre acordaram cedo para implementar o seu pequeno negócio. Vamos superar essas dificuldades com este grande conceito que não pode nos faltar, que é a solidariedade”, assegura.

Segundo ele, 30 colaboradores da instituição perderam “tudo aquilo que construíram ao longo da sua vida. Mas o presidente Lula já tomou grandes iniciativas no sentido de recuperar também os estragos e R$ 1,5 bilhão já foram liberados."

O Sebrae também está fazendo a sua parte e organizou um processo para prestar solidariedade aos atingidos. “Nós temos um programa chamado S Solidário, que foi construído pelos próprios funcionários do Sebrae. Eu peço, encarecidamente, que todos aqueles que fazem parte da instituição prestem solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul”, convocou Décio Lima.

Outra forma de contribuir é pelo pix disponibilizado com o CNPJ da Associação dos Bancos no Rio Grande do Sul, que está apoiando a Defesa Civil local, número 92.958.800.0001-38. Além disso, o Sebrae tem acompanhado de perto os colaboradores da unidade do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina que foram afetados pelas enchentes. Por isso, a Federação Nacional dos Colaboradores do Sebrae (Fenasebrae) lançou uma campanha e já arrecadou quase R$ 38 mil em doações. 

Fonte: Brasil 247 com Agência Sebrae

 

Natura e Avon criam conselhos para aperfeiçoar atividade de empreendedorismo

 Iniciativa visa gradualmente aprimorar a proposta de valor da atividade de Consultoria de Beleza Natura e Avon

Mulheres empreendedoras
Mulheres empreendedoras (Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)

 Com o intuito de aprofundar sua compreensão sobre a venda direta e obter insights valiosos a partir das experiências do dia a dia com os consumidores, Natura e Avon estabeleceram conselhos compostos por Consultores e Consultoras de Beleza. Iniciado em 2022 pela Natura, o projeto evoluiu no último ano com a integração das operações da Avon, consolidando também a força de vendas. Atualmente, ambas as marcas contam com uma rede de 1,8 milhão de Consultores e Consultoras de Beleza no Brasil, enquanto na América Latina esse número chega a 3,5 milhões.

Com uma longa tradição de empreendedorismo como a essência de seus negócios, as marcas estão ainda mais próximas de sua rede, com o objetivo de ampliar a voz de suas consultoras internas, promovendo uma escuta ativa e uma construção conjunta. Essa iniciativa visa gradualmente aprimorar a proposta de valor da atividade de Consultoria de Beleza Natura e Avon, além de impulsionar o desenvolvimento e a prosperidade da rede. Assim, as marcas buscam resultados cada vez mais precisos em todos os indicadores de desempenho estabelecidos pela empresa, incluindo a satisfação e a renda das consultoras. O Conselho Construtivo é composto por 12 indivíduos de diversos níveis do plano de crescimento e relacionamento com as marcas, garantindo também diversidade étnico-racial e regional.

O conselho realiza reuniões mensais, podendo ser tanto online quanto presenciais, estas últimas com até 8 horas de duração, realizadas na sede da empresa em São Paulo. A cada seis meses, o grupo dá início a uma nova turma com a substituição de alguns membros, a fim de garantir a inclusão de diferentes perspectivas sobre a atividade de consultoria e outros aspectos do negócio. Para a quarta turma, iniciada em abril, houve uma renovação de 50% do grupo, visando uma maior diversidade nos níveis de crescimento e a presença da geração Z, em consonância com as diretrizes da Natura, que busca uma maior aproximação com esse público.

Os temas abordados nas reuniões são provenientes de diversas áreas da empresa, abrangendo desde a criação e desenvolvimento de produtos cosméticos e portfólio até produtos digitais para a venda direta e estratégias de negócio, entre outros. A reunião realizada em abril marcou um momento significativo para o Conselho Construtivo, que teve a oportunidade de dialogar diretamente com o Comitê Executivo (Comex) da Natura &Co, apresentando propostas de evolução e construção em diversos temas.

Fonte: Brasil 247

 

Empresa desmente fake news e diz que não foi impedida de entregar donativos à população gaúcha

 

A Bread King disse que seu caminhão, carregado de donativos, foi fiscalizado e "seguiu viagem até seu destino final, entregando os suprimentos aos necessitados"

(Foto: Reprodução)

A empresa Bread King divulgou uma nota na manhã desta terça-feira (7) desmentindo fake news espalhadas nas redes sociais. Segundo vídeos que viralizaram, um caminhão da companhia teria sido impedido - ou pelo menos multado por excesso de peso - de entregar donativos às vítimas das enchentes históricas no Rio Grande do Sul.

No entanto, a Bread King informou que o veículo foi abordado pela Receita Estadual em Torres (RS) "devido ao excesso de peso", mas liberado na sequência "sem receber qualquer notificação ou autuação".

"Em relação ao vídeo feito por terceiros e que está circulando nas redes sociais, mostrando um caminhão da nossa empresa retido no posto de fiscalização da Receita Estadual em Torres, RS, com donativos destinados aos desabrigados, a Bread King esclarece que o veículo seguiu viagem até seu destino final, entregando os suprimentos aos necessitados ainda durante a madrugada. No posto de fiscalização, o veículo foi abordado devido ao excesso de peso, porém foi liberado sem receber qualquer notificação ou autuação. Além disso, ressaltamos que a Bread King está comprometida com a solidariedade em momentos difíceis como este. Informamos que novas viagens estão sendo planejadas para auxiliar nossos irmãos gaúchos que enfrentam dificuldades neste momento tão desafiador", diz a Bread King em nota.

Fonte: Brasil 247

Quaest: 50% aprovam o trabalho de Lula; presidente melhora entre evangélicos e na região Sul

 

A aprovação de Lula entre os evangélicos aumentou de 35% para 39% em dois meses. Na região Sul, houve um aumento de sete pontos percentuais na avaliação positiva do presidente

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters/Adriano Machado)

Pesquisa realizada pela Quaest e divulgada nesta quarta-feira (8) pelo g1 aponta que 50% dos brasileiros aprovam o trabalho do presidente Lula (PT), enquanto 47% desaprovam, configurando um empate técnico entre os dois grupos. Essa é a primeira vez que a aprovação e a desaprovação do presidente se equiparam desde o início de seu mandato.

Os dados indicam uma oscilação mínima em comparação com a última pesquisa, realizada em março. Na ocasião, 51% dos entrevistados aprovavam o trabalho de Lula, enquanto 46% desaprovavam. Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, a estabilização dos números reflete uma interrupção na queda da aprovação, principalmente devido à cessação da deterioração da imagem de Lula no Sul do país e entre os evangélicos. Nunes observou que ainda persiste uma percepção negativa em relação à economia, com muitas pessoas sentindo que Lula não estaria cumprindo suas promessas.

Entre os evangélicos, grupo no qual Lula registrou anteriormente uma alta taxa de desaprovação, houve uma redução significativa, com 58% agora desaprovando seu trabalho, em comparação com os 62% registrados em março. A aprovação nesse grupo aumentou de 35% para 39% no mesmo período, indicando uma mudança de percepção. Na região Sul, houve um aumento de sete pontos percentuais na avaliação positiva do presidente, passando de 40% para 47%, enquanto a rejeição diminuiu de 57% para 52%.

A pesquisa também abordou a avaliação geral do governo Lula, revelando que 33% dos entrevistados a consideram positiva, mesma proporção dos que a avaliam de forma negativa. Os que consideram o governo regular aumentaram de 28% para 31%. Quanto à direção do país, 49% acreditam que está errada, enquanto 41% a consideram correta.

Sobre as intenções de Lula, 51% dos entrevistados acreditam que o presidente é bem-intencionado, enquanto 42% discordam dessa afirmação. Quanto ao cumprimento das promessas de campanha, a maioria (63%) acredita que Lula não tem conseguido cumpri-las. Quando questionados sobre para quem o governo Lula trabalha, 52% acreditam que atende às necessidades de todos.

Em relação à economia, 38% dos entrevistados acreditam que piorou nos últimos 12 meses, enquanto 27% consideram que melhorou. Para os próximos 12 meses, 48% têm expectativa de melhora na economia.

A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2.045 pessoas em 120 municípios entre os dias 2 e 6 de maio, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Cármen Lúcia é eleita presidente do TSE


Ministra tomará posse no início de junho


A ministra Cármen Lúcia foi eleita nesta terça-feira (7) para o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no biênio 2024-2026. O ministro Nunes Marques ficará com a vice-presidência do tribunal. A posse será no início do próximo mês.

A eleição é uma formalidade de praxe que é feita pelo TSE. O cargo de presidente é ocupado de forma rotativa entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que atuam no tribunal. 

Dessa forma, Cármen Lúcia, que já ocupa a função de vice-presidente, é a próxima a assumir o comando do tribunal.

Em um breve discurso, a ministra disse que vai trabalhar para que a Justiça Eleitoral continue a atuar em benefício da democracia brasileira.

"Nos comprometemos a honrar as leis e a Constituição da República, nos comprometemos inteiramente com a responsabilidade e a absoluta dedicação para que o TSE continue presente a cumprir sua função constitucional em benefício da democracia brasileira", afirmou.

Com a mudança, o ministro Alexandre de Moraes deixará o comando da Justiça Eleitoral no dia 3 de junho, quando completará período máximo de dois anos na Corte.

Após a eleição, Moraes elogiou a carreira da ministra e destacou que Cármen Lúcia foi a primeira mulher a presidir o TSE, em 2012, durante a primeira passagem pelo tribunal.

Também compõem o plenário os ministros efetivos Raul Araújo, Maria Isabel Galotti, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares.

O TSE é composto por sete ministros, sendo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e dois advogados com notório saber jurídico indicados pelo presidente da República.

Fonte: Agência Brasil

Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços


Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção do grão no país

Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.    

"O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores", explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

"Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação", acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. "Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável", garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.  

Fonte: Agência Brasil

Copom decide nesta quarta corte dos juros básicos da economia


Taxa Selic, em 10,75% ao ano, deve cair 0,25 ou 0,5 ponto percentual


Com a possibilidade de divisão entre os membros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira (8) o tamanho do corte na taxa básica de juros, a Selic. A recente alta do dólar e os juros altos nos Estados Unidos trouxeram a indefinição se os juros básicos, atualmente em 10,75% ao ano, serão reduzidos em 0,25 ou 0,5 ponto percentual.

Nos comunicados da última reunião, no fim de março, o Copom informou que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, tinham previsto, por unanimidade, um corte de 0,5 ponto percentual no encontro de maio. No entanto, o mercado financeiro global enfrentou fortes instabilidades desde então, o que reduziu a previsibilidade do encontro.

Em viagem para a reunião do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana), em abril, o presidente do BC disse que a decisão do Copom dependeria do nível de incerteza na economia global.

Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve cair 0,25 ponto percentual. Até semana passada, a expectativa estava em corte de 0,5 ponto. Para o fim do ano, a estimativa é que a Selic chegue a 9,63% ao ano.

Nesta quarta-feira, ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Esse será o sétimo corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário.

Inflação

Na ata da última reunião, em março, o Copom informou que mudou a forma de comunicar os próximos cortes para dar mais flexibilidade ao Banco Central. Até janeiro, o Copom informava que reduziria a Selic em 0,5 ponto pelo menos mais três vezes. Agora, o órgão informou apenas que cortaria os juros básicos na mesma magnitude no encontro de maio.

Na ocasião, o Copom informou que cumpriu o papel “de coordenar as expectativas, aumentar a potência de política monetária e reduzir a volatilidade”. No entanto, ressaltou que a deterioração da conjuntura internacional tornou mais incerto o cenário para a queda da inflação, não apenas no Brasil, mas em diversos países. A perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos e a guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas dificultam a tarefa do BC de baixar os juros em 0,5 ponto por longo tempo.

Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2024 caiu levemente, de 3,73% para 3,72%. Isso representa inflação dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, recuou para 0,21%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,77% em 12 meses, dentro da meta para 2024.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta

Para 2024, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas também são de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de tolerância.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 3,5%, dentro da meta de inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho.

Fonte: Agência Brasil

Botafogo joga futuro na Libertadores diante da LDU no Nilton Santos


Rádio Nacional transmite partida a partir das 21h30 desta quarta


O Botafogo recebe a LDU (Equador), a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (8) no estádio Nilton Santos, em jogo fundamental para definir o seu futuro na Copa Libertadores da América. A Rádio Nacional transmite o confronto ao vivo.

Ocupando a lanterna do Grupo D da competição continental com apenas três pontos, o Alvinegro precisa vencer para continuar com chances reais de classificação para as oitavas de final. Porém, a equipe de General Severiano tem pela frente um adversário para o qual já perdeu nesta edição da Libertadores (de 1 a 0 em partida disputada em Quito).

Além disso, a equipe comandada pelo técnico português Arthur Jorge terá de lidar com a frustração pelo fim de uma sequência positiva no Campeonato Brasileiro, após a derrota de 2 a 1 para o Bahia no último domingo (5) dentro de casa.

Já a LDU chega ao confronto em bom momento. Após o confronto com o Botafogo pela 2ª rodada da fase de Grupos da Libertadores, a equipe comandada pelo técnico espanhol Josep Alcácer disputou cinco partidas (com uma derrota, um empate e três vitórias) consecutivas.

Porém, o time do Equador terá de lidar com o desfalque de peças importantes: o meia Sebastian González, o goleiro Gonzalo Valle e o zagueiro Richard Mina.

Transmissão da Rádio Nacional

Rádio Nacional transmite Botafogo e LDU com a narração de André Marques, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:


Fonte: Agência Brasil

RS: Força Nacional e policiais temporários vão conter saques e roubos


Foram registrados saques e roubos na região metropolitana


O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, informou nesta terça-feira (7) que irá adotar medidas para garantir a segurança da população, conter saques em alojamentos e roubos de embarcações. 

Leite solicitou ao Ministério da Justiça mais homens da Força Nacional e acionou governadores dos demais estados do Sul para envio de efetivos policiais. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou nesta tarde o envio de mais 100 agentes da Força Nacional. Com isso, o contingente da força no estado chegará a 220.

Outra medida será a contratação temporária de policiais da reserva.

“Eu determinei a abertura de edital, com chamamento urgente, que é um programa do estado que permite a contratação temporária de policiais que estão na reserva”, disse Leite, em entrevista à imprensa.

O governador afirmou que deverá haver chamamento de mil policiais para serem empregados também na segurança nas ruas, mas também em abrigos e outros locais com necessidade de reforço.

Em entrevista à TV Brasil, o superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Aldronei Rodrigues, informou que maioria dos saques foi registrado, por enquanto, na região metropolitana de Porto Alegre. De acordo com ele, grupos táticos de Santa Catarina e do Paraná chegarão à capital gaúcha para reforçar patrulhamento das cidades, junto com as forças policiais locais, como a Brigada Militar.

"Estamos dando um suporte e fazendo a segurança dos grupos de civis que estão atuando em resgate", disse. 

 

Recursos 

O governador anunciou também alocação de R$ 70 milhões, inicialmente, para serem divididos (cerca de R$ 200 mil) entre cada município atingido emergencialmente.

“Não dá para ficar pedindo burocracia. Tem que colocar o recurso na ponta [em cada município] para fazer com que os municípios tenham capacidade de resposta. Não dá nem tempo para a gente fazer levantamento de qual é a situação de cada município”, lamentou.

Ele disse que todos os municípios que estão decretando situação de emergência vão receber os valores. Será avaliada a variação do impacto do desastre entre os municípios. “A gente vai fazer novos repasses em breve”, garantiu.  

Outra ação vai ser a disponibilização de um recurso de aproximadamente R$ 50 milhões para o programa “Volta por Cima”, para atender aproximadamente 20 mil famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza que foram impactadas pelas cheias desde o ano passado. “O dinheiro vai no cartão cidadão, mas vamos ter que refazer cartão de muitas famílias que perderam tudo, inclusive os cartões”. 

Queda de temperatura

Eduardo Leite lamentou que a situação climática tende a se agravar nos próximos dias. Uma frente fria que está se deslocando para o Rio Grande do Sul e isso deve provocar temporais generalizados no estado, em todas as regiões. Segundo a previsão, as temperaturas vão despencar na noite de quarta e quinta-feira com estimativa de chuva forte na zona sul do estado.

“Há uma primeira projeção de que, entre sexta-feira e domingo, nós voltemos a ter chuvas muito fortes na metade norte do estado, com incidência nos rios que já se elevaram e que já provocaram todos esses estragos”, disse o governador. 

“Não será hora de voltar para casa. Não será hora de estar nos lugares que foram atingidos. A projeção é de que as chuvas possam gerar novos dias de fortes inundações”, recomendou Leite.

Segundo o governador, entre essas áreas, estão regiões que já foram atingidas, como o Vale do Taquari e a Serra Gaúcha.

“A gente ainda está acompanhando, monitorando a evolução, e vamos trazer esses alertas ao longo da semana. Então é um momento de grandes dificuldades, mas nós estamos muito dedicados a restabelecer serviços, manter o estado funcionando e superarmos ainda esses novos desafios que vêm pela frente”.

Fonte: Agência Brasil 

STJ mantém prisão do motorista de Porsche que causou acidente em SP


Decisão de tribunal paulista é confirmada por unanimidade em Brasília


Por unanimidade, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (7) manter a prisão do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, o motorista do Porsche que provocou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana no dia 31 de março, em São Paulo.

Sastre foi preso ontem (6) pela Polícia Civil de São Paulo após o desembargador João Augusto Garcia, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), entender que as medidas cautelares decretadas pela primeira instância contra o acusado, como proibição de se ausentar da comarca, não se aproximar de parentes das vítimas e manter os dados pessoais atualizados não são suficientes para o caso.

Sastre passou por audiência de custódia na tarde de hoje para verificar se foi cometida alguma ilegalidade no cumprimento de mandado de prisão. Ele deve seguir para uma penitenciária ainda não informada pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

O condutor do Porsche se entregou à Justiça na tarde de ontem na 5ª Delegacia Seccional Leste, no Tatuapé, e passou a noite na 31ª DP, na Vila Carrão, após ficar foragido por três dias, já que na sexta-feira (3) a Justiça decretou sua prisão e ele não foi encontrado pela Polícia Civil em sua casa no sábado (4).

Ao negar pedido de habeas corpus protocolado pela defesa, o colegiado seguiu voto proferido pela ministra Daniela Teixeira. Para a ministra, não há ilegalidades na decisão do desembargador,  que determinou a prisão. "A prisão preventiva não se dá pelo clamor popular, se dá para garantir a instrução penal", afirmou.

O entendimento favorável à manutenção da prisão foi seguido pelos ministros Messod Azulay Neto e Joel Paciornik.

O acidente ocorreu na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo. Segundo as investigações, o carro estava em alta velocidade antes de bater no Renault Sandero, de Ornaldo.

Fernando Sastre foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por homicídio doloso qualificado (pena de 12 a 30 anos de reclusão) e lesão corporal gravíssima (que pode elevar a pena total em um sexto).

Defesa

Durante o julgamento, o advogado Eliseu Soares de Camargo defendeu a revogação da prisão e disse que a medida não é cabível para o caso. A defesa também acusou a imprensa  de "interferir" no curso do processo.

"A imprensa o colocou como o maior vilão deste país. No dia [em] que a polícia foi lá [cumprir o mandado de prisão], ele estava em uma chácara, perto de São Paulo, para passar o fim de semana com a família,  sem infringir nenhuma das cautelares", afirmou o advogado.

Fonte: Agência Brasil