terça-feira, 7 de maio de 2024

Apucarana realiza conferência com professores para a construção do Plano Municipal pela Primeira Infância


A Autarquia Municipal de Educação realizou, na noite de ontem (6/5), no Cine Teatro Fênix, uma conferência com os professores e gestores dos 24 CMEIs e 36 Escolas da sua rede, que atuam na etapa da Educação Infantil, para discutir a construção do Plano Municipal pela Primeira Infância (PMPI) em Apucarana.

O PMPI é um instrumento político e técnico que possibilitará ao município fazer investimentos voltados à primeira infância, ou seja, às crianças a partir do ventre materno até os seis anos, de forma prática e concreta, com resultados possíveis de serem medidos.

O prefeito Junior da Femac frisou que a primeira infância é uma fase crucial para o desenvolvimento do ser humano. “Durante esse período, as crianças passam por um aprendizado intenso, absorvem informações sobre o mundo ao seu redor e constroem as bases para a sua saúde, física, cognitiva, emocional e social. Nos primeiros seis anos, o cérebro dos seres humanos cresce e se desenvolve mais rápido do que em qualquer outra fase, o que significa que as experiências vivenciadas neste período têm impacto duradouro na vida dos indivíduos. Por isso, a importância do Plano Municipal pela Primeira Infância,” disse.

“A construção do PMPI é uma recomendação do Marco Legal pela Primeira Infância, disposto na Lei Federal nº 13.257, de 8 de março de 2016. Em Apucarana, o documento está sendo elaborado de forma intersetorial e democrática, envolvendo as mais diversas instâncias de governo e segmentos da sociedade civil, na perspectiva de reafirmar o compromisso de todos com a defesa e a garantia dos direitos das crianças, conforme o estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Constituição Federal Brasileira, assegurando-lhes prioridade absoluta no atendimento às suas necessidades,” acrescentou a secretária municipal de educação, professora Marli Fernandes.

Além dos professores e gestores dos 24 CMEIs e 36 Escolas Municipais de Apucarana, diversos membros do Comitê Intersetorial para a Elaboração do PMPI participaram da conferência de ontem (6/5) no Cine Teatro Fênix: Viviane Daroda (Idepplan), Ana Karine Vieira (AMS), Giorgia Eugênio da Silva (Assistência Social), José Marcelino da Silva (Esporte), Marcos Eduardo Bruce (Serviços Públicos), Sérgio Bobig (Meio Ambiente), Camila Matsuoka (Obras), Rafael Yoshimura e Daniele Franco (Agricultura) e Débora Figueiredo Dias (CMDCA).

Estiveram presentes ainda o conselheiro tutelar Fábio Lucas de Barros, o conselheiro municipal da Assistência Social, Maicon Leandro da Silva Almeida, a conselheira do Fundeb, Carolina Rodrigues da Silva, as técnicas do Núcleo Regional de Educação (NRE), Neuceli Gonçalves e Alessandra Gomes, o comandante da Guarda Civil Municipal, Reinaldo Donizete de Andrade, e o secretário municipal de Agricultura, Gerson Canuto.

A Câmara Municipal de Apucarana foi representada pelos vereadores Rodrigo Liévore (Recife) e Jossuela Pirelli. “Debater a elaboração de um Plano Municipal pela Primeira Infância é o mesmo que discutir o futuro de Apucarana. Esse é um tema muito importante, por isso faço questão de acompanhar,” afirmou o vereador Recife.

“Existe um provérbio africano que diz que é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança. Neste sentido, defender os direitos dos nossos meninos e meninas na primeira infância é dever de todos: dos pais, da Autarquia de Educação, das demais secretarias municipais, do legislativo, da macrorrede e da sociedade civil,” acrescentou a vereadora Jossuela.

Durante a conferência, os participantes tiveram a oportunidade de assistir à palestra “A Educação Infantil e a Primeira Infância: o que o município pode fazer para garantir os direitos das crianças e de suas famílias,” ministrada pelo Professor Doutor César Nunes, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Professora Pós-doutora Ordália Alves de Almeida, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Número de mortos por chuvas no RS sobe para 90; há 132 desaparecidos

 

Segundo a Defesa Civil 388 municípios - mais de dois terços das cidades gaúchas - foram afetados, além de haver mais de 155 mil pessoas desalojadas e 361 feridas

Porto Alegre
Porto Alegre (Foto: Diego Vara (na Abr))

Reuters - O número de mortes causadas pelas chuvas devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul na semana passada subiu para 90 e outros quatro óbitos estão sob investigação, enquanto 132 pessoas seguem desaparecidas, informou a Defesa Civil do Estado em balanço divulgado na manhã desta terça-feira.

Segundo o comunicado do órgão, 388 municípios foram afetados pelos eventos climáticos, mais de dois terços das cidades gaúchas, além de haver mais de 155 mil pessoas desalojadas e 361 feridas.

As chuvas provocaram cheias em rios em várias regiões do Estado, além da destruição de estradas e pontes. Afetaram ainda os serviços de fornecimento de água, energia elétrica e de telefonia para centenas de milhares de pessoas.

Os eventos climáticos afetaram no total mais de 1,3 milhão de pessoas, segundo a Defesa Civil.

Nesta terça-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a Casa votará o projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade no Rio Grande do Sul, indicando que a medida deve ser aprovada.

Em entrevista à GloboNews, Pacheco defendeu que a situação "atípica" do Rio Grande do Sul demanda soluções que sejam "atípicas e anormais". O decreto legislativo abre caminho para o envio de recursos federais ao Estado sem que isso afete a meta fiscal do governo.

Ele também indicou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar nesta semana uma medida específica para a dívida do Rio Grande do Sul com a União.

No programa "Bom dia, presidente!", do CanalGov, desta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que só será possível saber o tamanho dos estragos causados pelas chuvas no Estado quando as águas baixarem.

Lula reiterou que não faltará apoio do governo federal ao Rio Grande do Sul para o que está sendo chamado de pior desastre climático da história do Estado.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Brasil precisa do Rio Grande do Sul recuperado, diz Lula


Ele falou ao programa Bom Dia, Presidente, produzido pela EBC


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (7) que não faltarão recursos federais para atender às necessidades do Rio Grande do Sul, estado fortemente atingido por temporais e enchentes desde o fim de abril.

“O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul. É um estado muito importante do ponto de vista artístico, cultural, do trabalho, da nossa cultura. O que vamos fazer é devolver ao Rio Grande do Sul o que ele merece que seja devolvido para poder tocar a vida”, afirmou.

Em entrevista à emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Presidente, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Lula destacou que a meta do governo federal é não permitir que a burocracia crie entraves para a liberação de recursos ao estado.

“A dificuldade inicial é que nenhum prefeito, o governador disse isso com todas as letras no último domingo, tem noção do estrago que foi feito. Por enquanto, as pessoas imaginam, pensam. Mas a gente só vai ter o estado real quando a água baixar e a gente ver o que aconteceu de fato no Rio Grande do Sul.”

Sobre o projeto de decreto legislativo, enviado pelo governo federal, que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul e já aprovado pela Câmara dos Depurados, Lula avaliou que a proposta é iniciar a liberação de recursos por meio dos ministérios.

“O Ministério da Saúde pode liberar recurso, o Ministério da Integração Nacional, o Ministério da Educação. Vai liberando recurso de acordo com as necessidades fundamentais que são colocar a criança na escola, colocar as pessoas no hospital, a compra de remédio, de combustível, de água, de comida. Esse dinheiro vai saindo normalmente pelo ministério, sem muita burocracia.”

“O que eu posso garantir é que há 100% de vontade da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas e do Poder Judiciário para que a gente facilite o máximo possível os recursos”, disse. “Os ministérios têm estrutura nos estados, mas queremos trabalhar junto com as secretarias do estado”, completou, ao citar a recuperação de estradas federais e mesmo estaduais.

“O emergencial vai ser liberado a partir de hoje. Vários ministérios já têm autorização para começar a liberar os recursos iniciais para os primeiros socorros. Depois, a gente vai trabalhar junto com o governador um projeto”, concluiu.

Fonte: Agência Brasil

Chuvas no RS afetam vida de quilombolas e pequenos agricultores


Isolamento, perdas de casas e de plantações estão entre os prejuízos


Casas, galpões e currais destruídos. Plantações inundadas e colheitas perdidas. Galinhas, porcos e vacas levados pela força das águas. Uma realidade “triste e desoladora”, afirmam pequenos agricultores, assentados e quilombolas que lidam com as diferentes perdas provocadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. O estado vem sofrendo com enchentes e inundações há uma semana.

Entre as regiões mais atingidas estão o Vale do Rio Pardo e o Vale do Taquari, no centro do estado. Miqueli Sturbelle Schiavon mora no município de Santa Cruz do Sul e está na direção estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Ele relata que trabalhadores e famílias vivem uma tragédia sem precedentes no campo.

“Os agricultores que estavam nas margens dos rios Pardo, Taquari, Jacuí perderam casas, animais e máquinas. Outros ainda nem conseguem calcular as perdas, porque não conseguiram voltar para ver as propriedades. A chuva também prejudicou tanto as produções de subsistência, como aquelas voltadas para o mercado e a manutenção das famílias”, diz Miqueli. “Os agricultores das regiões mais altas sofrem com deslizamentos de terra e soterramentos de casas. Ainda não existem informações muito concretas sobre mortes na área rural. E boa parte das produções também foi levada pelas enxurradas”.

Enquanto lida com os estragos atuais, Miqueli também se preocupa com o futuro da região depois que as chuvas passarem.

Chuvas no RS: impactos na vida de quilombolas e pequenos agricultores. - Miqueli Sturbelle.  Foto: Arquivo Pessoal

Miqueli Sturbelle, da direção estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores - Foto Arquivo pessoal

“Essas famílias necessariamente vão precisar de um apoio muito grande dos governos federal, estadual e municipais para reestruturar as propriedades. Para compra animais e equipamentos. E também de apoio para manutenção das famílias com alimentação, água e luz por um período, porque perderam praticamente tudo”.

Enquanto essa ajuda não chega, a solidariedade entre vizinhos e outras formas de organização comunitária são fundamentais para minimizar os problemas. A Comissão Pastoral da Terra (CPT) é uma das instituições que tem tido atuação decisiva em Santa Cruz do Sul. Maurício Queiroz trabalha na diocese local e é uma das lideranças da CPT. As dificuldades de locomoção e de comunicação têm dificultado que o trabalho seja ampliado para áreas próximas.

“Ainda não conseguimos visitar os agricultores que foram atingidos. Eu quase fiquei sem gasolina, porque os postos não têm combustível. Previsão era que chegasse hoje, mas não aconteceu. Estamos com dificuldades de locomoção e os acessos estão muito difíceis, com barro e outras obstruções nas estradas”, conta Maurício. “É algo que a gente nunca tinha visto antes. A água chegou a lugares que nem imaginava que pudesse chegar. Os prejuízos são de todo tipo. Há impactos econômicos nos empreendimentos e no comércio em geral. Agricultores perderam casas, galpões, maquinário. E há a dor das famílias e das vítimas, que a gente vai entender melhor quando puder visita-las e ter uma dimensão melhor do que aconteceu”, conta Maurício.

Na região metropolitana de Porto Alegre, a realidade também é de isolamento e de destruição. Luiz Antônio Pasinato é membro da CPT local e tem tido muita dificuldade para se comunicar com agricultores e assentados.

“Tentei fazer contato com vários agricultores e eles não dão resposta. Certamente, estão enfrentando essa enchente e tentando salvar suas vidas. Porque roças e lavouras de hortifrutigranjeiros foram totalmente destruídas. Toda essa região aqui foi afetada. Muitas famílias e pequenos agricultores plantam verduras para comercializar nas feiras de Porto Alegre. A maioria que tinha plantações de inverno acabou perdendo tudo e está isolada por causa das estradas bloqueadas”, relata Luiz Antônio.

O que já se estima é que serão necessários milhões de reais para reconstruir a infraestrutura dos municípios atingidos. Mas Luiz Antônio entende que é preciso ir além e investir no planejamento para que desastres como esse não se repitam.

“Primeiro, precisamos trabalhar a conscientização das pessoas. Porque há muito negacionismo climático. A gente vai ter que enfrentar com sabedoria e inteligência os problemas. Proteger nosso meio ambiente é uma questão-chave. E precisamos discutir que modelo de agricultura queremos implantar, que não deprede os mananciais. Discutir uma política habitacional, principalmente para as cidades que estão nas beiras dos rios e para as famílias que vivem em áreas de risco. E a sociedade civil tem que ser incluída nos comitês de gerenciamento das bacias hidrográficas e nos debates ambientais”.

Tanto o Movimento dos Pequenos Agricultores quanto a Comissão Pastoral da Terra participam da campanha “Missão Sementes de Solidariedade: Emergência”, lançada em setembro de 2023, e reforçada com os temporais de maio. Elas pedem doações para ajudar aqueles que foram mais atingidos pelo desastre. Os valores podem ser destinados para a conta da Cáritas Brasileira, por meio do PIX: 33654419/0010-07 (CNPJ) ou depósito bancário. Conta corrente 55.450-2, agência 1248-3 (Banco do Brasil).

Impactos nos assentamentos

A direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também calcula um impacto grande para os que vivem nos assentamentos da região metropolitana. Cinco deles ficaram submersos em decorrência das chuvas. Em Eldorado do Sul, estão nessa situação os assentamentos Integração Gaúcha (IRGA), Apolônio de Carvalho e Conquista Nonoaiense (IPZ). Em Nova Santa Rita, os assentamentos Santa Rita de Cássia e do Sino. Pelo menos 420 famílias foram afetadas pelos alagamentos.

Mauricio Roman, da direção estadual do MST, acredita que ainda vai demorar mais de uma semana para que os trabalhadores possam voltar para os assentamentos e avaliar com precisão o tamanho dos prejuízos.

Chuvas no RS: impactos na vida de quilombolas e pequenos agricultores. - Maurício Roman.  Foto: Arquivo Pessoal

Maurício Roman, da direção estadual do MST - Foto Arquivo pessoal

“Assim que as águas baixarem e permitirem a nossa entrada, que acreditamos ser daqui a dez dias, decidimos priorizar a região de Eldorado. Para tentar salvar a Cootap [Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre], que foi alagada. Não temos ainda conhecimento do que tinha lá dentro e foi molhado, nem quanto do estoque foi perdido”, explica Mauricio Roman.

Sobre colheita e maquinário, é possível estimar que o impacto também foi grande.

“Nós ainda tínhamos uma projeção de colher arroz. Porque como sofremos a primeira enchente em novembro, plantamos fora da janela agrícola, e estávamos em fase de colher esses grãos. Já sabemos que mais de 50% dessa produção foi prejudicada. Perdemos algumas máquinas, alguns caminhões, que eram muito importantes para o movimento na construção dos vales, no levantamento de água, na produção do arroz. Lamentavelmente, sabemos que houve um prejuízo em grande parte da estrutura, mas ainda vamos dimensionar a gravidade”, diz o dirigente do MST.

O movimento está organizando uma campanha de apoio à população do campo e de solidariedade às famílias atingidas nos assentamentos. Para contribuir financeiramente, as doações podem ser feitas pelo pix: sos_mst@apoia.se.

Comunidades quilombolas

Quem vive nos quilombos, sofre frequentemente com os desequilíbrios climáticos e convive historicamente com diferentes impactos negativos causados pelas chuvas. Essa é a avaliação de Roberto Potácio Rosa, membro fundador da Federação das Comunidades Tradicionais Quilombolas do Rio Grande do Sul.

Ele vive na comunidade de São Miguel, no município de Restinga Seca, na região central do estado. Apesar do isolamento e das dificuldades de comunicação, diz que os impactos não foram tão grandes como nos quilombos de outras partes do estado.

“Sabemos que as comunidades quilombolas urbanas, na região metropolitana de Porto Alegre, em Canoas, Chácara das Rosas e outras ali perto estão em situação grave. Há moradias submersas e pessoas em abrigos. No interior, temos poucas informações, porque estamos sem contato. Não temos uma qualidade de sinal lá para poder fazer a devida comunicação. Mas é uma situação muito preocupante”, diz Potácio.

Chuvas no RS: impactos na vida de quilombolas e pequenos agricultores. - Roberto Potácio, líder quilombola. Foto: Arquivo Pessoal

Roberto Potácio, líder quilombola do Rio Grande do Sul - Foto Arquivo pessoal

Para o líder comunitário, realidades extremas como as de agora deixam ainda mais em evidência a situação de vulnerabilidade dos povos quilombolas. Além da preocupação com os desaparecidos, há um impacto econômico imediato nas famílias.

“A maioria da economia de subsistência das comunidades vem das aposentadorias. São poucos os que têm carteira de trabalho assinada. Então, há um impacto orçamentário em toda a comunidade com esse isolamento, porque essas pessoas não conseguem se locomover, trabalhar, ficam sem receber um tostão, não têm pagamento para dar conta das necessidades”, avalia Potácio. “Também temos impactos na parte alimentícia, de saúde, educação. E o desespero daqueles que não estão conseguindo falar com os familiares. Esperamos que estejam todos bem, que essa tempestade não tenha ceifado muitas vidas”.

O Ministério da Igualdade Racial informou que está monitorando a situação, especialmente em comunidades quilombolas, ciganas e povos tradicionais de matriz africana e de terreiros atingidos pelas enchentes. Garantiu que tem articulado com outros ministérios e movimentos sociais o envio de cestas básicas e itens de primeira necessidade.

Segundo a pasta, o Rio Grande do Sul tem mais de 7 mil famílias quilombolas e aproximadamente 1-300 famílias de comunidades tradicionais de matriz africana e terreiros. E muitas delas estão ilhadas, sem acesso à água, energia e alimento.

Fonte: Agência Brasil

Daniela Lima é escalada para lugar de César Tralli na GloboNews e gera ciumeira em colegas; entenda


César Tralli e Daniela Lima. Foto: reprodução

 Daniela Lima irá ocupar o lugar de César Tralli no Edição das 18h, da GloboNews. O apresentador entrará de férias e a direção do canal decidiu que Daniela será a substituta.

A informação foi confirmada pela própria apresentadora na última segunda-feira (06). “Nos vemos mais tarde, no Edição das 18h. Cuido da lojinha do César Tralli por uns dias, enquanto ele tem um merecido descanso”, escreveu Daniela no X, antigo Twitter.

No entanto, outros colegas ficaram enciumados com essa escalação de Daniela, uma vez que o telejornal é cobiçado por muitas pessoas na emissora, conforme informações da revista Veja.

Vale destacar que Daniela já substituiu Tralli em março deste ano. Na ocasião, ele se dedicou às gravações de pilotos com o novo cenário do “Jornal Hoje”.

Fonte: DCM

Filha de Michelle Bolsonaro divulga conta pessoal ao pedir Pix para o RS


Michelle Bolsonaro e Letícia Firmo posando para foto abraçadas, sorrindoMichelle Bolsonaro e Letícia Firmo – Reprodução/Redes Sociais

 Letícia Firmo, filha mais velha da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), está incentivando internautas no Instagram a contribuírem para as vítimas das recentes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul. Porém, com mais de 71 mil seguidores, entre as maneiras de ajudar, ela incluiu o envio de doações em dinheiro através do Pix para sua conta pessoal.

“A todos de Brasília que puderem fazer suas doações para nossos irmãos do Rio Grande do Sul. Os aviões da FAB sairão daqui de Brasília na quinta-feira, 09/05”, escreveu.

Além disso, ela disponibilizou uma lista com 16 pontos de coleta na capital federal, onde as pessoas podem doar itens essenciais como cestas básicas, produtos de limpeza, roupas de cama e até ração para animais. Letícia também se colocou à disposição para receber doações em dinheiro, oferecendo-se para comprar o que for necessário.

No mesmo post, segundo informações divulgadas pelo UOL, a enteada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou sua chave Pix e os detalhes de sua conta bancária, solicitando que os doadores incluam a descrição “Doação Rio Grande do Sul” ao realizar as transferências.

Print de pedido de doação feito por Letícia Firmo nos Stories

Letícia Firmo pediu doações para as vítimas das fortes chuvas no RS – Reprodução/Instagram @lefirmo_

Desde abril de 2023, Letícia Firmo ocupa um cargo comissionado na Secretaria Executiva de Articulação Nacional do governo de Santa Catarina, em Brasília, com um salário mensal de R$ 13,3 mil, de acordo com informações do Portal da Transparência do Estado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu mais de R$ 17 milhões em transferências Pix no ano passado, após uma campanha de arrecadação de recursos por parte de seus aliados. Esses fundos foram destinados para pagar multas aplicadas contra o político pela Justiça.

No início do ano passado, a chave Pix de Bolsonaro foi divulgada nas redes sociais por ex-ministros de seu governo e membros do partido. A campanha de arrecadação foi lançada após a Justiça bloquear R$ 87 mil das contas do ex-mandatário devido ao não pagamento de multas relacionadas a infrações cometidas durante a pandemia de COVID-19 em 2021.

Fonte: DCM

Itaú lucra quase R$ 10 bilhões em apenas três meses

 

Os ativos totais do banco somaram R$ 2,8 trilhões no final do primeiro trimestre de 2024

Itaú
Itaú (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

 O Itaú (ITUB4) anunciou um lucro recorrente gerencial de R$ 9,771 bilhões no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento considerável em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado é quase 16% maior que o registrado no ano passado. O banco atribui esse desempenho positivo ao crescimento da margem financeira com clientes, impulsionado pelo aumento da carteira de crédito, bem como ao incremento das receitas provenientes de serviços e seguros, segundo reportagem do Infomoney.

Além disso, o retorno sobre patrimônio (ROE) atingiu 21,9%, um aumento de 0,7 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior, demonstrando a eficiência operacional do Itaú. As receitas de serviços e seguros também tiveram um crescimento significativo de 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, contribuindo para o desempenho global positivo da instituição financeira.

No entanto, houve um aumento de 4,3% nas despesas não decorrentes de juros, atingindo R$ 14,4 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Por outro lado, a inadimplência em 90 dias apresentou uma redução de 2 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2023, alcançando 2,7% no primeiro trimestre de 2024.

Em termos de operações de crédito, o custo do crédito totalizou R$ 8,8 bilhões no primeiro trimestre de 2024, representando uma queda de 3,2% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. A carteira de crédito total também registrou um aumento de 2,8% em relação ao primeiro trimestre de 2023, atingindo R$ 1,184,8 trilhões em março de 2024. Os ativos totais do banco somaram R$ 2,788 trilhões no final do primeiro trimestre de 2024, representando um aumento significativo em comparação com o ano anterior.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do Infomoney

 

'Dificuldade inicial é saber o tamanho do estrago', diz Lula sobre envio de recursos ao Rio Grande do Sul

 

Segundo o presidente, o governo aguarda o número consolidado do prejuízo no estado gaúcho para discutir com o Congresso a liberação das verbas

 

Lula e enchente no Rio Grande do Sul
Lula e enchente no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Gilvan Rocha/Agência Brasil)

 O presidente Lula (PT) afirmou, nesta terça-feira (7), em entrevista a um pool de rádios de todo o Brasil transmitido pela EBC, que a tragédia climática no Rio Grande do Sul “ainda não acabou” e que governo está “100% comprometido” em prestar todo auxílio necessário à reconstrução do estado, duramente afetado pelas chuvas. 

“Ainda não acabou [a tragédia climática]. A água está descendo e vai chegar a outros municípios. Nós estamos 100% comprometidos com a ajuda ao estado do Rio Grande do Sul. O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul é um estado muito importante para o Brasil do ponto de vista artístico, cultural, do trabalho e da nossa cultura. O que vamos fazer é devolver ao Rio Grande do Sul aquilo que ele merece que seja devolvido para ele poder tocar a vida. Então não haverá falta de recursos para atender às necessidades do Rio Grande do Sul”, afirmou Lula.

Ainda de acordo com o presidente, todos os Poderes da República precisam se unir para enfrentar a crise no estado gaúcho. "Ontem [segunda-feira (6)] tomamos a primeira iniciativa, e fiz questão de convidar o presidente da Câmara, o presidente do Senado, o Tribunal de Contas e a Suprema Corte para fazer com que a  gente trabalhe de forma unitária em todos os Poderes, para que a gente não fique perdido com a burocracia e [não] crie entraves para a gente facilitar o dinheiro”. 

“Ontem eu conversei com o Haddad [ministro da Fazenda, Fernando Haddad] e o Haddad ficou de ligar para o governador para convidá-lo a vir a Brasília para que a gente possa saber se ele já tem os números grandes, pelo menos uma coisa muito próxima do total para a gente começar a discutir no Congresso Nacional. O que eu posso garantir é que há 100% de vontade da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas e do Judiciário para que a gente facilite ao máximo possível os recursos”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

 

“Quando teve a cheia na Bahia o presidente estava passeando num jet-ski”, lembra Lula

Presidente lembrou do descaso de Bolsonaro diante das enchentes na Bahia. Enquanto isso, Lula já visitou duas vezes o Rio Grande do Sul para prestar ajuda à população gaúcha

Jair Bolsonaro pilotando jet ski
Jair Bolsonaro pilotando jet ski (Foto: Divulgação)

 Em entrevista à EBC nesta terça-feira (7), o presidente Lula (PT) lembrou do comportamento de Jair Bolsonaro (PL) diante das enchentes que afetaram a Bahia no final de 2021. 

“Eu lembro que quando teve a cheia na Bahia, eu lembro que o presidente da República estava passeando num jet-ski e não se preocupou”, disse Lula, que já visitou o Rio Grande do Sul duas vezes desde que o estado passou a enfrentar chuvas fortes e enchentes históricas”.

“Eu lembrei desse caso para chamar a atenção para o seguinte: ainda tem muita fake news contando mentiras sobre o Rio Grande do Sul, desmerecendo as pessoas que estão trabalhando. Porque a quantidade de pessoas que estão trabalhando, não apenas das Forças Armadas, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Federal, da Força Nacional, não apenas as pessoas que ganham salário para trabalhar, mas os voluntários. O que mais me apaixona é a quantidade de gente no Brasil inteiro preocupada em ajudar o Rio Grande do Sul. Um país que tem os seres humanos com a bondade que tem o Brasil não merecia essa indústria de fake news, mentirosa, eu diria até canalha, que vive pregando mentiras, deturpando falas e contando mentiras para a sociedade. Um país não pode ir para frente desse jeito. É preciso que as pessoas tenham bom senso, que não sejam levianas”, disse Lula, criticando quem “não quer ajudar” e “está apostando na desgraça, que não dê certo”.

Fonte: Brasil 247


Ruralistas preparam pedidos de socorro ao governo Lula


Agronegócio aponta prejuízos com as enchentes no Rio Grande do Sul

Enchente no Rio Grande do Sul

 O setor agropecuário no Rio Grande do Sul emerge como o mais atingido pelos recentes eventos catastróficos, conforme análises preliminares. Como resposta, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) está elaborando uma série de demandas a serem apresentadas ao governo Lula, assim como aos líderes da Câmara e do Senado. Entre as principais solicitações, destacam-se revisões no seguro rural e facilitação das condições para quitação de débitos no estado, segundo aponta a jornalista Roseann Kennedy, em sua coluna no Estado de S. Paulo.

A FPA almeja, por exemplo, uma prorrogação automática de 12 meses para todos os financiamentos do crédito rural, buscando respaldo do Conselho Monetário Nacional (CMN). Além disso, propõe a emissão de uma medida provisória que estabeleça um período de 10 anos, incluindo três de carência, para a liquidação de dívidas referentes a custeio, investimentos e renegociação. Outro ponto de destaque são os recursos emergenciais requisitados para os produtores afetados, juntamente com ajustes no seguro rural para eventos climáticos.

O relacionamento entre o setor e o atual governo é caracterizado por tensões, levando a FPA a buscar diálogo por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, na tentativa de intermediar as negociações com Lula. Enquanto isso, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou um panorama preliminar dos estragos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, destacando que a agropecuária é o segmento econômico mais afetado, com prejuízos na ordem de R$ 506,8 milhões, sendo R$ 423,8 milhões associados à agricultura e R$ 83 milhões à pecuária.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão

Agronegócio já perdeu R$ 423,8 milhões com chuvas no Rio Grande do Sul

 

A abrangência do desastre é evidenciada pelo fato de que 170 municípios declararam situação de calamidade

Enchente no Rio Grande do Sul

Enchente no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert) 

As chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul têm causado grandes prejuízos, principalmente no setor agropecuário, segundo um levantamento recente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), reportado pela revista Globo Rural. De acordo com os dados levantados até domingo (5/5), os danos financeiros nesse setor já alcançam a marca de R$ 423,8 milhões, em uma amostra de 19 municípios. Contudo, o montante total de prejuízos no estado, incluindo outros setores e o setor público, chega a R$ 559,8 milhões. A abrangência do desastre é evidenciada pelo fato de que 170 municípios declararam situação de calamidade, conforme a Defesa Civil nacional, e mais de 330 foram afetados, de acordo com a Defesa Civil gaúcha.

A CNM expressa preocupação com a insuficiência de recursos federais para lidar com a crise, especialmente em vista do histórico recente de eventos climáticos extremos. No ano anterior, um ciclone extratropical causou danos significativos, resultando em 51 mortes e prejuízos financeiros que ultrapassaram R$ 3 bilhões. Apesar das promessas do governo federal de aporte financeiro, apenas uma fração do montante prometido foi repassada, totalizando R$ 81 milhões, o que representa apenas 11% do valor esperado. A entidade ressalta que a recuperação dos municípios afetados demanda um apoio federal imediato e adequado às necessidades da população.

Os números fornecidos pela CNM ilustram a magnitude dos desastres climáticos no Brasil em 2023. Cerca de 37,3 milhões de pessoas foram afetadas em todo o país, com registros de 258 mortes, 126.345 desabrigados e 717.934 desalojados. Os prejuízos financeiros decorrentes desses eventos somaram R$ 105,4 bilhões, com a agropecuária liderando a lista de setores mais impactados. A agricultura registrou danos de R$ 53,6 bilhões, enquanto a pecuária sofreu perdas de R$ 15,3 bilhões.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Globo Rural

Rio Grande do Sul tem alerta de “perigo extremo” com previsão de mais chuva

 

São esperados mais alagamentos, chuvas de 100mm, ventos de mais de 100 km/h e granizo

Pessoas aguardam por resgate em cima de telhados em meio a enchentes em Canoas, no Rio Grande do Sul 04/05/2024
Pessoas aguardam por resgate em cima de telhados em meio a enchentes em Canoas, no Rio Grande do Sul 04/05/2024 (Foto: REUTERS/Renan Mattos)

 A Climatempo acionou um alerta de “perigo extremo” para os municípios da região Sul do Rio Grande do Sul devido ao risco de alagamentos generalizados, chuva de mais de 100mm, ventos de mais de 100 km/h e granizo, informa o G1.

O alerta fez com que parte da população de algumas cidades da região saíssem de casa. As prefeituras da região adotaram algumas medidas de seguranças, como o bloqueio de ruas, estradas e o cancelamento de aulas. 

Além do novo risco de tempestades, a região Sul também deve sofrer com o aumento do nível da Lagoa dos Patos, que está recebendo a água dos rios que causaram inundações na Região Metropolitana de Porto Alegre e do Vale do Taquari. 

Em municípios como Pelotas e Rio Grande, os maiores da região, cerca de 700 pessoas já estão fora de casa e algumas ruas já estão alagadas. 

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

 

Bolsonaristas atacam Felipe Neto após youtuber abrir vaquinha para vítimas de enchente no RS

 

Extremistas estão irritados com a iniciativa do youtuber em promover ajuda aos atingidos pela tragédia no estado

Felipe Neto
Felipe Neto (Foto: Divulgação/Unesco)

Para além de compartilhar várias fake news sobre a tragédia ambiental que assola o estado do Rio Grande do Sul desde o dia 29 de abril, agora, bolsonaristas estão irritados com a iniciativa do youtuber Felipe Neto em promover ajuda aos atingidos pela tragédia no estado.

A denúncia partiu do próprio youtuber que promove uma campanha para fornecer ajuda com o envio de água potável ao local, item essencial que está em falta no estado.

“Se vcs acham q já viram tudo q os bolsonaristas são capazes… Abram meu vídeo no instagram e leiam os comentários. Eles se uniram pra me xingar por estar tentando juntar dinheiro pra ajudar o RS. Simples assim”, disse.

A tragédia no Rio Grande do Sul já deixou 85 mortos, segundo boletim da Defesa Civil divulgado no fim da tarde desta segunda-feira (6). Mais quatro mortes estão sob investigação para determinação da causa, ou seja, se foram causadas pelas enchentes que atingem o estado.

As autoridades contabilizam 339 feridos, 134 desaparecidos e mais de 201 mil pessoas estão fora de casa, sendo 153.824 desalojados e 47.676 em abrigos públicos. 

As chuvas, que provocaram inundações na maior parte do estado, já afetaram 1.178.226 gaúchos de alguma forma. O número de municípios subiu para 385. 

Fonte: Brasil 247