sexta-feira, 3 de maio de 2024

Cerveja gelada por mais tempo: Conheça os melhores métodos

 

Confira como manter a cerveja gelada por mais tempo e dicas de utensílios que garantem a temperatura correta da bebida.

(Foto: Divulgação)


Apreciadores de cerveja sabem que uma das chaves para uma experiência perfeita é a cerveja gelada, quase trincando. Por isso, é importante entender todos os métodos para que ela se mantenha no grau mais baixo possível.

Além de simplesmente colocar a cerveja no congelador, há outras técnicas que podem ser empregadas para manter a temperatura. O tipo de recipiente, a adição de gelo e até mesmo onde a cerveja é armazenada desempenham papel importante em todo o processo.

Como deixar a cerveja gelada?

Para deixar a cerveja gelada, é importante estar atento desde o tipo de recipiente até o ambiente onde a bebida será armazenada. Utilizar bons utensílios e de fabricantes confiáveis pode ser um bom caminho para a busca da cerveja gelada e perfeita.

Preparar e manter uma cerveja mais gelada por mais tempo é uma arte que combina conhecimento técnico com alguns truques simples. Ao se tratar de uma bebida fria e refrescante, há uma série de fatores a serem considerados. Veja:

Uso de geladeiras e freezers

Quando se faz uso de geladeiras e freezers para manter a cerveja gelada por mais tempo, é importante considerar algumas práticas eficazes. Isso inclui definir a temperatura adequada, que é entre 0°C e 4°C para garantir que a cerveja esteja bem gelada sem congelar.

Se possível, pré-resfrie a geladeira ou freezer antes de colocar as cervejas dentro. Isso ajuda a alcançar a temperatura desejada mais rapidamente.

Armazenamento em menor quantidade

Armazenar uma quantidade menor de cerveja de uma vez pode ser uma estratégia eficaz para manter a bebida gelada por mais tempo. Isso porque uma menor quantidade de cerveja ocupará menos espaço, permitindo que o ar frio circule por todas elas.

É importante também tirar apenas o necessário para consumo. Desta forma, é possível evitar a exposição do restante da cerveja à temperatura ambiente e se torna mais uma garantia de cerveja gelada por mais tempo.

Utilize gelo com água

Outra técnica simples para manter a cerveja gelada é utilizar gelo feito com água em vez de gelo seco. Ao adicionar cubos de gelo com água no recipiente, você cria uma fonte adicional de resfriamento que ajuda a manter a temperatura baixa por mais tempo.

Além disso, o gelo feito com água derrete mais lentamente, proporcionando um tempo maior para a bebida permanecer gelada. Esta dica pode ser considerada para eventos feitos no improviso ou não.

Cuidado com o posicionamento da garrafa/lata

O posicionamento correto das garrafas e das latas de cerveja dentro do freezer, ou geladeira, também desempenha um papel importante na manutenção da temperatura ideal. É recomendável colocá-las na área mais fria do aparelho.

É necessário perceber se elas estão encostando nas paredes internas do refrigerador, isso porque essa condição pode prejudicar a circulação do ar frio ao redor delas. Por isso é importante que elas não sejam colocadas de qualquer forma tanto na geladeira quanto no freezer.

Certifique-se que há espaço para circulação de ar

É necessário haver um espaço adequado entre elas e, também, entre as prateleiras do aparelho. Isso garante que todas as garrafas e latas estejam igualmente expostas à temperatura baixa. É um método importante para garantir o resfriamento eficiente e prolongado das bebidas ali armazenadas.

Evite abrir a geladeira frequentemente

Evitar abrir a geladeira frequentemente é essencial para manter a temperatura interna estável. Desta forma, é possível garantir que a cerveja ficará gelada por mais tempo. Isso porque a cada vez que a porta da geladeira é aberta, o ar frio escapa e é substituído por ar quente.

Portanto, se for possível, é importante planejar e retirar todas as bebidas de uma vez, evitando que a porta seja aberta e fechada com frequência. É importante entender que esse hábito favorece não apenas a bebida que já está sendo consumida, como também as próximas.

Como escolher o recipiente ideal para sua cerveja?

Apesar de muitos não levarem isso em conta, escolher o recipiente ideal para armazenar a sua cerveja também é crucial para manter a temperatura gelada por mais tempo. Geralmente, o uso de recipientes isolados é o mais indicado.

Porém, é sempre importante investir em recipientes que tenham qualidade e eficácia. Ou seja, que cumprem ao prometer que mantém a temperatura da cerveja sempre gelada da forma que deve ser.

Copos e garrafas térmicas

Copos e garrafas térmicas são excelentes opções para manter a cerveja gelada por mais tempo, especialmente quando você está em movimento ou em ambientes onde não há acesso fácil a uma geladeira, como em viagens, passeios ao ar livre, entre outros.

São projetados para manter bebidas quentes ou frias por um período prolongado. Eles são eficazes na manutenção da temperatura da cerveja gelada, especialmente se possuírem uma tampa para minimizar a troca de calor com o ambiente externo.

Um ótimo exemplo é o growler térmico da Stanley, da linha bar, que possui alça e tampa, ideal para levar em qualquer lugar e manter sua cerveja gelada por muito mais tempo!

Caixa térmica e cooler

As caixas térmicas e os coolers são opções clássicas e eficazes para manter a cerveja gelada por mais tempo. Elas são usadas especialmente em eventos ao ar livre, churrascos, piqueniques ou viagens à praia, por exemplo. 

Por serem projetadas com isolamento térmico, elas conseguem manter a temperatura por mais tempo e proteger a cerveja contra as variações de temperatura. Ao investir em um cooler ou caixa térmica de boa qualidade, você garante que terá bebida gelada a todo momento.

Qual é a melhor forma de manter a cerveja gelada enquanto ingere?

A melhor forma de manter a cerveja gelada enquanto ingere é fazer o uso de acessórios específicos para isso. Isso porque, quando se segura a lata ou o copo com as mãos, é possível realizar a transferência de calor para a bebida.

Por isso, ao usar os acessórios certos, é possível criar uma barreira entre as mãos e a cerveja, contribuindo para que a temperatura do líquido não caia. Com isso, também é garantido um consumo mais agradável.

Use canecas com asa

Usar canecas com asa é uma ótima maneira para manter a cerveja na temperatura adequada enquanto ela é ingerida. As canecas com alça permitem que o copo seja segurado sem que a mão se aproxime do líquido, evitando a transferência de calor.

Além disso, outro ponto positivo das canecas com alças é o conforto. Elas oferecem uma pegada mais segura e confortável, diminuindo as chances da mão escorregar e derramar a cerveja.

Congele o copo

Apesar da técnica ser simples, ela é eficaz para manter a cerveja gelada por mais tempo. Ao congelar o copo, você cria uma superfície gelada que ajuda a resfriar a cerveja desde o momento em que ela é despejada.

O copo congelado ainda oferece um frescor extra à cerveja, aprimorando ainda mais a experiência de degustação. Portanto, antes de saborear a sua próxima cerveja, que tal deixar o copo por alguns minutos no congelador?

Utilize suporte de isopor para latas

Mas caso você dispense o uso das canecas com alças ou dos copos congelados, utilizar um suporte de isopor para latas é uma maneira prática para manter a cerveja gelada. Esses suportes são projetados para acomodar as latas de forma que a temperatura interna permaneça estável.

O isopor é um bom isolante térmico, o que significa que só contribui para manter as cervejas geladas por mais tempo, mesmo em ambientes quentes. Além disso, eles são leves e fáceis de carregar, tornando-se ideais para diversos casos.

Gostou das dicas para sempre ter sua cerveja gelada? Então, no próximo churrasco ou confraternização com seus amigos e/ou familiares, já aplique essas dicas e torne o momento muito mais agradável. Aproveite, e compartilhe com seus amigos!

Fonte: Brasil 247

Silvio Almeida: fim das 'saidinhas' "é inconstitucional, contraria a ideia de ressocialização e fortalece o crime organizado"

 "Essa medida só serve para desestabilizar um sistema que já tem muitos problemas, além de fortalecer o crime organizado", afirma o ministro dos Direitos Humanos

Silvio Almeida
Silvio Almeida (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, lançou duras críticas contra o projeto que propõe o fim das saídas temporárias de presos no Brasil. Para Almeida, a medida, além de ser inconstitucional, contradiz os princípios de ressocialização e pode fortalecer o crime organizado, segundo nota enviada por ele a Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

O ministro destacou que o modo como o tema está sendo abordado no país contraria as tendências internacionais de racionalização e redução da pressão sobre o sistema carcerário. Ele ressaltou que a ressocialização é um dos objetivos fundamentais do sistema penitenciário brasileiro e que o fim das saídas temporárias prejudicaria esse propósito.

O presidente Lula (PT) vetou parcialmente o projeto que extinguia as saídas temporárias, mantendo apenas as permissões para datas comemorativas, estudo e trabalho para presos do regime semiaberto. O Congresso deverá reavaliar o projeto, e há expectativas de que o veto presidencial seja derrubado, o que reinstauraria as restrições às visitas familiares para detentos.

"Isso contraria a ideia de ressocialização, que é um dos objetivos expressos na lógica do sistema penitenciário brasileiro. Ou seja, essa medida só serve para desestabilizar um sistema que já tem muitos problemas, além de fortalecer o crime organizado que ganha mais mão de obra", afirmou Silvio Almeida.

Ele enfatizou que considera o projeto inconstitucional por inviabilizar a ressocialização e por tendencialmente aumentar o caos já presente no sistema penitenciário.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Políticos fugitivos da Venezuela roubaram mais de US$ 1 bilhão em petróleo, diz procurador-geral

 

Acusação é baseada nos depoimentos de funcionários e empresários detidos anteriormente em um caso de corrupção na empresa estatal de petróleo PDVSA

Tarek Saab
Tarek Saab (Foto: Gaby Oraa/Reuters)


Sputnik - O Ministério Público da Venezuela emitirá novos mandados de prisão e pedidos de extradição para os políticos da oposição venezuelana Leopoldo Lopez e Julio Borges, que estão vivendo no exterior, após revelações de que eles roubaram mais de US$ 1 bilhão em petróleo, disse o procurador-geral venezuelano Tarek William Saab.

"As entregas... são avaliadas em mais de US$ 1 bilhão... O envio mínimo era de dois milhões de barris por navio, com um valor estimado entre US$ 120 milhões e US$ 140 milhões, dependendo do preço de mercado... Devido às novas revelações, os promotores do caso solicitarão um novo mandado de prisão para Leopoldo Lopez e Julio Borges, assim como um novo pedido de extradição", afirmou Saab em uma aparição televisiva na emissora venezuelana VTV nesta quinta-feira (2). 

A promotoria do estado venezuelano, baseada nos depoimentos de funcionários e empresários detidos anteriormente em um caso de corrupção na empresa estatal de petróleo PDVSA, recebeu informações de que Lopez e Borges, que são fugitivos da justiça venezuelana na Colômbia e na Espanha, foram beneficiários do roubo de petróleo bruto. Segundo os depoimentos, pelo menos oito navios de petróleo bruto foram roubados com a ajuda de dois contratados da PDVSA.

Como parte do caso de corrupção na PDVSA, 54 pessoas já foram detidas, incluindo o ex-vice-presidente venezuelano e ex-ministro do Petróleo, Tareck El Aissami, e o ex-ministro da Economia, Finanças e Comércio Exterior Alejandro Serpa. O caso de um grupo de funcionários que estava distribuindo manualmente cargas de petróleo bruto, coque e óleo combustível para indivíduos e a Superintendência Nacional de Criptoativos sem supervisão administrativa tornou-se uma investigação de conspiração política após os depoimentos. Os depoimentos revelaram que El Aissami e seus supostos cúmplices estavam em contato com extremistas da oposição fugitivos e oficiais dos Estados Unidos por anos, recebendo instruções para desestabilizar a economia do país.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

 

"Não é papel do governo mobilizar atos", diz Márcio Macêdo após 1º de maio marcado por baixa adesão

 

 Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, responsável pela relação entre governo e movimentos sociais, passou a sofrer com pressão interna após o ato esvaziado

 

Márcio Macêdo
Márcio Macêdo (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 

Depois que o próprio presidente Lula (PT) reclamou publicamente da baixa adesão dos trabalhadores ao ato do dia 1º de maio em São Paulo, na quarta-feira (1), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo (PT), passou a ser criticado internamente e apontado como responsável por expor Lula a uma espécie de 'constrangimento'.

Diante da plateia esvaziada, Lula citou Macêdo e disse que o ato havia sido "mal convocado". "[Macêdo] é responsável pelo movimento social brasileiro. Não pensem que vai ficar assim. Ontem [terça-feira], eu disse para o Márcio que o ato está mal convocado. Não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar".

Ao jornal O Globo, o ministro afirmou que a mobilização dos atos é de responsabilidade dos movimentos sociais. "Não é papel do governo mobilizar atos das centrais sindicais ou dos movimentos sociais. Vamos continuar fazendo o nosso trabalho de participação e diálogos sociais com os movimentos e a sociedade".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

Portugal volta atrás e ignora inventário para devolver tesouros às ex-colônias, incluindo Brasil

"Não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com esse propósito", disse a pasta da Cultura do governo do primeiro-ministro, Luís Montenegro

(Foto: Canva)

Sputnik - Em novembro de 2022, o então ministro da Cultura português, Pedro Adão e Silva, anunciou que o país faria um inventário de tesouros sob seu poder para devolvê-los às ex-colônias, no entanto, Lisboa voltou atrás.

Na época, Adão e Silva prometeu criar um grupo de trabalho para elaborar a lista e sublinhou que seria um detalhado processo de levantamento realizado com ajuda de acadêmicos e diretores de museus.

Agora, a pasta da Cultura do governo do primeiro-ministro, Luís Montenegro (PSD), informou à coluna Portugal Giro do jornal O Globo que "o Ministério da Cultura não tem nada a acrescentar sobre este assunto".

Questionado pela mídia se o inventário de bens das ex-colônias estava em andamento ou foi interrompido, a pasta apenas enviou um comunicado no qual ressalta que "as relações do povo português com todos os povos dos Estados que foram antigas colônias de Portugal são verdadeiramente excelentes", ao mesmo tempo que relata diversas iniciativas portuguesas com esses países.

No entanto, não diz nada sobre o inventário para devolução dos tesouros e em um ponto sublinha que "não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com esse propósito".

A resposta sobre a iniciativa chega dias após o presidente Marcelo Rebelo de Sousa trazer à tona o debate em torno do pagamento dos custos da escravidão nas ex-colônias.

Montenegro ficou em silêncio depois da declaração do presidente e se limitou a declarar que "há um comunicado que diz tudo o que é a posição do governo" quando indagado sobre o assunto semana passada, relata a CNN Portugal.

Ontem (2), em visita oficial a Cabo Verde, ex-colônia de Portugal, Rebelo de Sousa voltou a defender a reparação e disse que "não podemos colocar travões [freios] a novos passos de cooperação".

Na proposta feita pelo então governo socialista do ex-premiê António Costa, os tesouros a serem devolvidos seriam "obras de arte, bens culturais, objetos de culto e até restos mortais ou ossadas retiradas das suas comunidades originais".

Fonte: Brasil 247

 


Lula deve intensificar agenda com Boulos para alavancar pré-candidatura do psolista em São Paulo

 

Deputado federal e pré-candidato deve ser convidado para participar de eventos no Palácio do Planalto para produzir imagens ao lado do presidente Lula

(Foto: Ricardo Stuckert)

 Apesar das críticas por declarar apoio à pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (Psol) à Prefeitura de São Paulo no ato que marcou o Dia do Trabalho (1), em São Paulo, o presidente Lula (PT) deverá intensificar a agenda ao lado do parlamentar. Segundo a coluna do jornalista Ricardo Noblat, do Metrópoles, “o PT está elaborando formas de colar Boulos à figura de Lula, sem que necessariamente os dois estejam em São Paulo. Por isso, o deputado federal deve ser mais vezes convidado a eventos no Palácio do Planalto para produzir imagens ao lado do petista”.

A aposta do PT reside na popularidade de Lula na capital paulista, evidenciada por sua vitória no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, onde obteve 53% dos votos no segundo turno. Além disso, um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, realizado entre os dias 26 de abril e 1 de maio, indicou um cenário competitivo para Boulos, que figura em segundo lugar nas intenções de voto, com 29,8%, apenas 5,4 pontos percentuais atrás do atual prefeito e candidato à reeleição  Ricardo Nunes (MDB), que possui 35,2%. Considerando a margem de erro de 2,9%, ambos estão tecnicamente empatados. No entanto, na projeção de segundo turno, Nunes tem quase dez pontos de vantagem.

Por outro lado, a estratégia de Lula de pedir votos a Boulos durante uma celebração do Dia do Trabalhador em São Paulo foi interpretada por opositores e pela Justiça Eleitoral como campanha antecipada. O juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, ordenou que o governo e o YouTube retirassem do ar a transmissão do evento, argumentando que o vídeo poderia afetar a paridade na disputa eleitoral paulista.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Chuvas no RS: por que chove tanto no estado?; entenda as causas

 

Meteorologista explica que enchentes vão durar dias

O Rio Grande do Sul vive um dos maiores desastres climáticos de sua história. As fortes chuvas, que já duram dias, causaram mortes, deixaram cidades debaixo d'água e ameaçam o rompimento de barragens. Quais são as explicações para tanta chuva no estado?

Em entrevista à TV Brasil, o meteorologista e coordenador-geral de Operação e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi, explica que o fenômeno é resultado da junção de diversos fatores. Segundo ele, a onda de calor localizada na região central do Brasil com alta pressão atmosférica leva à formação de ar seco e quente, que acaba por bloquear a passagem das frentes frias para o norte do país.

"Essas frentes frias vêm da Argentina, chegam rapidamente na Região Sul e não conseguem avançar. Temos uma sucessão de frentes [frias] que se tornaram estacionárias e estão mantendo as chuvas durante vários dias", explicou.

Seluchi não descarta ainda que as chuvas sejam reflexo do El Niño, que está em etapa final, e de forma indireta das mudanças climáticas, já que a atmosfera e os oceanos estão mais quentes, produzindo vapor adicional para formação das chuvas. 

Até quando vai chover?

Seluchi prevê que os temporais ainda vão perdurar por dias, em razão de um fenômeno que ocorre no Oceano Pacífico, chamado sistema de bloqueio, que influencia no Brasil. Nesse sistema, conforme o meteorologista, uma situação atmosférica fica estagnada e persiste por dias. 

"Esta situação [chuvas], infelizmente, deve se manter, com poucas mudanças, pelo menos até sábado com volumes muito elevados ainda, até superiores a 250 milímetros, especialmente na porção centro-norte do estado", disse

De acordo com a previsão, no domingo, as chuvas devem continuar, mas já começam a perder força. 

Conforme Seluchi, as frentes devem oscilar, podendo ir mais ao sul do continente, para o Uruguai, ou subir para Santa Catarina. A partir daí, as chuvas devem ser menos volumosas e com período maior sem chuva. 

Terra encharcada

Seluchi alerta que o processo para absorção do volume de água também levará dias. 

"Toda a água que já caiu no estado vai ser drenada, o que vai levar vários dias para se normalizar", acrescentou

Por causa das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, o Lago Guaíba, que banha a capital, Porto Alegre, pode elevar em até cinco metros o nível até esta sexta-feira (5). 

Situação inédita

De acordo com Seluchi, o cenário pode ser considerado inédito para o estado e um dos maiores desastres no país. 

Os volumes de chuva, diz o especialista, já foram registrados em outras partes do Brasil, porém não com tanta abrangência territorial. 

"Esses volumes não são inéditos, mas a abrangência espacial da chuva seja inédita", disse. 

Assista na TV Brasil

Fonte: Agência Brasil

Chuvas no Rio Grande do Sul deixam 31 mortos e 74 desaparecidos


Segundo a PRF, 39 rodovias estão totalmente bloqueadas no estado


O boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul atualizado na manhã desta sexta-feira (3) confirmou 31 pessoas mortas, 56 feridas e 74 desaparecidas em todo o estado, por causa das fortes chuvas que atingem a região desde a última terça-feira 30. Há ainda 7.165 pessoas em abrigos e outras 17.087 desalojadas, em 235 municípios atingidos.

A Polícia Rodoviária Federal também informou que até o momento, há 53 trechos de rodovias federais no estado com bloqueios, sendo 39 totais e 14 parciais. Alguns foram interditados por quedas de barreiras, desmoronamentos, erosão e acúmulo de água e outros foram realizados de forma preventiva por apresentarem rachadura na pista ou ponte coberta pelas águas dos rios.

Forças Armadas

O Ministério da Defesa determinou, nesta sexta-feira (3), o estabelecimento de um comando operacional das Forças Armadas para atuar em apoio logístico às ações de proteção e Defesa Civil dos municípios gaúchos afetados pelas chuvas intensas. Foram estabelecidas diretrizes semelhantes às estabelecidas na região em setembro de 2023.

De acordo com portaria publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União, os militares deverão ativar Comando Operacional Conjunto Taquari 2 que deverá ser instruído pelo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, o general Richard Nunes. Desde a última quarta-feira, 626 militares já haviam sido deslocados à região para atuarem no apoio às vítimas.

Também foram mobilizadas 45 viaturas, 12 embarcações e oito aeronaves, além de equipamentos de engenharia para transporte de material e pessoal. Um hospital de campanha está sendo montado no município de Lajeado com estrutura de enfermaria, 40 leitos, dois consultórios de atendimento médico e um de triagem.

As diretrizes para o comando operacional foram estabelecidas após o reconhecimento do estado de calamidade pública em todo o estado Rio Grande do Sul pela Defesa Civil Nacional.

Fonte: Agência Brasil

Lula é convidado para conferência de paz na Suíça que vai debater guerra na Ucrânia

 Auxiliares do presidente, entretanto, avaliam que ausência de representante russo coloca em xeque resultados práticos da reunião

O presidente Lula (PT) foi convidado pelo governo da Suíça para participar de uma conferência de paz sobre a guerra na Ucrânia que, entre outros pontos, reconhece que um futuro processo negociador só terá êxito caso a Rússia participe — princípio que se aproxima ao defendido pelo Brasil.


Conselheiros do presidente, no entanto, encaram a proposta suíça com ceticismo e temem que a reunião não alcance avanços significativos justamente por não contar com representante de Moscou — segundo o país organizador, o governo liderado por Vladimir Putin não foi convidado por ter avisado anteriormente que não pretendia enviar delegação.


Outro ponto que gera receio no governo Lula é o fato de a cúpula estar sendo organizada pela Suíça a pedido do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. A expectativa é que ele esteja presente.


Auxiliares de Lula consideram que qualquer proposta de negociação que tenha como base os 10 pontos de paz propostos por Zelenski não tem futuro, uma vez que eles envolvem a retirada de tropas russas de território ocupado e o estabelecimento de um tribunal especial para julgar crimes de guerra de Moscou —exigências inaceitáveis para Putin.


Para tentar convencer o Brasil a participar, os suíços têm argumentado que a cúpula foi convocada a pedido da Ucrânia, mas que a presidência dos trabalhos será de responsabilidade de Berna. O plano de Zelenski, dizem, não será o norte das tratativas.


O convite formal foi entregue na terça-feira (30) ao chanceler Mauro Vieira pelo chefe do Departamento de Assuntos Estrangeiros da Suíça, Ignazio Cassis, durante visita do brasileiro ao país europeu.


Vieira disse no encontro que a Suíça tem legitimidade e tradição para organizar um processo de paz sobre a Ucrânia, mas que não poderia antecipar se Lula vai ou não à cúpula.


Lula ainda não decidiu se vai comparecer. Um dos pontos indefinidos que são considerados pelo Brasil é qual será o nível de representação de outros países, principalmente aliados do país no Brics. Além dos sócios tradicionais — Rússia, Índia, China e África do Sul —, o bloco foi recentemente expandido para incluir Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.


Foram convidadas 160 delegações, e entre elas há países importantes do chamado Sul Global, como China, Índia e Arábia Saudita. O encontro está agendado para ocorrer nos dias 15 e 16 de junho, no luxuoso complexo hoteleiro de Bürgenstock, em Lucerna. As datas foram escolhidas por causa da proximidade com a cúpula do G7, que ocorre entre os dias 13 e 15 de junho na Itália, país vizinho.


Liderado pelos Estados Unidos, o G7 é um grupo de países industrializados que têm posição comum de apoiar a Ucrânia.

A expectativa da Suíça é que a proximidade das datas seja um estímulo para a presença de autoridades que estarão na cidade italiana de Fasano, principalmente o presidente dos EUA, Joe Biden. Lula foi chamado para a reunião do G7, mas ainda não confirmou presença.


De acordo com interlocutores no governo Lula, outro argumento que tem sido usado pelos suíços para pedir que o petista participe é que apenas um seleto grupo de líderes poderá discursar na cúpula em Bürgenstock — e que haverá um equilíbrio entre nações do Ocidente e do Sul Global. O Brasil seria um desses participantes com destaque.


Na nota sobre a reunião, a Suíça apresenta pontos que se distanciam de fórmulas de negociação anteriores encabeçadas por países do Ocidente. Ao destacar que não convidou a Rússia porque o governo Putin já havia manifestado desinteresse em participar, os suíços dizem reconhecer que qualquer processo futuro de paz sem Moscou é “impensável”.


“A Rússia não foi convidada nessa etapa. A Suíça sempre se mostrou aberta a estender um convite [a Moscou] para essa cúpula. No entanto, a Rússia disse em repetidas ocasiões, e também de forma pública, que não tem interesse em participar dessa primeira cúpula”, diz o comunicado.


“A cúpula na Suíça tem o propósito de iniciar um processo de paz. A Suíça está convencida de que a Rússia precisa estar envolvida nesse processo. Um processo de paz sem a Rússia é impensável”.


A recepção da iniciativa da Suíça foi ruim em Moscou. Segundo a agência Reuters, um porta-voz do Kremlin disse nesta quinta (2) não ver sentido na iniciativa.


O governo da Suíça argumenta que o propósito da reunião é “inspirar um processo de paz futuro e avançar elementos práticos e os passos necessários em direção a esse processo”.


Nesse sentido, os organizadores pretendem abordar três pontos: proteção das instalações nucleares na Ucrânia, segurança alimentar que permita o escoamento de grãos para o abastecimento internacional e aspectos humanitários (desminagem, troca de prisioneiros e proteção à população civil).


Já o encontro de líderes lançaria as bases políticas de um processo negociador mais robusto no futuro, na visão de Berna.


As tratativas para a organização da conferência de paz começaram há meses. O tema foi tratado em janeiro entre autoridades suíças e o assessor internacional de Lula, embaixador Celso Amorim, à margem da reunião de conselheiros de segurança nacional em Davos.


Amorim foi consultado ainda em uma carta, à qual respondeu ressaltando a posição brasileira de que o êxito de qualquer negociação depende de que a Rússia esteja sentada à mesa.


O receio de integrantes do governo Lula é que o processo seja uma repetição de outros esforços de negociação vistos como improdutivos tanto pelo Planalto como pelo Itamaraty.


Uma reunião sobre o tema no ano passado na Dinamarca, por exemplo, foi considerada infrutífera por ressaltar a visão de países do Ocidente e por desconsiderar posições de países com opiniões diferentes, como o Brasil.


Caso decida participar da cúpula em Lucerna, o presidente Lula voltará a se envolver com um tema de política externa que lhe gerou atritos com EUA e países da Europa no começo do seu mandato.


Nos primeiros meses de 2023, Lula defendeu em diferentes ocasiões que um grupo de países deveria se unir para discutir a paz na Ucrânia. Ele disse que a paz dependia igualmente de Putin e Zelenski e declarou que os EUA incentivavam o conflito.


Com o passar do tempo, o petista se distanciou do assunto e passou a abordar a guerra da Ucrânia com menos frequência em seus discursos.



Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.