sexta-feira, 3 de maio de 2024

Pastor diz que beijou a boca de sua filha: 'mulherão' (vídeo)

 

"Ai se eu te pego", teria dito o religioso à filha

Lucinho Barreto
Lucinho Barreto (Foto: Reprodução)

 

Pastor da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG), Lucinho Barreto disse que beijou a boca da própria filha quando ela era menor de idade. As declarações foram concedidas durante culto com público exclusivamente masculino.

"Nossa que mulherão, ai se eu te pego", teria dito o pastor à filha. "Quando eu encontrar seu namorado, eu vou falar assim: você é o segundo, eu já beijei". O relato foi publicado no portal Uol.

Filha do pastor, Mimy Barret (nome dela no Instagram) afirmou que retiraram fala de contexto. Ela diz que "seu pai nunca fez nada com ela". "Sempre foi um exemplo de uma figura paterna maravilhosa" e que considera perfis que viram pedofilia nos casos como "maldosos".

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Uma publicação compartilhada por Emily Barreto Bichara (@mimybarret)

Fonte: Brasil 247

Mulher que levou tio morto a agência bancária é libertada de presídio no RJ

 Érika Souza Vieira Nunes, de 42 anos, saiu do presídio feminino e foi abraçada por familiares

A dona de casa Érika Souza Vieira Nunes, de 42 anos, que levou o tio já morto a uma agência bancária para tentar obter um empréstimo, foi liberada do presídio feminino, em Bangu, por volta das 15h40 desta quinta-feira. Acompanhada da advogada, a mulher saiu com o rosto coberto, segurando uma bíblia, e foi ovacionada pelos familiares que gritavam “glória a Deus!” pela sua saída. Érika foi colocada em um carro e levada para casa.


A advogada dela e os parentes chegaram na porta da unidade por volta das 9h40. Emocionado, o filho mais velho dela, Eliseu Nunes dos Santos, de 28 anos, informou ao Globo que a saída da mãe é uma vitória e que “ela ainda provará sua inocência”.


“Estamos felizes com a saída dela. Minha irmã mais nova pergunta por ela todos os dias. Minha mãe vai conseguir provar sua inocência e tentar voltar para normalidade. Estamos sofrendo com a partida do tio Paulo. Foram duas perdas grandes, a partida dele e a prisão dela. Agora, é orar por justiça”, afirmou o rapaz.


Ela foi presa em flagrante no dia 16 do mês passado após levar o idoso Paulo Roberto Braga ao banco em Bangu, na Zona Oeste.


A advogada de Érika, Ana Carla de Souza, disse que ela “chorou muito ao saber que responderia ao processo em liberdade”. Carla comentou ainda que, neste primeiro momento, a mulher evitou falar sobre a morte do tio, mas garantiu que ela “provará sua inocência”.


“Existem perguntas que só a Érika pode responder. Neste primeiro momento ela não quer falar sobre o tio. Ela chorou muito ao saber da liberdade. Deus faz perfeito no seu devido tempo, então chegou o grande dia que a família tanto aguardava”, comemorou a advogada.


A defesa defende que Érika por ser uma pessoa “muito digna, honrada, idônea” teve a revogação da preventiva aceita pela Justiça.


“A doutora Luciana, responsável para a segunda vara criminal, liberou ela para responder o processo de liberdade. Ela (Érika) tem que estar assinando em cartório porque é uma medida alternativa à prisão, uma vez por mês”, completou.


Érika de Souza vai responder por vilipêndio de cadáver e estelionato. A Polícia Civil, no entanto, passou a investigá-la por homicídio culposo. A família da mulher disse que a decisão do delegado de investigá-la por homicídio “é muito injusta”.


Fonte: Agenda do Poder

Lava Jato falava em ‘destruir’ J&F em acordo de leniência, revela Operação Spoofing

 Procuradores se articularam para ‘compensar’ suposta percepção de ‘impunidade’ gerada pela delação dos donos da empresa, mostram novos diálogos

Novos diálogos vazados no âmbito da Operação Spoofing revelam discussões internas onde membros da força-tarefa da Lava Jato expressaram intenções de “destruir” a J&F durante as negociações de um acordo de leniência, informou a coluna Grande Angular do portal Metrópoles.


Os diálogos, datados de maio de 2017, expõem uma estratégia agressiva adotada pelos procuradores para “compensar” a suposta percepção de “impunidade” gerada pela delação dos donos da empresa, Wesley e Joesley Batista. A divulgação aconteceu após delação de Joesley Batista. 


O vazamento das mensagens aponta críticas ácidas da Lava Jato à postura da Procuradoria-Geral da República (PGR) diante da reação negativa ao conteúdo da delação. Os procuradores da Lava Jato discutiram maneiras de reverter essa percepção, planejando uma abordagem mais severa durante as negociações do acordo de leniência.


Em uma das mensagens, publicada às 15h32 de 20 de maio, um membro do grupo sugere: “Agora é ir contra a empresa e destruí-la”. Embora a autoria não seja explicitamente confirmada, a reportagem da coluna atribui a mensagem ao ex-procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima “porque esse mesmo usuário compartilhou com os colegas do grupo um post que faria no Facebook e, ao fim do texto, tinha a assinatura com [seu] nome completo”.


Em seguida, o mesmo ex-procurador acrescentou: “temos que ir pro ataque. Nosso pessoal é muito defensivo. Não há muito o que defender sobre os acordos de colaboração, salvo dizer que a quantidade dos fatos e a importância deles, especialmente considerando a necessidade de ser fechado rapidamente o acordo por causa do sigilo, foram as causas do benefício. Por outro lado, isso será compensado com a leniência ou com o patrimônio da empresa. Vamos manter pressão”.


As articulações também envolviam o ex-procurador Deltan Dallagnol, que afirmava manter contato com a PGR após uma nota divulgada pelo órgão sobre o caso, a qual considerou “péssima”.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

Lula recebe primeiro-ministro do Japão nesta sexta

 Lula e Kishida conversarão sobre comércio de carne bovina e investimentos, meio ambiente, transição energética e combate à fome e à pobreza

Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e Fumio Kishida
Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e Fumio Kishida (Foto: Ricardo Stuckert)

 O presidente Lula recebe no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (3) o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, acompanhado de 35 lideranças empresariais. Lula e Kishida terão uma reunião bilateral e depois participarão de cerimônia de assinatura de atos, seguida de declaração à imprensa.

"Durante a reunião, Lula e o primeiro-ministro japonês abordarão tópicos de interesse dos dois países, tais como: elevação dos fluxos de comércio de carne bovina e investimentos, cooperação em iniciativas ambientais, parceria em transição energética e, como o Brasil atualmente preside o G20, o diálogo sobre iniciativas de combate à fome e à pobreza também estará na pauta", segundo informou o governo brasileiro. "Lula e Kishida conversarão ainda sobre a cooperação nos foros multilaterais em prol da paz, da democracia, da reforma da governança internacional, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), além de tópicos relacionados à paz, à segurança e ao desarmamento".

"O Japão tem uma participação histórica no desenvolvimento econômico brasileiro, teve um papel importante no desenvolvimento da agricultura, mas também na indústria siderúrgica, automotiva, celulose. É um importante investidor externo do Brasil, e eu acho que na visita serão apresentadas as oportunidades para a ampliação da presença japonesa nos investimentos, particularmente nos projetos ligados à neoindustrialização e ao novo PAC", explica o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Brasil 247

"Se tivesse sido informado sobre baixa expectativa, Lula não teria confirmado a presença", dizem aliados sobre 1º de maio

 

“Se tivesse sido bem informado sobre a baixa expectativa de público, Lula não precisaria ter confirmado a presença”, disseram aliados do presidente

Lula

 O presidente Lula era a atração principal do evento do 1º de maio que ocorreu de forma esvaziada nesta quarta-feira. De acordo com medição da USP, o evento reuniu menos de duas mil pessoas.

“Se tivesse sido bem informado sobre a baixa expectativa de público, Lula não precisaria ter confirmado a presença”, disseram aliados do presidente ao jornal Folha de S.Paulo ao indicarem vários erros cometidos na organização do ato do que celebra o dia do trabalhador. 

De acordo com a reportagem assinada por Catia Seabrae Matheus Teixeira, “o entorno de Lula (PT) aponta uma série de erros na organização do ato em comemoração do Dia do Trabalhador, na quarta-feira (1º), e na própria participação do presidente. O time do presidente tem reverberado o discurso crítico de Lula e culpado o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo (PT), pelo fracasso do ato. Ele é o responsável no governo pela relação com os movimentos sociais e, segundo aliados, estimulou o mandatário a participar do evento”.

Fonte: Brasil 247 com informação da Folha de S. Paulo

'Pleno emprego é uma ameaça à missão de Campos Neto de sabotar o Brasil', dispara Gleisi

 

“Depois de incentivar a especulação por causa da revisão da meta fiscal, agora ele reclama que o desemprego ficou menor do que o mercado gostaria”, pontuou a presidente do PT

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto
Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: ABr)

 

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais para criticar as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre ser uma "grande surpresa" a indicação de pleno emprego no Brasil e que isso poderá resultar no aumento da inflação.

"Lá vem o bolsonarista Campos Neto ameaçando o país de novo com sua grande obra: a maior taxa de juros do planeta. Depois de incentivar a especulação por causa da revisão da meta fiscal, agora ele reclama que o desemprego ficou menor do que o mercado gostaria. Para o presidente do BC, a perspectiva de pleno emprego é uma ameaça à sua missão de sabotar o crescimento do Brasil. É escandaloso que isto tenha sido notícia justamente no Dia do Trabalhador", postou Gleisi no X, antigo Twitter. 

A afirmação de Campos Netto foi dada à CNN Brasil. "O BC adora quando temos um regime de emprego pleno, quando todo mundo que está procurando trabalho encontra, que é nossa situação atual, que melhorou muito e foi uma grande surpresa. Outros países também passaram por isso, mas o Brasil foi uma grande surpresa", disse o presidente do Banco Central na entrevista exibida na quarta-feira (1). “A preocupação vem quando as empresas não conseguem contratar, e você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí”, completou. 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2024 ficou em 7,9% - menor já registrada para um trimestre encerrado em março desde 2014 -, representando um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando o indicador estava em 7,4%. 

Nesta quinta-feira (2), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverá se reunir com Campos, no gabinete do ministério em São Paulo, para discutir as tendências econômicas do Brasil. 

Fonte: Brasil 247

Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo


Novo status sanitário será submetido à organização internacional


O governo federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.

“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil", celebrou Fávaro.

Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.

"Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária", afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.

Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.

O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.

A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.  

Fonte: Agência Brasil

Flu arranca vitória de 1 a 0 sobre o Santos no Brasileiro Feminino


Flamengo supera Botafogo por 3 a 2 em clássico carioca


Com um gol de Mileninha no final da partida, o Fluminense arrancou a vitória de 1 a 0 sobre o Santos, na noite desta quinta-feira (2) no Estádio Ulrico Mursa, em partida válida pela 8ª rodada da Série A1 do Campeonato Brasileiro de futebol feminino. O confronto teve transmissão ao vivo da TV Brasil.

Em um confronto parelho, a equipe Tricolor contou com o faro de gol de Mileninha, que havia acabado de entrar no gramado, para vencer. A camisa 14 do Flu aproveitou uma bola que sobrou na área para apenas empurrar para o fundo do gol adversário já aos 45 do segundo tempo.

Com a vitória, a equipe das Laranjeiras chegou aos oito pontos, subindo para a 11ª posição da classificação. Já o Santos permaneceu com sete pontos, agora na 12ª colocação.

Vitória no clássico

No clássico carioca entre Flamengo e Botafogo, as Meninas da Gávea triunfaram por 3 a 2 na tarde desta quinta no estádio Luso Brasileiro. Graças a gols de Jucinara, Gisseli e Fabi Simões a equipe da Gávea venceu para alcançar a 9ª posição da classificação com 11 pontos.

Já o Botafogo, que contou com gols de Gabi Itacaré e de Kélen, permaneceu com sete pontos, mas na 13ª posição.

Empate em Contagem

O terceiro confronto da competição desta quinta terminou com empate de 1 a 1 do América-MG com o Bragantino, em jogo disputado no Gregorão, em Contagem. O resultado acabou sendo bom para os dois times, que permaneceram no G8 da classificação.

O Bragantino, que abriu o placar com Karol Bermúdez, chegou aos 13 pontos, na 6ª posição. Já o América-MG, que empatou com Hingredy, alcançou os 14 pontos, na 5ª colocação.

Fonte: Agência Brasil

Botafogo supera Vitória para abrir vantagem na Copa do Brasil


São Paulo derrota o Águia de Marabá por 3 a 1 no Mangueirão


O Botafogo derrotou o Vitória por 1 a 0, na noite desta quinta-feira (2) no estádio Nilton Santos, para ficar em vantagem na disputa por uma vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil. Agora as equipes voltam a medir forças no dia 21 de maio, no Barradão, em Salvador, para decidir quem fica vivo na competição nacional.

Após uma etapa inicial com pouca inspiração de lado a lado, o Alvinegro de General Severiano garantiu a vitória graças a uma bela trama coletiva que terminou com um toque sutil do meio-campista Eduardo para bater o goleiro Lucas Arcanjo aos 19 minutos do segundo tempo.

Agora as duas equipes se concentram no Campeonato Brasileiro, no qual o Vitória recebe o São Paulo no Barradão a partir das 16h (horário de Brasília) de domingo (5), mesmo dia no qual o Botafogo mede forças com o Bahia, mas a partir das 18h30.

Vitória fora de casa

Quem também entrou em campo nesta quinta pela Copa do Brasil foi o São Paulo, que foi até o estádio Mangueirão, em Belém, no Pará, para derrotar o Águia de Marabá por 3 a 1.

Com este resultado, o São Paulo, que entrou em campo com uma equipe alternativa, pode até mesmo ser derrotado por um gol de diferença na volta que garante a classificação direta para as oitavas de final. O Águia chegou a abrir o placar com Wender, mas a equipe comandada pelo argentino Luis Zubeldía virou graças a um gol de Luiz Gustavo e outros dois de Juan.

Outros resultados:

CRB 1 x 0 Ceará
Goiás 1 x 0 Cuiabá
Palmeiras 2 x 1 Botafogo-SP

Fonte: Agência Brasil

Brasil sobe 10 posições em ranking mundial de liberdade de imprensa


Levantamento foi divulgado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras

O Brasil subiu dez posições no ranking de liberdade de imprensa e chegou ao 82º lugar entre 180 países citados em levantamento da organização não governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Trata-se da melhor colocação do Brasil nos últimos dez anos. Desde o último relatório divulgado pela entidade, o país recuperou, ao todo, 28 posições. O documento foi divulgado nesta sexta-feira (3), Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

Segundo o jornalista Artur Romeu, diretor do escritório da Repórteres Sem Fronteiras para a América Latina, o resultado confirma uma tendência registrada no ano passado, com a percepção dos especialistas após o fim do governo de Jair Bolsonaro. “Foi um governo que exerceu uma forte pressão sobre jornalismo de diferentes formas, com uma postura e um discurso público orientado pela crítica à imprensa”, afirmou. Romeu contextualiza, entretanto, que a pontuação brasileira ficou praticamente estável, com acréscimo de 0,08 de 2023 para 2024, mas outros países caíram mais, o que levou à subida do Brasil.

O chefe do escritório da RSF explica que os especialistas consultados entendem que a melhora que tinha sido antecipada para o Brasil se confirmou, como cenário geral. Ele salienta que o ranking é baseado em um conjunto de indicadores que avaliam as pressões sobre a liberdade de imprensa. “Essa subida das posições é mais uma sinalização de estabilidade do que necessariamente de progresso.  É importante reforçar que se trata de uma estabilização em relação a uma perspectiva de melhora que se concretizou”, acrescenta.

A coleta foi feita nos meses de dezembro e janeiro a partir de 120 perguntas traduzidas em 26 idiomas com milhares de respondentes. “Cada especialista aborda o próprio país em que vive”, diz Romeu. Publicado anualmente, desde 2002, o ranking é feito a partir de índices que consideram questões políticas, sociais e diferentes ordens econômicas. Romeu explica que o documento é utilizado por organizações internacionais como o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e agências de cooperação internacional como um indicador de referência sobre as garantias para que os jornalistas possam atuar livremente.

Distensionamento

A posição do Brasil, segundo Romeu, estaria relacionada a uma postura pública de reconhecimento e valorização do trabalho da imprensa e se traduziu inclusive em medidas concretas como a criação, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), do Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores. “Houve melhorias também no âmbito da garantia de acesso à informação e à transparência pública. Houve um distensionamento em parte desse cenário. Então, isso tudo tem um reflexo nas condições que estão colocadas para os jornalistas e os meios de comunicação operarem no país.”

Arthur Romeu cita também que o Brasil estruturalmente mantém concentração midiática, na mão de poucos grupos, e que os problemas econômicos deixam o setor mais vulnerável. “Isso se reflete na capacidade de ingerência ou de pressão sobre os veículos”, observa. Uma pressão que vem de agentes econômicos como anunciantes, que exercem ação sobre as linhas editoriais dos veículos.

Insegurança

Outro ponto negativo que foi levado em conta no relatório tem relação com a percepção de insegurança. “O Brasil é o segundo país da América Latina com o maior número de jornalistas assassinados e com uma cadeia de violências muito ampla. São ameaças, perseguições, assédio oficial e moral e agressões físicas, por exemplo.” Nesse sentido, a violência contra a imprensa se traduz na consolidação de um ambiente mais desfavorável para a profissão. 

Desinformação

Outra questão central, para avalia Artur Romeu, é a necessidade de regulação das plataformas para garantia da integridade informativa, em um cenário de desinformação. “O canal de distribuição não é mais a banca de jornal na esquina. As grandes plataformas operam ainda no Brasil num cenário ainda marcado por um processo de, supostamente, autorregulação.”

Ele considera que exista um vazio regulatório, com o não aprovação até hoje do Projeto de Lei das Fake News (PL 2.630) pelo Congresso, em torno de temas como desinformação e inteligência artificial. “É preocupante que o Brasil dê um passo atrás no momento em que parecia ter chegado em um texto que trazia ali um arcabouço que se fundamentava em boas práticas.”

Ações de políticos

O diretor do escritório da RSF para a América Latina explica que a principal tendência que o ranking mundial da liberdade de imprensa traz é que a maior queda de indicador “político”, dentre os cinco utilizados no levantamento.

“Há uma percepção de que os atores políticos dos estados, que seriam aqueles que deveriam ser os responsáveis por garantir as condições para um livre exercício de jornalismo, estão se tornando cada vez mais os causadores dessa fragilização do direito à liberdade de imprensa”. Ele aponta que existe essa queda generalizada em todas as regiões do mundo.

O caso da Argentina é um exemplo na América Latina desse cenário. O país vizinho caiu 26 posições e teve a maior queda de pontuação na região (10 pontos). Saiu da posição de número 40 e agora ocupa a 66ª. “Está associada à chegada ao poder do presidente Javier Milei. Ele alimenta a polarização e faz ataque a meios de comunicação específicos.” Uma dessas ações foi o encerramento das atividades da agência pública de notícias do país, a Télam.

Outro país que registrou queda acentuada foi o Peru, que caiu 48 posições nos últimos dois anos, também em face de crises políticas.

Os Estados Unidos, por exemplo, caíram dez posições, e chegaram ao 55º lugar. “Os EUA estão também num cenário de polarização, têm uma ala mais radical do Partido Republicano, que é favorável à prisão de jornalistas. É uma posição historicamente baixa”, comenta Artur Romeu.

Segundo ele, a situação fica mais tensionada em função de ser um ano com o maior número de eleições na história. “A metade da população mundial vai às urnas. Há uma intensificação de pressão sobre o jornalismo.”

Só 1%

Outro dado do relatório é que, no mundo, somente 1% da população está em países em que a situação é considerada boa para os jornalistas. Dos 180 países, somente oito estão nessa escala. Os três primeiros colocados são Noruega, Dinamarca e Suécia.

“No final do ranking, países asiáticos como China, Vietnã e Coreia do Norte dão lugar a três países que viram o seu indicador político despencar”, aponta o relatório.

Os últimos colocados são Afeganistão (que caiu 44 posições) por causa da repressão ao jornalismo desde o regresso ao poder dos talibãs, a Síria (menos oito posições) e Eritreia (última classificação geral). “Os dois últimos países se tornaram zonas sem lei para os meios de comunicação, com um número recorde de jornalistas detidos, desaparecidos ou reféns”, destaca o levantamento.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Lula determina foco 24 horas por dia no socorro aos gaúchos

 

Presidente determinou que um posto de comando seja montado em Santa Maria para que as informações possam chegar de modo mais eficiente a Brasília 

Lula no Rio Grande do Sul
Lula no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 

Como prioridade máxima, o resgate às vítimas e o trabalho para evitar que mais pessoas percam a vida diante das fortes chuvas no Rio Grande do Sul.  No campo das ações, intensa mobilização de ministérios, Forças Armadas, Defesa Civil num trabalho articulado com governo do estado e prefeituras. No campo humano, a mensagem de apoio e o compromisso de que as famílias não estão sozinhas. Na área ambiental, o alerta de que o Brasil necessita, cada vez mais, estar preparado para lidar com mudanças climáticas e eventos extremos.

Tendo como base esses pilares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta quinta-feira, 2 de maio, em Santa Maria (RS), para acompanhar os efeitos das fortes chuvas no estado, se reunir com o governador e prefeitos e determinar o reforço do apoio à população.

“Não faltará ajuda do Governo Federal para cuidar da saúde. Não vai faltar dinheiro para cuidar da questão do transporte e não vai faltar dinheiro para os alimentos. Tudo o que estiver no alcance do Governo Federal, seja através dos ministros, em parceria com a sociedade civil ou através dos nossos militares, vamos nos dedicar 24 horas por dia para que a gente possa atender as necessidades básicas do povo que está isolado”, assegurou Lula, que se solidarizou com as famílias de mortos e desaparecidos.

“Estamos nos comprometendo, em solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul, para que a gente possa minimizar o sofrimento que esse evento extremo está causando. Solidariedade aos familiares das pessoas que foram vítimas e que morreram e aos familiares que estão desaparecidos, na esperança de que possam aparecer e que todos estejam ainda com vida”.

Fonte: Brasil 247