quinta-feira, 2 de maio de 2024

Auditoria da CGU aponta que INSS pagou R$ 193 milhões a 17 mil mortos entre 2019 e 2023

 Fiscalização revelou que 75% dos pagamentos continuaram sendo realizados até 3 meses após registro de óbito

O INSS pagou R$ 193 milhões a beneficiários com indicativo de óbitos entre janeiro de 2019 e junho de 2023, informa o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles. De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), os pagamentos foram feitos a 17,7 mil pessoas com óbito registrado em bases de dados governamentais. Apenas no mês de junho de 2023, foram identificados pagamentos a 2.950 beneficiários com registro de óbito, num total de R$ 5,5 milhões.


A fiscalização da CGU apontou que 75% dos pagamentos continuaram sendo realizados até três meses depois do registro do óbito no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) e no Sistema de Controle de Óbitos (Sisob). Os dados são checados ainda junto às bases do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Receita Federal.


A auditoria cruzou os dados da chamada Maciça do INSS, a atualização periódica na folha de pagamento do instituto, com os dados do Sisob e so Sirc. “A partir do cruzamento desses dados, identificaram-se 17.738 beneficiários na Maciça cujo CPF do titular consta nessas bases como falecido, envolvendo 18.747 benefícios que totalizam R$ 193.136.813,11 em pagamentos pós-óbito”, diz o relatório.


No período analisado, a CGU aponta o crescimento no volume de pagamentos feitos pelo INSS a beneficiários mortos de 2019 a 2022, com queda em 2023. Foram pagos R$ 35,3 milhões em 2019, R$ 41,7 milhões em 2020, R$ 42 milhões em 2021 e R$ 46 milhões em 2022, com redução para R$ 27,6 milhões no ano passado.


Como causas dos pagamentos indevidos, a CGU apontou a falha na rotina automatizada de tratamento de óbitos e falhas no sistema Dataprev. “Ressalta-se a importância da utilização de outras fontes de informação, por exemplo, a base do CadSUS, que possibilitam a identificação de óbito e funcionam como mecanismos complementares nos casos em que o tempo entre o registro do óbito no Cartório e no Sirc seja extenso”, sugeriu a CGU.


No relatório, a fiscalização apontou a necessidade de o INSS avaliar a ocorrência dos pagamentos indevidos e providenciar sua devolução, além de promover a adequação dos critérios de controle instituídos para identificação do registro de óbito.


Em sua manifestação, o INSS confirmou os achados da CGU e informou ter enviado os dados “à área técnica e operacional competente (manutenção de direitos), para apreciação e adoção das providências que reputar cabíveis.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

Após Conselho proibir proselitismo religioso em presídios, bancada evangélica reage e alega “perseguição”

 Norma do CNPCP vedou que religiosos tentem convencer detentos a mudarem de crença

A recomendação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) de proibir proselitismo religioso em presídios virou alvo da bancada evangélica, informa Guilherme Amado, colunista do portal Metrópoles. A decisão do colegiado vinculado ao Ministério da Justiça foi publicada na última segunda-feira (29/4).


A bancada evangélica estuda publicar um comunicado acusando o colegiado de “perseguição religiosa”. Em outra frente, a Comissão de Segurança da Câmara avalia convidar o presidente do conselho para explicar o que, na visão de deputados, seria uma “restrição à liberdade religiosa”.


O CNPCP recomendou que as autoridades do sistema prisional assegurem que não aconteça proselitismo religioso de qualquer crença. A norma vedou a tentativa de conversão do detento a uma religião diferente da que ele professa.


O deputado Junio Amaral, do PL de Minas Gerais, propôs, nesta terça-feira (30/4), convidar o presidente do CNPCP, Douglas Martins, após uma articulação dos próprios conselheiros. Integrantes do conselho alegaram que a proibição da tentativa de converter detentos foi apresentada de última hora e não foi debatida o suficiente.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

Com temporais no RS, Brasil chega a 92 mortes por catástrofes climáticas em 2024

 Grande maioria dos casos ocorreu no Sudeste, com o Rio de Janeiro e o Espírito Santo nas primeiras posições

Os dez mortos pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul confirmadas até quarta-feira fez o Brasil chegar a 92 vítimas de catástrofes climáticas desde o início do ano. Os temporais desta semana provocaram o maior desastre que já atingiu o estado, afirmou na quarta-feira o governador Eduardo Leite (PSDB), superando até as chuvas de setembro do ano passado, que deixaram um rastro de 50 mortes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que conversou no mesmo dia com o governador, visita nesta quinta regiões afetadas no Rio Grande do Sul.


A grande maioria dos casos ocorreu no Sudeste. O Estado do Rio somou 20 mortes em tempestades em janeiro, quando a Baixada Fluminense foi a área mais atingida, e em março, na Região Serrana. Nos mesmos dias, houve 19 mortes no Espírito Santo. Em São Paulo, 16 pessoas morreram desde o início do ano. Houve mais vítimas em 15 dos 26 estados brasileiros.


Mortes por catástrofes climáticas em 2024

EstadoNúmero de mortes
Rio de Janeiro20
Espírito Santo19
São Paulo16
Rio Grande do Sul10
Bahia7
Goiás5
Acre4
Paraná3
Minas Gerais2
Santa Catarina1
Mato Grosso1
Pernambuco1
Piauí1
Rio Grande do Norte1
Amazonas1


Chuvas no RS


Ao prever que mais mortes devem ser confirmadas, em entrevista coletiva no fim da tarde de quarta-feira, Leite explicou que o agravante em relação às tempestades do ano passado é que a chuva afeta uma região maior e ainda não havia dado trégua para o trabalho de resgate de vítimas e outras pessoas atingidas.


— Estamos atravessando o que deverá ser o maior desastre do nosso estado. É um momento muito crítico, absolutamente fora do normal — afirmou Leite. — Ano passado tivemos enxurrada, mas em seguida o tempo nos deu condição de entrar em campo e salvar centenas de vidas. Já nesse momento estamos tendo muitas dificuldades para colocar equipes em campo. Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates — acrescentou.


O governador gaúcho disse que há 65 pedidos de resgate mapeados, mas em muitos casos há dificuldades de acesso por terra devido às estradas bloqueadas e aos rios transbordando, além da chuva permanente, que inviabiliza muitos voos. Os helicópteros prometidos pelas Forças Armadas estão com dificuldade de chegar, afirmou o governador, e dois deles tiveram que parar em Santa Catarina.


As aulas foram suspensas em todo o estado até amanhã. Leite pediu ajuda das Forças Armadas não só como apoio, mas na coordenação da operação, ao definir a situação como “um cenário de guerra”.


— Mais do que o apoio do governo federal e das Forças Armadas, (é preciso) a efetiva participação e liderança daqueles que têm treinamento para situação de caos e guerra — alertou o governador, que ainda pediu que a população aguarde a chuva cessar antes de organizar campanhas de doação.

Precipitação acumulada no Brasil nos últimos três dias — Foto: Editoria de Arte



As chuvas causaram prejuízos até quarta-feira em 114 municípios e afetaram cerca de 19 mil pessoas: 1.072 estão em abrigo e 3.416, desalojadas. Foram realizados 913 resgates, e há 66 estradas com bloqueio total e 11 parciais, segundo boletim do governo. Há ainda atenção especial às barragens.


A barragem 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves, sofre risco real de rompimento, de acordo com o governador. Além dos dez mortos, há 21 desaparecidos e 11 feridos.


— Os números são muito preliminares. A crise está em curso, ainda chove muito — avisou Leite, que disse que não haverá “restrição orçamentária para salvar vidas”, mas admitiu necessidade de apoio federal em seguida. — Depois a gente vai precisar de apoio para reconstrução de estradas, casas, municípios vão precisar. Será um investimento fenomenal para reconstrução dessas localidades atingidas. E tenho confiança que não faltará apoio do governo federal.


Metade das vítimas já confirmadas, segundo a Defesa Civil do estado, é formada por pessoas idosas. São casos de descarga elétrica, afogamento e deslizamento de terra. Na cidade de Pavarema, dois homens de 65 e 69 anos morreram afogados quando tentavam passar de carro por uma área alagada. No município de Segredo, um outro idoso, de 62 anos, também acabou morrendo sob circunstâncias semelhantes.


Em Salvador do Sul e em Santa Maria, um homem de 47 anos e uma idosa de 85 anos, respectivamente, morreram atingidos por deslizamentos de terra. No município de Pântano Grande, um homem de 59 anos foi atingido por uma descarga elétrica durante o temporal e também acabou não resistindo.


Impacto em Porto Alegre


A Região Central do Rio Grande do Sul é a mais atingida pelas chuvas. Há cerca de 30 municípios em situação de emergência. Eduardo Leite pediu que a população dessas cidades deixe urgentemente as suas casas, se estiverem em área de risco, e procurem abrigos.


Com as cheias, em especial nos Vales do Sinos, do Caí e do Taquari, no Oeste, a situação deve impactar a Região Metropolitana de Porto Alegre no fim de semana, projeta o governo.


Meteorologistas preveem uma situação ainda mais dramática e de gravidade extrema até o fim de semana. A especialista Estael Sias, do MetSul, explicou que a combinação de uma grande massa de ar seco e um bloqueio atmosférico no centro do Brasil canalizou a umidade amazônica por áreas do interior em direção ao Sul


— As projeções sugerem um cenário dramático para o Rio Grande do Sul, com acumulados extremamente altos de precipitação nas regiões mais castigadas, o que provocará uma situação de desastre de grandes proporções — avisou Estael Sias.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Em evento do G20, Ministro dos Direitos Humanos rebate executiva da Meta e diz que redes sociais estão “colonizadas por extremistas”

 Sílvio Almeida também citou que valores como soberania e liberdade são incompatíveis com o comportamento das empresas de mídia social

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, afirmou em evento paralelo do G20 na tarde de quarta-feira (1º) que a violência das redes sociais alimenta os conflitos na realidade, e que o ódio ganha novas formas ao longo da história.


Defensor da regulamentação das redes sociais, ele rebateu a vice-presidente de desenvolvimento de políticas de conteúdo da Meta, Nell McCarthy, que argumentou que as tensões políticas e sociais não estão diretamente vinculadas às redes.


“As redes sociais estão sendo colonizadas por extremistas e pelo crime organizado, que precisam dessa falta de regras para prosperar”, disse o ministro. “Não há possibilidade de falar de democracia, soberania, direitos humanos, num mundo que se pauta por esse caos absoluto.”


Almeida citou, ainda, incompatibilidade de valores como soberania, liberdade e direito com o comportamento das empresas de mídia social, e pontuou que discutir o tema é responsabilidade desta geração para com as próximas.


“Todos estaremos ameaçados se nada for feito. Tem que haver regulação, senão todos nós estaremos ameaçados”, concluiu o membro do governo Lula (PT).


Em sua fala, McCarthy argumentou que “o ódio e a violência não são novos” ou produto das plataformas de redes sociais, mas “uma faceta das comunidades offline”.


“Não achamos que a abordagem correta é um grupo pequeno de pessoas na Califórnia decidindo o que é certo ou errado ao redor do mundo”, disse ainda a executiva, falando sobre a política de moderação da plataforma.


Ela acrescentou que a Meta busca cultivar um ambiente “onde as pessoas se sintam empoderadas para comunicarem-se”, e ponderou que a empresa tem parceria com agências de checagem.


Em outra mesa do mesmo evento, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do PL das Fake News, afirmou estar pessimista sobre a tramitação do projeto, e disse que “a obstrução de um trabalho é mais fácil que a construção”.


O congressista afirmou que a pressão das big techs foi um fator que dificultou o andamento do texto, e alegou que as plataformas se aliaram com à extrema direita para obstruir a proposta, com sucesso.


“A convicção que alguns têm de que ‘não tem que ter regra’ parte da premissa de que, como está hoje, está bem porque alguns são beneficiados. A dinâmica da polarização política nutre espaço político para muita gente e nenhum tipo de regramento facilita a operação desse tipo de comportamento.”


Orlando também disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é favorável à regulamentação, e que entendeu o ato de zerar o projeto e criar um grupo de trabalho para debater novamente o projeto como uma “tentativa de criar uma alternativa”.


“Até penso que a gente poderia pensar um texto mais objetivo, mais curto, com menos polêmicas. Até o Poder Executivo poderia tomar uma iniciativa. Algo pactuado com a Câmara dos Deputados. Propõe um projeto de lei que tramita na Câmara. Seria uma forma de zerar o jogo, partindo de um patamar mínimo”, concluiu.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

Planalto reforça liberação de emendas e diálogo com parlamentares para conter atrito com o Congresso

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se tornou a recordista na destinação de recursos e intensificou a agenda junto a deputados e senadores

Ministra Nísia Trindade
Ministra Nísia Trindade (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

 Em um momento marcado por tensões entre o Executivo e o Legislativo, o governo Lula (PT) adotou uma estratégia de aproximação com parlamentares, acelerando a liberação de emendas e intensificando o diálogo entre ministros e congressistas. Uma das figuras-chave nesse processo é a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, que recentemente aumentou sua agenda de reuniões com políticos e elevou o volume de recursos destinados aos redutos eleitorais dos congressistas, relata o jornal O Globo.

Dados revelam que, até o momento, dos R$ 8,5 bilhões em emendas individuais empenhados pelo governo, 92% foram provenientes do Ministério da Saúde, que tem se destacado pela celeridade na resposta aos pedidos dos parlamentares, superando outros ministérios nesse aspecto. 

Essa corrida para a liberação de verbas é uma resposta à pressão dos parlamentares, que buscam abastecer o caixa de prefeituras aliadas antes das eleições municipais, previstas para outubro. Os R$ 8,5 bilhões empenhados até o momento equivalem a 34% dos R$ 25 bilhões em emendas previstos para o ano. 

A Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo com o Congresso, afirma que o valor liberado neste ano é ainda maior, atingindo R$ 14 bilhões. Contudo, essa cifra não é refletida nos sistemas oficiais de controle do Orçamento. 

Entre os partidos mais beneficiados até o momento estão o PL, MDB e União Brasil. O PT, segunda maior bancada e partido do presidente, ocupa a quarta posição nesse ranking.

Essa movimentação acontece em meio a uma tentativa do Palácio do Planalto de contornar uma crise com aliados no Congresso, após contestar no Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de empresas e municípios. O governo também está se esforçando para evitar a derrubada em série de vetos presidenciais a propostas aprovadas pelo Legislativo, com uma sessão para analisar o tema prevista para a próxima semana. No caso específico da Saúde, a rapidez na liberação de recursos para estados e municípios vem dois meses após a ministra Nísia Trindade ser questionada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre os critérios utilizados para essa liberação. Este movimento demonstra uma resposta direta do governo às demandas e pressões políticas, em um cenário de constante negociação e tensão entre os poderes.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 


Lula e ministros se reúnem nesta quinta para discutir prorrogação de GLO em Portos e Aeroportos

 Integrantes do governo avaliam que não há ambiente político para continuidade da operação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou os ministros da Defesa, José Mucio Monteiro, e da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para uma reunião nesta quinta-feira para definir o futuro da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo. A GLO foi iniciada em novembro do ano passado para promover a “asfixia logística” de organizações criminosas que atuam nos dois Estados e seu prazo acaba em 3 de maio.


A decisão se haverá ou não prorrogação da GLO caberá a Lula. Integrantes do governo envolvidos nas discussões avaliam que não há ambiente político para prorrogação da operação. No Ministério da Justiça, há uma avaliação de que a GLO é mais custosa financeiramente do que eficiente e de que é preciso avaliar prós e contras de mantê-la.


Auxiliares de Lula no Planalto afirmam que o presidente quer ver, no detalhe, a relação custo-benefício, com base na análise de números, com orçamento e resultados.


Desde que assumiu o Ministério da Justiça, Lewandowski já vinha esfriando as discussões sobre estender a GLO, em uma postura diferente adotada pelo seu antecessor, Flavio Dino, que em janeiro chegou a sugerir que a operação fosse estendida para outros portos e aeroportos, especialmente do Nordeste.


Lewandowski avalia que GLOs são medidas adotadas em casos excepcionais e precisam ter um início e fim. Integrantes da pasta também consideram que, com o tempo da operação, as organizações criminosas se articulam logisticamente alterando rotas de tráfico de armas e drogas que não passam pelos portos e aeroportos compreendidos pela operação.


Por outro lado, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), é favorável à prorrogação da ação. Ele foi um dos primeiros a apresentar ao ministro da Justiça os dados positivos da operação, em fevereiro.


Integrantes do Ministério da Defesa passaram o feriado reunindo dados de resultados sobre a operação, mas são céticos quanto à possibilidade de prorrogação pelo entendimento de que tanto o Ministério da Justiça quanto a Polícia Federal são contra a manutenção da GLO. Apesar disso, Mucio avalia a interlocutores que houve ganho político com a operação, que foi tratada sem estigma e trouxe resultados.


Na reunião com Lula, um balanço com os números da operação será apresentado na por Lewandowski e Múcio. Eles irão ponderar se os resultados obtidos compensam os gastos da operação, que envolvem tropas da Marinha e Aeronáutica em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo.


Conforme os dados compilados pelo Ministério da Justiça, 2.841 pessoas foram presas, sendo 2.454 em flagrante e 387 por mandados de prisão em aberto. As ações também resultaram em um total de 144 toneladas de droga apreendidas — 120 de maconha, 11 de cocaína, 5,1 de pasta base de cocaína e 1,1 de skunk (uma espécie de maconha mais concentrada).


As autoridades também confiscaram 659 quilos de haxixe, 470 de folha de coca e 308 de crack, além de 449 unidades de anfetaminas e 143 de ecstasy.


A operação também apreendeu 274 armas, entre elas 30 fuzis e 174 pistolas, e 10.987 munições. Dez granadas e explosivos também foram localizados.


O Ministério da Justiça ainda avalia que o valor de ativos apreendidos chegue a um total de R$ 114,9 milhões. Esse valor envolve o confisco de 5 imóveis, 84 embarcações, 2 aeronaves, 963 veículos e 13.891 pedras preciosas. Ao todo, as autoridades contabilizam que fizeram 543 mil inspeções de bagagens, 94 mil de cargas; 157 mil revistas em veículos e 800 mil em pessoas.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Rio Grande do Sul decreta calamidade pública; Lula anuncia viagem ao estado nesta quinta-feira

 

Os temporais já deixaram 10 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos, segundo a Defesa Civil

 

Lula e as chuvas no Rio Grande do Sul
Lula e as chuvas no Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert/PR)

 

O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública pelos "eventos climáticos de chuvas intensas". A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado. Os temporais já deixaram 10 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos, segundo a Defesa Civil. O último boletim informou 4,4 mil desalojados e desabrigados no estado.

Neste contexto, o presidente Lula telefonou para o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciando sua ida ao estado. "Conversei por telefone com o governador gaúcho, Eduardo Leite, e coloquei o governo federal à disposição do Rio Grande do Sul que novamente sofre com as fortes chuvas. Falei com os ministérios da Integração, da Defesa e com o ministro Paulo Pimenta e, no que for necessário, governo federal irá se somar aos esforços do governo estadual e prefeituras para atravessarmos e superarmos mais esse momento difícil, reflexos das mudanças climáticas que afetam o planeta", escreveu o presidente.

"Eu estou pensando em ir amanhã ao Rio Grande do Sul para que a gente possa ajudar de forma efetiva a diminuir o sofrimento desse povo", disse.

De acordo com Leite, “será o maior desastre do estado". "Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando. E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam. O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades", disse Leite.

O Instituto Nacional de Meteorologia classificou o fenômeno como de "Grande Perigo", alertando para a continuação das chuvas nos próximos dias. A situação é especialmente preocupante para os moradores das áreas ribeirinhas dos rios Jacuí e Rio Toropi, que estão enfrentando inundações severas. A Defesa Civil emitiu alertas para que os residentes nessas áreas busquem abrigos públicos ou locais seguros, diante da elevação dos níveis dos rios.

Fonte: Brasil 247

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado


Eduardo Leite pede ajuda e que população deixe áreas de risco



O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou nesta quarta-feira (1º) que a destruição das chuvas que atingem o estado já prenunciam o "maior desastre da história" gaúcha em termos de prejuízo material. Segundo Leite, a situação é "pior" do que a registrada no ano passado, quando as inundações causaram mais de 50 mortes e grandes danos materiais. 

“Infelizmente, este será o maior desastre que nosso estado já enfrentou. Infelizmente, será maior do que o que assistimos no ano passado”, declarou o governador durante a coletiva de imprensa concedida no início da noite, em Porto Alegre.

Segundo balanço da Defesa Civil estadual, os temporais já causaram dez óbitos e deixaram ao menos 11 pessoas feridas. Ao menos 21 pessoas estão desaparecidas. Cerca de 19,1 mil pessoas foram afetadas em todo o estado. Destas, 3.416 tiveram que deixar suas casas e buscar abrigo na casa de parentes, amigos ou em hospedagens. Outras 1.072 que não tinham para onde ir estão alojadas em abrigos públicos. Até o momento, 114 prefeituras já reportaram ao governo estadual que foram de alguma forma afetadas por alagamentos, transbordamento de rios, deslizamentos ou outras consequências da situação.

“Estamos vivendo um momento muito crítico no estado”, disse Leite antes de empregar termos como “guerra” e “caos” para classificar a situação. De acordo com o governador, deslizamentos de terras estão ocorrendo em boa parte do estado e barragens estão sendo monitoradas, embora, até o momento, não haja nenhuma evidência de risco de rompimento destas estruturas.

Áreas de risco

“Estamos tendo muita dificuldade de atuação nos resgates. Por isso, precisamos que a população se coloque o máximo possível em condições de segurança. As pessoas às vezes acham que a água não vai chegar nas suas casas, mas estamos alertando que [principalmente] onde ela já chegou no passado, deve voltar a chegar desta vez”, enfatizou o governador ao pedir que as pessoas deixem as áreas de risco e estejam atentas à possibilidade de deslizamentos e de transbordamento de rios.

Durante a coletiva, o governador apresentou uma relação preliminar das cidades que, até esta tarde, corriam risco de serem afetadas por enchentes: Agudo, Alegrete, Arroio do Meio., Bom Princípio, Bom Retiro do Sul, Cachoeira do Sul, Campo Bom, Candelária, Canudos do Vale, Cerro Branco, Colinas, Cruzeiro do Sul, Encantado, Estrela, Faxinal do Soturno, Feliz, Forquetinha, General Câmara, Harmonia, Igrejinha, Ivorá, Jaguari, Lajeado, Marques de Souza, Montenegro, Muçum, Nova Palma, Novo Cabrais, Novo Hamburgo, Paraíso do Sul.

“Pedimos às pessoas [que vivem em áreas de risco ou que identifiquem algum risco] se protejam deixando suas residências e indo para locais seguros, não expostos ao risco [de cheia] dos rios, e tomando cuidado com encostas que, por conta do encharcamento [do solo], tendem a sofrer deslizamentos”, alertou o governador.

Leite relatou a conversa de hoje com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que deve visitar o estado nesta quinta-feira (2). “Mais do que o apoio do governo federal e das Forças Armadas, pedi a efetiva participação e a liderança daqueles que têm treinamento para uma situação de caos e de guerra como a que estamos enfrentando no estado. [Estes] são problemas que exigem especial capacitação, treinamento e equipamentos para fazer os salvamentos. Por isso, tenho apelado ao governo federal para termos não só o apoio – que está sim sendo oferecido – mas também a liderança e coordenação efetiva deste processo, pois eu não tenho ascendência sobre as Forças Armadas para dar a articulação e organização necessárias”, mencionou Leite.

Segundo o Ministério da Defesa, desde ontem (30), 335 militares da Aeronáutica, Exército e Marinha estão mobilizados para apoiar a população gaúcha. Doze embarcações, cinco helicópteros e 43 viaturas, além de equipamentos para transporte de material e pessoal estão sendo empregados. Unidades da federação, como São Paulo e Santa Catarina, também ofereceram ajuda ao governo do Rio Grande do Sul.

Nas redes sociais, Lula divulgou a conversa com o governador, quando citou a ida ao estado e que oito helicópteros das Forças Armadas estão prontos para apoiar ações de resgate de famílias ilhadas, porém não conseguem decolar em razão do tempo no estado. 

Concurso Unificado 

Leite antecipou que pedirá ao governo federal alguma solução para evitar prejuízos aos gaúchos inscritos no Concurso Público Nacional Unificado, que será realizado no próximo domingo (5).  

"Vamos recomendar ao governo federal que, de alguma forma, seja contornada esta situação. O concurso ficou completamente inviabilizado nestes próximos dias para a população gaúcha. Vamos solicitar que seja encaminhada algum tipo de solução para o Concurso Nacional Unificado, mas não tenho condições de avaliar qual, neste momento. O que tenho é a confiança de que haverá de ser dado algum tipo de solução para o governo federal para não punir a população gaúcha que vai ter restrições neste momento". 

O ministério, organizado do certame, informou nesta quarta-feira (1º) que está monitorando a situação no Rio Grande do Sul para a aplicação das provas e "qualquer alteração logística necessária nas cidades atingidas por chuvas será anunciada".

Fonte: Agência Brasil