terça-feira, 30 de abril de 2024

Lira protela criação de grupo de trabalho que vai elaborar novo projeto de lei para regulação contra fake news

 O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), apresentou aos líderes e a Lira a urgência de reiniciar as discussões sobre o projeto

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ainda não formalizou o grupo de trabalho encarregado de elaborar uma nova proposta para o projeto de lei das Fake News, conforme anunciado por ele próprio há cerca de 20 dias.

A iniciativa de retomar as discussões sobre o PL, que está parado na Casa há quase um ano devido à falta de consenso, surgiu após o embate entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), no início deste mês.


O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), apresentou aos líderes e a Lira a urgência de reiniciar as discussões sobre o projeto de lei. Contudo, os parlamentares avaliaram que o parecer elaborado por Orlando Silva (PC do B-SP) estava polarizado politicamente e não teria apoio suficiente para progredir.


Lira propôs a formação de um grupo de trabalho para criar uma nova proposta. Isso efetivamente reiniciará o processo de discussão sobre a regulamentação das redes sociais praticamente do zero.


– O projeto não tinha chance de avançar. Estamos formando hoje um grupo de trabalho composto por parlamentares de partidos interessados em contribuir para a elaboração deste tema (…) para tentar, em um curto espaço de tempo, construir um texto que possa ser levado ao plenário e aprovado sem as disputas políticas e ideológicas que cercam o [PL] 2630. Ele estava fadado ao fracasso – disse Lira no último dia 9.


Até o momento, no entanto, o grupo não foi oficializado, e ainda não foram discutidos o formato ou o objeto de trabalho. Deputados entrevistados pela reportagem interpretam isso como um sinal de que a regulamentação das redes não será uma prioridade nas discussões da Câmara no futuro próximo. Eles sugerem que, dependendo do que ocorrer durante as eleições municipais, o debate poderá se tornar inevitável.


Parlamentares de esquerda criticaram a iniciativa de Lira, argumentando que isso interrompe a discussão sobre o tema. Eles afirmam que era necessário um esforço para destravar a votação do parecer já elaborado por Silva e discutido pelos parlamentares ao longo do ano passado.


Por outro lado, representantes do centrão defendem a escolha de um deputado do centro para relatar uma eventual nova proposta.


O projeto de lei prevê, entre outras medidas, responsabilizar as plataformas por conteúdos criminosos publicados. Aprovado no Senado, o texto teve sua tramitação interrompida na Câmara no primeiro semestre de 2023, após a oposição ganhar terreno no debate.


Há um consenso entre os deputados de que a demora da Câmara em discutir o tema levará o Judiciário a legislar sobre o assunto.


Um líder do centrão, sob reserva, afirma que era importante responder ao embate entre Moraes e Musk, daí a sugestão do grupo de trabalho, mas que atualmente não há clima para retomar as discussões.


Ele ressalta que esse é um tema delicado e que poderá atrapalhar a tramitação de outras matérias consideradas prioritárias para o Legislativo e o Executivo, como os projetos de regulamentação da reforma tributária.


– Os líderes discutiram a criação de um grupo de trabalho para retomar essa matéria, sem qualquer compromisso de data ou conteúdo resultante dessa discussão, já que o projeto de Orlando morreu – diz o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ).


É discutida a possibilidade de incluir no escopo de trabalho do grupo a regulação da inteligência artificial (IA), assunto que preocupa o Congresso às vésperas das eleições municipais.


Segundo a assessoria de imprensa de Lira, o presidente da Câmara pretende indicar os membros do grupo “o mais rápido possível”, mas ainda não há uma previsão para isso acontecer.


“Não foi criado até agora porque estamos avaliando o melhor momento e as indicações dos líderes partidários. O presidente Arthur Lira acredita que é possível destravar o tema na Câmara dos Deputados desde que haja disposição de todos os partidos para construir uma proposta consensual”, diz a nota.


Guimarães é um dos que defende rapidez no processo e afirma que a instalação do grupo é “fundamental” para enfrentar essa discussão. “Não podemos ficar inertes”, diz.

Orlando Silva tem indicado a parlamentares que é necessário definir o objeto do grupo antes de decidir se vai ou não participar.

Silva destaca a “postura cautelosa” de Lira. “Minha impressão sempre foi de que ele apoia a regulamentação das plataformas digitais. Ele está buscando o melhor caminho”, diz.


– É um tema delicado, há controvérsias, mas o mundo está avançando na regulação das plataformas digitais – afirma. -No Brasil, inventaram um fantasma: a censura. Não acredito que as regras europeias, que nos servem de inspiração, tenham esse efeito. Pelo contrário, o debate brasileiro desenvolveu mecanismos para proteger a liberdade de expressão. Em última análise, é apenas uma narrativa.


Na visão dos parlamentares, a investida de Musk contra Moraes fortaleceu a retórica crítica dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro em relação à proposta e dificultou a articulação de governistas em favor do texto. Nesse sentido, deputados que integram a base aliada de Lula (PT) cobram maior empenho por parte do governo para destravar a votação.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.  

Polícia Federal marca para dia 10 depoimento do ministro Juscelino Filho sobre pavimentação que privilegiou sua família

 Ministro afirma que obra ‘é um benefício para a população de Vitorino Freire e a pavimentação é demanda antiga dos moradores’

A Polícia Federal agendou o testemunho do Ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), para o dia 10 de maio, como parte da Operação Odoacro, que investiga possíveis desvios de emendas parlamentares destinadas à pavimentação de ruas em Vitorino Freire, no interior do Maranhão. A cidade é governada por Luanna Rezende, irmã de Juscelino, que foi afastada do cargo no ano passado e depois retornou às suas funções.

O depoimento está marcado para ocorrer na sede da PF, em Brasília, marcando a primeira vez que um ministro desta gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será interrogado pela polícia. O Ministério das Comunicações divulgou que Juscelino é “o maior interessado na elucidação deste caso”. Em uma entrevista em fevereiro, o ministro demonstrou sua calma diante das investigações e se dispôs a oferecer esclarecimentos.

Ele ressaltou que cabe ao parlamentar indicar as emendas e que a execução fica sob responsabilidade do Executivo, com os órgãos de controle fiscalizando. Juscelino também mencionou que a empresa encarregada da obra investigada pela PF é uma grande empresa no Maranhão, envolvida em várias outras obras na região.

A emenda parlamentar sob investigação foi indicada por Juscelino quando ele era deputado federal. Os recursos foram repassados através da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) do Maranhão. Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que 80% da estrada custeada pela emenda beneficiou propriedades dele e de seus familiares na região, conforme reportado pelo jornal “Folha de S. Paulo”.

Em sua declaração, o ministro afirmou que a obra em questão “é um benefício para a população de Vitorino Freire e a pavimentação é uma demanda antiga dos moradores”. Ele explicou que a estrada conecta 11 povoados, onde centenas de pessoas enfrentam grandes dificuldades diariamente para se deslocarem ao trabalho, escolas, hospitais e postos de saúde, especialmente durante períodos chuvosos, quando a via se torna intransitável, isolando essa população.

A obra de pavimentação da estrada teve um custo estimado em R$ 7,5 milhões e foi realizada pela construtora Construservice, cujo sócio oculto era o empresário Eduardo José Barros Costa, também conhecido como “Eduardo DP” ou “Imperador”. Um relatório da PF sugere que Juscelino poderia estar envolvido em uma “organização criminosa” com o empresário, com base em mensagens analisadas pelos investigadores no celular de Eduardo DP entre 2017 e 2020. O ministro provavelmente será questionado sobre a relação que mantinha com o empresário, que é mencionado em outros inquéritos policiais como agiota.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Caso Marielle: PF quer ouvir depoimento de delegado preso, mas só após conclusão de relatório

 Rivaldo Barbosa é acusado ajudar a planejar o assassinato e obstruir investigações sobre os mandantes

Os investigadores responsáveis pela apuração sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, já têm uma estratégia para responder ao pedido que o delegado Rivaldo Barbosa fez para depor o quanto antes à Polícia Federal, informa a colunista Malu Gaspar, do jornal O GLOBO.


Em petição apresentada na segunda-feira (29) a Alexandre de Moraes, os advogados de Barbosa alegam que, embora o ministro do Supremo tenha determinado que os delegados ouvissem os investigados assim que as prisões fossem realizadas, isso não ocorreu.


Mas, para fontes da PF com quem a reportagem conversou, não interessa ouvir Rivaldo enquanto eles ainda estiverem analisando todo o material apreendido na operação realizada em 24 de março.


No cenário ideal dos investigadores, Rivaldo só falaria depois de concluído o relatório complementar que a PF tem que entregar para o ministro Alexandre de Moraes até o dia 24 de maio. É esse relatório que deve fundamentar a denúncia do Ministério Público Federal para o caso, que está baseado na delação do matador confesso de Marielle, Ronnie Lessa.


Além do delegado, foram presos em março o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusados de serem os “mentores” do crime.


De acordo com a PF, Rivaldo Barbosa teria orientado o planejamento do assassinato, inclusive proibindo que a execução de Marielle ocorresse nas imediações da Câmara de Vereadores do Rio.


Rivaldo teria ainda atuado para obstruir as investigações na chefia da Delegacia de Homicídios – ele tomou posse na véspera do crime. Em seu depoimento, Ronnie Lessa diz que os Brazão afirmavam que a “DH tá na mão” e que “O Rivaldo é nosso”.


Além deles, também foram alvos da “Operação Murder” outras pessoas que não foram presas, como o delegado Giniton Moraes Lage a mulher de Rivaldo, Érika Andrade de Almeida Araújo, que seria “testa de ferro” de Rivaldo e teria empresas de fachada que funcionaram na lavagem de dinheiro do esquema de Barbosa.


Nas análises que estão fazendo do material apreendido, os investigadores estão buscando mais indícios e evidências de como funcionou a ação para matar Marielle e Anderson.


Eleita vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL em 2016, com 46 mil votos (a quinta candidata mais bem votada do município), Marielle Franco teve o mandato interrompido por 13 tiros na noite de 14 de março de 2018, num atentado que vitimou também seu motorista Anderson Gomes.


Eles dizem que abrir mais detalhes de suas descobertas para os investigados pode levar ao sumiço de pistas ou atrapalhar a estratégia da investigação.


Tudo isso será explicado ao ministro Alexandre de Moraes pela PF assim que o pedido dos advogados de Rivaldo for remetido aos investigadores, que ficam no Rio de Janeiro.


A menos que Moraes ordene expressamente que o depoimento ocorra logo, Rivaldo vai ter que esperar.


No documento, o delegado pede também que seja ouvida sua mulher, Érika Andrade de Almeida Araújo, e solicita a revogação das medidas cautelares imposta a advogada. Para a PF, ela teria em seu nome empresas de fachada que teriam auxiliado em suposta lavagem de dinheiro e atuado como “testa de ferro” de Barbosa.


Fonte: Agenda do Poder com informações da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo

Comissão do Senado vota nesta terça a recriação do DPVAT

 

Projeto antecipa R$ 15,7 bilhões em créditos suplementares para o governo ainda neste semestre, facilitando as negociações sobre distribuição de emendas

Rodrigo Pacheco e Jaques Wagner

 Nesta terça-feira (30), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 233/23, que versa sobre o Seguro Obrigatório Para Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), estará de volta à discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, informa o Metrópoles. A análise do projeto, que substitui o antigo DPVAT, foi adiada da semana passada para esta terça-feira, a pedido do líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não determinou se o tema será submetido a votação em plenário ainda hoje.

O projeto de recriação do seguro prevê uma margem de R$ 15 bilhões no Orçamento. Um dos trechos do projeto antecipa R$ 15,7 bilhões em créditos suplementares para o governo ainda neste semestre.

No início do ano, o presidente Lula (PT) vetou R$ 5,6 bilhões destinados a emendas de comissão, causando descontentamento entre os parlamentares. A possível aprovação do projeto que restabelece o DPVAT poderia fornecer uma base mais sólida para que a base governista negociasse a revogação desses vetos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

FPM: terceiro decêndio será creditado nesta terça-feira, 30

Apucarana recebeu pouco mais de R$ 2 milhões 

Os dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) apontam que o terceiro decêndio de abril de 2024 do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), comparado com mesmo decêndio do ano passado, apresentou um crescimento de 11,39% em termos nominais. O acumulado do mês, em relação ao mesmo período do ano anterior, teve crescimento de 6,30%. O crédito será realizado nesta terça-feira, 30 de abril, nas contas das prefeituras.

O valor referente ao terceiro decêndio do mês é de R$ 4.888.194.842,28, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante é de R$ 6.110.243.552,85. No terceiro decêndio, a base de cálculo é dos dias 11 a 20 do mês corrente. Este, geralmente, representa em torno de 30% do valor esperado para o mês inteiro.

A despeito do elevado crescimento do FPM no início de 2024, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) orienta aos gestores municipais o uso dos repasses com cautela e atenção. É de suma importância neste momento – de crise financeira – que o gestor tenha pleno controle das finanças da prefeitura. 

A Confederação seguirá acompanhando de perto a evolução do FPM a fim de garantir a autonomia dos Municípios brasileiros, uma vez que há a expectativa de crescimento moderado do FPM, ao contrário do observado entre 2021 e 2022. O ano de 2024 segue desafiador para a gestão municipal.

Fonte: CNM

São Paulo e Palmeiras não saem do 0 a 0 pelo Brasileiro

 

Resultado marca o encerramento da 4ª rodada da competição


São Paulo e Palmeias empataram em 0 a 0, na noite desta segunda-feira (29) no estádio do Morumbi, em São Paulo, em partida que fechou a 4ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com este resultado o Verdão fica na 12ª posição com cinco pontos e o Tricolor estaciona na 14ª com quatro pontos.


O Choque-Rei foi marcado pela luta das duas equipes, que pouco criaram nos 90 minutos. Quem mais se aproximou do gol foi o centroavante argentino Calleri, que, após cruzamento rasteiro de Luciano, finalizou de letra aos 21 minutos do segundo tempo para quase marcar um golaço.

Agora as equipes se concentram na disputa da Copa do Brasil, competição pela qual estrearão na próxima quinta-feira (2). O São Paulo mede forças com o Águia de Marabá a partir das 19h30 (horário de Brasília). A partir das 21h30 o Palmeiras enfrenta o Botafogo-SP.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Gilmar tranca processo de Bolsonaro contra Guga Noblat: “Liberdade de expressão”

 

Gilmar Mendes, ministro do STF. Foto: reprodução

Enquanto a liberdade de expressão está em pauta e é defendida a todo custo por bolsonaristas nas redes sociais, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), trancou uma ação que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) movia contra o jornalista Guga Noblat. A ação começou após Noblat afirmar que o ex-presidente “deu abrigo” e “incitou” os golpistas do 8 de janeiro.

Com o fim da ação no STF, um grupo de advogados, liderados por Kakay, celebra o “precedente” aberto por Mendes, destacando “a coragem e proficiência” do magistrado. Na nota enviada ao DCM, os advogados afirmam que o resultado favorece a “liberdade de manifestação e de crítica” no Brasil. Leia o comunicado:

O ministro Gilmar Mendes, com a coragem e a proficiência que lhe são usuais, determinou o trancamento da ação penal privada movida pelo ex-Presidente da República Jair Bolsonaro contra o jornalista Gustavo Noblat, em razão de publicações de informações de interesse público referentes ao possível envolvimento do então mandatário nos atos antidemocráticos.

Durante a audiência de instrução, na presença do ex-Presidente, a defesa técnica deixou claro que os fatos posteriores comprovaram largamente a correção de tudo que foi afirmado nas matérias questionadas. A ação movida era claramente uma tentativa de instrumentalizar o Poder Judiciário para intimidar um jornalista e a imprensa.

Conforme exposto na irretocável decisão, a liberdade de expressão, enquanto direito fundamental previsto na Constituição da República, tem, sobretudo, um caráter de pretensão a que o Estado não exerça censura, devendo ser resguardado o livre debate de ideias e o pluralismo de opiniões.

A democracia brasileira ganha muito com esse precedente a favor da liberdade de manifestação e de crítica.

Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay
Roberta Castro Queiroz
Marcelo Turbay Freiria
Liliane de Carvalho Gabriel
Álvaro Guilherme Chaves
Ananda França de Almeida
Almeida Castro, Castro e Turbay Advogados
O jornalista Guga Noblat e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Fonte: DCM

Gleisi denuncia “entreguismo” da Petrobras no governo Bolsonaro: “Embolsaram US$ 87 bilhões”

 

Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Foto: reprodução

Na última quinta-feira (25), os acionistas da Petrobras aprovaram a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários, o que significa um envio de R$ 21,59 bilhões a quem tem participação na empresa brasileira. Apesar de cerca de R$ 6 bilhões terem como destino o Tesouro Nacional, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, denunciou o “entreguismo” da estatal, sobretudo na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e Paulo Guedes, ex-ministro da Economia, afirmando ser um “escândalo”.

“Petrobras pagou, entre 2018 e 2023, R$ 446 bilhões aos acionistas. Isso equivale a US$ 87 bilhões, praticamente o valor de mercado da empresa, que é hoje de US$ 96 bilhões. Ou seja: em apenas 5 anos, os acionistas embolsaram quase uma Petrobras inteira”, escreveu a deputada federal em sua conta no X, antigo Twitter.

No entender de Hoffmann, a venda da Petrobras foi um ato desnecessário para o andamento da empresa, cujo resultado mostra que o Brasil só perdeu com a negociação. Além do envio ilimitado de dinheiro para empresários estrangeiros, a privatização representa um “saque” das riquezas do Brasil “que serviria para investir, gerar empregos e produzir combustíveis mais baratos”. 

“Uma mudança tão grave nos estatutos hoje seria chamada pelos editoriais de ‘intervenção indevida’ por parte do governo. Mas o mercado festejou e segue festejando o saque à Petrobras. E aprontou a maior gritaria quando o conselho da estatal propôs adiar a distribuição de dividendos extras do ano passado”, escreveu a presidente do PT.

Fonte: DCM

STF já condenou mais de 200 bolsonaristas por atos do 8 de janeiro

 

Bolsonaristas nos atos golpistas. Foto: reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) já emitiu mais de 200 condenações relacionadas aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Os julgamentos são realizados de forma individual, no plenário virtual, analisando ações penais apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os envolvidos na invasão e destruição das sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Na última sexta-feira (26), 10 réus foram condenados, totalizando 206 pessoas sentenciadas a penas que variam de 3 a 17 anos de prisão. A maioria das condenações se refere a cinco crimes principais, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa.

Além das privações de liberdade, as penas também determinam que os bolsonaristas arquem com indenizações milionárias. O STF entendeu que houve clara intenção de uma multidão em tomar ilicitamente o poder, usando meios violentos para derrubar um governo democraticamente eleito.

Alexandre de Moraes é o relator das ações contra os bolsonaristas. Foto: reprodução

Para a maioria dos ministros, os ataques configuram o crime de multidão, em que um grupo influencia a conduta do outro, resultando em uma série de crimes.

Atualmente, 88 pessoas estão presas, incluindo 13 já condenadas, 42 com denúncia recebida e 33 com inquéritos em andamento.

O STF também validou 172 acordos de não persecução penal, nos quais os investigados confessam o crime para evitar julgamento, realizando cursos sobre democracia e pagando multas. Mais de mil outros acordos ainda estão sob avaliação da PGR. As medidas do acordo são:

  • Prestação de serviços à comunidade;
  • Pagamento de valor em dinheiro (pode ser parcelado);
  • Restrição ao uso de redes sociais abertas;
  • Participação no curso “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”.
Fonte: DCM

Governo vai insistir em Programa Juros por Educação, diz Tesouro

 

Proposta é reduzir juros por mais vagas no ensino profissionalizante

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron (Foto: Divulgação)


Agência Brasil - O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta segunda-feira (29) que o governo vai insistir no Programa Juros por Educação para renegociar as dívidas dos estados com a União. A medida prevê a redução da taxa de juros real desses débitos, em troca da ampliação das vagas de ensino médio profissionalizante nesses estados. Alguns governadores já sinalizaram discordância, de acordo com Ceron, pois preferem ter liberdade para decidir em que áreas vão alocar esses recursos.

"O ensino médio é majoritariamente responsabilidade dos estados e é onde há maior deficiência no avanço do ensino. O ensino profissionalizante no Brasil é muito abaixo da média de outros países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]. Com do programa, o governo federal estaria abrindo mão dos juros para que os jovens pudessem ter profissões de nível médio e técnico. Seria muito saudável e colocaria o país em outro patamar", disse o secretário.

No fim de semana, o governo do Rio de Janeiro anunciou que entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para suspender os pagamentos da dívida em caráter liminar, enquanto o montante total não é recalculado. Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, Ceron declarou que considera a medida "muito preocupante".

"O estado do Rio de Janeiro está no regime de recuperação fiscal, no qual tem vedações para incremento de despesas de pessoal e renúncia de receitas, e teve, entre 2021 e 2023, mais de 30%, salvo engano, de aumento de despesas com pessoal. Um dos maiores aumentos entre todos os estados da federação. É muito difícil ter um processo de recuperação fiscal com expansão de despesas nesses patamares."

'Dívida impagável'

Atualmente, o estado fluminense deve R$ 191 bilhões à União, e está sob a vigência do regime de recuperação fiscal assinado em 2017. O pacto concedeu condições especiais para o pagamento da dívida em parcelas, em troca de condicionantes fiscais.

Mas o governo fluminense argumenta que sua dívida têm subido ao longo das últimas décadas, porque foram impostas condições abusivas. Por isso, pede que os valores indevidos sejam excluídos do saldo devedor. Ainda de acordo com o governo, desde a década de 90, o estado já pagou R$ 108 bilhões à União, apenas em juros e encargos.

"Quando se iniciaram as primeiras renegociações, na década de 1990, a dívida estadual com a União estava em R$ 13 bilhões. Desde então, já foram pagos R$ 155 bilhões - sendo cerca de R$ 108 bilhões só de juros e encargos. Apesar do valor já pago, o Rio ainda deve R$ 160 bilhões à União e R$ 30 bilhões por empréstimos garantidos por ela. Há ainda R$ 1 bilhão em operações não garantidas pelo Governo Federal", disse o governo do estado em nota divulgada no fim de semana.

O governo fluminense afirma que também foi prejudicado por políticas implementadas pelo governo federal, como a redução do ICMS de energia, telecomunicações e combustíveis, que levaram a uma perda de receita de R$ 9 bilhões por ano.

"A verdade é que há uma dívida multibilionária, impagável, que cresce muito mais do que a possibilidade de crescimento do nosso estado e até do país", disse o governador Cláudio Castro. "Tentamos a renegociação, o diálogo e ainda não conseguimos chegar a um entendimento. São como juros do cartão rotativo: pagamos, pagamos e a dívida só aumenta. Seguiremos em discussão com o Governo Federal, em busca de uma solução."

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Dono de rede varejista de supermercado compra 90% das ações da SAF do Cruzeiro

 

O empresário vai pagar R$ 600 milhões. O ex-jogador comprou a mesma porcentagem da SAF do Cruzeiro por R$ 400 milhões em 2021

Ronaldo Nazário
Ronaldo Nazário (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

 

O empresário Pedro Lourenço comprou 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol do Cruzeiro junto ao Ronaldo Fenômeno, que era o sócio majoritário. O empresário vai pagar R$ 600 milhões. O ex-jogador comprou a mesma porcentagem da SAF do Cruzeiro por R$ 400 milhões em 2021.

"O que eu tenho para dizer é que o dono do Cruzeiro é o nosso torcedor. Os donos são os nossos torcedores. Vamos mudar essa chave. O torcedor vai ser ouvido. Vamos abrir as portas para a imprensa", disse Pedro Lourenço à rádio Itatiaia.

Pedro Lourenço é dono da rede varejista Supermercados BH, a quinta maior rede de supermercados do País, com faturamento de R$ 14 bilhões em 2023, segundo o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

Fonte: Brasil 247