sexta-feira, 26 de abril de 2024

Brasil retoma produção de insulina capaz de suprir demanda nacional


Há mais de 20 anos o país não tinha produção nacional do hormônio


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta sexta-feira (26), da inauguração da fábrica de insulina da empresa Biomm, em Nova Lima, Minas Gerais. Com a nova unidade, o Brasil retoma a produção do hormônio no país, com capacidade de suprir a demanda nacional de insulina.

Durante discurso, Lula destacou a importância da fábriica para o acesso da população ao insumo e homenageou o trabalho de Walfrido dos Mares Guia, que é um dos sócios-fundadores e membro do conselho de administração da Biomm. Com história na política, Walfrido é amigo de Lula e foi ministro durante os dois primeiros mandatos do presidente, entre 2003 e 2007.

Emocionado, o presidente contou a experiência de sua bisneta Analua, de 7 anos, que vive com diabetes mellitus tipo 1. “Ela vive com aparelho no ombro, [conectado] com celular, cada coisa que ela come, ela tem que controlar. E o que é fantástico é que ela pede para mãe e para o pai aplicar a insulina nela, ela já não tem mais medo, já faz parte da vida dela. [...] Então, eu quero que a minha bisneta Analua saiba que esta figura simpática aqui [Walfrido] vai te dar tranquilidade para você viver mais do que eu e mais do ele está vivendo, porque a vida precisa que os bons vivam muito e que os maus descansem logo”, disse.

O diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, há mais de 20 anos o Brasil não tinha produção nacional de insulina e dependia apenas de produtos importados. “Para ter uma política de ciência e tecnologia em saúde que leve os produtos à população, temos que ter política industrial”, disse.

O investimento da empresa biofarmacêutica na construção da nova estrutura foi de R$ 800 milhões. A fábrica terá capacidade para 20 milhões de unidades de refis de insulina glargina (de ação prolongada) por ano - e, na sequência, de canetas de insulina. Além disso, poderá fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. A estimativa é de que a unidade gere 300 empregos diretos e 1,2 mil indiretos.

O Brasil é um dos países com maior incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos, segundo dados do Atlas da Federação Internacional de Diabetes, divulgados pelo governo. “O que se faz aqui é garantia de vida para uma doença que nós temos que trabalhar com prevenção, mas sabemos que, em muitos casos, não fugiremos da medicação, da insulina e de outros medicamentos que o SUS já fornece na assistência farmacêutica e Farmácia Popular”, disse a ministra Nísia.

A insulina glargina é indicada para o tratamento de diabetes mellitus tipos 1 e 2. No ano passado, em meio à risco de desabastecimento, o Ministério da Saúde fez uma compra emergencial de 1,3 milhão de unidades de insulina asparte (de ação rápida) indicada para tratar diabetes mellitus tipo 1, que concentra de 5% a 10% das pessoas diagnosticadas com a doença. Na ocasião, a pasta informou que as demais insulinas regulares mais consumidas estavam com estoque adequado para atender a rede do SUS.

Parceria

A Biomm é considerada uma pioneira no setor de biomedicamentos no Brasil e está inserida na Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), lançada pelo governo em setembro de 2023. Até 2026, a previsão é de R$ 42 bilhões em investimentos públicos e privados neste setor industrial para reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros.

No contexto da estratégia, a empresa participa do Programa de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo do Ministério da Saúde, que envolve a articulação do governo com o setor privado. Fundada em 2001, a Biomm é uma empresa brasileira e atua na oferta de fármacos acessíveis para o tratamento de doenças crônicas no país.

Para implantar a nova unidade industrial em Nova Lima, a Biomm obteve R$ 203 milhões de crédito via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), além de R$ 133 milhões aportados via equity (participação acionária) pelo BNDES e BDMG.

Ainda durante o evento, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Biomm assinaram um protocolo de intenções sobre plataformas de produção de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas, que tem como pano de fundo o fortalecimento do CEIS e a maior autonomia do Brasil na produção de medicamentos para o SUS.

Fonte: Agência Brasil

Estudo da Fazenda mostra que desoneração da folha penaliza maioria do povo

 

Secretaria de Política Econômica ressalta a ineficácia e o elevado custo fiscal da medida, prejudicando a execução de outras políticas públicas essenciais

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Carla Carniel)


A prorrogação irrestrita do modelo de desoneração da folha de pagamentos presente na Lei nº 14.784/2023 , aprovada no Congresso Nacional no final do ano passado, contraria o interesse público. É o que aponta a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda (MF) no estudo “Desoneração da Folha de Pagamentos — Análise setorial da política prorrogada e proposta de revisão”, divulgado nesta sexta-feira (26).

A disputa em torno da desoneração da folha de pagamentos chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Cristiano Zanin suspendeu pontos da legislação, na última quinta (25).

O estudo divulgado pela Fazenda, além de indicar que “o desenho atual da política não é justificável em termos de eficácia, efetividade e interesse público”, a SPE destaca que “a racionalização do benefício da folha de pagamentos e a mudança de seu desenho é uma recomendação de política pública que deve ser buscada pelos atores envolvidos no processo de policy-making do país”.

“Dado o elevado custo fiscal da medida, que implica menor disponibilidade de recursos para outras políticas públicas essenciais, pode-se concluir que a prorrogação irrestrita do modelo de desoneração presente na Lei nº 14.784/2023, aprovada no Congresso Nacional, contraria o interesse público”, enfatiza o material da SPE.

A Secretaria destaca os elevados valores de renúncia fiscal gerados pela política de desoneração da folha de pagamentos, desde a implantação do sistema, em 2012. O pico foi apurado em 2015 (R$ 25,2 bilhões), ano em que o número de atividades desoneradas atingiu o máximo. Para 2024, a Receita Federal estima que a política de desoneração da folha de pagamentos, prorrogada pelo Congresso por meio da Lei nº 14.784/20023, terá um custo de R$ 15,8 bilhões.

O estudo reforça a relevância do modelo proposto pelo governo ao Congresso no final do ano passado, conforme teor da Medida Provisória nº 1.202/2023 , revisitado no Projeto de Lei nº 493/2024 . No material, a SPE explica que o mecanismo sugerido pelo governo tem o objetivo de promover uma transição gradual e sem rupturas para os setores que atualmente mais usufruem do benefício, propondo uma reconfiguração do desenho dessa política.

“O novo desenho, focalizado no primeiro salário mínimo de cada empregado, pode ser pensado como um laboratório para uma política de desoneração do custo laboral linear entre setores, mas que atenda a critérios de progressividade, estimulando proporcionalmente mais, de forma indireta, os setores que empregam mão de obra formal de salário-base e de jovens entrantes no mercado de trabalho”, esclarece o material.

Análise - Segundo aponta a SPE, o atual sistema brasileiro de desoneração da folha de pagamentos não encontra paralelo com nenhuma outra experiência internacional bem-sucedida em termos de geração de empregos formais. O estudo apurou dois modelos exitosos, mas diferentes do que hoje é aplicado no Brasil.

No cenário global, a primeira linha de desoneração da folha de pagamentos que obteve sucesso, conforme apurou a Secretaria de Política Econômica, envolve políticas que abrangem linearmente todos os setores, durante período limitado. A segunda linha abrange políticas focalizadas em determinados segmentos da população, como o de mão de obra menos qualificada ou o de jovens entrantes no mercado de trabalho, com períodos de maior duração. “A política de desoneração da folha no Brasil não segue nenhuma dessas evidências definidas na literatura especializada como boas práticas”, destaca o estudo.

Não há, portanto, eficácia no atual modelo doméstico de desoneração da folha, identificou a SPE. “As evidências encontradas sobre o desempenho da política no Brasil, em termos de impactos socioeconômicos, principalmente sobre o nível de emprego, salários e competitividade, não sinalizam em consenso para um bom e adequado desempenho da política”, cita o estudo.

Ineficácia - A SPE realizou uma análise da dinâmica das atividades desoneradas em comparação às não desoneradas. O resultado indica que o grupo amplo de atividades desoneradas apresentou retração no número de vínculos e no rendimento agregado entre 2015 e 2021. Essa parcela, inclusive, registrou perda da participação no total de emprego e de remuneração da economia ao longo do período de desoneração.

Por outro lado, a análise verificou que as atividades não desoneradas expandiram o número de vínculos e a massa salarial. Ainda, as atividades desoneradas não mostraram relevante diferença quanto à dinâmica do rendimento médio comparativamente às atividades não desoneradas, uma vez que o rendimento médio caiu para todas, informa a SPE.

“Apenas um grupo de setores desonerados pela política, que se enquadram em 32 classes de atividades CNAE, apresentou dinâmica do emprego e rendimento superior ao grupo de não desonerados. Este grupo abarca 32 classes CNAE que estão desoneradas desde 2012, ao passo que 229 outras classes desoneradas, estratificadas em outros três grupos de acordo com o período de entrada e vigência da política, apresentaram dinâmica pior do que a do grupo de não desoneradas”, cita a SPE.

“O melhor desempenho do grupo de atividades desoneradas desde 2012 até 2021 parece estar mais associado a características da dinâmica dos setores envolvidos e à conjuntura econômica, social e global do que ao impacto específico e positivo da política, já que uma gama de outras atividades desoneradas não apresentaram comportamento semelhante”, explica o estudo.

A conclusão é que a inclusão ampla e irrestrita de produtos e atividades econômicas desonerados ao longo do período de vigência da política de desoneração da folha de pagamentos não parece estar associada a critérios técnicos e boas práticas fundamentadas nas modernas recomendações de política industrial.

Falácia - O material da SPE traz à luz e esclarece que é inverídica a afirmação de que a atual política de desoneração da folha de pagamentos beneficiaria “17 setores que mais intensamente empregam mão de obra no País”. Essa colocação é enganosa e distorce a realidade, alerta a Secretaria de Política Econômica.

Dados comprovam que tal afirmação é inconsistente. A versão mais recente da Lei, vigente desde o final de 2018, beneficia 43 classes econômicas em classificação CNAE [ Classificação Nacional das Atividades Econômicas ] e aproximadamente 2.638 produtos/mercadorias em classificação NCM [ Nomenclatura Comum do Mercosul ].

“A partir de uma compatibilização setorial, este estudo encontrou 143 classes econômicas (CNAE) atualmente beneficiadas. A agregação em 17 setores comumente veiculada não encontra fundamento em nenhuma classificação setorial oficial”, adverte a SPE.

O acompanhamento das informações de emprego e rendimento mostra que, em conjunto, as atividades desoneradas representavam 17% do número de vínculos e 7% da massa salarial em 2021, tendo essas participações diminuído ao longo da vigência da política, no agregado. Embora não sejam números desprezíveis, a SPE alerta que não há respaldo para o rótulo de “17 setores que mais intensamente empregam mão de obra”.

Histórico - A implantação do modelo de desoneração da folha remete ao ano de 2012, inicialmente abarcando 32 classes CNAE. Ao longo do tempo, houve entradas e saídas de atividades beneficiadas por essa política, que atingiu seu ápice em termos de renúncia em 2015.

O modelo atual reflete situação fixada ao final de 2018, quando ocorreu a última alteração legislativa relativa às atividades atendidas ( Lei nº 13.670/2018 ). Sob esse guarda-chuva, 43 classes em classificação CNAE e aproximadamente 2.638 produtos/mercadorias em classificação NCM são beneficiadas pela desoneração da folha desde o final de 2018.

Originalmente, a Lei nº 13.670/2018 estabeleceu que a desoneração da folha de salários deveria acabar em 31 de dezembro de 2020. Posteriormente, esse prazo foi estendido até o final de 2021 ( Lei nº 14.020/2020 ) e, depois, foi novamente prorrogado ( Lei nº 14.288/2021), com o encerramento dessa política previsto para o final de 2023.

O Congresso, no entanto, optou por prorrogar mais uma vez (até 2027) o modelo de desoneração da folha que vigora desde o final de 2018. Isso ocorreu a partir da aprovação, em 25 de outubro de 2023, do Projeto de Lei nº 334/2023 pelo Senado Federal, resultando na Lei nº 14.784/2023, o que ensejou veto do Executivo por inconstitucionalidade.

Foi nesse contexto que o governo encaminhou ao Congresso a proposição de uma nova política de desoneração setorial , integrante de um conjunto de medidas focadas na sustentabilidade fiscal. Os conceitos do novo modelo constam da Medida Provisória nº 1.202/2023 , revisitada no Projeto de Lei nº 493/2024 , atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados.

Solução - “O Projeto de Lei (PL) nº 493/24 buscou apresentar uma proposta alternativa à judicialização da prorrogação da política de desoneração aprovada pelo Congresso Nacional, buscando endereçar sua inconstitucionalidade e incompatibilidade orçamentária, além de tentar mitigar os problemas de mérito econômico e social associados à política”, cita o estudo.

A SPE explica que a inconstitucionalidade da Lei nº 14.784/2023 está associada à proibição, a partir da Reforma da Previdência, do custeamento da Previdência Social por meio da instituição de contribuição substitutiva sobre a folha de salários. Essa falha ocorre ainda que pela prorrogação do prazo de vigência de contribuição instituída anteriormente à Emenda, diante da necessidade de assegurar o equilíbrio no custeio da seguridade social.

Tal incompatibilidade orçamentária se refere ao impacto – não orçado – de R$ 15,8 bilhões para 2024. Conforme esclarece a SPE, esse fator torna a política de desoneração da folha incompatível com a Lei Orçamentária de 2024 ( Lei nº 14.822/ 2024 , que estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2024), aprovada pelo Congresso Nacional. Esses fatores ensejaram o governo a ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para apreciação no Supremo Tribunal Federal.

Segundo aponta o estudo, o novo sistema proposto pelo Executivo busca minimizar as distorções em relação ao que já estabelece a política anterior, mantendo determinado nível de desoneração para setores em que há atualmente maior relevância do uso do benefício. Além disso, apresenta mecanismo gradual de redução do benefício para que as empresas tenham tempo para se ajustar ao novo sistema.

Fonte: Brasil 247

STF tem placar de 3 a 0 para manter derrubada da desoneração da folha


Ainda nesta sexta, o Senado recorrerá da decisão de Zanin, diz Pacheco


O Supremo Tribunal Federal (STF) tem placar de 3 votos a 0 para manter a decisão individual do ministro Cristiano Zanin que derrubou a desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia e de determinados municípios até 2027.

A decisão foi proferida nessa quinta-feira (25) e motivada por uma ação protocolada pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Até o momento, além de Zanin, os ministros Flávio Dino e Gilmar Mendes também votaram no plenário virtual da Corte pela suspensão da desoneração. A sessão eletrônica vai até 6 de maio.

Na ação protocolada no STF, a AGU sustentou que a desoneração foi prorrogada até 2027 pelo Congresso sem estabelecer o impacto financeiro da renúncia fiscal. A petição foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias.

A ação também contestou a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que invalidou o trecho da Medida Provisória (MP) 1.202/2023. A MP derrubou a desoneração previdenciária para pequenas e médias prefeituras.

Ao aceitar os argumentos da AGU, o ministro Cristiano Zanin entendeu que a aprovação de desoneração pelo Congresso não indicou o impacto financeiro nas contas públicas.

"O quadro fático apresentado, inclusive com a edição de subsequentes medidas provisórias com o objetivo de reduzir o desequilíbrio das contas públicas indicam, neste juízo preliminar, que há urgência em se evitar verdadeiro desajuste fiscal de proporções bilionárias e de difícil saneamento caso o controle venha a ser feito apenas ao final do julgamento de mérito", justificou Zanin.

A desoneração da folha de pagamento para 17 setores e municípios com até 156 mil habitantes foi aprovada pelo Congresso, no entanto, o projeto de lei foi vetado pelo presidente Lula. Em seguida, o Congresso derrubou o veto.

Na manhã de hoje, o presidente do Senado anunciou que a Casa vai recorrer ainda nesta sexta-feira da decisão de Zanin.

Fonte: Agência Brasil

Prévia da inflação, IPCA-15 volta a desacelerar e fica abaixo do esperado em abril, diz IBGE

 

Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em abril foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% nos 12 meses imediatamente anteriores

Dinheiro

Por Roberto de Lira, Infomoney - O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, voltou a desacelerar em abril, para 0,21%, após a variação de 0,36% observada em março, informou nesta sexta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em abril foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% nos 12 meses imediatamente anteriores.

Em abril de 2023, o IPCA-15 tinha sido de 0,57%.

Os dados de abril vieram abaixo do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que era de inflação mensal de 0,29% na comparação mensal e de 3,86% em 12 meses.

O resultado do mês foi influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,61% e impacto de 0,13 ponto percentual no índice geral.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Transportes (-0,49%) registrou queda em abril. Depois de Alimentação e bebidas, o maior impacto no indicador veio de Saúde e cuidados pessoais (0,78% e 0,10 p.p.). As demais variações ficaram entre o 0,03% de Artigos de residência e o 0,41% de Vestuário.

Alimentação - Dentro do grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 0,74% em abril, com contribuições mais fortes das altas do tomate (17,87%), do alho (11,60%), da cebola (11,31%), das frutas (2,59%) e do leite longa vida (1,96%).

Entre as quedas, destacaram-se a batata-inglesa (-8,72%) e as carnes (-1,43%).

Já a alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês de março (0,59%), em virtude da alta menos intensa da refeição (de 0,76% em março para 0,07% em abril). O lanche (0,47%) teve variação superior à registrada no mês anterior (0,19%).

Outros grupos - Em Saúde e cuidados pessoais, por sua vez a maior contribuição (0,05 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (1,36%), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.

Além disso, o item plano de saúde (0,77%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2023 a 2024.

No grupo Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,05%) foi influenciada pelo reajuste de 1,95% em Goiânia (0,90%), a partir de 1º de abril. Em energia elétrica residencial (-0,07%), houve reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (2,34%).

No grupo Transportes, houve queda na passagem aérea (-12,20% e -0,09 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,03%), somente o etanol (0,87%) teve alta, enquanto o gás veicular (-0,97%), o óleo diesel (-0,43%) e a gasolina (-0,11%) registraram queda nos preços.

Fonte: Brasil 247

APUCARANA: Ahanda disputa a 2ª etapa do Campeonato Paranaense de Handebol


A equipe da Associação de Handebol de Apucarana (Ahanda), sexta colocada na competição com 2 pontos, participará neste final de semana (27 e 28/04) no Ginásio de Esportes Aldanir Angelo Rossoni em Toledo (Oeste do Estado), da segunda etapa do Campeonato Paranaense Adulto Masculino da Série Bronze.

Neste sábado, às 19h30, o time apucaranense jogará contra a Sociedade Thalia, de Curitiba, que ocupa a terceira posição com 4 pontos. Já neste domingo, a partir das 13h30, o duelo será contra a agremiação de Umuarama, sétima colocada com 2 pontos ganhos.

“Estamos confiantes na disputa dessa etapa, em busca de dois resultados positivos e com o objetivo de subirmos na tabela de classificação. Serão dois jogos difíceis, principalmente contra a Sociedade Thalia que vem de duas vitórias na primeira etapa realizada no mês de março”, disse Alessandro Ferreira, técnico da Ahanda.

“A equipe da Ahanda vai para mais uma etapa do Paranaense com a expectativa de conseguir quatro pontos e podendo até ficar entre os melhores colocados da competição, com o time tendo o incentivo do prefeito Junior da Femac”, destaca Tom Barros, secretário municipal de Esportes de Apucarana.

Apoiada pela Secretaria Municipal de Esportes, a equipe nessa segunda etapa contará com os jogadores Rodrigo Costa, Rodrigo Morakami, Hugo, Miguel, Thafarel, Leonardo, Hélio, Luis, Rafael Hidalgo, Felipe, Lucas, Thiago, Bruno, Ricardo, Alécio, Pedro e Leonardo Sobreiro.

A etapa inicial do Campeonato Paranaense também aconteceu em Toledo no mês passado. Na estreia da competição os apucaranenses perderam por 24 a 21 para Capanema, enquanto na segunda partida a Ahanda venceu Iretama pelo marcador de 26 a 20.

As datas das outras etapas do Estadual são as seguintes: 3ª etapa, 1º e 2 de junho; 4ª etapa, 20 e 21 de julho; 5ª etapa, 24 e 25 de agosto; e 6ª etapa, 14 e 15 de setembro. A terceira, quarta e quinta etapas também serão realizadas em Toledo, com a sexta em Capanema.

A classificação da Série Bronze é a seguinte: 1º) Quedas do Iguaçu, Capanema e Sociedade Thalia, com 4 pontos; 4º) Toledo, Matelândia, Ahanda e Umuarama 2; e 8º) Iretama, Castro e Telêmaco Borba 0. A equipe do Quedas do Iguaçu tem o ataque mais positivo com 70 gols. Os times da Ahanda e do Toledo sofreram 44 gols cada e têm as defesas menos vazadas do Campeonato Paranaense.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

APUCARANA: Oficina orienta municípios na elaboração de planos de segurança alimentar




 Secretários municipais e servidores de prefeituras da região participaram nesta sexta-feira (26/04), no Senac de Apucarana, da Oficina de Elaboração de Planos Municipais de Segurança Alimentar. Através de palestras e painéis, foram repassadas orientações e diretrizes para a elaboração dos planos, que passaram a ser obrigatórios nos municípios.

A oficina é uma iniciativa do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento e Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-PR), com o apoio do Senac, Prefeitura de Apucarana, Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea), Câmara Intersetorial Municipal Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) e Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional (Coresan).

O prefeito Junior da Femac foi representado no ato pelo secretário municipal de Assistência Social, Juliano Dalla Costa. O secretário lembrou que Apucarana foi um dos primeiros municípios da região a aderir ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e a elaborar o Plano Municipal. “Precisamos agora fazer os ajustes e aprimoramentos necessários”, pontua Dalla Costa.

Apucarana  – conforme Dalla Costa – está na vanguarda da segurança alimentar e nutricional. “O prefeito Junior da Femac sempre nos pede que a Secretaria de Assistência Social seja um órgão transformador de vidas e não apenas um entregador de cestas básicas. Com as diversas ações intersetoriais desenvolvidas, buscamos levar um alimento de qualidade e em quantidade para aqueles que mais precisam”, frisa Dalla Costa.

A vereadora Jossuela Pirelli, que foi secretária de Assistência Social por mais de um ano e no ato desta sexta-feira representou o Legislativo, cita as diversas ações desenvolvidas em Apucarana. “O Restaurante Popular serve 300 refeições diárias, a merenda escolar é de qualidade e enriquecida com alimentos da agricultura familiar, já existem 42 hortas solidárias implantadas e o Programa Feira Verde troca recicláveis por alimentos, além de manter a distribuição de cestas básicas e de recentemente ter implantado a Cozinha-Escola”, elenca a vereadora.

Cristovon Ripol, chefe do núcleo regional da Seab, afirma que o Paraná lidera as adesões ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). “O Brasil tem 5.568 municípios e apenas 600 fizeram a adesão e destes 250 municípios são do Paraná, ou seja, o Estado responde por 42% das adesões no País”, informa, acrescentando que 9 dos 13 municípios pertencentes ao núcleo da Seab já fizeram a adesão.

David de Brito, presidente do Comsea e Coresan, reitera que as ações na área de segurança alimentar e nutricional são intersetoriais. “É uma sinergia entre profissionais de diversas áreas, como saúde, educação, agricultura e assistência social”, frisa, lembrando que a criação dos planos que era voluntária agora é obrigatória. “Todos os municípios devem elaborar os seus planos de ação e a oficina vem para auxiliar e orientar os municípios nesta tarefa”, completa David de Brito.

Participaram ainda da abertura da oficina Paulo Eduardo Sipoli Pereira, gerente regional do IDR, e Valdenir Veloso Neto, representando o Caisan estadual, a secretária municipal de Educação, Marli Fernandes, Lucas Salvalaggio, gerente executivo do Senac, e Rafaela Cristina Bernardo, assistente social do IDR e coordenadora da oficina.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

"Não consigo respirar", diz homem negro à polícia em Ohio antes de morrer (vídeo)

 Caso aconteceu na cidade de Canton, em Ohio, e possui semelhanças com o assassinato de George Floyd, ocorrido em 2020

(Foto: Reprodução/Twitter)

Reuters - A polícia de Ohio divulgou o vídeo de um homem negro que morreu em um hospital local depois de dizer repetidamente aos policiais "não consigo respirar" enquanto eles o prendiam no chão de um bar e o algemavam, evocando lembranças do assassinato de George Floyd em 2020.

No vídeo da câmera corporal divulgado na quinta-feira pelo Departamento de Polícia de Canton, os policiais são vistos prendendo o homem, identificado como Frank Tyson, de 53 anos, que era suspeito de deixar a cena de um acidente com um único carro em 18 de abril.

O Departamento de Polícia de Canton não estava imediatamente disponível para comentar o vídeo, que foi postado online por vários veículos locais de mídia, ou para confirmar detalhes sobre o incidente.

O clipe de 36 minutos começa com um policial de patrulha encontrando um carro que havia batido em um poste elétrico e um transeunte lhe dizendo que o motorista do veículo havia fugido para uma taverna próxima.

Os policiais são então vistos entrando no estabelecimento, onde encontram Tyson no bar. Houve uma discussão quando eles tentaram agarrar seus braços e ele gritou repetidamente "eles estão tentando me matar" e "chamem o xerife".

Os policiais lutaram com Tyson no chão e o algemaram. Um deles é visto colocando um joelho em suas costas, próximo ao pescoço, por cerca de 30 segundos.

Tyson pode ser ouvido dizendo repetidamente: "Não consigo respirar. Não consigo... saia do meu pescoço", enquanto um policial grita "acalme-se" e "você está bem" antes de se levantar.

Em seguida, o vídeo mostra Tyson imóvel, deitado de bruços no chão por cerca de seis minutos, enquanto os policiais conversam com os clientes do bar.

Os policiais então verificam Tyson, que parece não estar respondendo. Eles podem ser ouvidos dizendo: "Ele está respirando?" e "Ele tem pulso?".

Oito minutos depois que os policiais algemaram Tyson, eles retiraram as algemas e começaram a reanimação. Os paramédicos então chegam ao local e levam Tyson para fora do bar em uma maca e para uma ambulância que o aguardava, como mostra o vídeo.

Tyson morreu em um hospital local, de acordo com a WKYC, uma afiliada da NBC em Cleveland. A Reuters não pôde confirmar imediatamente o relato. A causa oficial da morte ainda não foi determinada.

O incidente é uma reminiscência do encontro mortal de Floyd com a polícia de Mineápolis há quatro anos. Um vídeo de celular do assassinato de Floyd, que se tornou viral, desencadeou uma onda de protestos em todo o mundo contra a brutalidade policial e o racismo.

Ele mostra um policial branco, Derek Chauvin, ajoelhado sobre o pescoço de Floyd por mais de nove minutos, enquanto Floyd, que era negro, implora por sua vida, repetindo "Não consigo respirar" antes de ficar em silêncio.

Chauvin e três de seus pares policiais acabaram sendo condenados por homicídio culposo e outros crimes.

Os policiais do Departamento de Polícia de Canton envolvidos no incidente com Tyson foram identificados como Beau Schoenegge e Camden Burch, informou a WKYC.

Ambos foram colocados em licença administrativa e o Bureau de Investigação Criminal de Ohio (OCI) está investigando o incidente, informou a emissora.

As ligações para o OCI não foram retornadas imediatamente.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Morre Anderson Leonardo, vocalista do Molejo

 

Artista de 51 anos lutava contra um câncer

(Foto: Reprodução/Instagram)

 

A música brasileira está de luto com a triste notícia do falecimento de Anderson Leonardo, aos 51 anos, vocalista do grupo de pagode Molejo. A morte do músico, vítima de um câncer, foi divulgada através de uma publicação no Instagram.

O artista, que nasceu em 18 de agosto de 1972, no Rio de Janeiro, foi diagnosticado com um câncer inguinal em outubro de 2022. Após um breve período de aparente recuperação, anunciou-se curado em janeiro do ano seguinte. Porém, em maio de 2023, recebeu um novo diagnóstico, dessa vez de câncer nos testículos, e estava em processo de tratamento desde então.

Anderson Leonardo ingressou no Molejo na década de 80 e foi fundamental para alavancar o grupo de pagode para o sucesso, especialmente com o hit "Caçamba", que o colocou no topo das paradas musicais. Além disso, canções como "Brincadeira de Criança", "Dança da Vassoura", "Cilada" e "Paparico" se tornaram marcos da música popular brasileira na voz marcante de Anderson.

Ver esta publicação no Instagram

Uma publicação partilhada por Grupo Molejo (@molejooficial)

Além de sua contribuição como vocalista e cavaquinista do Molejo, Anderson Leonardo se destacou como compositor, deixando um legado musical que transcende gerações.

O músico deixa sua esposa, a administradora Paula Cardoso, e quatro filhos: Leozinho Bradock, Alissa, Rafael Phelipe e Alice.

Apesar do sucesso artístico, a trajetória de Anderson também foi marcada por polêmicas. Em 2021, ele foi acusado de estupro por Maycon Douglas Pinto de Nascimento Adão, conhecido como MC Maylon. Anderson negou as acusações, alegando que as relações foram consensuais. Além disso, a ex-Banheira do Gugu, Solange Gomes, o acusou de assédio, relata que o artista também negou, chamando de infundadas.

Fonte: Brasil 247



Lewandowski suspende por 90 dias PRF que fez vídeo ensinando tortura com spray de pimenta

 

As imagens foram gravadas durante uma aula de cursinho, na qual Bandeira era professor

Ricardo Lewandowski
Ricardo Lewandowski (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

 

O ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, suspendeu por 90 dias o policial rodoviário federal Ronaldo Bandeira, que aparece em um vídeo ensinando técnicas de tortura utilizando spray de pimenta contra pessoas detidas dentro de uma viatura.

As imagens foram gravadas durante uma aula de cursinho, na qual Bandeira era professor. O vídeo veio à tona após o assassinato de Genivaldo de Jesus dos Santos durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal em 2022, em Sergipe. Genivaldo morreu sufocado depois que policiais lançaram bombas de gás dentro do porta-malas de uma viatura da PRF onde ele estava detido.

Bandeira, que é policial rodoviário federal em Santa Catarina, foi alvo de um processo administrativo disciplinar após o vídeo se tornar público. 

A corregedoria da PRF recomendou a demissão do agente ao encaminhar o processo para o Ministério da Justiça no ano passado. No entanto, Lewandowski optou por uma punição mais branda. De acordo com a decisão, publicada no Diário Oficial da União em 22 de abril, a suspensão ocorreu por "violação do dever de lealdade à instituição Polícia Rodoviária Federal". 

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

'Eles detestam boa notícia para o povo', diz Gleisi sobre sinalização do BC de reduzir ritmo de queda dos juros

 

"Inflação em queda (3,19% em 12 meses) é motivo para celebrar. Mas com o Banco Central do bolsonarista Campos Neto a gente tem é de ficar preocupado", disse

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto
Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Marcos Corrêa/PR)

 

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou em suas redes sociais que a queda da inflação “é motivo para celebrar”, mas alertou que existe a preocupação de que, mesmo assim, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, passe a aumentar a taxa básica de juros (Selic).

“Inflação em queda (3,19% em 12 meses pelos dados do IBGE) é motivo para celebrar. Mas com o Banco Central do bolsonarista Campos Neto a gente tem é de ficar preocupado, porque pode ser pretexto para aumentar juros. Eles detestam notícia boa para o povo”, postou Gleisi no X, antigo Twitter.

Nesta sexta-feira (26), Campos Neto disse que as expectativas para a inflação no Brasil vêm piorando, e ressaltou que a autoridade monetária está "seguindo isso bastante de perto”. O mais recente Boletim Focus do Banco Central, que capta estimativas de agentes do mercado, aponta para uma inflação de 3,60% em 2025, contra 3,56% previstos uma semana antes e 3,51% um mês antes.

A meta de inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ele já havia sinalizado anteriormente que a autoridade monetária poderia promover um corte menor que o esperado na taxa de juros para conter uma alta inflacionária.

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, contudo, apontam que o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, voltou a desacelerar em abril, para 0,21%, após a variação de 0,36% observada em março. Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em abril foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% nos 12 meses imediatamente anteriores.

Ainda conforme o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação no Brasil, recuou para 0,16% em março, após alta de 0,83% em fevereiro. No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%.

Fonte: Brasil 247

Após não ser incluído como candidato, Requião consegue impugnar pesquisa sobre a disputa pela Prefeitura de Curitiba

 Decisão liminar saiu mais de uma hora após a divulgação dos resultados do levantamento feito pela AtlasIntel em parceria com a CNN

Requião: agora no PMN, experiente político quer voltar a ser prefeito de Curitiba (Foto: Franklin de Freitas)

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) impugnou na tarde desta quinta-feira (25 de abril), a divulgação de pesquisa eleitoral feita pelo instituto AtlasIntel em parceria com a CNN. A decisão, que é liminar (ou seja, provisória), atende requerimento feito pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), que reclamava da não inclusão do nome de Roberto Requião como pré-candidato a prefeito de Curitiba no questionário aplicado nas entrevistas feitas com eleitores curitibanos.

A pesquisa havia sido divulgada na tarde de hoje, às 14 horas, pela CNN Brasil e foi replicada por vários outros veículos de comunicação – entre eles o Bem Paraná. Mais de uma hora após a divulgação dos resultados, contudo, veio a decisão da juíza eleitoral Cristine Lopes, que deferiu pedido liminar feito pelo PMN para que a divulgação da pesquisa fosse suspensa. Diante da decisão judicial, o Bem Paraná optou por retirar as matérias com os dados da pesquisa do ar.


À Justiça Eleitoral, o PMN reclamou que a pesquisa da AtlasIntel não teria levado em conta o nome de todos os pré-candidatos, já que não incluiu o nome de Roberto Requião no questionário aplicado. Segundo a legenda, a não inclusão do nome de Requião (que havia anunciado sua pré-candidatura no último dia 12, seis dias antes da pesquisa eleitoral ter sido registrada no TSE) “torna a pesquisa parcial e não retrata a fiel realidade política dos eleitores, motivo pelo qual não deve ser divulgada”.

A juíza Cristine Lopes, por sua vez, apontou que, a partir da análise do pedido inicial e do registro da pesquisa eleitoral, verificou-se ser merecido o deferimento do pedido liminar para suspensão da divulgação da pesquisa.


“O fato de [a pesquisa] não incluir o nome de potencial candidato às eleições, que já afirmou sua pré-candidatura publicamente, acaba por macular a pesquisa, já que passível de causar favorecimento de um ou outro candidato em detrimento dos demais, bem como a manipulação e o direcionamento do eleitor quanto aos futuros candidatos do nicho eleitoral pesquisado”, argumentou a magistrada.


“Tal ocorrência pode, efetivamente, apresentar inconsistência que, eventualmente, implica na distorção do
resultado e favorece um ou outro candidato ao não constar o nome de todos os já anunciados como précandidatos ao cargo”, comentou ainda ela, dando dois dias para o instituto que fez a pesquisa apresentar sua defesa.


Fonte: Bem Paraná