sexta-feira, 26 de abril de 2024

Saúde é o principal ponto de preocupação dos brasileiros, aponta pesquisa

 

Pesquisa do Instituto Ipsos, revela que a saúde pública está no topo das preocupações dos brasileiros, atingindo um índice de 42%

Pacientes com problemas renais em hospital no Brasil
Pacientes com problemas renais em hospital no Brasil (Foto: Reprodução (JN))

 

Uma pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada nesta sexta-feira (26) pelo jornal O Globo, revela que a saúde pública voltou a ocupar o topo das preocupações dos brasileiros, atingindo um índice de 42% como o principal desafio do país. O número representa um aumento em relação aos 37% registrados no levantamento anterior, realizado em março deste ano. 

O percentual é o mais alto desde o término da pandemia em 2021. A taxa de menções à saúde como principal problema do país é praticamente o dobro da média global, que é de 23%. O aumento da preocupação com a saúde pública ocorre em meio a um surto de dengue que já causou a morte de 1.792 pessoas somente neste ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o que contribuiu para a escalada da preocupação dos brasileiros com o tema nos últimos meses. 

Paralelamente, um levantamento realizado pelo Ipec revelou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta uma avaliação negativa em relação às suas ações na área da saúde. Para 42% dos entrevistados, as medidas do governo são consideradas "ruins" ou "péssimas", enquanto apenas 29% as avaliam como "boas" ou "ótimas". Essa insatisfação se equipara apenas aos esforços em relação à segurança pública e ao combate à inflação, que também receberam avaliações desfavoráveis.

O CEO da Ipsos, Marcos Calliari, ressaltou que, pela segunda vez desde o início do governo Lula 3, uma maioria numérica acredita que o Brasil está indo na direção errada, com 53% dos entrevistados compartilhando essa visão, uma queda de quatro pontos percentuais na taxa dos que veem o país na direção correta em relação a março.

Desde novembro, a preocupação com crimes e segurança vinha liderando o ranking de maiores angústias dos brasileiros, mas houve uma queda na última pesquisa, com 41% dos entrevistados mencionando esse tema. A insegurança perdeu espaço para a preocupação com a saúde pública e a pobreza e desigualdade social, citadas por 37% dos participantes do levantamento.

Globalmente, a inflação é o tema mais mencionado, com 34% dos entrevistados preocupados com essa questão. No Brasil, 24% consideram a inflação um problema crucial, enquanto a saúde pública continua sendo a principal preocupação. 

A pesquisa foi realizada online com 25.302 pessoas de 29 países, incluindo aproximadamente mil brasileiros entre 16 e 74 anos. O Ipsos destaca que a amostra brasileira não representa necessariamente a população geral, mas sim uma parcela mais conectada, concentrada em centros urbanos e com maior poder aquisitivo e nível educacional. A margem de erro é estimada em 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Homem negro chama a polícia após ser ameaçado de morte e é agredido pelos próprios agentes (vídeo)

 

Ignorando os pedidos da mulher e de moradores, os PMs mantém imobilizado o homem que não oferecia resistência

 Um vídeo compartilhado pelo deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) flagrou o momento em que um policial militar espirra um jato de spray de pimenta no rosto de um homem negro e o imobiliza pelo pescoço durante abordagem policial em São Paulo. O gabinete do parlamentar informou ao G1 que o episódio ocorreu na terça (23), segundo informações de um denunciante. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) entrou com um pedido para o Ministério Público investigar e identificar os agentes envolvidos na ocorrência.

Como tudo aconteceu - De acordo com a denúncia recebida pelo deputado, a agressão teria começado após o homem negro receber a cobrança de um aluguel que já estava pago. O cobrador era o ex-marido da proprietária do imóvel, que o ameaçou com uma faca. A Polícia Militar, então, teria sido acionada pelo próprio rapaz que era ameaçado. Entretanto, quando os agentes chegaram, ele passou a ser o alvo da abordagem.

Ignorando os pedidos da mulher e de moradores, os PMs mantém imobilizado o homem que não oferecia resistência. Em determinado momento, ele ainda diz que não está conseguindo respirar.

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Uma publicação compartilhada por Renato Freitas (@renatofreitasumdenos)

Fonte: Brasil 247

 

Confiança da indústria do Brasil melhora em abril, diz FGV

 

Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,3 ponto em abril na comparação com o mês anterior, para 96,8

Indústria
Indústria (Foto: Reuters/Jorge Adorno)


Reuters - A confiança da indústria no Brasil apresentou melhora em abril, embora com sinais distintos entre indicadores de situação atual e sobre o futuro dos negócios, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,3 ponto em abril na comparação com o mês anterior, para 96,8, de acordo com os dados da FGV.

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede a confiança dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, recuou 0,6 ponto e foi a 96,0.

Mas esse resultado foi compensando pelo avanço de 1,4 ponto do Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, para 97,8, maior patamar desde setembro de 2022 (97,9 pontos).

"Apesar da melhora gradual da demanda presente, os empresários observam o nível de estoques aumentar novamente. Há uma perspectiva positiva relacionada ao ambiente de negócios no segundo semestre e também sobre contratações nos próximos meses, embora as expectativas sejam de receio quanto à produção", explicou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

Pacini citou ainda que a queda na taxa de juros, o controle da inflação, a melhora nos indicadores de trabalho e renda, e o avanço da nova política industrial e da reforma tributária podem ser decisivos para confirmar o otimismo nos próximos meses.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Universidade federal demite mulher de ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro por abandono de cargo e faltas injustificadas

 Daniela Weintraub estava na Unifesp desde 2013 e foi alvo de uma investigação interna; ex-ministro também foi demitido da instituição após uma determinação da CGU, em fevereiro

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demitiu Daniela Weintraub, mulher do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, por abandono de cargo e faltas injustificadas. A medida foi publicada em edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (26).


Em fevereiro, a Controladoria-Geral da União (CGU) determinou que o ex-ministro fosse demitido da Unifesp por faltar ao serviço sem justificativas. Ele era professor do magistério superior desde 2014.


Tanto Weintraub quanto a mulher foram alvos de investigações internas da Unifesp por causa de faltas injustificadas. Em agosto de 2023, os dois tiveram os salários suspensos pela universidade.


Segundo informações do Portal da Transparência, Daniela era professora lotada no Departamento de Ciências Atuariais da Unifesp. O vínculo com a universidade começou em novembro de 2013. Além disso, ela deveria cumprir jornada de trabalho de 40 horas semanais.


Em agosto de 2023, Weintraub disse em uma live no YouTube que ele e a esposa se afastaram da universidade no final de 2018. O ex-ministro afirmou que, após deixar o Ministério da Educação e se mudar para exterior, pediu licença não remunerada.


Abraham Weintraub fez parte do governo de Jair Bolsonaro, sendo ministro da Educação entre 2019 e 2020. Ele pediu exoneração do cargo após viajar para os Estados Unidos.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Mesmo cassado e ameaçado de inelegibilidade, Deltan Dallagnol vai disputar prefeitura de Curitiba


Ele afirmou que, caso realmente se candidate, "alguém pode impugnar o registro, e isso vai ser discutido"

Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

 

Com seu mandato de deputado cassado e mesmo sem saber se poderá se candidatar, Deltan Dallagnol se coloca como pré-candidato a prefeito de Curitiba pelo partido Novo nas eleições deste ano.

"Hoje, se eu me candidatar, os fatos e provas vão ser discutidos na primeira instância em Curitiba e no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, lugar em que se considerou que eu estou plenamente elegível. E um eventual recurso ao TSE não é passível de conduzir a um reexame de fatos e provas", disse ele ao jornal Folha de S.Paulo com a tranquilidade de quem possui aliados jurídicos estratégicos no local. 

Vale destacar que foi o mesmo TRE do Paraná foi que absolveu Dallagnol na cassação de seu mandato e também absolveu Sergio Moro de uma possível cassação. O caso do ex-juiz suspeito agora está nas mãos do TSE. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo

Após sete anos do início do processo, PGR pede ao STF arquivamento de inquérito que investiga Renan e Jucá

 Assinada por Paulo Gonet e destinada ao ministro Edson Fachin, relator do inquérito, a manifestação da PGR afirmou que a apuração não conseguiu ‘comprovar concretamente’ a solicitação ou recebimento de dinheiro ilícito por Renan

Pouco mais de sete anos depois do início das investigações, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (25,) o arquivamento de um inquérito que investiga o senador Renan Calheiros, do MDB, e o ex-senador Romero Jucá por suposto recebimento de propina da Odebrecht.


Assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e destinada ao ministro Edson Fachin, relator do inquérito, a manifestação da PGR afirmou que a apuração não conseguiu “comprovar concretamente” a solicitação ou recebimento de dinheiro ilícito por Renan. Assim, disse Gonet, não será possível apresentar denúncia e a apuração deve ser arquivada. As informações são do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.


As suspeitas investigadas no inquérito, a partir de delações premiadas da Odebrecht, eram de que Jucá havia recebido em 2014, em nome dele e de Renan, R$ 5 milhões do departamento de propinas da Odebrecht. Em troca, a dupla teria atuado pela aprovação da Medida Provisória 627, de 2013, que dava benefícios fiscais a empresas com atuação no exterior, incluindo subsidiárias do grupo baiano.


O chefe da PGR lembrou ainda que o STF invalidou as provas apresentadas pela Odebrecht em seu acordo de delação, a exemplo dos sistemas Drousys e MyWebDay B, usados pelo departamento de propinas da empreiteira para gerenciar pagamentos ilícitos.


Os dois sistemas incluíam o principal lastro aos depoimentos dos delatores da Odebrecht. O material era apresentado como prova de que as entregas de dinheiro relatadas nas delações haviam sido de fato programadas e executadas aos destinatários, identificados sempre por codinomes.


“Os depoimentos de colaboradores e respectivos elementos de corroboração apresentados, a despeito de terem sido suficientes para dar início a uma investigação criminal, sem elementos probatórios que comprovem os delitos imputados, não são suficientes para a deflagração da persecução penal”, afirmou Paulo Gonet a Edson Fachin.


Em fevereiro, depois de prorrogar o inquérito 14 vezes ao longo de sete anos, o ministro havia rejeitado um pedido da PGR por mais tempo para as diligências.


Desde a abertura do inquérito, em abril de 2017, Gonet foi o quarto procurador-geral da República a atuar na investigação sobre Renan e Jucá, depois de Rodrigo Janot, Raquel Dodge e Augusto Aras.


A conta chega a seis chefes da PGR se levadas em consideração as gestões interinas de Alcides Martins, que ocupou o cargo durante oito dias de setembro de 2019, entre Dodge e Aras; e de Elizeta Maria de Paiva Ramos, procuradora-geral de setembro a dezembro 2023, período entre a saída de Aras e a posse de Gonet.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Arthur Lira aponta Senado como responsável pela PEC do Quinquênio, que aumenta salários de juízes e promotores

 ‘Todos têm suas responsabilidades, cada um que pauta seus próprios projetos deve ser responsável por eles’, diz sem citar Rodrigo Pacheco

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), atribuiu, nesta quinta-feira (25), ao Senado a responsabilidade pelo avanço da PEC do Quinquênio, que aumenta os salários de juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.


– Todos têm suas responsabilidades. A Câmara não foi responsável pela pauta do Quinquênio. Cada um que pauta seus próprios projetos deve ser responsável por eles. Não se pode afirmar que a Câmara tenha pautado até hoje um projeto de ‘pauta-bomba – declarou em entrevista à GloboNews.


– Considerando as estimativas fornecidas pelo Ministério da Fazenda, que variam de R$ 40 a R$ 80 bilhões, isso vai além de uma mera ‘pauta-bomba’ – acrescentou o parlamentar.


Lira também expressou sua incerteza sobre a progressão do projeto na Câmara, pois acredita que o texto pode não avançar no Senado devido à repercussão negativa.


A proposta, que já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, modifica a Constituição para garantir um aumento automático de 5% nos salários das carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%.


Inicialmente, a PEC concedia o quinquênio apenas a juízes e membros do Ministério Público. No entanto, a comissão ampliou o benefício para defensores públicos; membros da advocacia da União, dos estados e do Distrito Federal; e delegados da Polícia Federal.


– Quando se trata do tema magistratura, há um problema sério a ser resolvido relacionado à questão salarial de uma categoria que decide sobre bilhões de reais e que atualmente recebe muito pouco. Portanto, é necessário equilibrar a situação. Quando começam a ser incluídas 10, 20, 30 categorias de todas as carreiras do estado, se perde o controle. Em breve, todos estarão incluídos – comentou Lira.


Em outro momento da entrevista, o presidente da Câmara reiterou a importância de tratar com transparência a origem do problema, ao mencionar as matérias apresentadas no Senado.

– O fato é que sempre que as coisas são votadas, o tratamento é dado pelo Congresso. É claro, aprovado em ambas as Casas. Mas, onde nasceu o problema, isso deve ser tratado com transparência – afirmou ele.


Lira não mencionou diretamente o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao fazer essas críticas. Os dois mantêm uma relação protocolar, sem diálogo próximo, e têm discordâncias sobre a tramitação de propostas no Congresso.


Pacheco indicou a seus aliados que deseja reduzir a PEC e limitar o benefício a juízes e membros do Ministério Público para amenizar a resistência do governo, que considera o tema uma pauta prejudicial para as contas públicas.


Senadores próximos a Pacheco contataram-no após a aprovação da proposta na CCJ para expressar descontentamento com a inclusão de mais categorias e alertar sobre o risco de derrota no plenário.


Apesar da resistência do governo, parlamentares que conversaram com o presidente do Senado afirmam que ele deve persistir até o fim de seu mandato na aprovação do benefício para juízes, promotores e procuradores.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

Lula cria força-tarefa para destravar demarcação de terras indígenas que ainda dependem de homologação (Veja vídeo)

 20ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), a maior mobilização indígena do Brasil, reúne cerca de 10 mil indígenas em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta quinta-feira (25), no Palácio do Planalto, um grupo de 40 lideranças indígenas de todas as regiões do país que participam da 20ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), a maior mobilização indígena do Brasil.  


A reunião ocorreu após a realização de mais uma marcha, que reuniu milhares de indígenas. Eles percorreram, em caminhada, toda a área central da cidade até a Praça dos Três Poderes.


Em resposta à principal reivindicação do grupo, o presidente Lula anunciou a criação de uma força-tarefa governamental para tentar destravar processos de demarcação de terras pendentes de homologação presidencial. A prioridade são quatro áreas.


Havia expectativa que essas homologações tivessem sido assinadas na semana passada pelo presidente, mas o governo suspendeu a decisão por problemas de ocupação não-indígena em algumas dessas terras.  


As terras pendentes têm longo histórico de disputa pela demarcação. São elas: Morro dos Cavalos e Toldo Imbu, em Santa Catarina, Potiguara de Monte-Mor, na Paraíba, e Xukuru Kariri, em Alagoas.


– São problemas políticos que também precisam ser enfrentados. Não se pode assinar as homologações desconsiderando toda a ocupação não-indígena que há hoje dentro desse território – afirmou a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.


A força-tarefa será coordenada pela ministra, juntamente com a Secretaria-Geral da Presidência da República, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, a Advocacia Geral da União (AGU), além da própria Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).


Segundo o governo, os processos das duas áreas em Santa Catarina foram travados em decorrência de uma decisão desta semana, do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou conciliação em ações que tentam aplicar a tese do marco temporal. 


Já as áreas na Paraíba e Alagoas registram a presença de pequenos agricultores e o governo espera obter uma solução para o reassentamento dessas famílias antes de prosseguir com a demarcação.


Em postagem nas redes sociais após se reunir com as lideranças indígenas, o presidente Lula destacou o papel da ministra Sônia Guajajara e da presidente da Funai, Joênia Wapichana, duas mulheres indígenas nos principais postos da política indigenista do país. 


– Sabíamos que não seria fácil reconstruir a política indigenista, sobretudo uma política feita por e para povos indígenas. Estou satisfeito com o trabalho feito até aqui e com a certeza de que vamos trabalhar ainda mais. Eu tenho o dever moral e o compromisso de vida de fazer aquilo que for possível, e até o que for impossível, para minimizar o sofrimento dos povos indígenas e garantir seus direitos –  publicou o presidente.


O 20º ATL prossegue até esta sexta-feira (26), com uma série de programações culturais e políticas. Ao todo, cerca de 10 mil indígenas estão na capital do país para o evento anual, considerado o maior já realizado desde então.



Fonte: Agenda do Poder com informações da Agência Brasil.  

Grupo Prerrogativas tenta impedir nomeação de indicado por Lira para TST que já defendeu guilhotina para Dilma e Lula

 Adriano Costa Avelino é advogado de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados

O Grupo Prerrogativas, uma coalizão de advogados que apoiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está trabalhando nos bastidores para impedir a nomeação de Adriano Costa Avelino, indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, para uma posição no Tribunal Superior do Trabalho (TST).


Nos últimos dias, os advogados têm fornecido informações aos ministros do tribunal e ao próprio Lula, destacando publicações antigas nas redes sociais em que Avelino critica o atual presidente e a ex-presidente Dilma Rousseff, além de aparecer em eventos de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.


Em uma dessas postagens, de março de 2016, o candidato à vaga no TST sugere que Lula, Dilma e seus apoiadores merecem ser punidos com a “guilhotina”. “A punição para Dilma e Lula e seus apoiadores é a guilhotina. Mas antes tem que cortar a língua para pararem de latir”, escreveu o advogado, um dia depois de o então juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, divulgar gravações telefônicas em que Lula conversava com Dilma sobre a sua nomeação para o ministério da então presidente. A publicação foi removida do seu perfil no X, antigo Twitter.


Avelino é advogado de Lira. O presidente da Câmara apoia a indicação do candidato, que é de Alagoas, seu estado natal. O Prerrogativas defende que a vaga seja ocupada por Antonio Fabrício de Matos Gonçalves, de Minas Gerais, integrante do grupo. A lista tríplice escolhida pelos atuais ministros do TST inclui, além de Avelino e Fabrício, o nome de Roseline Morais, de Sergipe. A decisão final sobre quem ocupará a vaga no tribunal, a última instância da Justiça Trabalhista, caberá a Lula.


“Defendemos a escolha de Fabrício porque ele tem o apoio dos advogados progressistas. Ele atuará de forma imparcial, mas com uma forte preocupação com os direitos dos trabalhadores, especialmente em um momento em que a legislação trabalhista está sendo questionada com frequência”, afirma Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas.


Quando questionado se está trabalhando contra Avelino, Marco Aurélio disse que o Prerrogativas não realiza uma “campanha negativa contra ninguém” e enfatizou que tem uma boa relação pessoal com o candidato de Alagoas.


Procurado, Avelino reconheceu as postagens contra Lula como “um erro e uma infelicidade”. Ele também afirmou que, na época em que as publicou, se arrependeu e pediu desculpas. “Tenho uma trajetória de mais de 30 anos na advocacia e já estive em uma lista tríplice do TST uma vez”.


Quanto ao apoio de Lira à sua nomeação, o advogado afirmou que “os políticos alagoanos que conhecem o seu trabalho o apoiam”. Em suas redes sociais, Avelino costuma compartilhar postagens do presidente da Câmara. Durante as eleições de 2022, ele exaltou a vitória do parlamentar nas urnas.


Nas conversas com membros do governo, os advogados do Prerrogativas argumentam que Arthur Lira já foi contemplado em novembro do ano passado com a nomeação de José Carlos Meyer para o Tribunal Federal da 1ª Região (TRF-1).


O Prerrogativas surgiu de um grupo de WhatsApp como uma voz crítica à Operação Lava Jato. Foi durante um jantar de fim de ano do grupo em 2021 que Lula e Geraldo Alckmin fizeram sua primeira aparição pública juntos desde que foi revelado que estavam negociando a formação de uma chapa para a eleição presidencial do ano seguinte. Depois de eleito, Lula demonstrou apoio ao Prerrogativas ao nomear Fabiano Silva, que era próximo de Marco Aurélio de Carvalho na coordenação do grupo, para presidir os Correios.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.