quarta-feira, 24 de abril de 2024

CCJ da Câmara aprova projeto que permite aos estados legislarem sobre porte de armas


Pelo texto, as autorizações de porte ou posse concedidas só terão validade local e atenderão apenas a pessoas que comprovadamente residam no estado

(Foto: Divulgação)


Agência Câmara - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, com 34 votos sim e 30 não, um projeto de lei complementar que autoriza os estados e o Distrito Federal a legislarem sobre posse e porte de armas de fogo para defesa pessoal, práticas desportivas e controle de espécies exóticas invasoras (PLP 108/23).

Apresentada pela presidente da CCJ, a deputada Caroline de Toni (PL-SC), a proposta ainda depende de análise do Plenário da Câmara. Pelo texto, as autorizações de porte ou posse concedidas só terão validade local e atenderão apenas a pessoas que comprovadamente residam no estado.

O parecer do relator, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), foi favorável ao projeto e ao substitutivo da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

A comissão inclui no texto uma condicionante para permitir que os estados legislem sobre o assunto: o estado deve instituir um sistema de controle de armas integrado ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), mantido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“A Constituição Federal conferiu à União a competência privativa para legislar sobre direito penal, bem como sobre material bélico, mas verifica-se ser possível que a União delegue competência aos estados para legislar sobre questões específicas atinentes a essas matérias”, avaliou o relator.

Além disso, Bilynskyj argumenta que, por conta das peculiaridades regionais no Brasil, cada estado deve decidir sobre o acesso às armas de fogo para defesa pessoal e tiro desportivo. “Nada melhor para o estado do que cumprir a vontade de seus habitantes, mas a esquerda quer centralizar num ente único, comunista, a liberdade de defesa do indivíduo”, disse.

Voto em separado O deputado Patrus Ananias (PT-MG) apresentou voto em separado pela inconstitucionalidade da proposta. De acordo com o parlamentar, a Constituição possibilita que os estados e o DF legislem sobre questões específicas de matéria bélica, mas não permite que afrontem a legislação federal sobre armas de fogo, o Estatuto do Desarmamento.

“Estados e DF podem complementar residualmente a legislação federal, estabelecendo procedimentos e normas para melhor aplicação da legislação em seus territórios, sem que tenham um cheque em branco para legislar de maneira diversa e/ou avançar sobre matérias que devem observar a legislação nacional”, alegou.

Conforme Patrus, caso a proposta seja aprovada pelos parlamentares, a constitucionalidade do texto será questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós vamos entrar sim, claro, com o devido encaminhamento legal para impedir um projeto como este, manifestamente contrário à vida e a serviço da violência”, destacou.

Polêmica

A proposta causou polêmica na CCJ, e mais de 20 deputados discutiram a questão por quase quatro horas. Os apoiadores do texto defenderam o direito dos cidadãos de portarem armas de fogo para defesa pessoal, enquanto os críticos argumentaram que mais armas de fogo circulando na sociedade aumentam a violência em vez de ajudarem na segurança da população.

“O projeto simplesmente dá o direito a cada cidadão responsável, de bem, a estar, sim, armado para defender não só a sua vida, a da sua família, o seu patrimônio, inclusive contra as ditaduras que estão implantando neste País”, disse o deputado Éder Mauro (PL-PA).

A deputada Dandara (PT-MG) ressaltou o perigo, para as mulheres, de mais homens estarem em posse de armas de fogo: “Quarenta e três por cento dos autores de feminicídio eram próximos da vítima e as armas de fogo provocaram mais de 2.200 mortes de mulheres no Brasil só no ano passado. Seis feminicídios por dia que foram resultados de armas de fogo”.

Debate jurídico O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) ressaltou que a Constituição deixa claro que é competência exclusiva da União legislar sobre material bélico e que os estados podem legislar apenas sobre questões específicas de material bélico das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares.

“O que a norma constitucional está dizendo: que, se autorizado pelo Congresso, o governador do estado pode decidir qual tipo de arma compra para a polícia, pode decidir que tipo de material bélico compra para os bombeiros, não está dizendo que cada estado pode praticar o liberou geral”, frisou.

Ele acrescentou que a Câmara perde tempo discutindo a matéria, já que o STF já deliberou sobre o tema ao analisar diversas Ações Diretas de Inconstitucionalidade. Ele citou a ADI 5359, que afastou a possibilidade de os estados e dos municípios legislarem sobre material bélico, já que a União já legislou sobre o tema por meio do Estatuto do Desarmamento.

A deputada Caroline de Toni, por sua vez, afirmou que apresentou a proposta justamente por conta das decisões do STF nesse tipo de ação. Segundo ela, o governador de Santa Catarina elaborou projeto para autorizar a caça de javalis no estado, já que os animais destroem plantações, e a constitucionalidade do texto foi questionada no Supremo, que entendeu que falta uma lei complementar para delegar essa competência para os estados.

“O argumento utilizado pelo deputado de esquerda falando que as ações diretas de inconstitucionalidade vão declarar inconstitucional a lei complementar é errônea, porque eles reconhecem que falta uma lei complementar para delegar essa competência”, disse.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Câmara

 

Moraes decide manter medidas cautelares contra Bolsonaro por tentativa de fuga na Embaixada da Hungria

 

Segundo o ministro do STF, não há indícios de que o político da extrema-direita buscou apenas um asilo diplomático. O ex-mandatário é investigado no inquérito da trama golpista

(Foto: ABr)

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afirmou que não existem elementos concretos de que Jair Bolsonaro (PL) buscava asilo diplomático quando se hospedou por duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília (DF). O território de uma embaixada é do país que ela representa, e não pode ser alvo de batidas de autoridades. O ex-mandatário, que está proibido de sair do Brasil, é investigado no inquérito da trama golpista.

"Não há elementos concretos que indiquem – efetivamente – que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento", escreveu o ministro, de acordo com o portal G1

"Os locais das missões diplomáticas, embora tenham proteção especial, nos termos do art. 22 da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, promulgada através do Decreto nº 56.435/1965, não são considerados extensão de território estrangeiro, razão pela qual não se vislumbra, neste caso, qualquer violação a medida cautelar de proibição de se ausentar do país".

jair-bolsonaroJair Bolsonaro entrando na Embaixada da Hungria no Brasil(Photo: Reprodução/X/@ocafezinho)Reprodução/X/@ocafezinho

A Polícia Federal iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), com o objetivo de obter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. 

A tentativa de ruptura institucional previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.

Ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Há mandados de prisão contra os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara; e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira, todos militares da ativa.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

 

Chiquinho Brazão se manifesta em sessão do Conselho de Ética e avisa que vai exigir retratação de acusadores

 Uma lista tríplice foi sorteada para a escolha de um relator para o caso, composta pelos deputados Jack Rocha (PT-ES), Joseildo Ramos (PT-BA) e Jorge Solla (PT-BA)

O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), detido há um mês sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), participou por videoconferência da sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (24). O colegiado avalia um processo de quebra de decoro parlamentar que pode resultar em sua cassação. No início do mês, a Câmara manteve sua prisão após votação.


“Sei da seriedade do crime ocorrido, mas posso falar que sou inocente e provarei. Ao final de tudo isso, comigo provando a inocência, quero que todos se retratem perante a minha família. Todos estão sofrendo muito pela pressão popular. As palavras de deputados têm um alcance enorme, mas entendo o que vocês estão passando, com muita pressão em cima”, declarou Brazão.


Uma lista tríplice foi sorteada para a escolha de um relator para o caso, composta pelos deputados Jack Rocha (PT-ES), Joseildo Ramos (PT-BA) e Jorge Solla (PT-BA). A decisão final cabe ao presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Jr (União-BA).


Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, foram presos em 24 de março. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), eles foram transferidos para unidades federais.


Além dos irmãos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, também está detido, atualmente em Brasília. Chiquinho está em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, enquanto Domingos está em Porto Velho, em Rondônia, para evitar qualquer contato entre eles.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Pela primeira vez, Portugal admite culpa por escravidão e fala em reparação

 Presidente Rebelo de Sousa ressaltou que reconhecer o passado e assumir a responsabilidade por ele é mais significativo do que simplesmente pedir desculpas.

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, fez uma afirmação histórica ao reconhecer a responsabilidade de Portugal nos crimes cometidos contra escravos e indígenas durante a era colonial no Brasil.


Em uma conversa com correspondentes estrangeiros na noite de terça-feira (23), Rebelo de Sousa destacou a necessidade de Portugal assumir a culpa pelos massacres contra indígenas, bem como pela escravidão de milhões de africanos e pelos bens saqueados.


“Devemos pagar pelos custos da escravidão. Há ações que não foram punidas e responsáveis que não foram levados à justiça? Há bens saqueados que não foram devolvidos? Vamos explorar formas de reparar isso”, declarou o presidente português.


Esta é a primeira vez que um presidente de Portugal reconhece a culpa do país nesses eventos. No ano anterior, Rebelo de Sousa mencionou que Portugal deveria se desculpar pela escravidão transatlântica e pelo colonialismo, porém não chegou a fazer um pedido de desculpas completo.


Na conversa, Rebelo de Sousa ressaltou que reconhecer o passado e assumir a responsabilidade por ele é mais significativo do que simplesmente pedir desculpas. “Pedir desculpas é a parte mais fácil”, acrescentou.


Portugal foi o maior traficante de africanos durante a era colonial, com quase 6 milhões de pessoas escravizadas, representando quase metade do total de pessoas escravizadas pelos países europeus na época.


Apesar disso, as autoridades portuguesas historicamente têm falado pouco sobre esses crimes, e o papel de Portugal na escravidão transatlântica raramente é abordado nas escolas. Em vez disso, a era colonial é muitas vezes retratada como motivo de orgulho, especialmente em relação aos territórios coloniais, como Angola, Moçambique, Brasil, Cabo Verde, Timor Leste e partes da Índia.


O movimento em direção à reparação pela escravidão transatlântica tem ganhado força globalmente, com esforços em curso para estabelecer um tribunal especial sobre a questão.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

Conselho de Ética da Câmara inicia processo disciplinar contra Glauber Braga, que agrediu e expulsou militante do MBL

 O processo pode levar à cassação do mandato por quebra do decoro parlamentar

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deu início nesta quarta-feira (24) a um processo disciplinar contra o parlamentar Glauber Braga (PSOL-RJ). O motivo é a conduta do deputado, que expulsou à força um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) das dependências da Casa Legislativa.


O processo foi instaurado em resposta a uma representação apresentada pelo Partido Novo, que solicita a cassação do mandato de Glauber. O partido alega que as ações do deputado violam as normas de decoro parlamentar, que exigem respeito e decoro nas interações.


O embate que gerou a representação teve início na semana anterior, quando Glauber Braga se envolveu em confrontos físicos com o membro do MBL, Gabriel Costenaro, e com o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do movimento.


O episódio teve início em um dos anexos da Câmara, onde Glauber e Costenaro protagonizaram uma discussão verbal que rapidamente se transformou em empurrões e chutes por parte do parlamentar do PSOL, na tentativa de retirar à força o militante das dependências da Casa.


A briga continuou do lado de fora do anexo, sendo necessária a intervenção dos policiais legislativos para separar os envolvidos e conduzi-los para prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara.


Já no Depol, Glauber Braga iniciou uma discussão com Kim Kataguiri, que compareceu ao local para acompanhar o membro do MBL. Vídeos do incidente mostram o momento em que Glauber segura e pressiona as mãos de Kim, ação que o Partido Novo também classifica como agressão física, fundamentando assim sua representação junto ao Conselho de Ética.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

Moraes arquiva ação contra Bolsonaro, por não ver ‘elementos concretos’ de que ele buscou asilo na Embaixada da Hungria

 Ministro, no entanto, manteve as medidas cautelares, como a apreensão do passaporte do ex-presidente

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu que não há elementos concreto que sustentem a tese de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pretendia obter asilo político e, depois, fugir do país, ao se hospedar durante duas noites, em fevereiro, na Embaixada da Hungria, em Brasília. Dessa forma, o ministro arquivou a ação.


Apesar dessa conclusão, e de que arquivar a investigação sobre o caso, Moraes manteve as medidas cautelares impostas a Bolsonaro, como a apreensão de seu passaporte e a proibição de manter contato com outros investigados por uma tentativa de golpe de Estado.


“Não há elementos concretos que indiquem – efetivamente – que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento”, escreveu o ministro, seguindo a conclusão da Procuradoria Geral da República (PGR).


O caso foi revelado pelo jornal americano The New York Times, que teve acesso ao circuito interno de câmeras da embaixada, que mostra a movimentação de Bolsonaro na representação diplomática. Bolsonaro  se hospedou na embaixada, dias após ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal, em operação que levou à prisão suspeitos de participar da tentativa de golpe, para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

"Prioridade para as eleições de 2024 é fortalecer o campo democrático, não apenas o PT", diz Gleisi

 

Deputada listou prioridades do partido para o pleito deste ano e afirmou que a meta é "defender o presidente Lula, defender a democracia e preparar o terreno para 2026"

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)

 

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) destacou, em entrevista ao SBT News desta quarta-feira (24), a importância de fortalecer o campo democrático nas eleições municipais deste ano. Segundo Hoffmann, o momento atual exige uma união entre os partidos comprometidos com os valores democráticos diante da ameaça representada pela extrema-direita.

"Para nós é muito importante que o campo democrático saia fortalecido da eleição", enfatizou Gleisi durante sua participação no programa Perspectivas.

A líder petista explicou a mudança de estratégia do PT em relação às eleições municipais de 2020, quando o partido priorizou mais as candidaturas próprias. Desta vez, ela ressaltou a importância de apoiar candidaturas de outros partidos aliados, visando fortalecer uma frente ampla em defesa da democracia.

“Não precisa só o PT ter candidato e o PT ganhar. Acho que a gente tem que fortalecer esse campo democrático, candidaturas de partidos que estão conosco desde o início. Por isso que a estratégia da eleição agora de 2024 foi muito diferente da estratégia da eleição de 2020, onde nós estimulamos muito as candidaturas e também não tínhamos uma frente mais constituída. Então o PT foi para o embate”, explicou a Gleisi.

“E foi correto, porque nós tínhamos que nos defender, defender o presidente Lula e preparar o terreno para 2022. Agora a gente tem que defender o presidente Lula, tem que defender a democracia, tem que preparar o terreno para 2026 e tem que ser do campo amplo. Então por isso que o PT tem essa estratégia na eleição de apoiar também mais candidaturas de outros partidos. Eu espero, sinceramente, que o retrato que saia da eleição é o campo democrático brasileiro ganhou a maioria das cidades”, acrescentou.

PRIORIDADES - Gleisi destacou a importância das disputas em cidades estratégicas como São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Para ela, essas eleições representam uma prioridade para o PT e seus aliados. “Nós temos prioridades, tanto em relação às candidaturas do PT, como em relação às candidaturas desses outros partidos. São Paulo é prioridade, Boulos [Psol] é a prioridade para nós, é muito importante ganhar São Paulo. Acho que nós temos que fazer uma bela campanha, o presidente já disse que vai participar da campanha, então para nós é uma grande prioridade”, disse.

“Porto Alegre também, Maria do Rosário [PT] é a nossa candidata, está indo muito bem lá, está bem nas pesquisas. Belo Horizonte também, porque aí é uma candidatura do PT, é do sudeste, a única que a gente tem nas grandes cidades do sudeste é Belo Horizonte. A gente quer retomar o PT, a organização do partido lá, o Rogério [Correia] é um excelente candidato”, afirmou.

Sobre o Rio de Janeiro, Gleisi revelou que o PT está em negociações com o prefeito Eduardo Paes para uma possível aliança. "No Rio a gente está conversando com o Eduardo Paes, o PT quer colocar vice do Eduardo Paes. (...) é muito importante o PT se ver na sua chapa, para a gente poder ajudar nessa caminhada", destacou a parlamentar, ressaltando a importância de uma colaboração estratégica para enfrentar os desafios eleitorais no estado.

Fonte: Brasil 247

 

 

Google proíbe impulsionamento de conteúdo político no Brasil a partir de 1° de maio

 

A empresa afirmou que atualizará a política de conteúdo político do Google Ads "para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país"

Google e link contra PL das Fake News (2630/2020)
Google e link contra PL das Fake News (2630/2020) (Foto: Reprodução)

 

O Google decidiu proibir a veiculação de anúncios políticos no Brasil nas eleições municipais de 2024 após o Tribunal Superior Eleitoral atualizar as regras para impulsionamento de propaganda eleitoral. Controlado pela Alphabet, a empresa afirmou que atualizará a política de conteúdo político do Google Ads "para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país".

De acordo com o TSE, esse tipo de propaganda é aquela que "versar sobre eleições, partidos políticos, federações e coligações, cargos eletivos, pessoas detentoras de cargos eletivos, pessoas candidatas, propostas de governo, projetos de lei, exercício do direito ao voto e de outros direitos políticos ou matérias relacionadas ao processo eleitoral". O teor do comunicado foi publicado no jornal O Globo.

A Justiça Eleitoral determinou que as plataformas digitais devem manter um repositório dos anúncios "para acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência (perfilamento) da publicidade contratada". As empresas também devem deixar à disponibilização para consulta uma ferramenta "acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositório" a partir de palavras-chave e nome dos anunciantes.

O Google afirmou que não terá como fazer a moderação desse tipo de conteúdo numa eleição que vai acontecer em mais de 5 mil cidades.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PT fica com relatoria da cassação de Chiquinho Brazão, apontado como um dos mandantes do assassinato de Marielle

 

Os deputados Jorge Solla (BA), Joseildo Ramos (BA) e Jack Rocha (ES) estão na lista tríplice para analisar as acusações contra o parlamentar

Chiquinho Brazão
Chiquinho Brazão (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

 

Parlamentares do PT ficarão responsáveis por decidir se o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) será cassado. A escolha foi anunciada nesta quarta-feira, 24, durante a reunião do Conselho de Ética da Câmara. O congressista foi apontado por investigadores da Polícia Federal como um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora do município do Rio Marielle Franco (PSOL), morta por integrantes do crime organizado em março de 2018 num lugar sem câmeras na capital.

A deputada federal Rosângela Reis (PT-MG) foi sorteada na última semana como possível relatora, mas desistiu. No sorteio desta quarta, o deputado Jorge Solla (PT-BA) foi escolhido para compor a lista tríplice, que também é formada pelos deputados Joseildo Ramos (PT-BA) e Jack Rocha (PT-ES).

A petista foi a quarta parlamentar que desistiu da relatoria do processo contra Brazão. Os deputados Ricardo Ayres (Republicanos-TO), Bruno Ganem (Podemos-SP) e Gabriel Mota (Republicanos-RR) também pediram a retirada dos nomes.

Brazão foi citado na delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de atirar na ex-vereadora carioca. O parlamentar foi preso no dia 24 de março junto com seu irmão, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão, e com o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa.

A ex-parlamentar era ativista de direitos humanos. Marielle denunciava a atuação de milicianos nas periferias do Rio. Investigadores apuram se exploração imobiliária ilegal foi um dos motivos para o assassinato.

Fonte: Brasil 247

Pobreza cai em 25 Estados e no DF em 2023, diz estudo

 

Estudo apontou que a ampliação do programa Bolsa Família contribuiu para esse fenômeno. (Foto: Reprodução)

A taxa de pobreza no Brasil caiu em 25 estados e no Distrito Federal em 2023, atingindo seu menor nível desde o início da série histórica em 2012, de acordo com estudo do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). O índice de pobreza nacional caiu de 31,6% em 2022 para 27,5% em 2023, uma queda significativa de 4,2 pontos percentuais.

O IJSN, órgão vinculado ao Governo do Espírito Santo, associou essa redução a diversos fatores, como a geração de empregos, o aumento da renda do trabalho, a ampliação do programa Bolsa Família, além de outros benefícios sociais concedidos pelos estados. O diretor-presidente do instituto, Pablo Lira, observou que, apesar do avanço, ainda há desafios importantes para reduzir as desigualdades regionais, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

“Por mais que a gente esteja reduzindo a pobreza no país, ainda há o desafio de conseguir diminuir as desigualdades regionais”, afirmou.

Pnad Contínua

O estudo analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o relatório, em termos absolutos, a população considerada pobre caiu de 67,8 milhões em 2022 para 59,2 milhões em 2023, uma redução de 8,6 milhões de pessoas, número equivalente à população de um estado como o Ceará.

Estados de destaque

A maior redução percentual na taxa de pobreza foi observada no Amapá, onde a taxa caiu 14,8 pontos percentuais, passando de 47,8% em 2022 para 33% em 2023. Outros Estados que tiveram quedas expressivas incluem Roraima (-9,5 pontos percentuais) e Amazonas (-9,3 pontos percentuais).

O Acre foi o único estado a registrar aumento na taxa de pobreza, subindo de 51,1% em 2022 para 51,5% em 2023, um aumento de 0,4 ponto percentual. Este resultado coloca o Acre entre os dois estados com a maior taxa de pobreza do Brasil, juntamente com o Maranhão, onde 51,6% da população vive abaixo da linha de pobreza.

Cédulas e moedas de Real. (Foto: Reprodução)

Por outro lado, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram as menores taxas de pobreza em 2023, com 11,6% e 14,4%, respectivamente. Em São Paulo, o estado mais populoso do Brasil, a taxa de pobreza foi de 16,5%.

Linha de estudo

A linha de pobreza utilizada no estudo foi de R$ 664,02 per capita por mês, enquanto a linha de extrema pobreza foi definida como R$ 208,42 per capita por mês. No Brasil, a taxa de extrema pobreza também apresentou redução, caindo de 5,9% em 2022 para 4,4% em 2023. Em termos absolutos, a população considerada extremamente pobre caiu de 12,7 milhões para 9,5 milhões, uma redução de 3,2 milhões.

Alagoas teve a maior queda percentual na taxa de extrema pobreza, com uma redução de 4,3 pontos percentuais, passando de 13,2% para 8,8%. Outros estados com reduções significativas incluem Amapá (-3,9 pontos percentuais) e Paraíba (-3,7 pontos percentuais).

Apesar do avanço na redução da pobreza e da extrema pobreza, o IJSN ressalta que ainda há muito a ser feito para lidar com as desigualdades regionais e melhorar as condições de vida das pessoas. A taxa de extrema pobreza no Acre, por exemplo, permanece elevada, com 13,2%, a mais alta do país. O Rio Grande do Sul e Goiás apresentaram as menores taxas de extrema pobreza, com 1,3% cada.

Fonte: DCM

Moraes, Gilmar e Gonet vão a evento de empresária bolsonarista em Londres


Karim Miskulin e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

O evento organizado pela empresária bolsonarista Karim Miskulin, que acontecerá em Londres entre quarta-feira (24) e sexta-feira (26), mobilizou autoridades do Judiciário, do governo Lula (PT) e do Legislativo, que participarão do evento realizando apresentações e contribuindo para os debates, conforme informações da Folha de S.Paulo.

O 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, promovido pelo Grupo Voto, presidido por Miskulin, contará com a presença dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, entre outros renomados nomes do cenário jurídico brasileiro, como o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Também estão confirmadas as participações do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e de representantes do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Além disso, o ex-presidente Michel Temer (MDB), os senadores Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Ciro Nogueira (PP-PI), e Fábio Faria, ex-ministro das Comunicações do governo Jair Bolsonaro (PL) e atual gerente de relações institucionais do banco BTG Pactual, estão entre os participantes previstos.

Vale ressaltar que em 2022, antes da campanha eleitoral, o Grupo Voto organizou um almoço de Jair Bolsonaro (PL) com 135 empresárias e executivas no Palácio Tangará, em São Paulo. Miskulin, ao comentar sobre o evento organizado pelo ex-presidente na capital paulista, destacou que Bolsonaro, mesmo inelegível, “é o principal líder da direita brasileira”.

Empresária com contrato de R$ 4,4 mi com Apex é anfitriã de almoço com Bolsonaro | Lauro Jardim - O GloboKarim Miskulin e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Como será o evento?

A programação do evento começa com uma noite de homenagens nesta quarta-feira, seguida por dois dias de discussões no The Peninsula, um hotel de luxo situado em uma área nobre de Londres.

Serão realizados cinco painéis, cada um com diferentes participantes, além de cerimônias de abertura e encerramento. Cada debate terá uma duração aproximada de 1 hora e meia.

Por exemplo, o ministro Moraes participará de uma discussão sobre “Mecanismos de Aprimoramento do Processo Eleitoral”, junto com Ciro Nogueira e ministros do STJ.

Já Michel Temer, Paulo Gonet e o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, abordarão o tema “Papel do Judiciário para a Estabilidade Democrática”.

Outro ponto da agenda será “As Instituições na Defesa da Igualdade Social e Econômica”, com a participação de Andrei Rodrigues e Davi Alcolumbre.

Embora haja sessões do Supremo agendadas para quarta-feira (24) e quinta-feira (25), os ministros poderão participar remotamente.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Após intervenção de Lula, clima no Congresso melhora e abre espaço para pautas econômicas, avalia o governo

 

A equipe econômica do governo avalia que agora há espaço para aprovar a regulamentação da reforma tributária

Lula e os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, no plenário da Câmara: reforma histórica para o país
Lula e os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, no plenário da Câmara: reforma histórica para o país (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 A equipe econômica do governo federal avalia que o cenário para a aprovação da reforma tributária melhorou significativamente esta semana, com um clima mais positivo no Congresso Nacional, relata Valdo Cruz, do g1. A expectativa é que a regulamentação da reforma tributária, especialmente em relação ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e à Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), avance ainda neste ano. O primeiro projeto será encaminhado à Casa Civil, regulamentando os novos tributos, principalmente o IBS e a CBS, além dos impostos seletivos e a definição dos produtos da nova cesta básica.

De acordo com a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a articulação do presidente Lula (PT) junto aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi fundamental para abrir caminho para o avanço das propostas. Depois de Lula ter conversado com Lira no domingo, o presidente da Câmara recuou de seus ataques contra a articulação política do governo, em especial contra o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT). Lira inclusive negou que vá promover pautas-bomba para o governo no Congresso. “Qual pauta-bomba foi plantada? Qual instabilidade para um governo ou para outro? Não há nenhum governo desde que eu cheguei à Câmara que tenha tido melhores condições para governar o país do que as dadas por nós”.

Após a Lei Geral do IBS, da CBS e do Imposto Seletivo, o governo pretende enviar, no mês de maio, o projeto que cria o comitê gestor, responsável pela distribuição entre estados e municípios da arrecadação. Posteriormente, será enviado o projeto criando o Fundo de Desenvolvimento Regional. A expectativa é que essas medidas impulsionem a economia do país e promovam uma distribuição mais justa dos recursos arrecadados.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Polícia prende influencers por fazerem propaganda de produtos de maconha na internet

 

De acordo com a investigação, o produto era importado do Paraguai, vindo dos Estados Unidos, escondido em potes de cera de depilação

Três influencers
Três influencers (Foto: Reprodução)

 

Policiais civis dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal prenderam sete pessoas nesta quarta-feira (24), por suspeita de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra saúde pública. Entre os detidos estão três influencers do Distrito Federal, que faziam propaganda de óleo de maconha para cigarros eletrônicos (vapes) no Instagram - Rhaynara Didoff, Letícia Susane Correia Castro e Elisa de Araújo Marden.

De acordo com a investigação da polícia, o produto era importado do Paraguai, vindo dos Estados Unidos, escondido em potes de cera de depilação. Entre os presos, estão os desenvolvedores das plataformas para a venda dos produtos. Um deles foi detido em Nova Iguaçu (PR).

O grupo contratava influenciadoras digitais de várias partes do país para a divulgação dos produtos nas redes sociais. O óleo de cannabis era comprado em nos Estados Unidos, depois ia para o Paraguai e entrava no Brasil por Foz do Iguaçu (PR). O destino era São Paulo, onde os criminosos manipulavam o insumo.

Fonte: Brasil 247