Na tarde de domingo (21), os frequentadores da Praia Central de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, foram surpreendidos por uma “chuva de dinheiro”. Cédulas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100 foram lançadas de um helicóptero que sobrevoava a costa da cidade.
A iniciativa foi organizada pela influenciadora Bel Ponciano, que compartilhou registros do momento nas redes sociais. De acordo com ela, um total de R$ 10 mil foi distribuído durante a ação.
Em vídeos, é possível ver os banhistas correndo para apanhar as notas que caíam do céu, com uma mulher até mesmo caindo na areia em um dos momentos registrados. Em uma postagem no Instagram, Bel escreveu: “Por essa vocês não esperavam, né? O dia que eu fiz chover dinheiro em Balneário!”.
Quem é Bel Ponciano?
Bel Ponciano se apresenta como uma influenciadora digital e empresária do mundo fitness. Ponciano seria dona de uma loja revendedora de carros de luxo, além de uma marca de roupas para academia.
A ação do helicóptero, no entanto, não foi a primeira vez que a influenciadora se envolveu em polêmicas. A primeira ocorreu também em Balneário Camboriú, quando seu Chevrolet Corvette, avaliado em R$ 2,4 milhões, ficou sem gasolina no meio do trânsito da Avenida Atlântica. Isso causou uma comoção, com muitas pessoas se reunindo ao redor do carro para tirar fotos com Bel e seu veículo de luxo.
A segunda “chuva de dinheiro” ocorreu em 2 de fevereiro, no estacionamento do Centro Administrativo da Havan, em Brusque. O evento aconteceu por volta das 19h30 e atraiu centenas de pessoas. No entanto, o que era para ser uma brincadeira acabou em confusão e empurrões. As pessoas se aglomeraram para pegar o dinheiro, resultando em tumultos e até agressões.
Para essa ação, Bel Ponciano alugou um caminhão com guindaste para jogar notas de R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100. O caos se intensificou quando a influenciadora desceu do guindaste e a multidão começou a xingá-la, alegando que ela não havia jogado o valor prometido de R$ 10 mil. O tumulto envolveu arremesso de objetos, como garrafas e sandálias, aumentando a confusão no local.
Em outro episódio, a influenciadora jogou dinheiro da janela do hotel em que estava.
Além de suas “chuvas de dinheiro”, Bel realiza sorteios e outras promoções que atraem atenção. Em seu perfil nas redes, ela exibe um estilo de vida focado em fitness e lifestyle, buscando estar sempre em destaque.
“A manifestação bolsonarista ocorrida no
domingo passado, na orla de Copacabana, esteve alicerçada em uma grande
mentira”, defende o jornal
“A manifestação bolsonarista
ocorrida no domingo passado, na orla de Copacabana, esteve alicerçada em uma
grande mentira, qual seja: o País estaria submetido a uma ‘ditadura’, em
particular uma “ditadura do Judiciário’, materializada por uma série de decisões
do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes”, diz o editorial do jornal Estado de
S.Paulo publicado nesta terça-feira (22).
O texto ainda diz que, “em que pesem as legítimas críticas
que possam ser feitas aos métodos de Moraes, nada poderia estar mais distante
da realidade. O Brasil não está sob ‘ditadura do Judiciário’ nem sob qualquer
outra forma de ditadura. Essa falácia, que de resto banaliza o horror de um
estado de violência política real, mal consegue esconder seus desígnios
antidemocráticos”.
"Os que se apresentam ao País e ao
mundo como orgulhosos campeões da liberdade de expressão – como se viu no
constrangedor pedido de Bolsonaro para que o público em Copacabana desse “uma
salva de palmas” para um oportunista como Elon Musk, chamado de “mito da
liberdade” – são os mesmos que não cansam de emitir sinais de que ainda não se
resignaram com o fim da ditadura militar. Para esses democratas de fancaria,
liberdade de expressão é a liberdade para que eles, e apenas eles, possam dizer
o que bem entendem", acrescenta.
Nesta segunda-feira (22), Isabella
Ribeiro decidiu expor a agressão que sofreu do companheiro
Nesta segunda-feira (22),
Isabella Ribeiro decidiu expor a agressão que sofreu do companheiro, o jogador
do Botafogo, Kaue Rodrigues.
“Kaue está possessivo e agressivo nesses últimos dias, até
que não aguentei mais, as grosserias porque a comida não estava boa, porque
roupa não estava bem lavada”, declarou ela à jornalista Fábia Oliveira, em sua coluna no Metrópoles, sobre um dos
motivos da briga entre eles, que moram juntos.
No Instagram, Isabella Ribeiro publicou um vídeo expondo
publicamente o que havia passado com Kaue Rodrigues. “Eu estou indo pra
delegacia, obviamente, dar parte dele. Porque isso não existe. Não vou apanhar
de homem, ainda mais de um moleque de 19 anos”, esclareceu aos seguidores.
E completou: “Eu não vou aceitar isso de ninguém. Eu estou
falando aqui porque, vou falar mesmo. Se ele teve peito pra fazer, tem que ter
peito para assumir”.
O Botafogo informou, na noite desta segunda-feira (22), que
afastou Kauê após a ex-namorada relatar, nas redes sociais, que havia sido
agredida pelo jogador.
"Por decisão da Diretoria, o jogador será afastado
por tempo indeterminado até o esclarecimento dos fatos".
Segundo o presidente, os locais não
homologados são ocupados por fazendeiros ou por famílias de baixa renda.
“Alguns governadores pediram tempo para tirar essas pessoas"
O presidente Lula
(PT), que assumiu o mandato no início de 2023 prometendo demarcar 14 terras
indígenas nos primeiros 100 dias de governo, ainda não conseguiu alcançar a
meta. Na última quinta-feira (18), ele assinou a homologação de dois novos
territórios. No ano passado, foram oficializadas oito demarcações, somando um
total de dez, segundo o Metrópoles. Outras quatro já passaram por
todo o trâmite de demarcação e aguardam apenas o aval do presidente.
O número, no entanto, ainda é pequeno frente à quantidade
de territórios que aguardam a regularização. Segundo dados da Fundação Nacional
dos Povos Indígenas (Funai), há 247 terras esperando definição: 132 estão sob
estudo, 48 estão delimitadas e 67 tiveram declaração como terra indígena.
Outros 12 territórios receberam homologação, a última fase antes da demarcação,
e 477 finalizaram a regularização. Existem ainda 490 áreas reivindicadas por
indígenas e sob análise inicial da Funai.
As terras indígenas reconhecidas durante o terceiro mandato de
Lula foram: Aldeia Velha (BA), Acapuri de Cima (AM), Arara do Rio Amônia (AC),
Avá-Canoeiro (GO), Cacique Fontoura (MT), Kariri-Xocó (AL), Rio dos Índios
(RS), Rio Gregório (AC), Tremembé da Barra do Mundaú (CE) e Uneiuxi (AM).
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, havia
afirmado que o governo finalizaria a demarcação dos 14 territórios até o fim do
mês, o que não deve ocorrer.
Segundo o presidente, os locais ainda não
homologados são territórios ocupados por fazendeiros ou por famílias de baixa
renda. “Tem alguns governadores que pediram um tempo para a gente saber como
vai tirar essas pessoas. Porque a gente não pode chegar lá com a polícia e ser
violento”, justificou o presidente.
Entre os principais vetos a serem
discutidos estão aqueles referentes ao corte em emendas de comissão e ao
calendário para pagamento dos recursos de emendas obrigatórias
O Congresso Nacional
está se preparando para realizar nesta quarta-feira (24) uma sessão conjunta
para deliberar sobre matérias vetadas pelo presidente Lula (PT). De acordo com
o que disse o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP),
ao Estado de S. Paulo, todos os vetos em
tramitação no Legislativo estarão em pauta. Entretanto, a análise de alguns
deles pode ser adiada caso não haja acordo para incluí-los na votação conjunta.
No total, 32 vetos aguardam votação pelos parlamentares.
Entre os principais vetos a serem discutidos estão aqueles
referentes ao corte em emendas de comissão e ao calendário para pagamento dos
recursos de emendas obrigatórias. Há um risco significativo de que sejam
derrubados pelos deputados e senadores. No último dia 9, a Câmara aprovou um
"jabuti" que alterou o arcabouço fiscal, permitindo ao governo uma
antecipação de R$ 15 bilhões em despesas. Em tese, um espaço maior para gastos
poderia facilitar a recomposição das emendas de comissão. Esse "jabuti"
foi inserido no Projeto de Lei (PL) que trata do DPVAT e deve ser votado também
nesta mesma quarta-feira, antes da sessão do Congresso, justamente para abrir
esse crédito e viabilizar a retomada de parte dessas emendas. O governo busca
recompor cerca de R$ 3 bilhões dos R$ 5,6 bilhões vetados das emendas de
comissão.
Outro veto que pode ser votado é o relativo a um trecho da lei
que limita as saídas temporárias de presos do regime semiaberto em datas
comemorativas. Este é um tema popular, que deputados e senadores podem
aproveitar para impor uma derrota ao Planalto e fazer um aceno ao eleitorado.
Além disso, o Congresso também deve analisar o veto
parcial do presidente Lula à lei que flexibiliza as regras para o registro de
agrotóxicos no País. O presidente vetou o trecho que acaba com o modelo
regulatório tripartite do registro, evitando que o Ministério da Agricultura
concentrasse poder para esse tipo de decisão.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
Por outro lado, as projeções para a
inflação e para a taxa Selic também subiram, segundo dados do Relatório Focus
do Banco Central
Por Roberto de Lira, Infomoney - As projeções dos analistas para a
inflação de 2024 e para a evolução do PIB no ano voltaram a subir na semana,
assim como a estimativa para a taxa Selic, segundo dados divulgados nesta
terça-feira (23) pelo Relatório Focus do Banco Central.
A pesquisa, que era divulgada tradicionalmente às
segundas-feiras, tem sido adiada para as terças-feiras por conta das
paralisações dos funcionários do BC.
Inflação - A
estimativa do IPCA para este ano passou de 3,71% para 3,73% na semana, enquanto
a previsão para a inflação de 2025 passou de 3,56% para 3,60%. A projeção para
2026 continua em 3,50%, nível igual ao dos últimos 42 boletins Focus, a mesma
taxa de variação esperada para a inflação de 2027.
A estimativa para os preços administrados dentro do IPCA
para 2024 caíram de 4,08% para 4,03%. A projeção para 2025 ficou nos mesmos
3,93% da semana anterior, enquanto as de 2026 e 2027 permaneceram em 3,50%.
PIB - Para o produto
interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 avançou de uma expansão de
1,95% para 2,02%. A projeção para 2025 continuou em 2,0% pela 19ª semana
seguida e a de 2026 está em 2,0% há 37 semanas em sequência. A estimativa
também está em 2,0% para 2027, há 39 semanas.
Selic - Sobre as projeções para a taxa básica de juros (Selic) em 2024,
o Boletim Focus mostrou uma alta pela segunda semana seguida, passando de
9,13%, para 9,50%.
A previsão para 2025, que estava em 8,50% há 19 semanas, subiu
para 9,0%. A projeção para 2026 permanece nos mesmos 8,50% há 38 semanas
seguidas. A taxa esperada para 2027 também está em 8,50%, há 37 semanas.
Câmbio - A mediana das projeções para o dólar avançou em todo o horizonte
da pesquisa: passou de R$ 4,97 para R$ 5,00 em 2024, de R$ 5,00 para R$ 5,05 em
2025, de R$ 5,03 para R$ 5,10 em 2026, e de R$ 5,03 para R$ 5,10 em 2027.
Resultado primário - A
projeção para o resultado primário em 2024 se manteve em -0,70% do PIB nesta
semana, enquanto a estimativa para 2025 também continuou em -0,60%, no mesmo
patamar há 13 semanas. Para 2026, a estimativa se manteve em -0,50% do PIB. Já
para 2027, a previsão piorou um pouco, passando de um déficit de -0,20% do PIB
para -0,23% do PIB.
Dívida pública
- Para a dívida líquida do setor
público, as projeções pioraram tanto para 2024 como para 2025. Para este ano,
saiu de 63,77% do PIB para 63,85% do PIB , enquanto a estimativa para o ano que
vem foi de 66,27% do PIB para 66,40%. Para 2026, a estimativa se manteve em
68,00% do PIB. A de 2027 permaneceu em 69,70% do PIB.
Balança comercial - A projeção para a balança comercial brasileira em
2024 subiu de US$ 79,75 bilhões para US$ 80,50 bilhões. O saldo positivo para
2025 continuou em US$ 75 bilhões na semana. Para 2026, a projeção avançou dos
US$ 77,40 bilhões da semana anterior para US$ 77,50 bilhões. A estimativa para
2027 ficou nos mesmos US$ 75 bilhões.
O ministro defende uma alteração na
Constituição para que estados e municípios se submetam a um “planejamento
nacional” na área de segurança pública, semelhante ao SUS
O ministro da Justiça
e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentou uma proposta de alteração
constitucional fortalecendo o papel do governo federal na segurança pública.
Durante sua participação no seminário Brasil Hoje, promovido pelo grupo Esfera,
o ministro defendeu a necessidade de um sistema de segurança pública financiado
de forma semelhante ao Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando a atuação da
União na área. A sugestão de Lewandowski inclui um "planejamento
nacional" a ser seguido pelos estados e municípios, destaca o jornal O Globo.
Lewandowski destacou a evolução do cenário de segurança
pública desde a promulgação da Constituição de 1988, argumentando que o modelo
descentralizado necessita de ajustes. Ele propôs que a União assumisse a
responsabilidade pelo planejamento nacional na área de segurança, obrigando os
demais órgãos de segurança a seguirem as diretrizes condicionais.
Embora tenha elogiado o Sistema Único de Segurança Pública
(Susp), criado em 2018, Lewandowski argumentou que o tema precisa ser
constitucionalizado para garantir sua continuidade e eficácia. Ele sugeriu que
a inclusão do Susp na Constituição permitiria a criação de um fundo exclusivo
para o programa, garantindo sua sustentabilidade financeira.
“Hoje, não é mais possível termos aquela compartimentação
muito específica, a União com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e
a Força Nacional, e quem faz a segurança das pessoas e do patrimônio é a
Polícia Militar e a Civil, e a Guarda Municipal cuida dos interesses das
comunidades locais. Este modelo foi modificado por meio de uma alteração
constitucional, conferindo mais poderes à União para fazer um planejamento
nacional de caráter compulsório para os demais órgãos de segurança”, destacou o
ministro.
As declarações de Lewandowski ocorrem em meio a
uma crescente preocupação da população com a segurança pública, conforme
indicam pesquisas recentes. Levantamento do instituto Ipsos revela que o crime
e a violência são relatados por 44% dos brasileiros como o maior problema do
país, o que evidencia a relevância do debate sobre o tema.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
Projeto de lei abre espaço para os
estados e o Distrito Federal legislarem sobre a posse e a porta de armas de
fogo. Especialistas contestam constitucionalidade da proposta
AComissão
de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados deve discutir nesta
terça-feira (23) sobre um projeto de lei que abre espaço para os estados e o
Distrito Federal legislarem sobre a posse e a porta de armas de fogo. A pauta,
que tem gerado intensos debates, teve sua votação adiada na última semana
devido a um pedido de vista, mas agora retorna à mesa para possível avaliação,
destaca o g1.
O projeto, proposto pela presidente da CCJ, deputada
bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), contempla diversas situações, incluindo
defesa pessoal, práticas esportivas e controle de espécies exóticas invasoras.
No entanto, a discussão vai além do conteúdo da proposta, centrando-se na sua
constitucionalidade.
Os defensores do projeto argumentam que o texto apoia o artigo
22 da Constituição, que permite às unidades federativas legislar sobre questões
específicas mediante autorização da União. Por outro lado, os críticos apontam
para o artigo 21, que reserva à União a competência exclusiva para autorizar e
fiscalizar o comércio de armas.
A polêmica ganha destaque com a análise de ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) e interlocutores do Ministério da Justiça, os
quais consideram a proposta como inconstitucional. A discussão, contudo, não se
limita à esfera jurídica, alcançando também o âmbito da segurança pública.
O Instituto Sou da Paz levanta preocupações
sobre as possíveis consequências negativas da descentralização legislativa
nesse tema. Experiências internacionais, como nos Estados Unidos, indicam um
aumento no número de armas roubadas em estados onde as leis de controle são
menos restritivas. Um estudo de 2022, realizado por pesquisadores de Stanford,
reforça essa perspectiva ao associar a flexibilização do porte de armas a um
aumento significativo nos roubos armamentistas.
A PEC do Quinquênio foi aprovada na CCJ
na semana passada e está na pauta do plenário da Casa nesta semana
O Senado Federal
avança com uma proposta que visa ressuscitar um bônus na remuneração de juízes,
procuradores e de outras categorias, enquanto o projeto de lei que acaba com os
supersalários no funcionalismo público permanece parado na Casa desde 2021, segundo
o Estado de S. Paulo. A aprovação do projeto
que visa limitar os supersalários era uma condição para a aprovação da Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio no Senado, mas até o momento não
avançou. A PEC foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na
semana passada e está na pauta do plenário da Casa nesta semana.
O impacto da aprovação do bônus é incerto. Diferentes
levantamentos apontam para um aumento de R$ 2 bilhões até R$ 40 bilhões nas
despesas do poder público, dependendo do alcance na União e nos Estados e do
efeito cascata para outras categorias.
A pauta é defendida pelo presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), favorável ao quinquênio e autor da proposta.
De acordo com ele, é preciso incentivar profissionais que estão há mais tempo
exercendo o cargo.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
Na eleição municipal no Rio, 63% defendem que Bolsonaro apoie o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), envolvido na investigação sobre espionagem durante o governo passado
A maioria dos manifestantes presentes no ato pró-Bolsonaro, neste domingo (22), no Rio de Janeiro, 56% concordam com a decisão da Câmara que manteve a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão pela morte de Marielle Franco em contraposição aos parlamentares bolsonaristas, que votaram em peso pela soltura do colega.
A pesquisa da USP divulgada pelo colunista Leonardo Sakamoto, do UOL, mostra que 54% defendem que o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) seja o candidato à Presidência da República caso Bolsonaro permaneça inelegível. No ato pró-Bolsonaro na avenida Paulista, em 25 de fevereiro, 61% apontaram o nome dele.
Os números são da pesquisa realizada pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP (Universidade de São Paulo) na manifestação na praia de Copacabana neste domingo. Foram entrevistadas 368 pessoas e a margem de erro é de cinco pontos percentuais para cima ou para baixo.
No dia 10 de abril, o plenário da Câmara manteve a prisão preventiva de Brazão (hoje, sem partido, ex-União Brasil), que havia sido decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por 277 votos a 129, 20 a mais do que o necessário. Ele é apontado como um dos responsáveis por ordenar a execução da vereadora e de seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.
Dos manifestantes presentes no Rio, 26% afirmam que não concordavam com a decisão da Câmara de manter Brazão na cadeia e 18% não sabiam o que responder.
Ao mesmo tempo, 68% confiam em alguma medida no resultado da investigação da Polícia Federal que concluiu que os mandantes do assassinato de Marielle Franco foram os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o então chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. Do total, 40% confiam muito, 28% confiam um pouco, 18% não confiam e 13% não souberam responder.
“Aparentemente, o eleitorado e a militância bolsonaristas estão em desacordo com as suas lideranças”, afirmou à coluna Pablo Ortellado, professor do curso de Política Pública da USP e coordenador da pesquisa junto com Márcio Moretto.
“As lideranças orientaram para votar contra a prisão do Brazão, lançaram suspeição sobre a conclusão do relatório da PF e, apesar disso, há maiorias expressivas apoiando o trabalho da Polícia Federal e a prisão do deputado Brazão”, diz.
Entre os presentes no ato em defesa de Bolsonaro, 91% consideram que a suspensão de contas no X/Twitter determinadas pelo STF e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) configuram censura e apenas 5% disseram que não configura.
Consequentemente, 85% concordam com a decisão de Elon Musk que afirmou que descumpriria decisões do STF e restituiria as contas que foram suspensas, enquanto 7% disseram que discordam dela. 93% são favoráveis ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, diante de 5% contrários.
A pesquisa também questionou qual seria o melhor nome para concorrer à Presidência da República se Jair Bolsonaro não puder ser candidato — ele está inelegível após duas condenações pelo TSE.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece com 54% da preferência dos manifestantes, enquanto a ex-primeira-dama e diretora do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, tem 23%, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o general Braga Neto (PL), 4% cada um.
Aparecem com 3% o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e com 2% os senadores Damares Alves (Republicanos-DF) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
No ato da avenida Paulista, em São Paulo, em 25 de fevereiro, Tarcísio de Freitas havia aparecido com 61%, Michelle Bolsonaro, 19%, e Romeu Zema (Novo), 7%.
Quanto à eleição municipal no Rio, 63% defendem que Jair Bolsonaro deve apoiar o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), envolvido na investigação sobre espionagem durante o governo passado. Ele é seguido pelo deputado federal Otoni de Paula (MDB), 5%, pelo atual prefeito pelo deputado estadual Eduardo Paes (PSD) e pelo deputado estadual Rodrigo Amorim (PRD), 2%.
Dos presentes na manifestação, 51% eram mulheres, e 49%, homens. Quanto à idade, 69% tinham 45 anos ou mais, 25%, entre 25 e 44 e 6%, entre 16 e 24 anos.
Brancos representavam 51%, e negros (pretos e pardos), 44%. Vivem em famílias que recebem até dois salários mínimos mensais 18% dos presentes, entre 2 e 5 salários representam 38%, entre 5 e 10, 25%, entre 10 e 20, 11%, e mais de 20 salários mínimos, 5%.
Do total, 66% dizem ter ensino superior, 28% médio, e 7%, fundamental. E 38% se dizem católicos, 33% evangélicos, 12% espíritas e kardecistas.
A única estimativa com metodologia que veio a público até agora é a do Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo. Ela apontou 32.750 mil pessoas na manifestação às 12h, seu horário de pico.
A contagem de cabeças foi baseada em fotos aéreas de alta resolução que cobriram a extensão da avenida, tiradas entre 10h e 12h30, e processadas com a ajuda de um software especial para esse fim.
Carência de médicos especializados nos hospitais públicos é mais crítica em alguns estados devido à má distribuição dos profissionais pelo país
Mesmo tendo sido realizadas até janeiro de 2024 cerca de 650 mil procedimentos cirúrgicos agendados, sem urgência, no início do ano mais de 1,2 milhão de pacientes aguardavam por cirurgias eletivas na rede pública de saúde.
Das cirurgias realizadas quase um terço foi de cirurgias de catarata, enquanto cerca de 37 mil pacientes passaram por cirurgias para a remoção da vesícula, registrando aumento de 19% em relação ao período anterior.
A espera por cirurgias eletivas é uma preocupação recorrente entre os pacientes atendidos na rede pública de saúde. Em março de 2023, o Ministério da Saúde estabeleceu um acordo com os 26 estados e o Distrito Federal para implementar a fila nacional de cirurgias eletivas.
A carência de médicos especializados nos hospitais públicos é mais crítica em alguns estados devido à má distribuição dos profissionais pelo país. Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos especialistas está concentrada no Sudeste do Brasil, havendo maior escassez no Norte e no Nordeste.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que uma das prioridades do governo é oferecer uma resposta rápida ao que ela descreve como grandes vazios de especialistas no país, especialmente de anestesistas, cardiologistas e oncologistas.
– Esse é um dos gargalos e problemas quando pensamos na cirurgia. Nós temos um trabalho muito grande com o Ministério da Educação na área das residências médicas. Temos aumentado as residências e temos buscado um trabalho conjunto com algumas redes que são muito importantes, hoje, na relação com o Ministério da Saúde, a rede de hospitais universitários, para que eles também contribuam nesse processo de formação de especialistas – ressalta a ministra.
Ana Maria Malik, pesquisadora do Centro de Estudos em Saúde da Fundação Getúlio Vargas, sugere que o Brasil pode utilizar a experiência com o programa de imunização para organizar um sistema nacional de informações sobre cirurgias.
– Se a gente conseguisse saber quem está na fila de que estado, de que serviço ou de que especialidade, isso ia ser mais fácil de a gente conseguir enxergar, né? Então isso tem a ver com transparência, tem a ver com as informações de que a gente dispõe e sistemas de informações em saúde, principalmente em um país como o nosso, é muito grande – explica.