sexta-feira, 19 de abril de 2024

Renda dos 10% mais ricos é 14,4 vezes superior à dos 40% mais pobres


Diferença entre rendimentos é a menor já registrada, mostra IBGE

Em 2023, os 10% da população brasileira com maiores rendimentos domiciliares per capita tiveram renda 14,4 vezes superior à dos 40% da população com menores rendimentos. Essa diferença é a menor já registrada no Brasil. Os dados fazem parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra que os 10% da população com maior rendimento domiciliar por pessoa tiveram, no ano passado, renda mensal média de R$ 7.580. Já os 40% dos brasileiros com menor rendimento obtiveram R$ 527. Ambos os valores são os maiores registrados para cada faixa de renda.

Em comparação mais extrema, o 1% da população com maior rendimento tinha renda mensal (R$ 20.664) que chegava a 39,2 vezes à dos 40% de menor renda. Em 2019, a diferença era de 48,9 vezes – a maior já registrada.

Redução da diferença

A diferença de 14,4 vezes entre os 10% das maiores faixas de renda e os 40% das menores é a mesma de 2022. Em 2019, antes da pandemia de covid-19, a relação estava em 16,9 vezes. O ponto mais desigual - 17 vezes - foi atingido em 2021, auge da pandemia.

A série histórica do IBGE teve início em 2012, quando a relação era de 16,3 vezes. Desde então, os menores rendimentos cresceram em proporções superiores aos do topo da pirâmide. Por exemplo, os 5% menores rendimentos tiveram evolução de 46,5%, e os localizados entre 5% e 10% menores subiram 29,5%. Na outra ponta, a faixa dos 10% maiores cresceu 8,9%.

Em janela de tempo mais curta, também é possível encontrar um estreitamento da diferença. Em 2019, os 40% da população com menores rendas tiveram evolução nos rendimentos de 19,2%. Já os 10% com maiores rendimentos aumentaram registraram aumento de 1,51%.

Entre 2022 e 2023, enquanto o rendimento médio domiciliar por pessoa cresceu 11,5%, o segmento dos 5% mais pobres teve elevação de 38,5%.

Fatores

Para o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto, três fatores podem explicar o crescimento mais intenso da renda dos grupos mais pobres da população. Um deles está relacionado aos programas sociais, em especial o Bolsa Família, que chegou a R$ 600, com inclusão de R$ 150 por criança de até 6 anos e o adicional de R$ 50 por criança ou adolescente (de 7 a 18 anos) e por gestante.

Outra explicação é a expansão do mercado de trabalho, com a entrada de 4 milhões de pessoas no número de ocupados. “Pessoas que não recebiam o rendimento de trabalho passaram a receber”.

O pesquisador cita ainda o aumento do salário mínimo acima da inflação. “O que afeta não apenas o rendimento do trabalho, mas também o rendimento de aposentadorias e pensões e outros programas sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC - um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade).

Em 2023 o salário mínimo teve dois reajustes e, em maio, passou a valer R$ 1.320

A pesquisa do IBGE classifica como rendimento todo o dinheiro obtido por meio de trabalho (considerando pessoas com 14 anos ou mais de idade), aposentadoria, pensão, aluguel e arrendamento, pensão alimentícia, doação e mesada de quem não é morador do domicílio, e a categoria outros, que inclui rentabilidades de aplicações financeiras, bolsas de estudos e programas sociais do governo - como Bolsa Família/Auxílio Brasil, seguro-desemprego e BPC.

Massa de rendimento

Outra forma de observar a desigualdade no país é ao analisar a distribuição da massa de rendimentos a cada segmento da população. Em 2023, essa massa foi a maior já estimada para o país, alcançando R$ 398,3 bilhões, um crescimento de 12,2% a mais que o de 2022, quando foi de R$ 355 bilhões.

A parcela da população brasileira com os 10% dos menores rendimentos respondia por apenas 1,1% dessa massa. Ou seja, de cada R$ 100 de rendimento do país, R$ 1,1 era recebido por 10% da população com menor renda.

Já os 10% dos brasileiros no topo da pirâmide recebiam 41% da massa de rendimentos. Isto é, de cada R$ 100, R$ 41 foram recebidos pelos 10% de maior renda. Para se ter uma ideia do tamanho da concentração, os 80% dos brasileiros com menores renda detinham 43,3% da massa nacional.

Entre 2022 e 2023, a desigualdade entre topo e base da pirâmide piorou um pouco. A participação dos mais ricos passou de 40,7% para 41% da massa. Para os mais pobres houve acréscimo de 1 para 1,1%. Comparando antes e depois da pandemia, houve redução da desigualdade. A participação dos mais ricos caiu de 42,8% (recuo de 1,8 ponto percentual); e a dos mais pobres subiu de 0,8% (elevação de 0,3 ponto percentual).

Índice de Gini

A pesquisa do IBGE mostra o comportamento do Índice de Gini, uma ferramenta que mede a concentração de renda da população. O indicador varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade.

O indicador de 2023 ficou em 0,518, o mesmo de 2022 e o menor já registrado pela série histórica iniciada em 2012. O ponto mais desigual foi em 2018, quando alcançou 0,545. 

O analista Gustavo Geaquinto explica que se a análise fosse apenas com o rendimento proveniente do trabalho, haveria pequena variação positiva do Índice de Gini, ou seja, aumento da desigualdade. Mas o movimento foi compensado por efeitos de programas sociais.

“Esse efeito, sobretudo do Bolsa Família, contrabalançou isso, beneficiando principalmente os domicílios de menor renda, de forma a manter a estabilidade desse indicador”, diz.

Fonte: Agência Brasil

Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$ 1.848 em 2023


Valor é o maior já apurado no país pelo IBGE desde 2012

O rendimento médio mensal domiciliar per capita do Brasil chegou a R$ 1.848 em 2023. Esse é o maior valor já apurado no país e representa um crescimento de 11,5% ante o valor de 2022, R$ 1.658. O recorde anterior tinha sido em 2019 (R$ 1.744), ano que precedeu a pandemia da covid-19.

Os dados fazem parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa Rendimento de todas as fontes 2023 apura todas as formas de renda dos brasileiros, o que inclui dinheiro obtido com trabalho, aposentadoria, pensão, programas sociais, rendimento de aplicações financeiras, alugueis e bolsas de estudo, por exemplo.

O IBGE aponta que em 2023, o Brasil tinha 215,6 milhões de habitantes. Desses, 140 milhões tinham algum tipo de rendimento. Isso representa 64,9% da população, a maior proporção registrada pela pesquisa iniciada em 2012.

Em 2022, eram 62,6%. O nível mais baixo foi atingido em 2021, no auge da pandemia. Eram 59,8%, mesmo patamar de 2012.

Rendimento do trabalho

O levantamento calcula que 99,2 milhões de pessoas (46% da população) tinham no ano passado rendimentos obtidos por meio de formas de trabalho; e 56 milhões (26% da população), por meio de outras fontes.

O rendimento médio mensal recebido de todos os trabalhos foi estimado em R$ 2.979 em 2023, o que representa uma expansão de 7,2% em relação a 2022 (R$ 2.780). O maior resultado já calculado pelo IBGE foi em 2020, primeiro ano da pandemia, quando alcançou R$ 3.028.

“Esse valor máximo não se refere a um dinamismo do mercado de trabalho”, adverte o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto.

Ele explica que na ocasião, empregos informais, de menores remunerações, foram os mais cortados, fazendo com que a média de rendimentos contasse apenas com os trabalhos com maiores remunerações. “A população na informalidade foi muito mais afetada, alterando a composição da população ocupada”.

Outros rendimentos

O rendimento de todas as fontes, considerando a população residente com renda, aumentou 7,5% em relação a 2022, atingindo R$ 2.846 e, com isso, se aproximando do valor máximo da série histórica (R$ 2.850), registrado em 2014.

Já o rendimento médio de outras fontes diferentes do trabalho cresceu 6,1%, chegando a R$ 1.837, um recorde da série histórica.

Ao observar como vários tipos de renda compõem o rendimento total dos brasileiros, o IBGE identificou que o dinheiro obtido por meio do trabalho representava 74,2% do total.

Dos 25,8% restantes, figuram 17,5% de aposentadoria e pensão, 2,2% de aluguel e arrendamento, 0,9% de pensão alimentícia, doação e mesada de não morador e 5,2% de outros rendimentos, o que incluem os programas sociais como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC -equivalente a um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade).

Fonte: Agência Brasil

Folha admite erro em ataque ao STF e a Alexandre de Moraes

 

Jornal havia acusado o ministro de derrubar perfis nas redes com base em pedidos de órgão criado por ele. No entanto, a informação não é verdadeira

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

 

Na esteira dos ataques feitos pelo bilionário de extrema direita Elon Musk, dono do X, antigo Twitter, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes, a Folha de S. Paulo acusou o magistrado, em reportagem na quinta-feira (18), de ter derrubado uma série de perfis nas redes sociais e determinado a exclusão de conteúdos com base em pedidos feitos pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, órgão supostamente criado por ele em 2022. 

No entanto, nesta sexta-feira (19), o jornal voltou atrás e corrigiu a informação: "a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE foi criada por Edson Fachin, não por Alexandre de Moraes, como afirmado em versão anterior desta reportagem".

Moraes tem sido alvo de variados ataques de Elon Musk e outros nomes de extrema direita, que o acusam de praticar censura no Brasil, especialmente durante a campanha eleitoral de 2022, quando foi necessário remover determinados perfis e postagens das redes sociais para conter a disseminação de desinformação. Os ataques de Musk têm agitado a extrema direita no país.

Fonte: Brasil 247

Diante de crise com o Congresso, Lula pode se reunir com Lira, Pacheco e líderes da Câmara e do Senado

 

Cresce dentro do governo a percepção de que Lula precisará entrar pessoalmente nas negociações relativas a pautas de interesse do Palácio do Planalto

Pacheco, Lula e Lira no dia da posse do presidente da República
Pacheco, Lula e Lira no dia da posse do presidente da República (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 

Diante de um cenário de conflito aberto entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), aliados e auxiliares diretos do presidente Lula (PT) expressaram crescentes preocupações quanto aos desdobramentos na articulação política do governo. O embate em curso levanta o temor de que o Palácio do Planalto enfrente novas derrotas no Congresso Nacional.

Analistas próximos ao presidente Lula observam que a crise atingiu um ponto crítico no qual se torna imperativo que ele próprio intervenha, negociando pessoalmente as pautas de interesse do governo, relata o jornal O Globo. A possibilidade de uma reunião entre o presidente e líderes da Câmara e do Senado já está em discussão como uma medida para mitigar os impasses.

A análise de dentro do governo é de que o modelo atual, no qual o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), negocia com Arthur Lira enquanto Padilha trata com os líderes partidários, tem se mostrado ineficaz. A percepção é que essa abordagem demanda agilidade e dedicação para lidar com os temas em tramitação na Câmara. Críticos argumentam que a articulação política exige uma linha única de atuação e que as negociações separadas com Lira e com os líderes partidários podem causar ruídos, especialmente nas votações cotidianas, incluindo projetos em fase de comissões.

Diante desse contexto, aliados do governo enfatizam a necessidade de Lula retomar as negociações com Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes das duas casas legislativas, visando alinhar estratégias e agendas. O presidente já havia adotado essa abordagem em fevereiro e início de março, quando atuou diretamente para fortalecer a relação do governo com o Congresso no início do ano legislativo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

APUCARANA: Prefeito emite nota de pesar pela morte do servidor Paulo Ourives


O prefeito, Junior da Femac, e o secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, emitem nota de pesar pelo falecimento do servidor público municipal Paulo Cesar Martins Ourives, aos 57 anos. Ele sofreu um infarto na noite de ontem em sua casa.

Paulo exercia o cargo de coordenador do Programa Saúde na Escola da Autarquia Municipal de Saúde. “Ele desempenhava esse trabalho, de promoção da saúde de alunos da rede municipal e estadual, com muita dedicação e amor”, afirma Bachiega.

“Nossos sentimentos aos familiares e amigos do nosso servidor Paulo Ourives. Que Deus console a dor de todos neste momento difícil”, manifesta Junior da Femac.

Paulo deixa a esposa, dois filhos e dois netos. O velório está acontecendo na Capela Mortuária Central e o sepultamento será às 17 horas no Cemitério da Saudade.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Cooperativismo inclui pequenos produtores no mercado, diz ex-ministro


Roberto Rodrigues falou a líderes rurais em encontro na Costa Rica


O cooperativismo rural foi um dos temas centrais dos debates do primeiro Encontro de Líderes Rurais que ocorre esta semana na Costa Rica, promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). “É uma solução extraordinária para incluir no mercado produtores pequenos e até médios que, individualmente, seriam expulsos e excluídos do mercado”, defendeu o coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Roberto Rodrigues, que participou do encontro de forma remota.

No Brasil, de acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras, Sistema OCB, 54% da produção agrícola vêm de cooperativas. O país é considerado um modelo nesse quesito. Isso não significa, no entanto, que todos os problemas estejam resolvidos e que não haja desafios tanto de produção e organização quanto burocráticos. A conversa com Rodrigues foi uma das mais aguardadas, pois em toda a América, de acordo com os líderes que participam do encontro, sobretudo para os pequenos produtores, as cooperativas apresentam-se como forma de organização.

Rodrigues define o cooperativismo como “doutrina que visa corrigir o social por meio do econômico”. A cooperativa rural é associação de produtores para que possam, juntos, comercializar os produtos e ter acesso a serviços e mesmo a máquinas que, sozinhos, não conseguiriam. “A cooperativa oferece ao cooperado condições que individualmente não teria condições de resolver”, diz Rodrigues. “As cooperativas agregam pequenos, transformando-os, em conjunto, em produtor que compete com grandes”, acrescenta.

As situações são diferentes nos países, mas um ponto comum é que o cooperativismo não é tarefa fácil. Para a secretária de Agricultura Familiar de Betânia, no Piauí, Francisca Neri, uma das líderes que representam o Brasil no encontro, o cooperativismo é a solução para a região onde vive, mas é preciso que os mais jovens aprendam e também se entusiasmem sobre a forma de organização. “Como nós vamos fazer as pessoas entenderem que o associativismo e o cooperativismo são os negócios do futuro, que estão acontecendo no presente e que a gente enquanto agricultor não pode ficar de fora?”, questiona. Ela defende que o cooperativismo seja ensinado nas escolas.

Em Honduras, segundo a líder Eodora Méndez, o desafio é que os produtores permaneçam na cooperativa. “Muita gente pensou que cooperativismo era organizar-se e receber benefícios. É mais que isso, é trabalhar em conjunto, aglutinando a produção e poder comercializar. Muita gente se retirou e somos poucos os que estamos em cooperativa. Muita gente jogou a toalha, mas estamos lutando sempre para que as cooperativas se mantenham”, diz.

San José - Costa Rica, 18/04/2024 - Cooperativismo inclui pequenos produtores no mercado, defende ex-ministro. Fotos gerais da plenária. Foto: IICA/Divulgação

San José - Cooperativismo inclui pequenos produtores no mercado, defende ex-ministro - Foto IICA/Divulgação

Eodora pertence ao povo originário Lenca e vem de uma família que se dedica ao cultivo de grãos e hortaliças. Foi presidente da Empresa Campesina Agroindustrial de Reforma Agrária de Intibucá (Ecarai), uma organização rural com visão empresarial que representa comunidades de uma das zonas do Departamento Intibucá. Seu trabalho impacta 325 pequenos agricultores. “Quando nos organizamos, temos alternativas de produção, podemos vender a preços melhores e é preciso que isso funcione para que sigamos ativos”, defende.

A líder brasileira Simone Silotti, defende que sejam criadas formas de facilitar a participação dos próprios associados e a articulação entre cooperativas. Ela sugere a criação de uma plataforma “para dar transparência à cooperativa, acompanhar as contas a pagar e a receber sem ter que esperar a prestação de contas. Podemos ter outras abas nessa plataforma para levar conhecimento e formação, inclusive para líderes de cooperativas que quase sempre são pequenos produtores”, afirma.

Silotti é uma pequena produtora rural, de Quatinga, Mogi das Cruzes, São Paulo, e é criadora do Faça um Bem Incrível, projeto que começou em 2020, em meio à pandemia, que busca reduzir o desperdício rural, direcionando os alimentos que seriam descartados para pessoas em situação de vulnerabilidade. O projeto acabou transformando-se em cooperativa. Ela aponta a burocracia como um dos principais desafios e conta que foram mais de dois anos para que conseguissem se formalizar e acessar políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) do Ministério da Educação.

San José - Costa Rica, 18/04/2024 - Cooperativismo inclui pequenos produtores no mercado, defende ex-ministro. Fotos gerais da plenária. Foto: IICA/Divulgação

San José - Costa Rica - Líderes rurais discutem cooperativismo - Foto IICA/Divulgação

Roberto Rodrigues apresentou aos líderes as condições para que sejam formadas as cooperativas. Uma delas, segundo ele, é que é necessário que as elas surjam do interesse dos próprios produtores, por isso também é preciso que a sociedade conheça e saiba o que é cooperativismo. “Tem que vir de baixo para cima, como desejo do povo. Toda vez que governos tentaram impor, quando terminou o governo terminou o cooperativismo”, disse. Além disso, acrescentou, cooperativas são como empresas, precisam ser viáveis e é preciso comprometimento dos associados.

Apesar das dificuldades apresentadas, Rodrigues incentivou os participantes: “Temos que lutar todos os dias. Eu dava aula e diziam que eu estava repetindo sempre a mesma coisa. Eu dizia: olha, os padres, nas igrejas, há 2 mil anos falam a mesma coisa. É preciso repetir, repetir”.

O primeiro Encontro de Líderes Rurais promovido pelo IICA na Costa Rica reúne 42 produtores rurais presencialmente e remotamente, que foram reconhecidos pela organização como líderes rurais por causa do trabalho que desenvolvem em suas regiões. Eles representam praticamente todos os países americanos. O encontro ocorre ao longo da semana, promovendo visitas técnicas, consultorias e o intercâmbio de experiências entre as lideranças.

*A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Fonte: Agência Brasil

Belo e Gracyanne: cantor mantinha relação “íntima” com cafetina; entenda


Gracyanne Barbosa e Belo. Foto: Reprodução

 Um novo fato veio à tona no meio do tumulto envolvendo o fim do casamento de Belo e Gracyanne Barbosa: o cantor, segundo informações da colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles, mantinha uma relação próxima com uma cafetina famosa entre jogadores de futebol e pagodeiros. Essa cafetina seria a responsável por fazer a ponte entre as acompanhantes que o artista contratava para seus shows, mesmo quando estava acompanhado de Gracyanne.

Ainda foi dito que a relação do cantor com a cafetina não era apenas profissional; eles mantinham uma estreita amizade, a ponto de Belo já ter mencionado o nome dela durante uma de suas apresentações. A profissional também teria agenciado ex-participantes de realitys para os shows do cantor, o que levanta questionamentos sobre a natureza de sua relação com Belo.

Além disso, outras histórias sobre o relacionamento de Belo e Gracyanne sugerem um quadro de infidelidade mútua e constantes reconciliações. Gracyanne admitiu ter tido um caso com um personal trainer, enquanto Belo perseguia a esposa após brigas e descobertas de traição.

Após a confissão de Gracyanne sobre a infidelidade, ela expressou arrependimento e afirmou que o casamento estava em crise há anos. Belo, por sua vez, já estaria se mudando, indicando que a separação é definitiva após oito meses de desgastes na relação.

Fonte: DCM

Elon Musk volta a atacar Moraes e diz que ele “interferiu nas eleições do Brasil”

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter). Foto: Reprodução

O bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), voltou às redes sociais para atacar Alexandre de Moraes, desta vez, acusando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de interferir nas eleições de 2022.

“De Moraes absolutely interfered with the Brazil elections [De Moraes definitivamente interferiu nas eleições do Brasil]”, escreveu o empresário na noite da última quinta-feira (18).

O comentário de Musk foi feito em uma publicação do jornalista norte-americano Michael Shellenberger, que abordou o que ficou conhecido como “Twitter Files”.

Recentemente, o bilionário usou a plataforma para acusar o ministro de “censurar” parlamentares e militantes de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Além disso, sem apresentar evidências, Musk compartilhou postagens do jornalista americano Michael Shellenberger que alegavam violações da liberdade de expressão no Brasil. O dono da rede social afirmou que Moraes “aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso do X no Brasil”.

Vale destacar que, após Musk aumentar suas críticas diretamente no X, Moraes determinou a abertura de uma investigação contra o empresário e a imposição de multa diária por eventual reativação de perfil. A Polícia Federal (PF) anunciou a abertura de uma investigação sobre as declarações do bilionário.

Em meio ao embate entre Moraes e Musk nas últimas semanas, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, destacou que “decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado”. “Essa é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil”, informou o ministro em nota oficial.

Fonte: DCM

Guerra Mundial: entenda riscos de conflito entre Israel e Irã


Cenário de instabilidade pode levar à guerra global, diz especialista

O risco de uma nova guerra mundial existe caso o conflito entre Israel e Irã se consolide, o que pode arrastar o planeta para uma crise econômica de grandes proporções, segundo especialistas entrevistados pela Agência Brasil.

O mundo aguarda qual o desfecho do conflito após Israel ser atacado pelo Irã em seu próprio território. O Irã, por sua vez, revidou o ataque à sua embaixada em Damasco, na Síria. Os aliados de Tel Aviv apelam, publicamente, para que o país não amplie a guerra no Oriente Médio. 

O doutor em história pela Universidade de São Paulo (USP), José Arbex Junior, avalia que estamos caminhando para um cenário que, se não for contido, pode levar a uma guerra mundial.

“Quando você engaja o Irã no conflito, você está mexendo com toda a estrutura geopolítica de poder e, historicamente, os Estados Unidos mantém uma relação bastante hostil com o Irã desde pelo menos 1979, quando teve a Revolução Iraniana”, comentou.

Para o especialista, os Estados Unidos (EUA) e seus aliados vivem agora um novo impasse. “Eles não têm como entrar com tudo em uma guerra contra o Irã. Afinal, isso arruinaria a economia mundial e arruinaria as chances do [Joe] Biden se reeleger presidente dos EUA”, destacou.

Arbex lembrou que o Irã controla o Estreito de Hormuz, pequeno pedaço de oceano por onde passa boa parte do comércio mundial de petróleo. “Imagina se o Irã, em uma situação de conflito, resolve fechar o Estreito de Hormuz? O preço do barril do petróleo sobe, tranquilamente, para 150 dólares ou mais. Isso explode a economia europeia. Por isso que os europeus estão em pânico”, completou.

O professor de jornalismo da USP, que foi correspondente internacional em Moscou e Nova Iorque, citou ainda que o Irã é fundamental para economia chinesa.

“[O petróleo do Irã] é o sangue da economia chinesa. Então, se for interrompido o fornecimento de petróleo para a China, por força da guerra, não tenho dúvida nenhuma de que a China vai se alinhar com o Irã”, completou José, acrescentando que, diplomaticamente, Pequim já é próximo de Teerã.

A professora de Relações Internacionais do Ibmec de São Paulo, Natalia Fingermann, também avaliou que a guerra, hoje regional, pode escalar para uma guerra global devido ao cenário de grande instabilidade, que vem se agravando desde a Guerra na Ucrânia.

“O risco existe. Não é uma coisa totalmente distante, louca ou sem sentido nenhum. O risco existe e acho que ele nunca foi tão possível, pelo menos nos últimos 40 anos”, destacou a professora, acrescentando que há ainda o risco do uso de armas nucleares.

Fingermann lembrou que a escalada do conflito pode aumentar a inflação global, afetando todo o mundo. “[Se o conflito aumentar], vamos ter um aumento do preço do petróleo e, consequentemente, um processo de inflação global porque, querendo ou não, o petróleo ainda é a principal fonte de energia e de transporte do alimento do mundo”, acrescentou

Israel e EUA

O professor José Arbex avaliou que Israel atacou a Embaixada do Irã, em Damasco, com objetivo de envolver Teerã no conflito para, com isso, tentar trazer os EUA para mais perto de Tel Aviv.

O especialista argumentou que Israel estava isolado internacionalmente e, internamente, o governo vinha sofrendo pressões pela saída do primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, que corre o risco ser preso se deixar o poder. Além disso, citou a econômica do país, parcialmente paralisada pela guerra, como outro fator preocupante para Israel.

“Netanyahu jogou todas as fichas no agravamento do conflito com o Irã para puxar apoio dos Estados Unidos, que ele estava perdendo por causa das eleições nos EUA.” Ele acrescentou que Gaza tem afetado a perspectiva eleitoral de Biden.

A professora Natalia Fingermann lembrou que, oficialmente, Israel justificou o ataque contra a embaixada do Irã para desarticular o apoio que o país dá ao Hezbollah, grupo do Líbano em conflito na fronteira Norte de Israel. Porém, ela avaliou que Netanyahu teve outros ganhos com o envolvimento direto do Irã.

“Primeiro, ele tira o foco sobre Gaza, que sai da pauta internacional, e ele volta a ter apoio internacional e doméstico. Então, em certa medida, ele consegue fazer a sua manutenção de poder”, resssaltou.

Questão palestina

Fingermann disse ainda que a entrada do Irã pode ter consequências negativas para causa palestina. Para a especialista, Netanyahu foi quem mais tirou vantagem na nova situação.

“Quando todos os grandes aliados de Israel, como Estados Unidos, França e Inglaterra, param de olhar para Gaza e focam mais no Irã, a gente tem, assim, o receio de que aquela população fique abandonada.”

Para o professor José Urbex, a questão palestina se fortalece, pois mostra que eles não estariam sozinhos contra Israel. Ele citou ainda a manifestação da presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, que, apesar de condenar o Irã, pediu que a questão palestina seja resolvida.

“Não é por acaso que ela faz uma declaração dessa. O Irã demonstrou que, se essa coisa prosseguir e a guerra prevalecer, a coisa vai ficar muito feia”, disse. Além disso, Arbex avaliou que o ataque do Irã revelou certa fragilidade de Israel, que precisou dos aliados para conter os drones de Teerã.

“[Ajudaram Israel] os Estados Unidos, Inglaterra, Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e a fragata francesa, que está estacionada lá perto. O que sobrou para Israel fazer? Sobrou pouquíssima coisa. Israel é integralmente dependente desses aliados externos”, acrescentou.

Fonte: Agência Brasil

Abertura de processo para investigar Moro na Lava Jato pode ficar para junho, estima corregedor do CNJ

 

Primeiro serão tratados os casos dos desembargadores Thompson Flores e Loraci de Lima e dos juízes Danilo Pereira Júnior e Gabriela Hardt

Sérgio Moro
Sérgio Moro (Foto: Agência Senado )

 

O ministro Luís Felipe Salomão propôs o desmembramento do processo que visa investigar a atuação do ex-juiz parcial Sergio Moro à frente da 13ª Vara Criminal de Curitiba antes de o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se debruçar sobre a Lava Jato e o TRF-4, na terça-feira (16). Pessoas próximas a Salomão, corregedor nacional do CNJ, afirmam que a expectativa é que Moro volte à pauta em junho, segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo.

A próxima sessão do CNJ, marcada para maio, poderá tratar da abertura dos Processos Disciplinares Administrativos (PADs) dos desembargadores Thompson Flores e Loraci de Lima, da juíza Gabriela Hardt e do juiz Danilo Pereira Júnior.

No julgamento de terça-feira, o ministro Luís Roberto Barroso solicitou mais tempo para examinar os extensos materiais apresentados poucas horas antes da sessão. "Nem eu, nem qualquer um dos conselheiros teve tempo de examinar o material extenso apresentado poucas horas antes da sessão. Peço vista para que seja possível examinar, com o critério necessário, os fatos apurados".

Com isso, os julgamentos dos casos envolvendo esses magistrados podem também ser adiados para além da próxima sessão do CNJ. Existe a possibilidade de Barroso demorar mais de uma sessão para pautar qualquer um desses casos. Além disso, há suspeitas de que ele possa aguardar o fim do mandato de Salomão no CNJ, previsto para agosto, para retomar um tema em que os dois possuem divergências.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Bolsonaro conseguiu aumentar seus anos de cadeia com os arquivos do X, diz Reinaldo Azevedo

 

"A democracia está sob ataque. O troço é tão ridículo que se prega abertamente punição dos EUA ao STF e ao governo", denuncia Azevedo ao apontar as movimentações bolsonaristas

Reinaldo Azevedo e Jair Bolsonaro
Reinaldo Azevedo e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

 

O jornalista Reinaldo Azevedo utilizou suas redes sociais para ressaltar que O relatório sobre decisões do STF - Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral brasileiros ligadas aos inquéritos que investigam fake news mostram a óbvia articulação de extremistas daqui (Brasil) e dos EUA para tentar emparedar o Judiciário e também indica que Jair Bolsonaro conseguiu aumentar seus anos de cadeia após a indicação dos documentos.

“Pois é, né?

Mais uma “bomba” que deu em traque.

Por enquanto, Bolsonaro vai ampliando seus anos de cadeia. Tudo isso terá de ser levado em conta na hora do dosimetria, já q ele é o chefe da conspirata.

Só a bozolândia e os “juristas da Lava Jato” — gente séria, como se sabe… — sustentam que há problemas nas decisões de Moraes. 

Não deu de novo. Mas serve para alimentar o circo da extrema-direita do próximo comício”, disse.

"A democracia brasileira está sob ataque. O troço é tão ridículo que se prega abertamente punição dos EUA ao STF e ao governo, como se isso fosse possível. Punição com base em quê? O objetivo imediato é bombar mais um ato de Bolsonaro contra o Supremo.  E há alguns canalhas, disfarçados de isentos, servindo à causa", acrescentou.

De acordo com O Globo, o Comitê de Assuntos Judiciários do Congresso americano divulgou um relatório sobre decisões do STF - Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral brasileiros ligadas aos inquéritos que investigam fake news e atos antidemocráticos. São, em sua maioria, despachos assinados pelo ministro Alexandre de Moraes que estão sob sigilo - e foram repassados ao comitê pela plataforma X, o antigo Twitter, do empresário Elon Musk. Esse comitê do Congresso americano é dominado pelo Partido Republicano, que faz oposição ao governo do presidente dos EUA, Joe Biden. O documento é intitulado “Ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio do governo Biden: o caso Brasil” e alega haver censura no Brasil contra o X.

Fonte: Brasil 247

 

Mulher que levou cadáver de idoso a banco de SP se livra de acusação e ganha pensão

 

Josefa de Souza Mathias na saída da delegacia em Campinas em 2020. (Foto: Reprodução)

Uma mulher acusada de levar o cadáver de seu companheiro, um policial civil aposentado, a uma agência bancária em Campinas, conseguiu evitar uma denúncia judicial. Josefa de Souza Mathias, de 61 anos, afirmou ter levado Laércio Della Colleta ao banco para realizar uma prova de vida, mas ele morreu durante o processo. O caso ocorreu em 2020.

Josefa contou que Laércio começou a passar mal dentro da agência, e os bombeiros, chamados ao local, constataram sua morte. No entanto, testemunhas relataram que o policial aposentado já estava debilitado antes de sair de casa. A mulher foi indiciada por estelionato e vilipêndio de cadáver, mas a promotora responsável pelo caso solicitou o arquivamento, argumentando que não havia provas suficientes para sustentar as acusações.

A promotora Daniela Merino destacou que Josefa não tinha procuração para movimentar a conta do companheiro e que a conduta dela, embora reprovável, não configurava crime.

Além disso, como Laércio não tinha herdeiros e Josefa era sua companheira, ela se tornou beneficiária do dinheiro na conta do aposentado. Com a retirada da denúncia, Josefa garantiu o direito a uma pensão por morte no valor de R$ 5,8 mil, além de receber um retroativo de R$ 191 mil.

Fonte: DCM