Jornalista Merval Pereira no telejornal Estúdio i, da GloboNews. Foto: Reprodução
O jornalista Merval Pereira, na GloboNews, tentou defender nesta terça-feira (16) o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR), a juíza Gabriela Hardt e o ex-procurador Deltan Dallagnol. Segundo uma investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o grupose uniu para “promover o desvio” de R$ 2,5 bilhões do Estado.
“Eu acho que isso foi um erro deles”, disse Merval. “Eu tenho a impressão de que não era como o ministro Gilmar Mendes acusa e outros acusam de roubo, eu acho que era uma ideia megalômana. Como você falou, é de ficar livre pra fazer as coisas da maneira como eles achavam que tinha que fazer. Mas é um erro”.
De acordo com a investigação, o grupo teve ajuda de gerentes da Petrobras e servidores públicos norte-americanos para ficar com o dinheiro de uma multa aplicada contra a estatal nos Estados Unidos através da criação de uma fundação cuja criação foi autorizada pela juíza. Desta forma, o CNJ argumentou que é necessário abrir um inquérito criminal para apurar o esquema.
O Corinthians tomará as medidas legais necessárias para obter uma retratação da jornalista Camila Abdo, da Revista Oeste. A informação é do site Meu Timão.
No último domingo (14), a bolsonarista associou os torcedores do time a criminosos. No X (antigo Twitter), a jornalista insinuou que a Polícia Militar poderia prender os prisioneiros que não retornaram da “saidinha”.
“Hoje tem jogo do Corinthians no Itaquera. Se a PM bater lá agora, ela acha todos que não voltaram da saidinha, os procurados e os fugitivos. Bora PM. Tá fácil”, escreveu Camila.
A publicação ocorreu antes da partida entre Corinthians e Atlético-MG na Neo Química Arena, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo.
Segundo a bolsonarista, a publicação foi apenas uma “piada”. “Caraca, denunciaram tanto o post do vídeo do Corinthians que o POST CAIU. SÉRIO! CAIU. Falar de mulher pode, ofender sulista pode, falar de bolsonarista também. Mas fazer piada com time não pode. Entendi”, afirmou.
Glauber Braga em discurso na Câmara dos Deputados – Reprodução
Nesta terça-feira (16), após expulsar um membro do MBL do Congresso com empurrões, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) falou em aniquilamento de liberais e fascistas ao se dirigir a servidores de universidades e institutos federais na Câmara dos Deputados.
Para o parlamentar, é a continuidade da mobilização que faz diferença para enterrar o fascismo: “É fundamental que essa luta seja traduzida no aniquilamento daqueles que querem destruir as universidades públicas brasileiras. Os liberais e fascistas de plantão”.
Mais cedo, Braga “deu um pé na bunda” do influenciador Gabriel Costenaro, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), e o tirou do Congresso. Antes da confusão, o deputado foi intimidado com a abordagem que já é típica de membros do grupo de extrema-direita.
Em vídeos que circulam na internet, é possível ver Glauber questionando Costenaro por uma acusação de violência doméstica. O membro do MBL também é suspeito de agredir uma funcionária da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ao invadir o local em 2023.
Com a repercussão, o psolista se manifestou por meio de um vídeo e disse que não se deixará intimidar: “É a quinta vez que esse sujeito [Costenaro] provoca, ele tem histórico de agressão a mulher. Na última vez, no Rio de Janeiro, na quarta vez, ele ameaçou a mãe de um militante nosso de mais de 70 anos dizendo que sabia onde ela morava”.
“Nós não podemos aceitar esse tipo de intimidação de militante fascista do MBL. Não vamos aceitar! Eles tentam nos intimidar, tentam através do medo fazer com que a gente recue. Nós não vamos recuar para militante fascista”, prometeu Glauber Braga.
A jornalista Camila Abdo – Reprodução/Redes Sociais
Camila Abdo, jornalista bolsonarista da Revista Oeste, achou de bom tom atacar torcedores do Corinthians gratuitamente no último domingo, ao relacionar torcedores do Corinthians com presos que “não voltaram da saidinha”, em uma postagem em tom de “piada” no conceito dessa gente.
Logo depois, em um lapso de desonestidade, Camila disse que o post foi apagado pelo “X” (ex-Twitter), por conta de reclamações. O que é uma mentira deslavada, pois a própria plataforma diz que o post foi excluído pela própria “jornalista”.
Camila, com seu perfil verificado no site, com certeza monetizou bastante e ativou uma militância bolsonarista completamente acéfala. Mas mostrou uma desonestidade tão tremenda que até perfis de torcedores do Corinthians que apoiam Jair Bolsonaro repudiaram sua ação.
Mas quem é Camila Abdo? A jornalista ganhou notoriedade em 2020, durante a Pandemia de Covid-19, em que ela postava conteúdos negacionistas e fez convocação para um dos primeiros atos antidemocráticos do período, em março daquele ano. Pouco depois deste ato (do qual ela não compareceu) sua avó contraiu o vírus da doença e não resistiu.
Durante os anos do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) Camila era proprietária do canal do YouTube “Direto aos Fatos”, que postava conteúdos de apoio ao ex-presidente e chegou a ser alvo de operação da Polícia Federal que investigava os atos antidemocráticos, junto do então deputado Daniel Silveira e Allan do Santos, dono do canal “Terça Livre”. No processo, Camila negou a participação nos atos.
O processo conduzido pelo juiz Alexandre de Moraes mostra que Camila tem relações próximas com o Gabinete do Ódio, grupo que agia dentro do governo para difamar inimigos de Bolsonaro.
Camila era tão próxima de Bolsonaro que, segundo reportagem da revista Crusoé, ela foi indicada para o gabinete de deputado estadual Coronel Nishikawa, de São Paulo, pelo senador Flávio Bolsonaro, depois de espalhar fake news beneficiavam o filho mais velho do presidente.
Amanda, hoje na Revista Oeste, buscou lucrar com a torcida do Corinthians ao destilar mais ódio. Mas devemos lembrar de sua história para que ela pague devidamente por seus atos.
Aos 58 anos de idade, o ex-jogador Romário pode voltar a entrar em campo por um clube de futebol profissional pela primeira vez desde 2009, quando se aposentou dos gramados. Isto porque ele foi inscrito nesta terça-feira (16) pelo América-RJ no Boletim Informativo de Registro de Atletas (Bira), o que lhe permite disputar partidas da Série A2 do Campeonato Carioca.
O craque da Copa do Mundo de 1994 afirmou, em postagem em seu perfil em uma rede social, que tomou esta decisão para cumprir um sonho pessoal, de jogar ao lado do seu filho Romarinho, que também defende a equipe: “Galera, vocês devem estar acompanhando a possibilidade da minha volta aos gramados. Deixando claro que não é para disputar o campeonato, mas sim para fazer alguns joguinhos pelo meu time do coração, o Mecão. Além disso, vou realizar mais um sonho: jogar ao lado do meu filho”.
Caso realmente entre em ação pelo América, Romário acumulará a função de jogador e de presidente, pois assumiu o comando da equipe no dia 6 de janeiro deste ano. Além disso, o craque da Copa de 94 é Senador da República.
A Série A2 do Campeonato Carioca será disputado a partir de 18 de maio e terá a participação de 12 equipes. O campeão garante a classificação para a disputa da primeira divisão da edição 2025 do Campeonato Carioca.
Iniciativa de privilegiar demandas da oposição foi entendida por líderes da base do governo como um meio de retaliar o Poder Executivo
O deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, anunciou hoje (16) em reunião com líderes partidários que a Casa deve destravar diversos pedidos feitos pela oposição. Entre as medidas citadas estão a criação de cinco Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) e um Grupo de Trabalho (GT) para elaborar uma proposta de reação contra operações judiciais visando deputados.
Pelo regimento da Casa, o número máximo de CPIs em funcionamento simultâneo é justamente cinco. Entre os requerimentos com o número necessário de assinaturas estão colegiados que pretendem apurar o “tráfico infantil e exploração sexual”, o “avanço do crack”, o “crime organizado”, o “abuso de autoridade do Judiciário”, as “passagens promocionais”, as “concessionárias de energia Ambar Energia e Karpowership no Brasil” e as “concessionárias de distribuição de energia elétrica e pedidos de conexão de Micro e Minigeração Distribuída”.
Não ficou definido quais das CPIs serão instaladas. A ideia é que os líderes partidários cheguem a um acordo e apresentem uma lista ao presidente da Câmara.
– Não decidimos ainda. Ele quer ver se tem acordo – disse a líder da minoria na Câmara, Bia Kicis.
Parte dessas comissões tem potencial para desgastar politicamente o governo, como os que jogam luz sobre a crise na segurança pública e na distribuição de energia.
Além disso, Lira também afirmou que deve acontecer uma audiência pública no plenário da Casa com os jornalistas Michael Shellenberger e Glenn Greenwald para debater o papel das redes sociais. O tema tem sido usado pelo empresário Elon Musk, dono X, como forma de atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
A reunião de Lira com deputados acontece em um cenário em que o presidente da Câmara e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, não se falam. Na semana passada, a tensão escalou, e o presidente da Câmara chegou a chamar Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal”. Além disso, nesta terça, Cesar Lira, primo do deputado do PP, foi retirado do cargo de superintendente do Incra em Alagoas.
A iniciativa de privilegiar demandas da oposição foi entendida por líderes da base do governo como uma maneira de retaliar o Poder Executivo.
Segundo relatos de líderes presentes na reunião, Lira também reclamou do fato de o governo ter retirado a urgência do projeto de lei que regulamenta o processo de falências.
O projeto foi elaborado pelo ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, mas sofreu mudanças na Câmara, onde foi relatado pela deputada Dani Cunha (União-RJ), que deixou o texto com muitos poderes para os credores em vez da Justiça.
A iniciativa tramitava em regime de urgência no Congresso, o que faria passar na frente de outras iniciativas, mas o tratamento especial foi retirado pelo governo, que deseja discutir melhor no Senado e ajustar a iniciativa. O Executivo ficou preocupado em ter um maior controle sobre o rumo do texto e o relator no Senado é o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA).
Aliados de Lira, por outro lado, dizem que parte das demandas anunciadas conquistaram endosso de partidos governistas, como o PT e o MDB. O chefe da Câmara avalia ter recebido o aval das duas legendas para criar um GT que visa criar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reforçaria o que os deputados têm chamado de “prerrogativas dos parlamentares” em relação a operações judiciais.
Uma reação da Câmara a isso ganhou impulso após a prisão do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco, e depois de operações de busca e apreensão contra os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ).Ramagem é alvo de uma apuração que investiga uma suspeita de uso da Agência Brasileira de Inteligência para monitoramento indevido e Jordy está envolvido em suspeitas de incentivar atos democráticos.
Além disso, deputados trabalham para derrubar os vetos do governo, como o que diminuiu em R$ 5,6 bilhões as emendas parlamentares de comissão, inviabilizando o cronograma de liberação desses recursos indicados pelos congressistas e o que impediu o ponto central do projeto que limita as “saidinhas” dos presos.
PEC segue agora para análise da Câmara dos Deputados
O Senador Flávio Bolsonaro (PL) comemorou a aprovação, no inicio da noite desta terça-feira (16), da PEC que criminaliza a posse de qualquer quantidade de droga ilícita – 45/2023. Aprovada em dois turnos na casa, o texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
“O senado tomou uma decisão histórica. É uma decisão importante para a sociedade, para impedir uma linha de financiamento para o crime organizado que garante armas e estrutura para a bandidagem. É importante também para o próprio Congresso Nacional, que reafirma o equilíbrio entre os poderes e fortalece a nossa democracia.”, publicou no seu Instagram.
Além do Senador Flávio Bolsonaro, a bancada do RJ ainda teve o voto favorável do Senador Romário na PEC. Carlos Portinho, o outro Senador do estado, não compareceu a sessão, mas comemorou a aprovação da medida em rede social.
“Parabéns ao Senado Federal pela importante vitória hoje da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza o porte de drogas. A maioria da população está ao nosso lado e rejeita a liberação de drogas no nosso país!” publicou Portinho.
Ela foi levada à delegacia depois de tentar a fraude em uma agência da Zona Oeste do Rio
Uma mulher foi conduzida à delegacia na tarde de hoje (16) depois de levar um cadáver em cadeira de rodas para tentar fazer um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária de Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Os funcionários do banco suspeitaram da atitude de Érika de Souza Vieira Nunes e chamaram a polícia. O Samu foi ao local e constatou que o homem, identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto – aparentemente havia algumas horas. A polícia apura como e exatamente quando ele morreu.
– Ela tentou simular que ele fizesse a assinatura. Ele já entrou morto no banco – explica o delegado Fábio Luiz.
Na delegacia, a mulher disse que sua rotina era cuidar do tio, que estava debilitado. A polícia apura se ela é mesmo parente dele.
Um vídeo, feito pelas atendentes do banco, mostra que a todo tempo ela tentava manter a cabeça do homem ereta, usando a mão e conversa com o suposto parente – que, claro, não responde.
– Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer, eu faço – afirma a mulher.
Ela mostra o documento e afirma que ele tinha que assinar da forma que estava ali e diz: – O senhor segura a cadeira forte para caramba aí. Ele não segurou a porta ali agora? – pergunta às atendentes, que dizem não ter visto. – Assina para não me dar mais dor de cabeça, eu não aguento mais – completa.
Nesse momento, as funcionárias tentam intervir e uma delas comenta sobre a palidez do homem: “Ele não está bem, não. A corzinha não tá ficando…”
– Mas ele é assim mesmo – responde a suposta sobrinha.
A mulher responde que “ele não diz nada, ele é assim mesmo. Tio, você quer ir para o UPA de novo?”, questiona ela, sempre sem resposta.
Por volta de 19h, a mulher ainda prestava depoimento na delegacia. A polícia apura se ela cometeu furto mediante fraude ou estelionato.
A polícia quer investigar se outras pessoas a ajudaram a cometer os crimes e busca imagens de segurança. O corpo do idoso foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).
– O principal é a gente continuar a investigação, para identificar demais familiares, e saber se, e quando, esse empréstimo foi realizado se ele estava vivo, qual é a data desse empréstimo – explicou o delegado.