terça-feira, 16 de abril de 2024

Senado aprova PEC sobre criminalização da posse de drogas

 


Medida inclui na Constituição distinção entre traficante e usuário

O Senado aprovou nesta terça-feira (16), em dois turnos, a proposta que inclui na Constituição Federal a criminalização da posse e do porte de qualquer quantidade de droga ilícita. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) teve 53 votos favoráveis e nove contrários no primeiro turno, e 52 favoráveis e nove contrários no segundo turno.

Apresentada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC acrescenta um inciso ao art. 5º da Constituição Federal para considerar crime a posse e o porte, independentemente da quantidade de entorpecentes e drogas sem autorização ou em desacordo com a lei. Segundo a proposta, deve ser observada a distinção entre o traficante e o usuário pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicando aos usuários penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência. 

Pacheco esclareceu que a PEC faz uma ressalva sobre a impossibilidade da privação de liberdade do porte para uso de drogas. “Ou seja, o usuário não será jamais penalizado com o encarceramento”, disse. Ele também destacou que a utilização de substâncias derivadas de drogas ilícitas para uso medicinal não será afetada pela PEC.

Atualmente, a Lei nº 11.343, de 2006, conhecida como Lei das Drogas, estabelece que é crime vender, transportar ou fornecer drogas. A pena é de reclusão de cinco a 15 anos, além de multa. Adquirir, guardar,  transportar ou cultivar drogas para consumo pessoal também é considerado crime pela lei atual, mas neste caso as penas previstas são advertência, medidas educativas e prestação de serviços à comunidade. A legislação não estabelece uma quantidade de entorpecentes que diferencie os dois delitos. 

Ao justificar a apresentação da PEC, Rodrigo Pacheco argumenta que não há tráfico de drogas se não há interessados em adquiri-las. “O traficante de drogas aufere renda – e a utiliza para adquirir armamento e ampliar seu poder dentro de seu território – somente por meio da comercialização do produto, ou seja, por meio da venda a um usuário final”, diz.

As propostas de emenda à Constituição devem ser aprovadas em dois turnos de votação, precedidos de cinco e duas sessões de discussões em Plenário, respectivamente, para entrarem em vigor. Uma PEC é aprovada quando acatada por, no mínimo, três quintos dos senadores (49 votos), após dois  turnos de deliberação.

Após aprovada no Senado, a proposta seguirá para a análise da Câmara dos Deputados. Para que a mudança seja incluída na Constituição, a PEC precisa ser aprovada nas duas Casas do Congresso.

Votação no STF

A aprovação da PEC pelo Senado é uma resposta ao Supremo Tribunal Federal, que  também avalia a questão do porte de drogas. O julgamento do tema foi suspenso em março por um pedido de vista apresentado pelo ministro Dias Toffoli. Antes da interrupção, o julgamento está 5 votos a 3 para a descriminalização somente do porte de maconha para uso pessoal.

No recurso analisado, o STF julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas. Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e o comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvo de inquérito policial e de processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.

No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime.  O acusado foi detido com 3 gramas de maconha.

Debate 

A votação em plenário foi precedida de debate entre senadores contrários e favoráveis à PEC. Marcos Rogério (PL-RO) disse que a PEC vem em defesa da sociedade brasileira. Segundo ele, um terço das prisões do país se dá em razão das drogas. “Mas não porque são usuários, mas porque são traficantes, que atormentam as famílias brasileiras”. 

O senador Humberto Costa (PT-CE) disse que a PEC amplia a discriminação contra pessoas pobres, negras e marginalizadas e defendeu que a mudança vai desestimular os usuários de drogas a buscarem o tratamento adequado. “Procurar o serviço de saúde será reconhecer a condição de usuário e dependente e, portanto, estar submetido à possibilidade de ser criminalizado e responder a vários processos”. 

Em seu relatório, o senador Efraim Filho (União-PB) destacou a nocividade social e de saúde pública que as drogas proibidas geram. “Nesse contexto, vale destacar que a simples descriminalização das drogas, sem uma estrutura de políticas públicas já implementada e preparada para acolher o usuário e mitigar a dependência, fatalmente agravaria nossos já insustentáveis problemas de saúde pública, de segurança e de proteção à infância e juventude”, disse. 

Fonte: Agência Brasil

Maioria do CNJ derruba decisão que afastou juíza Gabriela Hardt

 


Atualmente, magistrada atua na 23ª Vara Federal em Curitiba

O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira (16) derrubar a decisão que afastou do cargo a juíza federal Gabriela Hardt, ex-magistrada da Operação Lava Jato.

Por maioria de votos, o conselho não referendou a liminar proferida ontem (15) pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, diante das suspeitas de irregularidades na decisão da magistrada, assinada em 2019, que autorizou o repasse de cerca de R$ 2 bilhões oriundos de acordos de delação firmado com os investigados para um fundo que seria gerido pela força-tarefa da Lava Jato. Atualmente, Gabriela atua na 23ª Vara Federal em Curitiba.

Durante o julgamento, o corregedor reafirmou voto favorável ao afastamento de Gabriela Hardt. Segundo Salomão, o processo sobre a destinação dos recursos desviados da estatal tramitou de forma ilegal e envolveu apenas o Ministério Público e a 13ª Vara federal em Curitiba, de forma sigilosa e sem representantes do governo brasileiro.

No entendimento de Salomão, os recursos não poderiam ser transferidos para o fundo. "O que eu percebi é que essa operação fez um combate primoroso de práticas de corrupção que vitimaram a Petrobras. Em um dado momento, se percebe a mudança dessa chave, onde o foco passa a ser o desvio", afirmou. 

Segundo o relator, a juíza teve participação na criação da fundação. Para o corregedor, os recursos desviados da Petrobras deveriam ser apreendidos e devolvidos a estatal e seus acionistas.

"Não tenho a menor dúvida de que houve participação dela nessa cooperação para a criação dessa fundação privada, com o desvio do dinheiro público", completou.

O presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, abriu a divergência e votou contra o afastamento. Barroso disse que a legislação prevê que um magistrado só pode ser afastado por decisão colegiada e por quórum de maioria absoluta. A decisão de Salomão foi feita de forma individual.

“Medida ilegítima e arbitraria”, declarou Barroso.

Barroso também questionou a afastamento de Gabriela Hardt cinco anos após a homologação do acordo. Para o presidente, Gabriela está sendo punida antes da abertura do processo disciplinar. “Essa moça não tinha nenhuma mácula na carreira pra ser afastada sumariamente”, completou.

Apesar de anular o afastamento de Gabriela Hardt, o CNJ manteve o afastamento dos desembargadores do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região Thompson Flores e Loraci Flores.

Eles também foram afastados pela decisão proferida pelo corregedor. Para Salomão, foi descumprida uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu os processos contra o ex-juiz da Lava Jato Eduardo Appio. Eles faziam parte da 8ª turma do TRF, colegiado que deliberou sobre o caso e afastou Appio do cargo.

O juiz federal Danilo Pereira, que também participou do julgamento, foi afastado pelo corregedor, no entanto, o conselho anulou o afastamento. Atualmente, ele comanda a 13ª Vara Federal, a vara da Lava Jato.

Defesa

Durante o julgamento, o advogado Nefi Cordeiro, que também representou os desembargadores, afirmou que não há “fundamentos mínimos” para o afastamento dos magistrados. “Eles são desembargadores federais com larga experiência, com imaculada ficha funcional, exemplo de julgadores”, afirmou.

A defesa do juiz Danilo Pereira afirmou que o magistrado participou uma única vez, na condição de juiz convocado, da sessão da 8ª Turma e “não tinha consciência” de que estaria descumprindo uma decisão do STF.

Fonte: Agência Brasil

Novo boletim da dengue registra mais 37 óbitos e 34,2 mil casos no Paraná

 Os óbitos ocorreram entre os dias 4 de fevereiro e 2 de abril de 2024. São 23 homens e 14 mulheres com idades entre 14 e 94 anos, residentes em 23 diferentes municípios, sendo que 27 tinham comorbidades.

DENGUE
Foto: SESA

Foto: SESA

O boletim semanal da dengue publicado nesta terça-feira (16) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirma mais 37 mortes no Estado. Agora, o Paraná totaliza 140 mortes pela doença no atual período epidemiológico, que iniciou em julho de 2023. Os dados do 32º Informe Epidemiológico apresentam também 219.045 casos confirmados, 34.226 a mais em relação ao informe anterior, além de 451.280 notificações e 97.083 casos em investigação.

Os óbitos ocorreram entre os dias 4 de fevereiro e 2 de abril de 2024. São 23 homens e 14 mulheres com idades entre 14 e 94 anos, residentes em 23 diferentes municípios, sendo que 27 tinham comorbidades.

Os municípios onde ocorreram as mortes são de abrangência das Regionais de Saúde de Francisco Beltrão (8ª RS), Cascavel (10ª RS), Umuarama (12ª RS), Paranavaí (14ª RS), Maringá (15ª RS), Apucarana (16ª RS), Londrina (17ª RS) e Toledo (20ª RS): Marmeleiro (1), Pranchita (1), Cascavel (3), Formosa do Oeste (1), Nova Aurora (1), Alto Piquiri (1), Cruzeiro do Oeste (1), Francisco Alves (2), Ivaté (1), Mariluz (1), Umuarama (2), Planaltina do Paraná (1), Mandaguaçu (1), Maringá (2), Arapongas (3), Londrina (4), Bela Vista do Paraíso (1), Miraselva (1), Rolândia (4), Marechal Cândido do Rondon (1), Santa Helena (1), Terra Roxa (1), Toledo (2).

A Regional com mais casos confirmados é a 10ª RS de Cascavel, com 30.106. Na sequência estão a 16ª RS de Apucarana (27.331), 8ª RS de Francisco Beltrão (27.292), 17ª RS de Londrina (21.709), 15ª RS de Maringá (18.576), e 11ª RS de Campo Mourão (16.873). As cidades com mais casos são Apucarana (15.756), Londrina (15.225), Cascavel (14.197), Maringá (10.549) e Francisco Beltrão (6.613) – são 394 com casos confirmados.

ZIKA E CHIKUNGUNYA – Informações sobre as arboviroses chikungunya e zika, igualmente transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, também estão contidas no documento. Houve o registro de três novos casos de chikungunya, somando 104 confirmações e 1.171 notificações da doença no Estado. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 102 notificações.

AÇÕES – Desde o início do ano a Sesa, por meio da Vigilância Ambiental, tem organizado várias ações buscando reforçar o combate à dengue. De janeiro até agora já foram realizadas diversas capacitações aos profissionais de saúde para o manejo clínico, assistência aos pacientes e informações técnicas no enfrentamento ao mosquito. Cerca de 500 pessoas estiveram envolvidas nas iniciativas, que ocorreram em várias regiões do Estado.

Em janeiro, mais de 300 profissionais trabalharam na conscientização contra a dengue no Litoral, na temporada de verão, a fim de alertar a população sobre a prevenção da doença. Ainda durante o mês, a Sesa, em parceria com a Casa Civil, realizou uma reunião entre gestores municipais e técnicos de vigilância epidemiológica para alinhar ações e atualizar o panorama da doença no Estado.

A Sesa promoveu o Dia D, mobilização estadual, com o objetivo de fortalecer o combate à dengue e reduzir os casos da doença e o número de óbitos. Para que as informações cheguem diretamente à população, o Governo do Estado também lançou duas campanhas publicitárias sobre os cuidados e de alerta à população.

O Paraná ainda participou do Dia D nacional, do Ministério da Saúde, que uniu governo federal, estados, municípios, agentes comunitários e de combate às endemias, profissionais da saúde e a população brasileira para reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito transmissor da doença.

Em março, o Governo do Estado liberou um aporte adicional de R$ 93 milhões para auxiliar os municípios. O valor foi distribuído entre diversas áreas e teve como finalidade aprimorar o atendimento hospitalar, garantir a disponibilidade de insumos, instrumentalizar as equipes de agentes comunitários de saúde e intensificar a vigilância em saúde.

Confira o informe semanal AQUI e mais informações sobre a dengue estão neste link.


Fonte: AEN

Moro chama acusação do CNJ de “ficção” e diz que não há “prova” contra ele


O ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 Alvo de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por seu período como juiz da Lava Jato, Sergio Moro (União-PR) diz que não há nenhum “fato ou prova” que o incrimine. O senador ainda chama a acusação de ter se unido a Gabriela Hardt e a Deltan Dallagnol para desviar R$ 2,5 bilhões de “mera ficção”.

“O fato objetivo descrito no relatório provisório da Corregedoria do CNJ – e ainda pendente de aprovação- é que foram devolvidos diretamente de contas judiciais da 13ª Vara de Curitiba para a Petrobras, vítima inequívoca dos crimes apurados na Operação Lava Jato, cerca de R$ 2,2 bilhões, sem que nenhum centavo tenha sido desviado. Idêntico procedimento foi adotado pelo STF à época”, diz Moro em nota.

Ele lembra que deixou a 13ª Vara Federal de Curitiba em 2018 e diz que a fundação citada pelo CNJ, que ficaria com o dinheiro de uma multa aplicada contra a Petrobras nos Estados Unidos, foi planejada depois disso.

O senador ainda alega que “jamais participou da discussão ou consulta a respeito dela”. “A especulação de que estaria envolvido nessa questão, sem entrar no mérito, não tem qualquer amparo em fato ou prova, sendo mera ficção”, completa.

Fonte: DCM

Jornalista bolsonarista associa torcedores do Corinthians a presos: “Não voltaram da saidinha”

 

A jornalista bolsonarista Camila Abdo, da Revista Oeste, associou torcedores do Corinthians a criminosos presos nas redes sociais, dizendo que a Polícia Militar encontraria “todos que não voltaram da saidinha” em um jogo do clube no estádio Neo Química Arena. O post foi feito no X (ex-Twitter).

“Hoje tem jogo do Corinthians no Itaquera. Se a PM bater lá agora, ela acha todos que não voltaram da saidinha, os procurados e os fugitivos. Bora PM. Tá fácil”, escreveu a bolsonarista, mostrando uma imagem do estádio.

Ela, que já foi alvo de operação da Polícia Federal por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e teve as redes sociais retiradas do ar por ordens judiciais, diz que o post “caiu” após denúncias de outros usuários. A bolsonarista ainda alega que a publicação foi apenas uma “piada”.

“Falar de mulher pode, ofender sulista pode, falar de bolsonarista também. Mas fazer piada com time não pode. Entendi”, escreveu após ser alvo de denúncias de outros perfis no X.

Fonte: DCM

Membro do MBL expulso da Câmara responde processo por violência doméstica


Gabriel Costenaro, membro do MBL. Foto: reprodução

 Envolvido em uma confusão com o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) nesta terça-feira (16), o influenciador Gabriel Costenaro de Sousa responde a um processo por suspeita de violência doméstica no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Membro do Movimento Brasil Livre (MBL), Costenaro também é acusado de ameaçar a mãe de um militante do PSOL durante um evento na capital fluminense. Ele é conhecido por adotar a prática famosa pelo ex-deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, de invadir espaços de adversários políticos para causar indignação e se passar por vítima caso seja agredido.

“É a quinta vez que esse sujeito [Costenaro] provoca, ele tem histórico de agressão a mulher”, explicou Braga em um vídeo publicado no X, antigo Twitter.

“Na última vez, no Rio de Janeiro, na quarta vez, ele ameaçou a mãe de um militante nosso de mais de 70 anos dizendo que sabia onde ela morava”, prosseguiu.

Em sua ação contra Braga, Costenaro também expõe uma velha tática da extrema-direita: viralizar nas redes sociais para conseguir um cargo eletivo. Em seu Instagram, o bolsonarista já afirmou que será candidato a vereador no Rio de Janeiro nas eleições deste ano.

O membro do MBL também é suspeito de agredir uma funcionária da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ao invadir o local em 2023.

Em vídeos que circulam na internet, é possível ver Glauber questionando Costenaro por uma acusação de violência doméstica. O membro do MBL também é suspeito de agredir uma funcionária da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ao invadir o local em 2023.

Após a expulsão do influenciador, Braga também discutiu com o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que também é membro do MBL. Segundo o jornal O Globo, os parlamentares precisaram ser acalmados por agentes da Polícia Legislativa (DEPOL).

Durante a discussão, o psolista chamou Kataguiri de “defensor do nazismo”, em alusão ao episódio do Flow Podcast em que o deputado que se apresenta liberal afirmou que o Brasil deveria permitir a criação de um partido com a filosofia de Adolf Hitler.

Fonte: DCM

Lula manteve linhas básicas da restrição à saidinha, diz Lewandowski

 Ministro compareceu à Comissão de Segurança Pública da Câmara

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve as linhas básicas estabelecidas pelo Congresso Nacional no projeto de lei (PL) que restringe as saídas temporárias de presos, a chamada saidinha, argumentou nesta terça-feira (16) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, durante debate na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, ao comentar o veto do presidente à parte da lei aprovada pelo Congresso.

O ministro acrescentou que o único veto ao PL foi movido por motivos cristãos e por o governo entender ser inconstitucional impedir que os presos tenham contato com suas famílias. A possibilidade de visitar as famílias permitida pelo veto exclui os condenados por crimes hediondos, como homicídio e estupro.

“Nós estamos defendendo um valor cristão, um valor fundamental da Constituição, e daí o veto basear-se em uma inconstitucionalidade”, explicou Lewandowski, defendendo que o presidente sancionou “praticamente na totalidade esse projeto de lei que representa a vontade da soberania popular expressa pelo Congresso Nacional”. 

O Congresso Nacional ainda pode derrubar o único veto presidencial ao projeto.

O ministro Lewandoviski argumentou que 90% do projeto foram mantidos, incluindo a exigência de exame criminológico para autorização para as saídas, a necessidade do uso de tornozeleiras eletrônicas e a proibição para saída temporária de condenados por crimes hediondos. 

O ministro da Justiça disse ainda que foi cobrado pelo presidente Lula para manter a proibição de presos perigosos saírem temporariamente. Segundo Lewandoviski, o veto se limitou a permitir o contato dos presos não perigosos às próprias famílias. “[O artigo vetado] contraria frontalmente o que está disposto no Artigo 226 da Constituição, que obriga o Estado a defender a família e a célula materna da sociedade”, completou o ministro.

Mossoró

O ministro da Justiça e Segurança Pública foi cobrado também sobre a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Lewandowski defendeu a ação de captura dos presos e destacou que todos os protocolos dos presídios federais estão sendo revistos para impedir novas fugas.

De acordo com o ministro, a fuga foi possível por causa dos padrões antiquados de segurança da penitenciária, do relaxamento na vigilância, da quebra de protocolos, da ausência das revistas diárias, da falha de equipamentos, como as câmeras, além da falta de muralhas em torno do presídio e da ajuda externa recebida pelos ex-foragidos.

“Imediatamente, [o secretário de Políticas Penitenciárias] demitiu a diretoria, a administração daquela penitenciária, nomeou um interventor e determinou a abertura de vários PADs, Processos Administrativos Disciplinares. Além disso, eu determinei à Polícia Federal que fizesse um inquérito policial para apurar responsabilidades criminais”, disse.

O ministro lembrou aos parlamentares que quatro funcionários foram afastados, dez processos administrativos foram abertos e 29 policiais de plantão foram substituídos. Houve ainda, segundo Lewandowski, reforço de pessoal e das celas e o início da construção das muralhas.

“Tiramos várias lições importantes. [Esse episódio] nos ofereceu a oportunidade de revermos os protocolos de segurança e dos equipamentos de todas as prisões federais”, afirmou o ministro, acrescentando que “posso garantir às senhoras e aos senhores que nenhum detento mais se evadirá das penitenciárias federais”.

Corte de recursos

Os deputados da Comissão de Segurança da Câmara também cobraram o ministro o corte anunciado no orçamento das polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF) no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, enviado ao Parlamento.

Ricardo Lewandoviski disse que já pediu a recomposição dos recursos aos ministérios da Fazenda e do Planejamento, concordando com os parlamentares que “realmente esse corte prejudicará o nosso serviço”.

“Mas é preciso dizer também que o Congresso Nacional, e eu acho que o fez com a melhor das intenções, aprovou o teto de gastos, aprovou o déficit zero. Então, nós temos aquilo que como muito se chama de cobertor de pobre. Puxa-se de um lado, descobre-se outra parte do corpo. E isso que está ocorrendo hoje. Nós temos um orçamento limitado”, disse o ministro.

Fonte: Agência Brasil

"Não vamos recuar para fascista. Não me arrependo do que fiz", diz Glauber após bate-boca com membro do MBL

Parlamentar se manifestou nas redes sociais depois de ter expulsado o influenciador direitista Gabriel Costenaro da Câmara dos Deputados nesta terça-feira

Glauber Braga
Glauber Braga (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

 

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) se manifestou nas redes sociais após ter se envolvido em uma confusão com o influenciador do MBL Gabriel Costenaro na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (16). Ao justificar suas ações, o parlamentar reafirmou sua postura contra o que descreve como intimidação de "militantes fascistas".

"É a quinta vez que esse sujeito me provoca. Ele tem um histórico de agressão a mulher e, da última vez, no Rio de Janeiro, ele ameaçou a mãe de um militante nosso. Não vamos recuar para militante fascista, nem do MBL, nem de organização nenhuma. Não me arrependo de absolutamente nada do que eu fiz", disse Glauber.

As imagens capturadas pelo fotojornalista Lula Marques mais cedo evidenciaram o momento em que Costenaro dirigiu insultos a Glauber, chamando-o de "burro" e debochando de sua mãe, o que incitou a reação do deputado. Braga, destacando o histórico de Costenaro, incluindo acusações de violência doméstica por uma ex-companheira, tomou a decisão de remover o influenciador do local, empurrando-o até a saída da Câmara.

A situação escalou para um segundo confronto no Departamento de Polícia Legislativa (DEPOL), envolvendo Kim Kataguiri, outro representante do MBL. Os ânimos exaltados obrigaram a intervenção policial para separar os envolvidos e evitar uma escalada maior de violência.

 

Fonte: Brasil 247

Militante do MBL tenta ir para cima de Glauber Braga na Câmara e leva o troco (vídeo)


Influenciador ofendeu o deputado e foi empurrado para fora da Casa Legislativa. Após o ocorrido, Kim Kataguiri também entrou na confusão e bateu boca com o psolista

Glauber Braga e Gabriel Costenaro

 A Câmara dos Deputados foi palco de uma forte discussão nesta terça-feira (16), após o influenciador do MBL Gabriel Costenaro atacar o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que reagiu expulsando o militante direitista do local com as próprias mãos.

As imagens da discussão foram registradas pelo fotojornalista Lula Marques e mostram Costenaro chamando Glauber de "burro" e debochando da mãe do deputado. O parlamentar, então, apontou que o influenciador do MBL já foi acusado de violência doméstica por uma ex-companheira e passou a empurrar Costenaro até a saída da Câmara.

Costenaro não tem mandato como deputado federal. Vale apontar que o MBL possui histórico de entrar em locais como escolas, universidades e até mesmo hospitais para promover conteúdo de desinformação atacando militantes, partidos de esquerda, professores e outros profissionais que tentam desempenhar seu trabalho.

Após o ocorrido na Câmara, o deputado e o influenciador seguiram para o Departamento de Polícia Legislativa (DEPOL), onde Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do MBL, também discutiu com Glauber. A situação escalou após o psolista chamar Kim de "defensor do nazismo" e os policiais precisaram apartar os parlamentares. 

Confira as imagens:

 

Fonte: Brasil 247

FMI: Brasil vai ultrapassar a Itália e se tornar a oitava economia global

 

De acordo com a autoridade monetária, o PIB brasileiro deve alcançar US$ 2,331 trilhões no final deste ano

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (gravata azul), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (gravata azul), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Fabio Pozzebom - Agência Brasil)

 

O Produto Interno Bruto brasileiro aumentará 2,2% este ano e 2,1% em 2025, de acordo com números divulgados pelo Fundo Monetário Internacional. Antes, as estimativas eram 1,7% e 1,9%, respectivamente.

De acordo com o FMI, o PIB nacional deve ser de US$ 2,331 trilhões no final deste ano, ultrapassando a Itália (US$$ 2,328 trilhões).

O Brasil alcançaria a oitava colocação apenas em 2026, de acordo com a última publicação sobre a economia global - o World Economic Outlook de outubro do ano passado.

As previsões mostraram que os Estados Unidos (28,781) continuarão liderando o ranking das maiores economias globais em 2024. Em segundo lugar ficou a China (18,532), seguida por Alemanha (4,591) e Japão (4,110).

A Índia (3,937) vai seguir na sexta posição. O Reino Unido (3,495) apareceu na sexta colocação. A França (3,130) conseguiu o sétimo lugar, seguida por Brasil, Itália e Canadá (2,242).

Logo do Fundo Monetário Internacional (FMI) é visto em sede, em Washington 09/10/2016 REUTERS/Yuri GripasLogo do Fundo Monetário Internacional (FMI) é visto em sede, em Washington (EUA). Foto: Yuri Gripas / Reuters

Fonte: Brasil 247